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A Raiz Do Ebola: Minha Saúde Não Está Em Minhas Mãos

laitman_547_04Nós mesmos produzimos fenômenos como o Ebola; nós mesmos causamos tais surtos, picos de desequilíbrios. Muito foi dito sobre isso no quadro de antigas práticas de cura, incluindo as orientais.

A medicina moderna tem evoluído ao longo dos últimos séculos e, antes disso, um médico de verdade não se limitava a dar remédios.

Muitos antigos sábios e curandeiros ressaltavam a importância do equilíbrio mental de uma pessoa, que tem um efeito sobre o equilíbrio corporal, em sua saúde.

No entanto, os tempos eram diferentes, nós não estávamos ainda tão interconectados uns com os outros e por isso cada pessoa individualmente poderia determinar o seu estado de saúde, cuidar do equilíbrio de seu sistema interno com a natureza, com o ambiente. Assim, um médico podia tratá-lo com tinturas e outras substâncias naturais, que tinham um impacto real.

Hoje, elas são impotentes porque temos sido envenenados pelo ambiente e estamos num nível completamente diferente de desenvolvimento do egoísmo. Mas, no passado, os remédios naturais, compostos pelos elementos da natureza inanimada, vegetal e animal faziam o seu trabalho, junto com as medidas para manter ou restabelecer o equilíbrio do paciente com o ambiente no nível humano.

Hoje em dia, esse fator mal depende da própria pessoa. Os laços estreitos da “aldeia global”, a interconexão universal, não permitam que ela se equilibre e cure realmente apenas por meios naturais. Num mundo global, o equilíbrio não depende de uma pessoa, mas da sociedade.

Portanto, eu recomendaria as organizações internacionais como a ONU, UNESCO, OMS e outros cuidar desse problema. Mas elas devem tomar cuidado adequadamente, entendendo que, desde tempos imemoriais até os dias atuais, no final tudo depende apenas do equilíbrio entre as pessoas, que a partir deste grau “se espalha” para baixo, para os níveis mais baixos da natureza e do nosso ser.

De KabTV “Uma Nova Vida” 19/10/14

A Proibição Do Incesto

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Levítico”, 18:6: Nenhum de vós se aproximará de qualquer parenta da sua carne, para descobrir a sua nudez. Eu sou o SENHOR.

Há uma separação clara das partes masculina e feminina no sistema espiritual que desce do alto: a Luz de Hassadim (mãe) e a Luz de Hochma (pai).

A Luz de Hochma desce através do pai e a Luz de Hassadim desce através da mãe. Elas podem se cruzar sob a forma de crianças, mas apenas em certa combinação e não aleatoriamente.

A combinação pode ser quando certa quantidade de Luz de Hochma entra na Luz de Hassadim, que ela pode conter. Isto significa que o atributo de doação tem que ser no valor que ele pode conter a Luz de Hochma: o prazer a fim de doar, um preenchimento para o bem da disseminação.

É porque toda ação tem que ser por amor, doação, e pela correção dos outros, de acordo com a regra do “ama o próximo como a ti mesmo”. Tudo é direcionado à doação, visto que a alma de uma pessoa é externa a ela.

Ações que são direcionadas ao meu próprio benefício e que exceda a medida necessária para a minha existência são inválidas, não kosher, e imediatamente destroem as almas. Assim, uma pessoa tem que avançar dentro de certos limites, entendendo que só pode chegar a certo limite e nada mais. Como isso pode ser mostrado a ela com antecedência? Há um sistema espiritual que desce do alto, a fim de capacitá-la a se concentrar adequadamente apenas na doação e avançar corretamente na medida em que ela entende os limites das opções que tem, e para determiná-las de forma independente e usá-las livremente.

Ele deve nos ensinar e nos mostrar as opções que temos. Quando ensinamos uma criança, nós a mostramos o que é permitido e o que é proibido, o que é bom e o que é mau. Primeiro mostramos algo a uma criança e depois queremos que ela não somente execute o que lhe mostramos, mas também dê um meio-passo à frente. Da mesma forma, o sistema espiritual deve ensinar à pessoa habilidades com as quais ela pode avançar de forma independente. Assim, o sistema de Adão (ser humano) tem que se desenvolver de forma independente.

Em nosso mundo, nós nos desenvolvemos apenas por golpes e punições. Nós vemos que a humanidade é constantemente confundida e que não podemos agir corretamente porque nós crescemos em nosso ego. Tais erros são impossíveis no mundo espiritual.

