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Os Judeus Foram, São E Serão Culpados Por Tudo

Dr. Michael LaitmanDe M. Brushtein:

Durante esses últimos dias de calor, os mísseis do Hamas, acompanhadas por alarmes, visitaram regularmente todo o território da nação de Israel. Enquanto isso, o sistema antimíssil, a cúpula de ferro, foi bem sucedido em interceptar os hóspedes não convidados. Em seguida, o IDF (Força de Defesa Israelense) iniciou uma operação terrestre.

Junto com isso, no fundo de nossos corações, todos entenderam que não havia solução militar, política ou outra solução racional para este problema. Foi possível tentar diminuir o problema na agenda, confundir todo mundo ou fingir que ela não existia, mas não havia nenhuma solução verdadeira, e não haverá.

Por que é impossível convencer, relaxar, ou, em última instância, aniquilar aqueles que odeiam Israel? É porque todo mundo sente, ou pelo menos assume, que Israel e os Judeus são sempre os culpados por tudo.

Os judeus foram, são e serão culpados por tudo. Todos eles são os culpados, mesmo aqueles que estão apenas prestes a nascer. Os judeus são os culpados pelo estabelecimento da polícia soviética, e também são culpados por destruir esta polícia. Os judeus que saem são os culpados por sair, e os judeus que ficam são os culpados por ficar. (V. Boinovich, autor russo, poeta e dramaturgo)

Há aqueles que pensam que o povo aprendeu uma lição no Holocausto. Certamente agora, todo mundo odeia os sionistas e não os judeus. Eles odeiam Israel e tudo relacionado a ele.

Pouco tempo atrás, a Liga Anti-Difamação (ADL) publicou um relatório estatístico sobre o nível de antissemitismo. De acordo com os dados, mais de um quarto da população do globo sente grande hostilidade para com os judeus. Em palavras simples, eles são antissemitas. As estatísticas estão erradas, porque há muito mais antissemitas. Simplesmente, alguns admitem isso e alguns ainda não.

Todas as pessoas entre as quais vivemos, todas juntas e cada uma separadamente são antissemitas, expressos ou implícitos. (Chaim Weitzmann, primeiro presidente da nação de Israel).

Tanto os judeus como os que não são judeus devem, em última análise, reconhecer que a fonte desta atitude para com os judeus está além de toda compreensão racional.

Quem, por exemplo, no final dos anos quarenta, pregaria de forma séria e aberta que o ódio dos judeus seria semelhante ao que está acontecendo hoje na Alemanha? (Coleção Literária Histórica).

Adivinhe quando estas linhas foram publicadas. Foi no ano de 2014? Talvez tenha sido em 1980, mas não, foi no ano de 1880. Além disso, há cem anos, e mil anos atrás, a atitude em relação aos judeus não mudou. Na melhor das hipóteses, as pessoas toleravam eles, e, na pior das hipóteses, os aniquilariam. Por trás de todas as nossas tentativas de encontrar uma razão lógica para o ódio para com os judeus se oculta a esperança de encontrar uma solução racional para o problema.

Vale a pena parar de procurar por soluções lógicas e, pelo contrário, tentar procurar algo ilógico.

O antissemitismo é irracional e não está sujeito aos ditames da razão “(George Orwell, autor inglês e jornalista).

No ano de 1940, a primeiro (e, evidentemente, a última) edição do jornal, A Nação, foi publicado. Um trecho do artigo:

“Este jornal A Nação é uma nova criação. É um tipo de criatura que nasce nas angústias, nas difíceis e terríveis dores de parto: do veneno do ódio que se autorizaram as nações do mundo para nos aniquilar da face da terra, a ameaça de extinção de milhões de nossos irmãos, e ainda as suas mãos estão estendidas – esta criação sádica neles não conhece satisfação. E mais, o desastre duplica; não podemos nos iludir de que tudo isso é apenas um fenômeno passageiro temporário”. (Baal HaSulam).

