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Lágrimas É Excesso De Luz

laitman_572_03Pergunta: Foi-nos dada a oportunidade de estar num bom Grupo de Dez. Durante os três dias da Convenção, entendemos quão fortemente nos amamos. Por que choramos quando confessamos nosso amor para com os outros?

Resposta: Este é um sentimento muito bom. Há uma série de artigos sobre este assunto na sabedoria da Cabalá que explicam quando e por que são criadas lágrimas de felicidade ou de tristeza pelos amigos, emoções e tudo o resto. A pessoa não consegue conter o excesso de emoção dentro de si, e isso se torna lágrimas.

Na seção 13 do Estudo das Dez Sefirot é explicado de onde vêm as lágrimas, de que maneira elas são criadas. Lágrimas representam um excesso de Luz que entra no Kli que não pode aguentá-la, e a Luz aparentemente transborda para além dos limites do Kli.

Da Convenção em São Petersburgo 21/09/14, Lição 6

Primeiro – Agradeça

laitman_534Pergunta: Se o grupo está sentindo escuridão, é correto usar o ego, ou seja, inveja, cobiça e honra com relação à unidade e à conexão?

Resposta: Em cada nível a escuridão é chamada de algo completamente diferente. Escuridão pode ser falta de alguma coisa, e pode ser falta de capacidade de agir, de que sou impotente, ou pode ser o oposto: eu sou grato por esta escuridão já que posso agir com “fé acima da razão” e assim por diante.

Comentário: Eu vejo que não posso subir acima de mim mesmo, encontrar uma conexão com os amigos e sentir que um único poder os controla. Não tenho nada além do ego, e eu começo a trabalhar com a sua ajuda para que os amigos comecem a ser incluídos uns nos outros.

Resposta: Aqui, é preciso uma tremenda oração de agradecimento ao Criador que Ele lhe dê a oportunidade de fazer algo num estado de escuridão como este.

Esta é a primeira ação correta. Se você, pelo menos tiver algum tipo de oportunidade de fazer algo corretamente, você deve imediatamente agradecer ao Criador. Então, você atingirá o contato com Ele. Não será aparente e claro, mas será um contato.

Você recebeu a oportunidade de se voltar ao Criador corretamente e agradecer a Ele, então você se volta a Ele com um pedido para ajudar os amigos, e tudo já estará encadeado.

Da Convenção em São Petersburgo 21/09/14, Lição 6

Ensaios No Teatro Do Criador

laitman_934Pergunta: O que as quatro espécies de plantas (Arba Minim) que caracterizam o feriado de Sucot simbolizam para nós?

Resposta: O Lulav (ramo de palmeira) é doação consistindo de murta e salgueiro (três ramos de murta e dois ramos de salgueiro). Esse é o Yesod que nós conectamos à Malchut, o Etrog.

Esta é a combinação das características do Criador — Hesed, Gevura, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod — com nossas características de criatura, Malchut. Se dizéssemos isso de forma diferente, é a conexão das formas de doação que tipificam o Criador, todas as várias expressões de Seu amor por nós. No entanto, isto não é Ele próprio, mas é como nós O percebemos em nossos Kelim, em nossos desejos.

Pergunta: Onde exatamente a pessoa realiza todo este processo de se adaptar à doação e amor completo? Para quem ela direciona seu amor?

Resposta: Para alcançar o Criador, eu preciso aprender o que são doação e amor. Então, eu devo construir um grupo, adquirir amigos para mim, para que lá entre eles, eu possa manifestar minha atitude. Do amor pelas criaturas, a pessoa atinge o amor pelo Criador.

Eu me relaciono com os amigos com amor, assim como me relacionaria com Ele. Minha relação com o Criador não pode ser melhor que a minha relação com as criaturas, e somente através do amigo, através do outro, eu posso alcançar o Criador.

Pergunta: Por quê?

Resposta: Porque a relação com os outros é o trabalho que o Criador coloca à minha frente. Todo o mundo em volta é Seu “teatro” no qual eu posso ensaiar, praticar e tentar alcançar a mesma atitude para com o mundo como deve ser a relação com o Criador.

O caminho em direção a Ele deve passar por este mundo. Individualmente, eu não descubro o Criador. Pelo contrário, é apenas dentro deste mundo, através dele. Eu pratico num grupo de pessoas que estão conduzindo uma busca o tempo todo, e então nós atravessamos o mundo, através de todas suas asperezas, para alcançar o Criador.

De Kab TV “Uma Nova Vida” 05/10/14

O Que O Criador Sente?

Laitman_043No feriado de Sucot eu seguro na minha mão direita e na minha mão esquerda as “quatro espécies de plantas”, as conecto ao meu coração e balanço, significando que eu aparentemente atraio as Luzes. Todas estas coisas certamente são símbolos de atividades internas para atrair a doação do Criador, que eu evoco dentro de mim.

Então, eu me elevo, me corrijo, removo a ocultação e alcanço a revelação em seu lugar.

