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O Kit De Ferramentas Da Luz

Dr. Michael LaitmanA sabedoria da Cabalá, em contraste com outras sabedorias, investiga a matéria interna mais elevada, o desejo que está no nível humano.

Desejos nos níveis inanimado, vegetal e animal aparecem para nós neste mundo. Nós podemos investigar, entender e usá-los. Ao investigá-los, nós criamos uma ciência.

Mas não há ciência que investigue o desejo no nível humano. A psicologia tenta chegar a isso, mas sem sucesso. Por quê? Porque o investigador deve estar num nível superior ao objeto, o sujeito, que está sendo investigado.

Sendo uma pessoa neste mundo, eu posso explorar a matéria inanimada (física, química e afins), vegetal (botânica) e animal (biologia, zoologia, etc.). Afinal, eu estou num nível superior.

No entanto, a matéria do nível humano, o nosso mundo interior, não pode ser investigada a partir do nosso nível. Assim, a psicologia e a psiquiatria são desprovidas de uma base sólida, real e científica.

Mas, com a ajuda da sabedoria da Cabalá, nós podemos criar esta base, e graças a isso, podemos investigar de forma mais verdadeira e objetiva todo o resto das camadas inferiores dos níveis inanimado, vegetal e animal. Por enquanto, nós temos a oportunidade de levar em conta os erros nas investigações da natureza desses níveis inferiores, onde fazemos as distorções geradas pela nossa própria natureza humana.

Portanto, a sabedoria da Cabalá é especificamente uma ciência no sentido pleno da palavra, e é muito mais precisa do que outras ciências, pois com ela nós investigamos a substância da criação, o desejo de receber, nos níveis inanimado, vegetal, animal e falante, e usamos um aparato exclusivo chamado Luz Superior.

Quando os físicos estudam a matéria num acelerador de partículas, eles induzem colisões e observam os resultados.

Conosco é a mesma coisa: a Luz vem e faz uma colisão, ou seja, ela realiza um Zivug de Hakaa (acoplamento de golpe). Primeiro a colisão é feita e depois o acoplamento. Com a ajuda deste experimento, nós analisamos e aprendemos sobre o que está acontecendo no encontro entre o desejo de receber e o desejo de doar, entre o Criador e a criação.

Do Congresso em Los Angeles 02/11/14, Lição 3

Contos: A Evolução Do Grupo De Abraão – Isaac

Dr. Michael LaitmanDepois que Abraão fundou sua escola, ele começou a desenvolver o método Cabalístico com os alunos que se juntaram a ele. Assim, ele criou três sistemas: um sistema de estudo, um sistema de disseminação, e um sistema de cumprir a sabedoria da Cabalá.

O sistema de disseminação leva em conta o nível de desenvolvimento de uma pessoa. Tudo depende de como as pessoas podem perceber a ideia espiritual, até que ponto ela está perto delas e pode responder às suas expectativas, e em que medida elas podem ver que este sistema é benéfico para si.

Mais tarde, quando elas ascenderem e se desenvolverem, elas estarão prontas para entender as outras opções que a sabedoria lhes oferece. Portanto, uma pessoa deve sempre ser abordada em seu nível, numa linguagem que ela entenda, de modo que possa ser atraída ao saber que você pode realmente ajudá-la a perceber o que quer.

É nisso que Abraão se envolveu quando explicou que o objetivo final da nossa evolução é amor e doação, e aqueles que desejam alcançá-la internamente, pelo menos até certo ponto, devem vir com ele.

Foi assim que começou o próximo estágio de desenvolvimento da escola de Abraão. Neste ponto, ele foi chamado de grupo de Abraão, já que todos os membros do grupo começaram a trabalhar na conexão entre si, aceitando o fato de que a unidade está acima da separação.

Quando o salto do ego ocorreu na antiga Babilônia e as pessoas quiseram construir uma torre para alcançar o céu, isto é, a força superior, foi pressionando a força negativa.

Abraão, porém, afirmou que a força negativa decorre da mesma força positiva e deve ser operada de forma diferente, absorvendo-a como o que chamamos de linha esquerda (a força negativa). Ele acreditava que o ego que surge nas pessoas deve ser estudado e trabalhado corretamente. Esta é a razão pela qual o período que se seguiu ao desenvolvimento do grupo de Abraão é chamado de Isaac.

