Eliminar As Disparidades Numa Nação

laitman_426Pergunta: Você fala sobre a necessidade de consolidar todo o povo numa família, mas não é este o sonho da extrema-direita europeia, “Nós somos uma família, e eles não são”?

Resposta: O problema da facção mais à direita é que ela coloca seu próprio povo num lugar especial, acima de todo o resto dos povos. No entanto, aqui nós não estamos falando de subir acima dos outros, mas da união entre as pessoas. O que há de errado nisso?

Suponha que eu sou francês e outras nações não me interessam. A França é totalmente suficiente para mim, e eu não quero que aqueles que não são considerados franceses vivam na França. Além disso, isso se refere ao francês de acordo com a cultura e não o nacionalismo.

Belgas virão e até mesmo judeus. A principal coisa é que nós tenhamos uma cultura geralmente uniforme, uma visão compartilhada das coisas. Assim, a França é a nossa nação comum. Nós estamos de acordo com a sua constituição, legislação, costumes, normas e linguagem.

Assim, se um determinado setor aumenta esta unidade, não importa como ele é chamado: direita, esquerda, centro, etc. Esta abordagem é boa, já que não se realiza à custa de outras nações. Eu não olho para os outros. Eu simplesmente quero que o meu país viva em paz e tranquilidade, seja feliz e próspero.

O que há de ruim nisso? Uma pessoa se preocupa com sua nação. Ela quer que o seu povo viva como uma família. Mesmo que ela não tenha uma visão ampla ou a força moral para se preocupar com os habitantes de outras nações, e mesmo que isso seja chamado de “nacionalismo”, ela está num sentido correto. Ela não é um chauvinista. Ela não tem ódio para com os outros, para com os estrangeiros. Ela só está preocupada com o seu próprio povo, e não à custa de outras pessoas.

É verdade que, num caso como este, a nação não esteja pronta para entrar em algum tipo de parceria, como no exemplo da atual União Europeia, mas não há necessidade disso também. Primeiro o seu povo passa por nova educação, luta pela igualdade, a unidade, num nível geral comum aceito por todos. Aos poucos, as pessoas vão absorver novos valores, de modo que elas mesmas já desejarão alcançar algum tipo de média ideal, uma cesta de produtos e serviços necessários que são uniformes para todos.

Certamente, nós não dizemos que seja um padrão geral. A prosperidade pode variar em duas ou três vezes. No entanto, em suma, esta é uma pequena diferença, o “jogo” social e não um abismo social, como é hoje.

Pergunta: Se a extrema direita aceitar uma abordagem como esta, eles vão aumentar o seu sucesso?

Resposta: Com certeza Para isso, é necessário mudar a legislação na direção apropriada. Em grande escala, é necessário registrar o que é essencial. Todos os habitantes da nação devem aceitar sua cultura. Eles devem ser, digamos, francês, independentemente da fé religiosa. A pessoa deve ser leal à pátria a que chegou.

Por exemplo, os afro-americanos nos Estados Unidos não agem contra sua nação. Eles especificamente se sentem americanos. Sim, eles têm diferenças de opinião com outros setores, mas vivem em sua nação.

De acordo com isso, na Europa, mesmo que você seja um muçulmano, você deve manter sua fidelidade à nação em que vive. Caso contrário, você invalida seu direito de viver lá.

Pergunta: Uma unidade nacional como essa é um pré-requisito para a unidade do mundo?

Resposta: Não, mas agora nós estamos falando de uma região específica, das nações europeias, onde a tensão entre os setores tem crescido e, neste contexto, a União Europeia não se encontra na ordem do dia por enquanto. É possível falar de cooperação econômica e militar, mas esta não é a unidade. Pelo contrário, estas são atividades conjuntas numa base contratual.

Por outro lado, a verdadeira unidade representa uma transição aos relacionamentos familiares. Isso é algo que é muito mais denso, mais íntimo, profundo e abrangente, quando toda a Europa se torna realmente um lar comum para seus habitantes. No entanto, eles não estão prontos para isso hoje, porque estão muito longe uns dos outros.

De KabTV “Uma Nova Vida” 09/09/14