A fim de proteger uma pessoa em seu crescimento espiritual, um sistema de autoaprendizagem tem que ser criado nela, não o tipo que geralmente criamos de cima para baixo, mas de baixo para cima, quando uma pessoa ainda não sabe o que fazer. Isso só é possível no mundo espiritual, graças a seus atributos.

A palavra “proibido” na Torá significa impossível. A proibição do incesto entre parentes significa que é impossível criar parte da alma nesta combinação, uma vez que cada ação que fazemos é uma correção consistente de outra parte da alma.

É impossível corrigir uma determinada parte por esta ação porque um vaso que não está apto para a correção é formado dessa forma. A Luz desce do alto, em duas linhas. Uma delas é a parte chamada pai e a outra é a parte chamada mãe, e elas só podem ser combinadas em determinados níveis.

A combinação deve ser entre sinais que estão totalmente desconectados que descem de uma única parte do sistema. Em outras palavras, o atributo de doação e o atributo de recepção têm que se renovar constantemente nas partes totalmente novas da alma. Aproximar-se de forma idêntica, o que decorre de uma fonte superior, é impossível.

Pergunta: Existe um exemplo disso em nosso mundo?

Resposta: Claro. Tudo o que existe no mundo espiritual na forma de raízes, é revelado em nosso mundo na forma de seus derivados. Assim, há a proibição do incesto entre um pai e uma filha, uma mãe e um filho, etc.

Estes derivados existem em nosso mundo e levam a resultados negativos. Os problemas psicológicos e mentais causados ​​pelo casamento de parentes dos monarcas europeus e seus descendentes são bem conhecidos.

Incesto só é possível no nível animal, mas a descendência dos animais é totalmente separada da sua mãe e a conexão biológica e genética com os pais desaparece. Vários anos mais tarde, eles podem facilmente entrar em contato um com o outro, não percebendo que são parentes.

Isso é impossível no ser humano, pois ele está ligado à Luz Superior, enquanto que os animais estão num nível inferior.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 19/03/14

Perdão, O Primeiro Passo Para A Correção

Laitman_036É costume ler o Selichot (perdão, expiação) no Sidur antes de Rosh Hashaná e pedir perdão por todos os erros e pecados que cometemos no ano anterior. A pessoa geralmente pede perdão se ela fez algo de errado com alguém, não para corrigir o mal. Mas o Selichot é a revelação do reconhecimento do mal que foi causado intencionalmente ou não por nós.

Nós todos sabemos que, mesmo no tribunal, pedir perdão ou um pedido de desculpas de um lado para o outro é levado em conta. Às vezes, o tribunal decide que o agressor deve pedir desculpas ao agredido, e se este perdoa o agressor a pena é atenuada.

Isto significa que pedir perdão já é uma correção, uma vez que a pessoa admite que tem causado danos. Embora ela não tenha corrigido isso ainda, já se compromete a corrigi-lo. Pedir perdão é o primeiro passo da correção, por isso nós temos que valorizá-lo e levá-lo em conta.

Nós dizemos Selichot no final do ano, no final de um ciclo, no final de um nível espiritual. Nós completamos o nível espiritual num bom estado, já que a Torá sempre fala de uma subida, mas, ao mesmo tempo, nós alcançamos destruição. No final do ano há o Nono Dia de Av, juntamente com todos os problemas a ele associados: a destruição do Primeiro e do Segundo Templos e muito mais. Depois, há o momento de Selichot, em que nós descobrimos os resultados da quebra e percebemos o quão quebrados, baixos e repugnantes nós somos, e, em seguida, pedimos perdão.

Curiosamente, o mês em que choramos e pedimos perdão de coração partido por causa do reconhecimento do mal é chamado de “Elul“, que é o acrônimo hebraico para “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu”.

Mas se eu percebo que sou mal, é culpa do Criador, porque Ele criou a minha inclinação ao mal. Portanto, por que eu deveria pedir perdão por isso?

Acontece que o resultado desejado do nosso trabalho, do novo nível que adquirimos, é a revelação da inclinação ao mal em nós. Nós descobrimos o mal em nós e o atribuímos a nós mesmos, percebendo que ele está dentro de nós e queremos nos livrar dele. Caso contrário, não é chamado de reconhecimento do mal.

Se uma pessoa se sente mal em seu ego (seu desejo de receber), ela imediatamente quer se livrar dele. Se eu me arrependo de minhas ações, eu me comprometo a me livrar dos atributos em mim, mas, por enquanto, eu não sei como fazer isso. Nesse meio tempo, eu não posso fazer isso, já que não tenho o poder e a compreensão de fazê-lo. Mas eu percebo que ele é mau, ou seja, que eu determino o meu estado.

