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Bem-Vindos À Convenção Em Los Angeles!

LA Convention 2014

A Convenção de Cabalá do Bnei Baruch em Los Angeles

O Próximo Passo – A Revelação na Conexão

31 de outubro a 02 novembro de 2014

Tempo para iluminar a Costa Oeste Americana!

Com conexão e experiências pessoais profundamente transformadoras

Para reunir os pedaços de nossa alma, para encontrar velhos e novos amigos

Para descobrir e nutrir o ponto comum da unidade humana

Acima e além de todas as diferenças

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Four Points by Sheraton
Los Angeles International Airport
9750 Airport Blvd, Los Angeles, CA

Para mais informações sobre o congresso, clique aqui (em inglês).

O Segredo Da Unidade

laitman_528_02Rabash, Carta 40: E quando a pessoa começa a sentir o amor de seu amigo, alegria e prazer começam imediatamente a despertar nela… porque ela sempre soube que era a única pessoa que se importava com seu próprio bem-estar. Mas no momento em que ela descobre que seu amigo gosta dela, ela evoca dentro de si uma alegria imensurável, e já não pode cuidar de si mesma, uma vez que o homem pode trabalhar apenas quando sente prazer. E já que está começando a sentir prazer em cuidar de seu amigo, ela naturalmente não pode pensar em si mesma.

Nós nunca podemos nos satisfazer, embora nos pareça que estamos fazendo tudo por causa disso. Nosso Kli geral comum é construído de tal forma que só o que obtemos de fora pode nos satisfazer e não o que cada um de nós produz. Portanto, nós precisamos satisfazer o outro.

Este é o segredo mais importante da unidade, quando as pessoas começam a sentir que podem se satisfazer: cada uma inclui dentro de si os desejos dos outros e começa a trabalhar com eles, e a Luz preenche todos. Na medida em que cada um está integrado no desejo do outro, a Luz preenche esses desejos.

A principal regra para a verdadeira elevação no caminho do Criador é a condição de unidade entre os amigos. E quando os amigos estão unidos? Quando eles se reúnem e cada um se humilha perante os outros, vendo a grandeza dos amigos. Mesmo se alguém não vê os amigos como grandes, ele deveria se obrigar a ver a sua grandeza. Se uma pessoa não vê os outros como superiores a ela, ela deve examinar a si mesma.

Num grupo Cabalístico, a pessoa que estuda corretamente deve sempre ver os outros como superiores a ela. Isto não é algum tipo de estado único de elevação, mas o estado normal do grupo.

Ela inveja os amigos com uma boa inveja; ela é atraída a eles, toma o exemplo deles. E se não há inveja, isso é ruim. A pessoa deve estar com medo de que todo mundo vai descobrir que ela não vale nada, e vai começar a desprezá-la.

Esse sentimento deve ser permanente, pois é muito útil para o avanço. Todo mundo deve estar feliz por receber tal sensação, que é um meio útil para o avanço. Por isso, é necessário se preocupar que este seja constante: ver o quão são dedicados os amigos, como eles se sacrificam por estar em situações muito piores do que você, e ao mesmo tempo estão investindo mais esforços do que você.

De pequenos exemplos como estes é criado um anseio de “eu” para “nós”, porque se os amigos são superiores a eu, eu quero estar com eles, estar incluído neles, para que eu possa me dissolver completamente neles.

Da Convenção em São Petersburgo 20/09/14, Lição 4

O Diagnóstico E O Poder De Cura Da Torá

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que o feriado de Simchat Torá (Regozijo com a Torá) vem imediatamente depois de Sucot?

Resposta: Durante os sete dias de Sucot, quando estou na Sucá, o que significa cercado pela Luz circundante, eu estou sendo corrigido. Esta Luz me alcança através da Scach (ramos que cobrem a Sucá), que por sua vez, é um mecanismo espiritual completo.

Eu tenho convidados todas as noites, tais como Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, Aarão, José e Davi; cada um deles simboliza um atributo especial numa pessoa. Em outras palavras, trata-se de forças que corrigem meus atributos, transformando-os de mal em bem.