O uso correto do ego é chamado de sacrifício de Isaac, o que significa que nós ligamos nosso ego e ameaçamos matá-lo, totalmente prontos para sacrificá-lo, apesar de entender que não vamos alcançar o Criador sem ele. Por outro lado, a semelhança e equivalência com o Criador só pode ser alcançada se limitarmos o ego corretamente. Para nós, é como cortar nossa própria carne.

Nós aprendemos a controlar o nosso ego, a atá-lo, controlá-lo e colocá-lo sob o atributo do amor e doação sem destruí-lo e sem ameaçá-lo, e nós nos preparamos para romper com nós mesmos (uma vez que o ego é todo o eu). Este processo faz parte de nossa evolução, e quando o realizamos, temos a oportunidade de um trabalho correto, produtivo e focado com nosso ego. Esta é a essência da história do sacrifício de Isaac.

De KabTV “Contos” 15/10/14

Quando A Sanidade Leva Ao Caos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Em que caso o método de Abraão, que ainda é retratado como irracional, será aceito?

Resposta: Hoje a humanidade está pronta para aceitar qualquer coisa ilógica, porque está começando a entender que a nossa racionalidade atual é realmente bestial e não funciona no nível da sociedade.

Curiosamente, agora há uma decepção total na lógica, na capacidade da sanidade do consumidor moderno de superar os problemas que continuam acontecendo. O egoísmo em si terminou; Marx estava certo sobre isso, e não há nada para falar sobre sua perspicácia.

Tudo o que resta é agir no nível da lógica elementar, explicar abstratamente para as pessoas ao lado: “É bom para todos nós estarmos conectados juntos por bons laços? Ótimo. É bom ganhar apenas o necessário e mais nós simplesmente não precisamos? Ótimo. É bom ter um único padrão de vida ideal para todos? Sim. E que tal nenhuma fome e doença, nem um enorme abismo entre ricos e pobres? Ótimo. O mundo inteiro se preocupa com a ecologia? Ótimo”.

Mas como nós podemos fazer isso se todos somos tão maus?

Aqui nós temos que mostrar às pessoas que existe um poder que pode perceber isso. De qualquer forma, mais cedo ou mais tarde, nós devemos chegar a este estado e quanto mais cedo for, menos sofrimento haverá. Se conseguirmos transmitir corretamente nossa mensagem, a humanidade já estará pronta para aceitar esta lógica.

Pergunta: Será que todos os judeus precisam retornar fisicamente à terra de Israel?

Resposta: Eu não penso assim. Eu creio que não importa onde a pessoa vive. É dito que a terra de Israel vai se expandir às fronteiras do mundo inteiro. Figurativamente falando, ela se estenderia ao longo de todo o globo.

Pontos de espiritualidade ocorrem em todo o mundo. Não importa onde a pessoa se encontra. Além disso, essas pessoas devem se tornar professoras para o mundo inteiro. Afinal, a humanidade anseia por algum método para a existência correta. Nós vemos que agora ela não existe em nenhum lugar; todo mundo vive só pelo hoje, temendo considerar o amanhã ou simplesmente não pensar nele. Ninguém tem uma estratégia realista de longo prazo e não há sequer uma tática normal para a conexão recíproca por causa de algum objetivo comum. Em vez disso, nós testemunhamos o movimento totalmente caótico de cada pessoa. Por isso, a nossa lógica será clara para a humanidade.

Junto com isso, há um pequeno truque aqui: a humanidade só será capaz de aceitar essa lógica e realizá-la depois que o povo de Israel se tornar o primeiro a aplicá-la à vida. É assim que o sistema geral está organizado; é especificamente essas pessoas, odiadas, teimosas, egoístas, etc., que devem, em primeiro lugar, perceber o método em si mesmas e proporcionar um exemplo. Assim que fizerem pelo menos um pouco, todo mundo vai começar a estudar com elas.

Isso ocorre porque a propensão de aprender com os judeus é latente em todas as nações do mundo. A base de seu ódio não é respeitada, mas há uma consciência básica que neste povo há algo superior, que é especificamente o que eles querem tanto aniquilar. Isso não deixa as nações descansar, já que está em seu caminho. Esta é uma reação natural, mas, no lado oposto, existe uma disposição interna em adoptar o que é novo e aprender. Assim, o nosso único problema está em criar a sociedade correta.