Trata-se da conexão entre nós, porque toda a correção começa com isso. Isso significa que todo o mal é revelado em contraste com a unidade, que nós não queremos, rejeitamos e tentamos escapar de todas as maneiras que pudermos. Este é todo o mal; esta é a nossa inclinação ao mal.

Naturalmente, a inclinação ao mal nos foi dada de Cima pelo Criador. Nós não choramos pelo fato de que ela faz parte de nós, mas pelo fato de que não queremos nos livrar dela! Choramos porque nos identificamos com o ego e estamos prontos para permanecer nele para sempre! Nós não lamentamos o mal, mas o fato de que concordamos em viver nele.

Nós devemos direcionar todas as nossas queixas ao Criador, “vá ao artesão que me fez”. E qual é o meu pecado? É culpa minha que eu não trabalhei o suficiente com os meios que Ele me deu, a fim de me livrar desse pecado? É sobre isso que eu choro, sobre a minha impotência e minha relutância em ser livre do meu ego.

Nós choramos sobre a nossa incapacidade de sair do nosso ego e pedir ao Criador para nos ajudar, percebendo nossa fraqueza em relação à inclinação ao mal que é revelada.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 07/09/14, O Zohar

Muitas Coisas Existem Neste Mundo

laitman_202_0Pergunta: Eu li seus materiais e fiquei surpreso com a questão do desenvolvimento do ego e os estágios intermediários entre os níveis inanimado e vegetal (coral), vegetal e animal (“cão do campo”), animal e humano (macaco).

Muitos se perguntam o que é o “cão do campo”? É um esquilo no deserto de Arava ou outro tipo de esquilo? Afinal, você está se referindo a um animal vegetativo. Você poderia apresentar um nome científico exato, de preferência em latim, se possível?

Caso contrário, vai parecer ingênuo e ridículo, e não há qualquer subcategoria científica. As crianças na escola aprendem que o macaco também é um animal. Enquanto o macaco é semelhante ao ser humano, ele pertence aos animais, mas pode constituir uma espécie de ponte para as pessoas. Todos estes materiais devem ser apresentados através de editoração científica.

Resposta: Eu vou deixar a busca por confirmação científica das palavras do ARI para você. Ele era um grande Cabalista que atingiu o mundo superior e de lá descreve a sua estrutura na linguagem dos ramos, que é o resultado do nosso mundo.

O que ele quer dizer exatamente, eu não me atrevo a discutir, mas estou certo de que se ele escreveu a partir de sua realização das raízes superiores, uma planta-animal, como o “cão de campo”, existe, embora ainda que não tenha sido descoberto pela ciência ou conhecido com esses atributos.

Eu também não sei exatamente a que tipo de macaco de nossos ancestrais evolutivos ele se refere. Os cientistas tentam testar qual deles é o mais próximo de nós, mas eles também podem cometer erros.

Eu só trago as palavras do ARI cuja opinião é correta, sem qualquer sombra de dúvida. Por outro lado, o homem irá gradualmente descobrir todas as raízes superiores de dentro de sua realização espiritual e, consequentemente, os ramos correspondentes.

Opinião (EP Fridman, Primatologia Interessante): Um homem tem vinte e três pares de cromossomos, e os macacos superiores têm vinte e quatro pares. No entanto, não se deve pensar que os outros macacos, incluindo os mais inferiores tão distantes do homem em sua estrutura cromossômica, determinam uma grande semelhança entre os tipos de homem e muitos tipos de macacos inferiores.

No entanto, entende-se que a maior similaridade de cromossomos é determinada entre o homem e o chimpanzé, em até 98%. Existe uma menor semelhança entre os outros tipos de macacos em comparação com o homem e o chimpanzé.

De acordo com os principais sinais básicos de semelhança entre o homem e o macaco, de acordo com cromossomos e sistemas genéticos, o mais próximo é o chimpanzé e o gorila. Depois deles vem o orangotango e, depois disso, o gibão.

A semelhança entre o homem e os macacos não pode ser comparada com o resto dos animais de acordo com a estrutura e os atributos de muitos hormônios. Na cadeia da hemoglobina do gorila, há um total de duas substituições de aminoácidos. O bioquímico Zurkerkendal, comentou: “O gorila é considerado justificadamente como um homem anormal, ou o homem é considerado um gorila anormal”.