Eu executo o trabalho interno em todo o caminho para a perfeição e uso a Torá como a força de correção, e graças a isso, sou capaz de identificar o mal dentro de mim e identificá-lo de tal forma que, no final, não resta ninguém.

Após este diagnóstico, a Torá transforma o mal em mim em bem e eu me assemelho ao Criador, a bondade absoluta. Eu sou preenchido de amor e doação pelos outros e através deles pelo Ele, pois é realmente a mesma coisa. Assim eu descubro o que é chamado de “o mundo inteiro está cheio de Sua honra”. Ele está em tudo o que me parece externo.

Pergunta: O feriado de Simchat Torá simboliza alegria. Com o que a pessoa está realmente feliz neste feriado?

Resposta: É que ela usou a Torá corretamente e corrigiu-se em equivalência com o Criador.

Pergunta: Por que é tão agradável se assemelhar ao Criador?

Resposta: Visto que nós chegamos à adesão e equivalência de forma com Ele, agora podemos doar a Ele, assim como Ele doa a mim. É assim que somos feitos e não há um estado mais sublime para nós.

Pergunta: Ainda assim, o que se esconde por trás disso?

Resposta: Eu fui criado como um desejo de receber prazer. Portanto, num estado de completa equivalência de forma com o Criador, eu recebo prazer dele. Ao transformar todo o mal em bem, em equivalência com o Criador, eu começo a receber todo o bem e abundância infinita Dele. É porque eu também quero doar abundância infinita.

Assim, o simbolismo festivo do mês de Tishre descreve o caminho para o fim da correção, o que resulta no oitavo dia, o Shmini Atzeret, depois do qual não há mais nada para corrigir. A palavra “Atzeret” deriva da palavra hebraica “parar – atsar“, que simboliza o fim da correção.

Nós comparamos este estado perfeito a uma romã. Todos os meus 613 desejos são as sementes da romã que finalmente mudaram de mal em bem.

De KabTV “Uma Nova Vida” 05/10/14

A Torá Como Um Motor Para A Mudança

Dr. Michael LaitmanA Torá é uma força, um meio que corrige e transforma a minha inclinação ao mal numa inclinação ao bem. Através de sua realização, se eu alcanço um bom resultado, eu chego à Simchat Torá. Então, eu estou feliz que tive a Torá com a qual me corrigi, alcancei o sucesso e algo de bom.

Pergunta: Se a Torá é um meio para corrigir o mal, então a pessoa deve primeiro identificar o mal dentro dela. Até então ela não precisa desse meio. Mas se eu já comecei a procurar internamente, que mal eu descobrirei?

Resposta: A resposta básica é que o mal é examinado em relação ao Criador. Tudo o que é contra o Criador é chamado de mal, ao passo que o Criador é chamado de “bom que faz o bem” de acordo com Suas ações.

O meu mal me diferencia do Criador, porque eu sinto tudo de acordo com a equivalência de forma, e vice-versa. Eu não consigo perceber algo com o qual não tenho nada em comum.

Mas a inclinação ao mal é muito importante porque o Criador é aquele que a criou. Ele a criou em oposição a si mesmo, nomeou-a de forma adequada, e me deu algum tipo de mecanismo, uma chave, através da qual posso descobrir esse mal dentro de mim e transformá-la em bem. Então eu me torno bom, exatamente na mesma forma e no mesmo nível que o Criador.

Quando eu entendo e percebo isso, a Torá adquire um significado muito grande aos meus olhos. Isto porque, com a sua ajuda, eu posso passar de um pequeno inseto para algo muito grande e bom, como o Criador, adquirindo o mesmo poder, a mesma capacidade de amor e doação, o mesmo conhecimento, a mesma realização, e a capacidade de me tornar eterno e completo.

A Torá para mim não é mais apenas um pergaminho da Torá em um baú. Não é apenas um livro, mas o poder de correção, o poder de mudanças internas.

Este é um sistema que age e tem uma influência sobre mim. Ele sabe que desejos despertar em mim, e eu sou mudado.

Este é um tempero no caldeirão da inclinação ao mal e também poderia ser algo fora dele. Ele a cozinha, ordena, organiza, planeja e transforma num estado oposto. Na verdade, é um enorme meio.