E isso é o que o autor escreve sobre a solução para o problema:

“Portanto, eu disse que nós precisamos organizar uma única instrução para nós mesmos através de uma ampla campanha, para inserir em cada um de nós sentimentos de um toque de amor nacional de um indivíduo para com outro e destes indivíduos para com o todo, para restaurar e revelar o amor nacional que foi implantado entre nós quando estávamos em nossa terra como uma nação entre as nações. E este trabalho vem antes de qualquer outra coisa, pois além de ser fundamental, ele também dá estatura e sucesso a todos os tipos de atividades que queremos fazer neste campo”. (Baal HaSulam).

Uma solução como esta irá confundir qualquer pessoa normal. Qual é a conexão entre o que aconteceu com os judeus da Europa e a educação para o amor nacional entre os judeus que vivem na terra de Israel? É verdade que nós não vemos uma conexão direta, e, por outro lado, dizemos que não há nenhuma conexão direta e racional com o problema judaico.

A pessoa que sugeriu essa solução ilógica, Baal HaSualm (Rabino Yehuda Ashlag, 1884-1954), foi o maior Cabalista do século XX. Ele escreveu o comentário sobre O Livro de Zohar. É interessante que uma solução semelhante para o problema tenha sido sugerida não só pelos Cabalistas, mas por antissemitas.

“Uma obrigação é imposta ao povo judeu para cumprir as profecias antigas que estabelecem que todas as nações do mundo serão abençoadas por eles, e para isso eles são obrigados a começar a realizar este novo serviço”. (Henry Ford, fabricante de automóveis americano, imprimiu e distribuiu o “Protocolos dos Sábios de Sião”)

E assim nós somos obrigados a esclarecer que profecias ele está falando.

“Porque Eu vos tomarei dentre as nações, e vos reunirei de todos os países, e vos trarei para a vossa terra. E Eu espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícies e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Um novo coração também Eu vos darei, e um espírito novo porei dentro de vós; e tirarei o coração de pedra da vossa carne, e Eu vos darei um coração de carne”. (Ezequiel 36: 24-26)

Seja o que for, a nossa experiência histórica mostra que o problema do antissemitismo existiu e ainda existe. Não só os nossos vizinhos, mas todas as nações do mundo não vão nos deixar em paz. A solução racional é a paz para o território em troca de outra coisa que não vamos aceitar, que todo mundo sabe. Talvez valha a pena tentar resolver este problema de forma irracional, como Baal HaSulam escreve? Se outros acreditam nisso, por que não devemos acreditar?

“Eu acredito que um futuro maravilhoso será revelado aos judeus, e não como uma nação gerida por alguém, mas como a realização de grandes ideais da nossa civilização”. (Harry Truman, 33 º Presidente dos Estados Unidos).

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/10/14, Shamati # 5

Esforço Automático Ou Consciente?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós entendemos que o processo do nosso avanço se torna cada vez mais eficiente, mas junto com isso, torna-se cada vez mais difícil, num bom caminho. Como é possível adicionar a felicidade e, graças a isso, para que não sejam apenas palavras? Onde nós obtemos a excitação e euforia, embora os eventos possam não ser tão agradáveis?

Resposta: A felicidade é derivada de um entendimento de que tudo isso vem do Criador e que tudo é para o nosso progresso, para que, juntamente com o grupo, nós alcancemos um corpo compartilhado chamado de alma. De qualquer forma, a humanidade está avançando, mas não conscientemente; enquanto nós estamos avançando de forma consciente. Toda a diferença é essa e esta é realmente uma tremenda diferença.

Imagine um corpo que está trabalhando automaticamente, porque a cada momento é movido por meio de novas condições, e a mente, que não funciona automaticamente, conscientemente reage, examina e decide como agir.

Olhe para as pessoas ao seu redor, como elas estão lutando por sua sobrevivência. É assim que elas inconscientemente realizam o programa da criação. O ritmo do seu trabalho é lento, com um baixo limiar, e leva muito tempo até que algo aconteça com elas. Mas, em nossos tempos, esta frequência está aumentando.

