Filhos Do Universo, Parte 7
O grande desenvolvimento da humanidade não presta atenção ao universo, e ainda é o lugar onde podemos encontrar nossas raízes. Nos enormes espaços abertos do universo, nós encontraríamos a força, aglomerados de outros tipos de matéria, antimatéria, etc.
É claro que os seres humanos exploram o universo, mas não dão a sua pesquisa o peso suficiente, porque eles estão certos de que o nosso futuro depende de quem é mais forte, mais rico ou mais poderoso. Nosso avanço não visa compreender a natureza em sua plena revelação, nem incentivar o reconhecimento de nossas deficiências.
Eu presumo que o universo é completa doação e que a força de doação criou e organizou tudo o que existe. Finalmente, através da combinação de certas forças, a doação gerou os níveis inanimado, vegetal, animal e falante da natureza.
O universo continua a desenvolver a matéria no sentido de um nível especial, qualitativamente novo, no qual a matéria de repente se questiona sobre a força que a lançou: “De onde nós viemos? Quem somos nós?”.
Nós sabemos que o pensamento por trás de qualquer ação está no resultado para o qual a ação foi concebida. Nós reagimos ao resultado; no entanto, nós nunca prestamos atenção suficiente, nem nunca alocamos energia suficiente para esclarecer o que exatamente está nos influenciando.
Por outro lado, nós reconhecemos que somos o resultado da atividade desta força. Ao explorar a natureza humana, nós vemos claramente que não possuímos qualquer livre arbítrio nem desfrutamos de liberdade de ações. Nós somos pré-condicionados por nossos genes, instintos, cálculos sobre lucros e perdas, utilizando fórmulas primitivas.
Aqui está o problema: como podemos explorar o universo, a sua evolução e os processos que passamos se dedicamos toda a nossa energia para outras coisas?
Um dos meus alunos trabalha no Grande Colisor de Hádrons, na Suíça. Ele me disse que no início houve debates intermináveis sobre se era ou não era bom começar um projeto tão enorme e caro. No entanto, o custo do Colisor é equivalente ao custo de manter as tropas americanas no Afeganistão durante uma semana.
Então, é óbvio que não aplicamos esforço suficiente para explorar a natureza. Eu lamento muito por este estado das coisas. Se nós conhecêssemos a natureza suficientemente bem e difundíssemos melhor o conhecimento para as massas do que fazemos hoje, reconheceríamos nossas deficiências. Nós descobriríamos a falta de novas propriedades: as de doação.
Então, além do desejo de receber que já temos, nós também obteríamos o poder de doação que nos permitiria explorar a natureza a partir de um novo ângulo.
De KabTV “Uma Nova Vida” 02/03/14