E agora toda a questão é: como devo usá-lo? No que diz respeito ao que parece, aqui eu vou precisar representar algum tipo de papel, fazer alguma coisa por mim mesmo.

E assim o meu mal é exatamente igual à intensidade do Criador, mas oposto e contra Ele. É tal monstro gigantesco interno que é até assustador descrevê-lo. Portanto, a Torá deve possuir uma intensidade ainda maior para transformá-lo da inclinação ao mal na inclinação ao bm de acordo com o grau de minha participação.

Durante este processo eu me torno bom como o Criador, na mesma medida, em sentimento e intelecto, em intensidade e em todas as minhas facetas e detalhes. Ao transformar a minha inclinação ao mal em bem, eu chego a compatibilidade com Ele. Não é tão ruim, não é?

E se este é o caso, então a pessoa que aprendeu a usar a Torá tem todos os motivos para ser feliz no feriado de Simchat Torá. Isso porque ela entende o que está acontecendo. Durante todo o ano, ela passa por tudo ao moldar e atrair a Luz que Reforma para si mesma. Esta Luz a influencia, age sobre ela e a corrige de tempos em tempos, flash após flash de Luz. Finalmente, ela chega à Simchat Torá, quando é totalmente boa e corrigida.

De KbTV “Uma Nova Vida” 05/10/14

O Início Da Contagem Regressiva

Dr. Michael LaitmanEu sinto imensa alegria no fato de que agora a maioria dos meus alunos no mundo está começando a entender e sentir que o mundo espiritual é descoberto na conexão entre nós.

Apesar de termos estudado o sistema espiritual por muitos anos, o coração não quer ouvir sobre a quebra do Kli da alma coletiva, a sua descida e qudea neste mundo, a divisão em inúmeras pessoas, a expansão do Kli, a igual distância do centro para a periferia por toda a Terra, e o crescimento do ego. Geralmente, isso leva muito tempo e muitos anos se passam antes que o coração entenda e alcance a consciência de que algo não está bem, e responda aos problemas com conexão, com unidade.

A partir do momento que a pessoa começa a ouvir isso, ela entra no caminho em direção ao objetivo da criação e avança numa taxa constantemente crescente, acumulando experiência e reunindo as partes distantes, espalhadas e quebradas de sua alma. Ela já sabe que tudo está concentrado apenas em seu Grupo de Dez, em cem, em mil, e que o mundo superior, o Criador, e a realização e objetivo da criação são encontrados precisamente neste lugar.

Se ela automaticamente se volta ao grupo, não importa o que aconteça, este é um sinal de que ela está firme sobre os seus dois pés e visa corretamente o objetivo. Eu espero que os resultados da nossa Convenção se tornem um sentimento como este para muitos que estão aqui e os que estão junto conosco em todo o mundo.

Este é o ponto de partida mais difícil da contagem regressiva. Ninguém em nenhum lugar foi capaz de alcançar isso. Muitos já tentaram fazer isso através de todos os tipos de condições por milhares de anos, mas apenas indivíduos conseguiram, mesmo que as pessoas estivessem prontas para sacrificar tudo por causa disso. Assim, uma abordagem gradual, o reconhecimento e a descoberta do ponto de partida e o investimento de muito esforço exigiram um trabalho sutil e contínuo.

Parece-me que estamos vendo o seu início. A sensação de que tudo começa e termina com o contato, a conexão dentro do grupo, que tudo é determinado lá, e que além disso não há nada, vai nos mostrar mais tarde como agir no mundo, e como lidar com a natureza através da nossa união. Isto é porque nós estamos elevando MAN, o nosso desejo de conexão, união e correção.

O mundo vai então avançar no sentido da harmonia, unidade, felicidade e cumprimento da lei de equivalência de forma com a mesma velocidade que nós. Nesta transição do “eu”, o anseio pelo Criador que eu imagino, para o “nós”, onde dentro deste “nós” está o todo único dentro do nosso “nós” separado, o poder geral de conexão chamado o Criador é descoberto.

Da Convenção em São Petersburgo 20/09/14, Lição 4

Coisas Predatórias Do Século

Dr. Michael LaitmanOpinião (de Psyfactor): “Os profetas do Antigo Testamento chamavam aquelas pessoas que adoravam objetos e coisas que faziam com as próprias mãos de ‘idólatras’. Seus ‘deuses’ eram coisas feitas de madeira ou pedra”.