De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje” 24/09/14

Ser Como Todo Mundo Não É A Nossa Natureza

Dr. Michael LaitmanPergunta: O atual retorno do povo judeu à terra de Israel é uma fase natural?

Resposta: Claro.

Pergunta: Por que eles deveriam voltar a esta terra em particular?

Resposta: Nós não entendemos ainda. No entanto, as pessoas que estão num nível espiritual entendem as diferenças e a singularidade da raiz espiritual em cada um dos seres criados, incluindo animais e, além disso, das diferentes regiões da terra.

Assim, apesar do fato de que a terra aqui não seja fértil e não exista nada “santo” nela, ainda é dominada por certas forças espirituais, assim como um ramo que cresce de uma raiz espiritual.

Pergunta: O que devemos fazer sobre a forte resistência árabe?

Resposta: É perfeitamente natural. Afinal, se nós voltamos a esta terra, nós temos que voltar às nossas raízes espirituais. Em outras palavras, nós temos que cumprir a condição do “ama teu amigo como a ti mesmo”. É com base nesta condição que nós viemos aqui há muito tempo. Moisés nos trouxe até as fronteiras desta terra e faleceu em sua fronteira. Em seguida, seu discípulo, Josué, nos conduziu.

Nós chegamos a esta terra e quando nos estabelecemos aqui, tivemos que dar o exemplo para toda a humanidade, e mostrar como deve ser uma nação que vive corretamente em sua terra. Depois, nós começamos a construir o Templo e cumprir esta missão.

No entanto, nossas ações de hoje são totalmente opostas ao que temos que fazer e, consequentemente, é claro, nós somos constantemente confrontados com problemas de nossos vizinhos próximos e distantes.

Pergunta: Por que o ambiente árabe recebeu este papel?

Resposta: Isso foi escrito há muitas gerações, quando Abraão foi pai de Ismael e mandou-o embora com Hagar. A partir desse momento, há uma espécie de “competição” entre os dois irmãos Isaac e Ismael. Não há nada que possamos fazer sobre isso; o conflito será ainda maior, mas deve ser cumprido no nível espiritual.

Isto significa que, como nação, nós temos que subir ao nível do amor ao próximo, estar em boas relações com o outro, e ser um exemplo para toda a humanidade. Nesse caso, vamos ver imediatamente como tudo ao nosso redor se acalma. Primeiros nossos primos, os árabes, e depois o mundo inteiro vai acalmar a ira, e o ódio no mundo cessará.

Assim, as nações do mundo vão entender que há algo que elas realmente precisam aqui e que podem receber de nós o método para o renascimento da alma, que é o conhecimento que pode torná-las seres eternos. Elas vão começar a perceber que podemos levá-las a uma vida melhor, não só neste mundo, mas para sair para uma dimensão totalmente diferente, além das estruturas deste mundo. Tudo depende apenas de nós e eu acho que nós vamos chegar a isso.

Pergunta: Será que isso significa que há um significado em todas as reclamações que ouvimos contra nós?

Resposta: Elas só servem para nos unir e conectar. Se nossos vizinhos não pressionassem, nós nos destruiríamos e nunca nos uniríamos, mesmo no nível que estamos hoje. A pressão externa sobre nós, a rigidez e o ódio, tudo depende apenas da repulsão mútua que sentimos em relação um ao outro. De um modo geral, nós realmente determinamos o nível de ódio que as nações do mundo sentem em relação a nós.

Pergunta: Portanto, inconscientemente, as nações do mundo querem nos obrigar a ser os professores da humanidade?

Resposta: Sim. É assim que toda a humanidade se relaciona conosco. Todo o seu ódio é apenas para que acabemos por compreender que temos que fazer alguma coisa e que querer ser como eles, como todo mundo, é um “truque” bobo. Esta filosofia, esta abordagem, nos leva completamente no sentido errado.

A origem de Spinoza, a rebelião contra a singularidade independente não é a nossa raiz. Claro, foi proibido permanecer no nível anterior, naqueles tempos, uma vez que tinha chegado o momento para o desenvolvimento espiritual, e espiritual não no sentido que a humanidade imaginou, mas de acordo com as nossas raízes.