Nós recebemos um sistema completamente diferente, um sistema de participação consciente em nossas mudanças. A principal coisa é estar incluído nele e superar todos os tipos de problemas. Para nós, é muito mais difícil vencê-los do que para uma pessoa normal, porque esses problemas parecem sem sentido para nós, já que não há necessidade deles, e eles são apenas distúrbios. Nós vemos que seria melhor estar envolvido em outra coisa.

Em geral, uma pessoa sabe que assim é a vida, e ela não pode fazer nada sobre isso. Para nós isso não é vida, assim como tudo o que é encontrado no mundo não é a vida. Mas, por outro lado, nós recebemos a oportunidade de olhar para isso de um nível mais elevado; nós entendemos que recebemos o nosso mundo para que sejamos capazes de ativar a nossa intenção. Nós realizamos estas ações para superar os distúrbios, mas com a intenção de que com isso, entremos no estado mais elevado, no sistema maior.

Por muitos anos, os Cabalistas trabalharam duro para ganhar o seu pão de cada dia. Baal HaSulam trabalhou na construção civil. Ainda hoje, em Bnei Brak, um edifício é preservado que ele ajudou a construir. Rabash trabalhou na construção de estradas, e depois como um sapateiro. Ele mudou de profissões muitas vezes antes de começar a trabalhar como balconista em alguma instituição no final de sua vida.

A vida dos Cabalistas era muito difícil, mas eles não fugiam disso. A principal coisa é que, juntamente com isso, eles podiam conscientemente continuar a trabalhar para o bem do Criador, avançando em direção a Ele, acidentalmente, graças a essas situações terríveis.

O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 67

Do livro, O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein

Capítulo 5. Amarrados por Uma Rede

Tudo o que existe está conectado entre si de modo que um segue o outro e, além disso, um vem e nasce do outro. Tudo está amarrado num nó e é um ser total, que pode só atingir a perfeição se tem absolutamente todos os detalhes.

Unidade é o Objetivo da Natureza

Todos os líderes se voltam para seu povo com ideias de unidade. Estas ideias são sempre bem-vindas por todos. O problema é que a unificação que eles oferecem é muitas vezes visando derrotar alguém ou superar algo. O que há de errado com isso?

O fato é que ao derrotar alguém ou superar algo, nós chegamos à desunião e ou desintegração em outros níveis. Os exemplos não são difíceis de encontrar. Qualquer guerra, mesmo a mais libertadora, provoca vítimas. É assim que tem sido e também está acontecendo hoje. Nós não somos capazes de prever as consequências de nossa unificação.

Nós somos unidos pela Natureza de acordo com o seu próprio programa. Este processo iniciou-se após o Big Bang, e continua até hoje. A tendência de unir permeia toda a humanidade. Isso é conhecido por muitas pessoas; Fala-se muito sobre isso, especialmente hoje em dia, mas nós não tiramos conclusões e não queremos tirá-las.

“Com todas as opções, nós que temos a tendência inexorável da evolução humana a desde a era das sociedades até a era das supersociedades”. (Alexander Zinoviev, Rumo à Supersociedade)

Nós continuamos a viver de acordo com os nossos próprios interesses, que não são necessariamente os mesmos, se assim posso dizer, que os interesses da Natureza. De onde vem essa confiança? Tudo é muito simples. Nós nunca tentamos levar em conta esses “interesses naturais”. Na verdade, que interesses pode ter a Natureza? Não é só bobagem falar, mas mesmo pensar.

Nós devemos nos unir, porque esta é a diretriz da Natureza, e a própria Natureza tem que nos ajudar com isso. Na segunda parte do livro, nós discutimos em grande detalhe o método da unidade, que é baseado nas leis da Natureza. Agora, vamos colocar a pergunta sem rodeios: Por que precisamos nos unir? Onde podemos ver os benefícios de tal unidade na vida?

Nós podemos aprender algo sobre os benefícios da unidade com uma história que aconteceu em 1968.

Naquela época, o submarino nuclear americano Scorpion desapareceu em circunstâncias estranhas. O último contato via rádio com o Scorpion ocorreu no dia 21 de maio, quando o submarino foi localizado a 400 km a noroeste dos Açores, cinco dias antes de seu retorno programado para a Estação Naval de Norfolk. Havia 99 tripulantes a bordo.