“‘O significado de idolatria está em tranferir todos os sentimentos, a força do amor e o poder do pensamento a objetos externos. As pessoas contemporâneas são idólatras. Nós percebemos a nós mesmos apenas através de coisas que possuímos’”. (Eric Fromm)

“O mundo das coisas continua a crescer. O ser humano torna-se menor ao lado de tantos objetos. As pessoas contemporâneas definem a sua existência, anunciando: ‘Eu compro, logo existo’. Sendo uma ‘coisa’, nós confirmamos que estamos vivos apenas porque nos comunicamos com outros objetos”.

“Custos de casas, móveis, carros, roupas, relógios, computadores, aparelhos de TV são a base para o status social de um indivíduo. Quando as pessoas perdem uma parte de seus pertences, é como se perdessem parte de si mesmas. Quando elas perdem tudo o que têm, estão totalmente perdidas”.

“Durante as crises econômicas, aqueles que perdem parte significativa de sua propriedade cometem suicídio; eles pulam das janelas dos arranha-céus. Sua riqueza era de fato um substituto para a sua personalidade. Cometer suicídio como resultado da falência financeira em tal sistema de valores culturais é muito lógico. Os atos suicidas significar a falência de uma personalidade, de uma individualidade”.

“Anteriormente, as pessoas também se associavam com as coisas, mas nunca antes objetos inanimados ocuparam um ranking elevado no sistema de reconhecimento social, como nas últimas décadas, quando o consumo se transformou em meio de avaliação do estado de um indivíduo”.

“O programa de educação daqueles que subordinam suas vidas ao trabalho começou; uma nova fase foi lançada – o estágio de transformar as pessoas em “consumidores”. A economia precisava não só de trabalhadores disciplinados; clientes bons e disciplinados que conrtiuanavam comprando novos bens na medida em que eles apareciam no mercado eram extremamente essenciais”.

“A publicidade do comportamento do consumidor foi concebida para se livrar das tradições seculares de comprar apenas necessárias coisas. A propaganda de uma nova ideologia fez as pessoas pensarem que a felicidade era sobre um processo de compra sem parar de coisas novas”.

“Os consumidores ficam certos de que são os únicos que fazem uma escolha se devem ou não comprar determinados produtos. No entanto, os gastos com publicidade frequentemente atingem mais de 50% do custo das mercadorias vendidas. Esse fato fala por si só: os números mostram o quanto de energia e talento contribuiu para o processo de convencencimento dos consumidores a continuar comprando”.

Meu Comentário: Neste momento, nós podemos avaliar e compreender estágios anteriores de desenvolvimento, na medida em que nos afastamos do atual modelo de consumo da sociedade. Isso está acontecendo não porque nos tornamos internamente mais ricos e, assim, não precisamos de quaisquer sinais externos para demonstrar a nossa importância. Em vez disso, o desejo que requer um novo tipo de satisfação, uma realização do propósito de nossa existência, evolui constantemente em nós.

Embora afetações em palcos e telas nos empurrem para trás, o envolvimento contínuo de nossa aspiração em revelar a essência da vida é inevitável. Ele acabará por nos levar ao reconhecimento da sabedoria da Cabalá.

Referências:

Coisas Predatórias do Século, uma história de ficcção científica dos escritores soviéticos Arkady e Boris Strugatsky, escrita em 1964 e publicada na União Soviética em 1965, e depois de uma longa pausa em 1980. O livro tem uma epígrafe: “Há apenas um problema – o primeiro e único no mundo – para retornar as pessoas à espiritualidade, a ajuda espiritual `mútua”.

Erich Fromm Zeligmann (23 de março de 1900, Frankfurt on Main – 18 de março de 1980, Locarno), sociólogo alemão, filósofo, psicólogo social, psicanalista, representante da Escola de Frankfurt, um dos fundadores do neo-freudismo e freydo-Marksizmo.

Erich Fromm nasceu numa família de judeus ortodoxos. Sua mãe, Rose Fromm, nee Krause, era filha de um rabino que emigrou da Rússia. O pai, Erich Fromm Naftali, também era filho e neto de rabinos, e ao se ocupar do comércio, preservou e manteve a família nas tradições religiosas ortodoxas.

