Os Filhos Do Universo, Parte 6

Laitman_077Nós vemos o sistema solar e os planetas que orbitam outras estrelas e o fato interessante é a complexidade dos sistemas em que cada parte influencia as outras. Por séculos as pessoas têm encontrado diferentes sinais dessas influências ao olhar para o céu, e estes sinais são verdadeiros.

Nós temos, por exemplo, alguma ideia de como a lua nos afeta. Certos fenômenos são conhecidos, mas não temos qualquer conhecimento real.

De um modo geral, muitas forças certamente operam e nos influenciam, e nós temos que continuar a estudá-las. A influência do universo é imensa, mas está oculta de nós por causa de nossas próprias limitações.

Na verdade, nada é escondido na natureza, mas depende da essência do pesquisador. Infelizmente, nós não prestamos atenção suficiente a este aspecto. Caso contrário, saberíamos muito mais sobre o universo, incluindo, por exemplo, a influência da lua sobre o nível dos oceanos, o ar, as nossas doenças, e assim por diante.

Mas não, o homem é atraído para o que ele pode usar mais tarde na indústria, guerras, etc. Este tipo de conhecimento parece valioso para ele, enquanto os objetos celestes, próximos e distantes, estão além do nosso controle e não parecem oferecer qualquer benefício porque não atraem nossas mentes e corações e, portanto, não atraem recursos suficientes. Este tipo de pesquisa foi considerado mais valioso do que no passado.

Um dos elementos básicos do universo é a lei da gravidade. O que é isso? Ninguém sabe. A natureza da força da gravidade e sua causa são um mistério para nós.

No seu conjunto, nunca sabemos as verdadeiras razões para o que vemos e apenas estudamos o resultado dos fenômenos que encontramos, que resume toda a nossa ciência. Não perguntamos por que, mas o que e como. Em outras palavras, aprendemos a usar as forças do universo, incluindo sua matéria. Sabemos como fazer isso no curto prazo, mas não conseguimos alcançar e compreender as razões principais, a natureza básica dessas forças.

Mas, basicamente, é outra coisa. Nossa limitação torna-se um problema quando descobrimos que sem conhecimento do sistema geral, não conseguimos ter sucesso nem em nosso pequeno planeta.

É surpreendente que a natureza inanimada, vegetal e animal não tenha perguntas como: “viver ou morrer?” ou “como viver?”. Todas as criaturas se dão bem com o seu ambiente instintivamente, e da melhor maneira possível, sem dominar e governá-lo, aspirando a obter o máximo pelo mínimo esforço. A natureza contém todos estes níveis de uma forma egoísta tão simples.

Mas o homem não pode conviver de forma semelhante; ele aspira a mudar de ambiente, mudar os outros. Portanto, ele é forçado a aprender, estudar, explorar e avançar. Este impulso interno está em nossa natureza e devemos prover a nós mesmos com a quantidade necessária de informações, opções e potencial.

Além disso, nós temos tal sede de saber qual o significado da vida, que alguns de nós até olham para o universo repetidamente, uma vez que é a fonte do nosso nascimento. A Terra é o seu resultado, o nosso berço, mas, na verdade, nós vimos do espaço exterior, onde começamos. Como podemos conhecer a nós mesmos, se não sabemos a nossa origem, as forças e as razões que formaram o nosso planeta e tudo o que está nele, inclusive nós mesmos?

Se estivéssemos envolvidos seriamente nisso, aprenderíamos alguma coisa, mas, em vez disso, olhamos para o nosso pequeno planeta como crianças numa caixa de areia: quem tem mais, quem foi bem sucedido e quem não… Nós nos recusamos a aceitar o ponto de vista da nossa evolução fora da caixa de areia, não no sentido planetário, mas num sentido muito mais amplo.

De KabTV “Uma Nova Vida” 02/03/14