Foi realizada uma busca num raio de 20 milhas e a uma profundidade de mais de mil metros.

Um dos oficiais da Marinha, John Craven, propôs a aplicação de uma maneira incomum de calcular as coordenadas do submarino. Ele reuniu um grupo formado por matemáticos, mergulhadores, socorristas e outros profissionais.

O grupo recebeu toda a informação conhecida sobre o submarino. A informação era muito escassa e ninguém sabia o principal: o que aconteceu com o barco, qual era a sua velocidade e qual o curso que ele tomou.

A essência da técnica de Craven foi a seguinte: o grupo organizou discussões em conjunto, onde simularam vários cenários sobre o que tinha acontecido.

Na fase final de discussão, cada participante apresentou sua versão do que aconteceu. Craven reuniu todos os cenários e montou uma previsão coletiva das coordenadas do submarino, que, aliás, não coincidia com qualquer cenário.

Cinco meses se passaram. O submarino afundado foi descoberto a uma profundidade de 3.000 metros. A localização do barco acabou por ser apenas 183,4 metros de distância do ponto que o grupo de Craven indicou.

Conclusão: individualmente, cada membro não sabia nada, e, ao mesmo tempo, o grupo sabia tudo. A consciência coletiva do grupo é maior do que a consciência de um único indivíduo.

“Os enigmas desconcertantes que na Natureza nós chamamos de capricho, e na de vida humana de chance, são estilhaços de uma lei revelada a nós em vislumbres”. (Victor Hugo, O Homem Que Ri)

O Segredo Das Dez Tribos, Parte 6

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se o povo alcançou o nível do Templo, como pode a memória de uma conexão tão elevada desaparecer de repente?

Resposta: O amor passa e o ódio vem. A força da Luz que sustenta esse estado altruísta, esta conexão, desaparece.

Ela foi atingida com a ajuda da Luz, e no momento em que esta deixa de iluminar, a descida e a queda são imediatas e não nos lembramos de nada, como se isso nunca tivesse existido.

Esta é a descida e a queda depois da destruição do Primeiro Templo. Primeiro começa o exílio babilônico e depois Nabucodonosor vem e leva as dez tribos, de modo que apenas duas tribos são deixadas.

Pergunta: Por que ele as leva? Por que essas dez tribos desapareceram?

Resposta: Isso, em princípio, será descoberto no futuro, mas, de qualquer forma, é essencial que elas se dissolvam totalmente na humanidade. Elas carregam sem saber o princípio do “ama teu amigo como a ti mesmo”, e elas vão voltar. Nestas centelhas foram semeadas as sementes do amor que foram plantadas na humanidade e vão se espalhar por toda a terra, bem como nos babilônios.

Pergunta: Portanto, novamente há um encontro entre Abraão e Nimrod com a Babilônia.

Resposta: Sim, mas não é o mesmo Abraão. Ele caiu ao nível da Babilônia e, portanto, eles podem se conectar a ele. É aí que reside o potencial espiritual nele que gradualmente leva ao desenvolvimento das pessoas e ao desenvolvimento das nações no nível corpóreo normal.

Não é apenas um processo técnico, mas também científico, artístico, pedagógico e literário. Em suma, isso afeta todos os processos da sociedade. As dez tribos colocam em movimento este processo, uma vez que após a queda do nível espiritual, elas ainda têm o desejo de avançar e se desenvolver. Assim, elas desenvolvem toda a humanidade.

Mas elas a desenvolvem de uma forma muito interessante. Nós podemos encontrá-las entre os grandes inquisidores, os grandes líderes religiosos, e entre os grandes cientistas que aparentemente não têm conexão alguma com os judeus. Nós apenas precisamos cavar um pouco mais fundo.

Os babilônios ainda existem de acordo com o princípio simples de “deixem-me viver em paz”. Permitam-me ligar meu aparelho de TV no meu apartamento e me deem algo de comer e pronto, eu não preciso de mais nada.