A Sociedade Do Futuro

Dr. MIchael LaitmanO processo revolucionário em que estamos participando começou com o Big Bang e continuou através de uma conexão cada vez mais forte: de partículas fundamentais a átomos, de átomos a moléculas, de moléculas a estruturas cada vez mais complexas, até o surgimento do corpo humano, incluindo o sistema cognitivo, o sistema nervoso, e sistemas adicionais. Alguns deles não são conhecidos e alguns não são entendidos por nós.

Em geral, esse processo evoluiu em duas direções: extensão e conexão.

Tudo aspira à conexão, e somente os seres humanos, suas sociedades e sua natureza, recebem uma forma oposta. Numa sociedade, nós nos tornamos cada vez mais conectados. No entanto, por outro lado, nós nos opomos uns aos outros, porque o ego nos separa. Como resultado disto, não podemos construir uma sociedade coesa baseada na ajuda mútua, de acordo com o princípio de cada organismo vivo, inclusive o nosso. Em vez disso, construímos algo muito estranho, e nossa sociedade torna-se como um câncer que, finalmente, se devora e morre.

Basicamente, nós não sabemos o que fazer. Estudos científicos das forças e mecanismos que nos movem descobriram que não temos possibilidade de evitar uma terceira guerra mundial e o caos. Os cientistas sabem disso e escrevem que não há solução real para esse caminho de desenvolvimento, e o que resta é apenas submeter-se à misericórdia do processo que nos leva em direção a um futuro desconhecido.

Nós estamos destruindo o planeta, esgotando os recursos naturais, e fazendo com a natureza e a ecologia o que quer que nos agrade. Tudo isso não é porque isso veio até nós, mas porque não sabemos como construir sistemas que consistem de opostos que se conectam numa única estrutura. Essa união de opostos é precisamente a lei essencial de sistemas complexos.

Aqui, nós chegamos à sabedoria da Cabalá. Este problema surgiu inclusive há 3500 anos na antiga Babilônia. Por um lado, os seus habitantes eram muito próximos uns dos outros e dependiam uns dos outros. Por outro lado, não podiam se suportar. Eles se odiavam e sentiam repulsão mútua. E não havia nada que pudessem fazer sobre isso, a própria estrutura da sociedade era tal que estava devorando a si mesma.

Foi então que um homem sábio chamado Abraão descobriu que a transição para um novo nível de desenvolvimento estava escondida aqui. Basicamente, não havia nada de especial nesse estado. Assim como a transição do nível inanimado para o vegetal, ou do vegetal para o animal, também é a transição do nível animal para o nível falante. Esta transição exige que nós atinjamos o poder de conexão entre opostos, de modo que eles possam estar conectados e formar um sistema completamente harmonioso. Apesar das polaridades, apesar do ódio e da rejeição entre nós, nós podemos utilizar uma força única, uma rede única, a fim de alcançar o equilíbrio entre ambas e construir uma vida.

Nós realmente não entendemos o significado deste passo. Nós não entendemos o que é a fonte da vida e como dois opostos podem se conectar. No entanto, é precisamente as polaridades absolutas entre positivo e negativo que formam o átomo, um sistema estável no qual eles são opostos e ainda se conectam simultaneamente.

Para continuar, de acordo com esse princípio, combinações cada vez mais complexas são construídas, possuindo a capacidade de evoluir. Positivo e negativo são combinados entre si, a fim de atrair o que é útil para o desenvolvimento e o equilíbrio entre eles, e para repelir o que é prejudicial para esse equilíbrio. Assim, por meio de absorção e de repulsão, a vida é criada. Há um desenvolvimento cada vez mais complexo, até que haja a necessidade da construção de um novo sistema que os Cabalistas chamam de sistema espiritual. Em outras palavras, ele é mais elevado do que os sistemas que nos são familiares.

Abraão descobriu que existe uma lei universal na natureza que abrange todos os sistemas, que os mantém e desenvolve. É possível chama-la de poder da Luz, o poder do Criador, o poder superior. No entanto, ele tem um objetivo: manter todas as partes da realidade em harmonia e conexão mútua.