Todas as cerimônias do feriado Sucot não são mais do que sinais e símbolos do que está acontecendo no coração, onde a pessoa torna suas características compatíveis com o Criador. Então, ela é chamada de Adam (homem), da palavra “Domeh” (semelhante) ao Criador.

O Criador é totalmente o doador. Ele é a característica de doação e amor. Não há nada mais do que isso. Há apenas doação completa, amor completo, absoluto, puro, perfeito e infinito, e ele é revelado em nós no mesmo grau em que estamos prontos para absorvê-lo, para estar em sintonia com ele.

Em geral, eu só posso compreender e sentir cada característica se ela se encontra dentro de mim.

Quando eu vejo uma barata, não sinto que lhe falta algo, que ela ama seus filhotes e agora está correndo para eles com migalhas de comida. Eu não compartilho qualquer característica com ela para ser capaz de senti-la.

No entanto, se eu começasse a ir mais fundo para penetrar e explorar, em última análise, eu sentiria as necessidades do nível bestial. As pessoas são capazes de ser sensíveis aos animais que estão perto delas, incluindo os donos do animal de estimação ou os cientistas que se dedicam à pesquisa.

Por exemplo, na minha infância, eu tinha um amigo que sempre tinha pequenos animais que viviam nos bolsos: um rato aqui, um pássaro ali. Ele iclusive ia à escola com eles, e, mais tarde, passou a estudar zoologia. Portanto, ele os entendia. Ele podia encontrar um rato branco e acariciá-lo, e o rato não fugia.

Ele dizia, “você sabe, ele não tem medo de se aproximar de você,” como se ele estivesse sussurrando para ele.

No entanto, nós precisamos desenvolver outros sentimentos dentro de nós para sermos capazes de sentir o Criador. Se meu amigo recriava os sentimentos do ratinho dentro de si mesmo, então nós precisamos dar forma dentro de nós ao sentimento do Criador de doação e amor.

De KabTV “Uma Nova Vida” 05/10/14

Paraíso Na Cabana Com O Criador

laitman_761_2Quando nós começamos nossa busca para encontrar o Criador, Ele brinca de “esconde e esconde” conosco. Ele se “esconde” e, ao mesmo tempo, nos leva para frente. Nessa busca, a festa de Sucot carrega certa sensação de calor. É como se alguém nos dissesse: “tá quente, mais quente, quente…!” Algo incomum emerge, algo na neblina, os contornos de uma nova etapa, que se situa entre o Criador e nós, aparecem.

Vamos falar sobre os símbolos de Sucot e seu significado na nossa busca.

Em primeiro lugar, nós temos que conhecer o sistema em que estamos. Quaisquer medidas que fazemos são feitas em conformidade com determinados padrões semelhantes às medições dos parâmetros de qualquer sistema físico. Por exemplo, um litro de água pesa um quilo. Esta medida permite pesar vários objetos, colocando uma carga igual a um quilograma em uma das bandejas da balança. De uma maneira ou de outra, sempre comparamos nossas ações com algum padrão que se baseie nos parâmetros conhecidos.

No entanto, o nosso caminho espiritual começa com vazio, um estado de inconsciência. Enquanto nos dirigimos ao Criador, nós devemos transformar a escuridão em Luz, ocultação em revelação, insensibilidade em sensibilidade. A princípio, não sabemos o que está faltando. Mais tarde, nós sentimos a deficiência como se “provássemos” esta insuficiência.

Digamos que eu estou satisfeito, não quero comer, nem penso em comida. Um pouco mais tarde, eu sinto que não me importaria de comer um lanche. O desejo cresce em mim. Para colocar metaforicamente, eu diria que há algum tempo minha vida foi fácil e serena, mas em algum momento apareceu uma cortina, um véu.

Na Cabalá, a ausência de fome é chamada de “ocultação dupla”, já que não só o objeto do meu desejo (comida) está fora da minha atenção, mas até a fome mesma é imperceptível. Então, quando eu sinto os primeiros sinais de fome, uma deficiência, eu começo a procurar maneiras de satisfazê-la.

No nosso caminho espiritual, nós precisamos sentir a ocultação, a “fome”. É por isso que o nosso trabalho no início das férias de outono que começam no mês de Elul e continuam mais adiante, durante o Ano Novo (Rosh Hashaná), durante os primeiros dez dias de expiação, no dia do julgamento, é o de revelar a deficiência, sentir a necessidade do Criador.

Depois vem a festa de Sucot, o festival das “cabanas”. A cabana simboliza a cúpula do mundo: acima dela há a Luz. Nós estamos dentro da “cabana”, sentados numa sombra relativa. Não é o Criador que se esconde de nós; somos nós que O “encobrimos” para revelá-Lo aos poucos, conforme nossas habilidades. “Estar na cabana”, significa que estamos nos aproximando da revelação, mesmo que ainda estejamos na primeira fase dela.