Esta é a Babilônia. No entanto, os estímulos de invocação que não vão deixar a pessoa chafurdar-se é o resultado das dez tribos que se espalham por todo o mundo.

Não pode ser de outra maneira. De onde surgirá o progresso se não de uma vontade que é visa ascender? A inclinação à ciência, à literatura, à arte e à autoexpressão também decorre do desejo de alcançar o Criador, mas através de um desejo egoísta não focado no amor e na doação além do ego, mas que se expressa pelo amor próprio.

Após a destruição do Primeiro Templo, as dez tribos começaram a fazer o seu trabalho no nível geral aceito e as duas tribos que restaram, que simbolizam a nação de Israel, continuaram a avançar em sua ascensão acima do ego.

De KabTV ” Babilônia Ontem e Hoje”, 03/09/14, Parte 5

O Amor De Uma Visão Panorâmica

Dr. Michael LaitmanNão há nada mais forte do que a conexão entre um homem e uma mulher que se tornaram próximos um do outro. Desde a infância, cada um de nós sonha em encontrar um amor, ser amado, e ser cercado de calor por todos os lados. Nós buscamos essa ternura materna toda a nossa vida.

Não faz diferença quem você é e o que você é, e se você é jovem ou velho, ingênuo ou experiente, casado ou solteiro, a necessidade de um relacionamento é comum a todos nós. O papel do amor e da sua influência é maior do que qualquer outra coisa. Problemas familiares são expressos no trabalho, na nossa saúde, e em outros aspectos de nossas vidas. Não há nada mais forte do que essa conexão, ou o desejo por ela quando ela entra em colapso. Toda a nossa vida gira em torno do amor.

Vamos primeiro nos afastar dos detalhes e tentar olhar para isso de longe, de uma visão panorâmica.

Por natureza, uma pessoa tem que fazer parte de um ambiente. Nosso ambiente global é a terra onde vivemos e as condições físicas do ambiente. Tudo isso nos permite crescer e desenvolver.

Nossa vida começa com uma pequena semente no útero da mãe. Aqui, no lugar mais seguro que a Natureza preparou para o homem, ele tem total apoio. Ele não tem que fazer nada e todos os sistemas necessários operam sobre ele.

Depois que nasce, o bebê alcança os braços amorosos de seus pais e familiares que cuidam dele. Indefeso, ele depende totalmente deles. Assim, o amor continua o seu papel de proteção da Natureza até a proteção de sua família.

Aos poucos, ele cresce e aprende a andar, como se envolto numa camada de preocupação geral que se baseia nas leis do mundo e da sociedade humana. Na medida em que cresce, ele recebe um tratamento afetuoso especial.

Conforme cresce, ele precisa de um ambiente ainda mais forte e confiável. Afinal de contas, ele encontra novos problemas. Parece que ele se tornou livre e independente, como se não precisasse de ninguém, e não dependesse de ninguém, mas, na verdade, não é assim. Não é por acaso que os nossos antepassados disseram que depois que um homem deixa a casa de seus pais, ele tem que se apegar à sua esposa, o que significa ter uma família para que as relações nela sejam fortes e duradouras, a fim cuidar de sua prole.

A Natureza imprimiu diferentes padrões de comportamento em diferentes animais: alguns se conectam aleatoriamente e a fêmea cuida dos filhotes, enquanto outras criam seus filhos juntos. Ao mesmo tempo, os seres humanos são obrigados a manter a conexão entre um casal por muitos anos, a fim de criar filhos independentes, pelo menos durante os primeiros vinte anos de sua vida até que tenham suas próprias famílias.

Assim, a nossa conexão e o nosso relacionamento têm que ser de longo prazo por Natureza, e nós temos que trabalhar na construção da continuação do útero materno, sob a forma de um berço, um jardim de infância, escola, um lar e uma família.

Nós mesmos temos que criar tudo isso para os nossos filhos. Por isso, nós precisamos de uma conexão boa, confiável e versátil que permitirá que um casal e seus familiares se complementem. Assim, através da união, eles criam o ambiente certo para a nova família e os bebês que nascem nela.