É possível atrair e usar essa força mesmo agora, quando queremos subir para o novo nível e nos tornar um sistema. Com isso, nós despertamos a força universal, e construímos o equilíbrio tão esperado entre nós.

Na Cabalá, a lei que Abraão descobriu é a chamada de lei da equivalência de forma. Se eu sou pessoalmente atraído à força única de equivalência de forma, nessa medida eu desperto sua influência sobre mim e ela constrói a conexão entre eu e outras pessoas a quem sou atraído. Ela constrói entre nós um sistema harmonioso e equilibrado entre todas as partes.

Abraão descobriu a camada mais profunda dessa lei geral integral da natureza, que já era conhecida e a qual ele chamou todos os babilônios a se juntar a ele.

Maimonides, filósofo do século XII, disse que Abraão escreveu uma série de livros e fez um grande trabalho de disseminação para que as pessoas oudessem entender o que ele descobriu e que ele estava falando especificamente sobre uma lei da natureza que não se deve opor. É assim que nós evoluímos, sem possibilidade de escapar de seu fluxo, da tendência natural ao equilíbrio, conexão e harmonia.

No nível inanimado, vegetal e animal, nós chegamos ao equilíbrio espontaneamente, sem liberdade de escolha. No entanto, no nível falante, isso já não tunha êxito, porque nós precisamos participar conscientemente na construção do equilíbrio e de um sistema humano universal. Cabe a nós entender, reconhecer, querer se esforçar e optar por tentar organizar corretamente a fim de avançar.

Então, graças a esses esforços, nós despertamos a força universal singular da natureza, que é o Criador, a Luz. Não importa como você a chama. Em resposta aos nossos esforços, ela vai nos influenciar e realizar a ação correta de conexão em nós. Isto é o que Abraão ensinou às pessoas.

A história posterior é conhecida. Algumas pessoas ouviram e compreenderam o método por um tempo, mas depois, e apesar de tudo, se retiraram do processo. É impossível construir um sistema harmonioso e equilibrado, se todo o resto da humanidade está quebrado. É por isso que nós chegamos à situação atual, onde a crise babilônica da separação retornou.

Por que especificamente hoje? Isso ocorre porque a humanidade, da mesma forma que naquela época, está descobrindo que está conectada num sistema universal. Nós estamos fechados dentro de um sistema, uma sociedade, uma família, sobre a face da Terra, e estamos todos ligados uns aos outros.

Hoje, nós não precisamos lutar. Basta romper as conexões com alguma nação e esta não vai suportar o isolamento. Armas modernas são as mesmas clavas bárbaras primitivas numa forma sofisticada. Ninguém precisa delas num sistema global que é como uma aldeia global. Hoje, as conexões comerciais, industriais, financeiras e logísticas determinam tudo. Se você cortar estas artérias para uma nação, é como desconectar algum órgão do corpo. É claro que ela não vai sobreviver sozinho.

Isso é também o que aconteceu na antiga Babilônia, na Mesopotâmia, o berço da humanidade, quando ela se tornou uma sociedade. A mesma coisa está acontecendo hoje.

Os Cabalistas, alunos de Abraão em todas as gerações, falaram sobre isso e inclusive fizeram um cálculo numa linha do tempo de acordo com a lei do desenvolvimento humano para compreender que a humanidade iria retornar à mesma situação. A lei de unificação começou a ser esclarecida no final do século XIX, e de acordo com todos, chegou a esclarecimento no final do século XX. Mais precisamente, os Cabalistas escreveram sobre isso como sendo desde o ano de 1995.

Esta é a situação atual. Quando eu comecei a estudar a sabedoria da Cabalá em 1975-76, eu não acreditava que isso iria realmente acontecer. No entanto, houve na realidade uma transição muito forte, e de repente havia uma conversa sobre um sistema unificado, uma humanidade unificada, uma aldeia global e uma dependência absoluta mútua, etc.

Junto com isso, o mal da natureza humana foi revelado mostrando o quanto nós somos opostos uns aos outros e não estamos prontos para nos conectar de forma correta. Afinal, apesar das oposições entre nós no nível inanimado, vegetal e animal, a força universal nos conecta de tal forma que as polaridades são transformadas num dipolo que nos conecta e nos mantém em equilíbrio e harmonia.