Comentário: Por outro lado, você falou sobre o fato de que os judeus também lideraram o desenvolvimento conceitual de toda a humanidade na Babilônia.

Resposta: Eles deveriam ter liderado isso muito tempo atrás, durante o êxodo da antiga Babilônia. Se tudo tivesse corrido bem, a espiritualidade deveria ter se espalhado amplamente após o Primeiro Templo e, gradualmente, todas as nações do mundo teriam aceitado o método da revelação do Criador. Eles teriam se unido e tudo teria terminado ali. Mas isso era impossível porque os babilônios ainda não tinham a raiz que a humanidade precisava. Eles tinham que recebê-la e só foi possível recebê-la quando o povo judeu foi quebrado e dividido entre si.

De KabTV “Babilônia, Ontem e Hoje” 24/09/14

Como Nós Transformamos O Caminho Do Sofrimento No Caminho Da Luz?

laitman_938_02De Shamati # 1: “Não Há Outro Além Dele”: Ou seja, a ela são enviados pensamentos e pontos de vista que são contrários a obra. Isso é para que ela veja que não é um com o Senhor.

A pessoa não está preparada para superar os pensamentos e desejos que são despertados dentro de sua mente e coração. Ela não está preparada para superá-los sozinha, sem o apoio do ambiente. Ela precisa de outras pessoas como ela, que irão lhe mostrar um bom exemplo relacionado a sua condição.

Um bom ambiente é os amigos que estão mais ou menos passando pela mesma situação, cada um de acordo com seus Reshimot (genes informativos) pessoais. Mas para todos eles há a mesma intenção, a mesma meta. Todo mundo entende o que deve ser feito. E mesmo que não entendam, o principal é que eles tentam apresentar um bom exemplo para o outro.

Quando nós passarmos pela próxima etapa do trabalho espiritual e ganharmos força, o ambiente vai nos tratar de forma diferente, vai demonstrar desprezo pela meta. Foi exatamente o que ocorreu com o famoso grupo de Cabalistas de Kotzk.

Se eu tenho uma tela, a Luz e os vasos, o ambiente pode me ajudar sem esperar o próximo obstáculo no caminho. O ambiente vai criar um obstáculo na minha frente que eu preciso superar. Isso é chamado de: “Eu vou apressá-lo”, em vez do caminho do desenvolvimento natural.

Por que eu deveria esperar até receber um peso no coração de Cima se a sociedade pode causar isso? Os amigos vão me mostrar que eles parecem desprezar o caminho espiritual. Eu vou justificá-los, mesmo que isso não seja verdade; eu não vejo a verdade, porque eu estou danificado.

Desta forma, nós transformamos o caminho de sofrimento no caminho da Luz, cada vez colocando um novo obstáculo diante dos amigos e, portanto, acelerando-os, forçando-os a exigir vasos de doação e a avançar. Mas isso só é apropriado para grandes Cabalistas. Nesse meio tempo, nós precisamos mostrar aos amigos inspiração pela grandeza da meta, até que eles passem pela Machsom (barreira) e transformem o caminho do sofrimento no caminho da Luz. Hoje, nós temos que ser a força que puxa toda a sociedade para frente.

A primeira etapa na preparação para o verdadeiro trabalho espiritual é alcançar a sensação de que você está numa Hevrah Kadisha, uma sociedade sagrada. Eu preciso ver que todo mundo é muito maior do que eu, e que eu não sou nada digno de estar entre essas pessoas. Mas eu não estou pronto para justificá-las e apreciar a sua altura.

Cabe a mim tentar identificar que o Criador está nelas, pelo menos imaginar isso artificialmente, e procurar como é possível construir o meu relacionamento com o grupo. Mas o verdadeiro estado de Lo Lishma (não em Seu nome) começa a partir da fase em que eu vejo todos como os maiores da geração. E neste estado eu tenho a oportunidade de avançar com a sua ajuda. Isso significa que eu me coloquei no correto estado de Lo Lishma.

Agora, a sociedade pode me fornecer o combustível com o qual eu vou ver todos como grandes e desejar estar com eles. Eu quero me aderir a eles e aprender com eles, eu quero ser o menor de todos eles; o principal é estar juntos. Esta já é a atitude certa, com o qual eu abordo Lishma desde Lo Lishma. Eu já estou incluído corretamente dentro da alma coletiva e sou grato pelo Criador estar entre os amigos.

