De Uma Conexão Egoísta Para Uma Conexão De Doação

laitman_527_03Baal HaSulam, Shamati #19: Ele disse que nós temos que saber que há a questão da importância no trabalho, quando há um contato entre o indivíduo e o Criador.

Isso significa que a pessoa sente que precisa do Criador, já que no estado de trabalho ela vê que não há ninguém no mundo que pode salvá-la do estado em que se encontra, exceto o Criador.

Este sentimento é graças à Luz. A pessoa sente que o objetivo principal na vida neste mundo é alcançar o contato com o Criador. Então, uma iluminação adicional a ajuda a entender que só o Criador pode ajudá-la. Então uma iluminação adicional a revela que ela depende do ambiente e que ele é a condição essencial pela qual ela pode chamar o Criador para ajudá-la. Assim, ela gradualmente avança graças a certa iluminação num novo nível que a influencia e conduz.

Nós saímos do estado de exílio e nele também passamos por várias fases. Primeiro, a pessoa não sente qualquer conexão com a força superior de forma alguma. Ela não tem contato com Ele, nem mesmo sob a forma da religião comum.

Depois as pessoas começam a acreditar em religiões e diferentes crenças, milagres e misticismo. A pessoa deve passar por todas essas fases. Cada vez há uma iluminação especial do Alto que nos concede certa conexão com a força superior. Isto continua até que a humanidade atinge um estágio onde perde qualquer fé na força superior e acredita só na ciência e em fatos reais.

Depois nós começamos a procurar uma conexão com a força superior como pessoas racionais e estudamos o Criador como uma força. Esta força nos governa e nós concordamos em agir mutuamente em resposta a ela. Nós só temos que esclarecer a relação que pode nos conectar.

No final, a pessoa alcança a sabedoria da Cabalá e começa a trabalhar. Isto a eleva a um nível totalmente diferente de conexão com a força superior. Não é mais graças a sua fé ou diferentes rituais, mas graças à mudança de seu desejo interno.

Então ela está em adesão com o Criador, ou seja, que todo o seu pensamento é sobre o Criador, ou seja, que Ele vai ajudá-la. Caso contrário, a pessoa vê que está perdida.

Esta é a mesma atitude quando as pessoas eram muito religiosas e acreditavam no Criador há muito tempo. A pessoa também sentia que era totalmente dependente do Criador, da vontade de Deus. Se o Criador fosse misericordioso, a pessoa viveria, mas se o Criador não a ajudasse, sua vida acabaria.

Agora nós temos que alcançar a mesma atitude, que se o Criador nos ajudar, nós viveremos, e se o Criador não nos ajuda, significa morte. Nós só damos um significado diferente para os conceitos de vida e a morte: vida significa adesão com o Criador, doação mútua, enquanto que morte significa permanecer no amor-próprio.

Nós vemos como toda a humanidade passa por estas fases, a partir da abordagem egoísta, da dependência gananciosa na força superior, a uma dependência altruísta de amor ao próximo, do anseio a se assemelhar ao Criador.

O Criador diz sobre isso, “Meus filhos me derrotaram.” Ou seja, eu lhe dei o desejo de receber, e você Me pede para lhe dar o desejo de doar em vez disso.

A pessoa se preocupa sobre ser independente, porque caso contrário não pode trazer contentamento ao Criador. Quem mais pode trazer contentamento ao Criador? Só a pessoa que pode permanecer independente e separada do Criador pelo seu ego. Ela mantém seu desejo de desfrutar e apenas o restringe, não permitindo a adesão dele com o Criador egoisticamente.

Ela adere ao Criador com o desejo de doar que ela desenvolve acima da restrição. Assim, ela continua a ser independente e, ao mesmo tempo, chega à adesão.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/11/14, Shamati #19