De KabTV “Uma Nova Vida” 22/07/14

De Um Desejo A Um Pensamento

Laitman_155Pergunta: Nós temos falado sobre o ponto no coração por muitos anos. Agora nós começamos a falar sobre o ponto na mente. O que é isso?

Resposta: O ponto no coração e o ponto na mente são dois pontos ou dois atributos com os quais eu sinto, meço e analiso o meu estado, a minha intenção.

O desejo existe sob a forma de um ponto e o pensamento está sempre com o desejo. Quando eu sinto alguma coisa no meu desejo, um pensamento que conecta meu estado atual com o estado que eu quero alcançar aparece naturalmente. O pensamento nasce na diferença entre o que eu desejo e o que eu sinto.

Assim, quanto maior for a distância entre o estado desejado e o estado inicial, mais ativos se tornam nossos pensamentos. Se nós damos tudo a uma pessoa, ela não só perde o seu desejo, mas seus pensamentos também deixam de trabalhar e ela se torna dormente.

Um pensamento só aparece quando um sentimento de vazio aparece no desejo, quando nos falta alguma coisa. Nossos pensamentos são um produto do desejo. O desejo é a fase inicial e o pensamento é secundário. Estas duas categorias devem existir em cada pessoa e nós temos que desenvolvê-las simultaneamente, a fim de alcançar o nosso objetivo.

Nós imaginamos o objetivo como um estado claro do grupo. A questão é que o objetivo espiritual é um conceito vago, incerto. Nós temos que imaginá-lo sob a forma material do estado espiritual, que é a total conexão mútua entre nós, quando nós estamos todos unidos, cuidando mutuamente um do outro de forma constante, quando a força superior flui entre nós e preenche, conecta e nos amarra em conjunto.

Em outras palavras, o Criador preenche a rede dos desejos, o nosso temor mútuo que criamos. Então, nós podemos chamar este estado de espiritual.

Nós temos que primeiro imaginar o estado em que estamos e o estado que queremos alcançar. Depois que sentimos isso claramente, nós imaginamos a diferença entre eles na forma de um pensamento infinito: “Como vamos atingir o estado desejado?”

Assim nós agimos de um desejo a um pensamento, de um pensamento a uma oração, a uma demanda, e à sua satisfação.

Da Convenção em São Petersburgo 19/09/14, Workshop 1

Os Labirintos Do Entendimento

laitman_571_02Pergunta: Ao me aproximar dos outros, eu peço ao Criador para me ajudar a pensar neles. Ele me ajuda, e aqui estamos nós em um único movimento, um triângulo fechado. De que forma eu posso pedir ao Criador para pensar nos outros? Como posso formar este pedido?

Resposta: A sua preocupação com os outros deve lhe mostrar como formar esta súplica. Como você pode ajudar os outros? Com que boas qualidades?

Nós nos abraçamos e nos apoiamos, mas internamente refletimos que não temos nada para dar uns aos outros. Nós vemos que as palavras de encorajamento que dizemos uns aos outros não ajudam. A ajuda mútua também não ajuda. Refeições festivas e todos os tipos de eventos também não resultam em nada. Para ser honesto, tudo é inútil.

Isso só nos dá a oportunidade de desistir de nossa própria força para que sintamos a necessidade do Criador, e quando eu sinto a necessidade Dele justamente por causa da minha própria fraqueza, confusão, desorientação, eu começo finalmente a perceber que sou uma criatura, e Ele é o Criador.

Só então um pedido urgente, uma demanda, a Ele surge em mim, como numa criança pequena que exige algo de seus pais. Esta condição é chamada de “Meus filhos Me derrotaram”, porque o pedido correto, a demanda correta, agrada ao Criador, dando-Lhe prazer.

Assim, Ele se manifesta em nós. Portanto, a correta interação entre nós deve nos levar à necessidade de trabalhar com o maior poder da natureza.

Da Convenção em São Petersburgo 19/09/14, Workshop 1