A única coisa que me falta é aderir a eles. Isso significa que eu anseio pelo amor dos amigos e, depois disso, do amor dos amigos ao amor pelo Criador.

Mas, até então, eu não posso despertar uma deficiência pelo amor do Criador dentro de mim, se a intenção for pela espiritualidade e não uma deficiência física egoísta como é com todos. Há sinais muito claros disso; se nós julgarmos de acordo com a nossa atitude para com a sociedade, a partir desta atitude é possível examinar o nosso estado.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/10/14, Shamati # 1

Os Filhos Do Universo, Parte 2

Dr. Michael LaitmanNós não podemos dizer que uma pessoa conhece a si mesma, sem mencionar a humanidade em geral. Como resultado, nós não podemos conhecer este mundo, que é a totalidade de todos os níveis: inanimado, vegetal, animal e humano.

Nós não podemos, principalmente porque não nos conhecemos. Nós temos que admitir o fato de que até mesmo a psicologia não é uma ciência no sentido verdadeiro. A essência de uma pessoa sempre permanece um enigma para nós. Nós vemos o resultado e as consequências dos diferentes processos em nós mesmos por nossas reações a algo e as estudamos de uma forma muito limitada, na medida em que somos dependentes e tendenciosos em nossas avaliações.

Além disso, nós somos impotentes quando queremos ascender a um nível mais elevado – aquele que nos criou – e até mais alto até o plano da criação. A julgar pelos diferentes acontecimentos e por nossa própria experiência pessoal enquanto avançamos, nós vemos que todas as forças da natureza estão num sistema que é completo e integral. Estas forças operam de acordo com certos processos e são operadas de acordo com um determinado plano geral sobre o qual não sabemos nada, mas que estamos incluídos.

Porém, a naturezas inanimada, vegetal e animal cumpre o plano instintivamente, pelo comando das ordens da natureza, enquanto nós, junto com a sensação de que estamos envolvidos nisso, temos a sensação de termos nossas próprias ações.

Se nós pudéssemos abordar o estudo da natureza com base nesses dois sentimentos, talvez pudéssemos alcançar algo. Mas a ciência em geral não está envolvida na investigação do nível humano, porque não temos meios reais para medi-lo.

Consequentemente, nós só observamos o que está acontecendo, e essa é a essência de nossos estudos. Nós observamos, coletamos dados e estabelecemos um sistema de conhecimento científico. Além disso, nós podemos usar as nossas modestas opções para influenciar os vários fenômenos e estados da natureza inanimada, vegetal e animal, assim como o homem, e observar a reação que nos permite entender alguma coisa.

Mesmo se ignorarmos o fato de que todas as nossas observações e estudos são baseados em nossa percepção subjetiva, os resultados ainda são um resumo que, em essência, nos dá pouco. Afinal, eles são produto de nossos cinco sentidos limitados.

Ao estudar a flora e a fauna, nós podemos ver o alcance da nossa percepção, mas estes resultados são incertos, nós os comparamos com nós mesmos e não com o padrão atual. Nossa visão tridimensional, a batida do nosso pulso, o movimento do sol e da lua que mede um dia, eras geológicas e a idade do universo, todas as medidas são muito subjetivas.

Assim, o nosso desejo de conhecer o universo não é realmente muito sério. Uma pessoa é como uma criança que atribui capacidades realistas para si mesma. No final, nós usamos apenas as forças da natureza que podemos alcançar. Nós as coletamos e apresentamos em desenhos simples e as usamos de acordo com as nossas capacidades.

Nós não diferimos muito do homem pré-histórico que usava uma vara para construir ou destruir. Nossas varas são um pouco diferentes: aceleradores de partículas, observatórios, etc., mas o princípio é o mesmo. Nós somos como bebês que querem tocar em tudo e colocar em suas bocas, mas estamos apenas em outro nível.

Nós sequer estamos conscientes de como somos limitados. Aqui e ali, nós descobrimos que a natureza é muito mais ampla e profunda, mas não sabemos para onde e como se expande. Nós não conseguimos penetrar nas dimensões superiores ou sair da nossa estrutura tridimensional: as coordenadas de tempo, espaço e movimento.

De KabTV “Uma Nova Vida” 02/03/14