No entanto, no nível falante, nas relações humanas entre nós, cabe a nós despertar em nós a influência da força universal e participar do equilíbrio entre positivo e negativo, entre os dois extremos. Isso exige de nós um trabalho específico.

Em primeiro lugar, cabe a nós compreender e reconhecer a situação em que nos encontramos e continuar a investir esforços compartilhados, a fim de construir o ambiente certo. Na Cabalá, esses esforços são chamados de elevar MAN, ou seja, fazer um pedido de conexão. Com isso, nós despertamos a influência da força universal sobre nós que nos conecta num sistema e em harmonia com toda a sociedade humana.

Isto é certo para o atual momento histórico. Hoje, a sabedoria da Cabalá, a ciência que Abraão descobriu, foi aberta diante de todo mundo. Isso porque todos nós devemos utilizar o sistema que foi criado e começar a usar corretamente as condições que foram criadas para a construção da sociedade do futuro. Caso contrário, a humanidade corre o risco de ser destruída.

Assim, os Cabalistas, as pessoas que estão envolvidas com este problema e sua solução, nos advertem sobre a verdade da nossa situação e do nosso futuro. Eles nos dizem que, de qualquer forma, nós estamos chegando a um equilíbrio coletivo. No entanto, se não despertarmos a força única da natureza que traz a nossa unificação e a conexão correta entre nós, então ela será revelado como o poder único que nos conecta e reúne, mas sem a nossa inclinação e desejo. Nesse caso, nós teremos que obedecer a essa lei contra a nossa vontade, e isso vai nos levar às situações muito desagradáveis ​​através de desastres, epidemias e guerras.

Esta é uma força boa, pois conecta a totalidade do sistema em um. No entanto, se nos opomos a ela, nós despertamos em nós mesmos a influência de forças opostas que atuam sobre nós como desastres.

Os Cabalistas tentam levar esse conhecimento a toda a humanidade e ensiná-la como chegar ao entendimento correto de conexão, despertando em nós uma atração em direção a ela, e de acordo com nosso desejo, estimular a descoberta da força única sem despertar desastres. Como necessidade, nós chegaremos mais perto do correto estado singular integral e avançaremos da forma mais agradável e desejável. Tal esforço é o que é exigido de nós.

Os problemas mais difíceis hoje estão sendo descobertos na sociedade humana, apesar de tudo de bom que existe no mundo. O avanço científico e tecnológico atingiu o seu pico, mas eles não se atrevem a mostrar um pouco dessa tecnologia moderna para a humanidade. Caso contrário, as pessoas não precisarão trabalhar e não haverá qualquer necessidade de se esforçar.

Basicamente, nós já saímos para um novo nível de desenvolvimento, mas ainda não estamos prontos para realizá-lo por causa da nossa incapacidade. Nós temos as ferramentas em nossas mãos, mas não estamos prontos para integrá-las corretamente no novo nível, porque a nossa abordagem não é integral, ou seja, a nossa estrutura interna não é integral. Pelo contrário, somos egoístas, e nossa tendência é estarmos distantes um do outro e não nos conectarmos em harmonia.

Como resultado, nós olhamos com temor para o estado futuro da humanidade unida, e não sabemos o que fazer com sete bilhões de seres humanos que não vão trabalhar. Não temos qualquer conceito de outra forma de existência e sobre uma conexão diferente entre nós enquanto subimos para outro nível de percepção, para diferente vida e maneira de viver.

Há uma infinidade de surpresas escondidas por trás da nova situação, mas ainda não estamos prontos para digeri-las, porque a nossa percepção não é integral.

A principal coisa no sistema integral é renunciar à visão individualista do eu contra o mundo. Em vez disso, eu devo adquirir uma percepção integral e ver uma imagem completa onde todos nós estamos conectados e completando um ao outro. Só então eu descubro o estado futuro em que a humanidade deve existir, e, assim, entendo e sinto essa vida que é esperada num momento propício.

Cabe a nós alcançarmos essa percepção, e é isso que a sabedoria da Cabalá nos ensina.

Da Convenção no México 01/08/14, Lição 1

O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 62

Do livro, O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein

Enquanto a force majeure afetava membros individuais da humanidade ou até mesmo países individuais, isso podia ser tolerado. Mas agora, começando com o século XX, a situação começou a se deteriorar. Agora, forces majeures “pegam” não países individuais, mas hemisférios inteiros.

Vamos lembrar Chernobyl, o mais recente terremoto no Japão, o acidente de petróleo no Golfo do México. No entanto, os desastres mencionados são bastante aleatórios na natureza, que nós associamos com motivos alheios à vontade do homem. Assim, parece que estamos lavando as mãos e dizendo que não somos os culpados.

No entanto, há muito tempo as coisas começaram a mudar. Nós encontramos forces majeures, ou seja, eventos imprevisíveis, nos sistemas, inventados e geridos por nós nos sistemas financeiro e econômico, na saúde, educação, etc.

Agora, nós não podemos dizer que a natureza irracional estraga nossas vidas. Acontece que estamos errados em algum lugar. O problema é agravado novamente pela extensão das consequências.

O pior é que não podemos encontrar o culpado e não sabemos o que fazer.

Os presidentes dos bancos centrais têm respondido às críticas de sua política monetária muito agressiva. Eles admitiram que realmente administram a economia com os olhos vendados e simplesmente não sabem o que vai acontecer a seguir, escreve o Financial Times.

Apesar destas declarações, os autores da crise são procurados. Não há tantas versões. Na maioria das vezes o Ocidente, ou melhor, os EUA, são acusados. Ao mesmo tempo, é difícil imaginar que o Ocidente esteja atualmente dirigindo essas coisas.

Leonid Nikas, diretor de uma escola primária em Atenas, estava acostumado com o fato de que as crianças no pátio da escola brincavam, riam e sonhavam com o futuro. Mas, recentemente, uma imagem completamente diferente, que ele antes não podia imaginar, apareceu diante de seus olhos: as crianças estavam procurando comida no lixo; aquelas que estão em necessidade, pedem a seus amigos ricos para compartilhar restos de comida, escreve o The New York Times.

O Diretor-Geral do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Yves Daccord, informa a agência de notícias alemã DPA, comparou a situação atual no Velho Mundo com os eventos de quase 70 anos atrás. Tal operação em larga escala para fornecer ajuda alimentar na Europa não tem sido vista desde a Segunda Guerra Mundial. (Expert Online)

De acordo com o estudo, encomendado pela Comissão Europeia, apenas de 2008 a 2010, o número de vítimas de traficantes de escravos europeus aumentou 18%: de 6309 para 9528 pessoas.

Segundo dados oficiais, nestes três anos, 23623 pessoas foram reconhecidas como vítimas de tráfico de seres humanos…

Duas das três vítimas foram forçadas a se prostituir, e as outras foram usadas ​​como trabalho barato ou gratuito, forçadas a atividades ilegais, a se tornarem doadoras de órgãos. (Russian Germany)

Claro, nós podemos dizer que os americanos não se preocupam com o que está acontecendo na Europa – as suas preocupações são mais importantes para eles. Nós podemos dizer que eles são vilões. Mas eles não são loucos. Será que eles realmente não se importam com o que está acontecendo em suas casas?

“Grandes cidades dos EUA, que o resto do mundo costumava olhar com inveja, agora estão sendo transformadas em infernos infestados de gangues com altos índices de criminalidade. Cidades como Chicago, Detroit, Camden, East St. Louis, New Orleans e Oakland eram antigamente agitadas com a atividade econômica, mas como a indústria fugiu dessas comunidades a pobreza explodiu e por isso têm uma atividade criminosa. Enquanto isso, os problemas financeiros fizeram com que todas essas cidades reduzissem significativamente as suas forças policiais. Infelizmente, esse mesmo padrão se repete em centenas de comunidades em todo o país. …Há cerca de 1,4 milhão de membros de gangues que vivem nos EUA hoje, de acordo com o FBI. Esse número subiu incríveis 40 por cento desde 2009″(Michael Snyder,randes Cidades em Toda a América Estão se Degenerando em Zonas de Guerra Infestadas de Gangues”)