Este estado aciona as Luzes Circundantes (Makifim): o Criador pode ser sentido apenas à distância. Nosso “abraço” com Ele ainda não é óbvio, esclarecido ou reconhecido. Na Cabalá, este estado também é chamado de Luz de Hassadim o “abraço” do braço direito. “Seu braço esquerdo está sob minha cabeça, Seu braço direito me abraça”, como está escrito no Cântico dos Cânticos. À esquerda, é o abraço das propriedades duras do julgamento (Gevurot), à direita, estão os abraços de misericórdia (Hassadim).

Mesmo que estejamos atrás da cortina, ainda fazemos esforços para reconhecer Aquele que a atirou em nós. Em outras palavras, nós diligentemente trabalhamos para a revelação. O Criador nos aproxima conforme o grau de nossos esforços.

Este trabalho começa com um “zero”, quando nem mesmo nós sentimos que há alguém que escondido de nós. “Onde está Ele? Ele está dentro de mim? Ele está em meus pensamentos e desejos?” Todas estas perguntas exigem uma pesquisa meticulosa, compreensão profunda e profunda penetração no material. Então, Ele vai aparecer.

De KabTV “Uma Nova Vida” 05/10/14

Sob O Poder Do Temor

Dr. Michael LaitmanRabash, “Artigo 31”: Diz-se: O que o Criador exige de nós? Apenas temor diante Dele.

Isso significa que o Criador (um sistema da natureza superior que possui apenas uma força que se manifesta através do sistema) insere “algo” em nossos pensamentos… isto é, Ele nos faz uma pergunta.

Não há nenhuma outra força no universo, exceto “não há outro além Dele”. Claro, o Criador nunca faria uma criação que fosse contra Ele; no entanto, Ele criou o pensamento (contra Si mesmo) para que apareça o temor Dele…

É como se uma pessoa seguisse o Criador no seu desejo de encontrar e revelá-Lo examinando em que tipos de interações entre nós Ele pode ser encontrado.

Nós não podemos imaginar como isso é fácil. Tudo está bem diante de nós, mas nós olhamos para longe e não vemos o que está ao nosso lado. Não há nada além de uma barreira psicológica. Assim que mudamos e saímos de nós mesmos, nós começamos a sentir o Criador nas conexões entre nós.

Eu me movo em direção aos outros e saio de mim. De repente, revela-se que a força natural que conecta, regula e mantém tudo junto sob a forma de um perfeito equilíbrio existe bem aqui, junto conosco.

Nós somos aqueles que distorcem o equilíbrio e a harmonia de nossas intenções, desejos e relacionamentos egoístas. Nós sentimos que somos nós que estamos estragando o equilíbrio e a harmonia. Então, é claro que o mundo é algo que é criado exclusivamente por nós contra o pano de fundo da perfeição.

A realização se refere a procurar o Criador usando a fé acima da razão. A realização acontece quando encontramos as propriedades que estão além deste nível material, acima de nossas considerações terrenas e contrárias à nossa lógica. Todas as nossas percepções se originam do desejo de receber para o nosso próprio bem. É por isso que não podemos concordar com algo que contradiga este desejo.

Por outro lado, o mundo real está fora de nós; é a nossa percepção externa. Por isso é que a fé acima da razão é uma condição que todos nós temos que finalmente alcançar ao sentir as coisas que acontecem fora de nossas necessidades e aspirações naturais egoístas.

Por causa da questão do pecador, a pessoa tem que concordar repetidamente com o poder do Criador sobre nós. Este processo é chamado de “temor”.

As questões do pecador são o constante elevar das necessidades, demandas e pensamentos sobre as maneiras de agradar a nós mesmos. É um movimento permanente para nós mesmos. É quando nós cuidamos apenas de nós mesmos em todas as possíveis formas e em todos os níveis. As questões dos pecadores nos sãos dadas de propósito para que depois de nos livrarmos delas, começamos novamante a avançar.

E assim por diante, sem fim, nós caímos no egoísmo ao cuidar de nós mesmos em nossos pensamentos e desejos. Então, nós fazemos esforços e subimos novamente. Esse processo continua até que nos cansamos e nos recusamos a cumprir este trabalho. Ele continua até que chegamos a compreender que somente o ambiente pode nos apoiar nesse processo e nos ajudar a aprender a pensar nas outras pessoas.

Se ficássemos no estado de garantia mútua e mantivéssemos o pensamento sobre ajudar uns aos outros, não apenas a nós mesmos, tudo seria muito bom. Por que isso é assim então? Porque nós somos incapazes de pensar nos outros. Nós continuamos a cair em nossos próprios desejos. No entanto, se formos capazes de pensar nos outros e ao mesmo tempo, pedir ao Criador para nos ajudar, Ele irá estender a ajuda para nós já que Ele responde apenas a esses tipos de pensamentos e orações, porque eles são semelhantes às Suas propriedades.

Portanto, assim que começamos a aspirar servir aos outros e a pedir ao Criador para nos conceder assistência, Ele responde imediatamente e nos ajuda, uma vez que nós, o grupo e o Criador estamos na mesma sintonia e num movimento comum. Se fizermos isso por conta própria, sem o Criador, nada vai acontecer. Mesmo se nós estivermos junto com o grupo, não vai acontecer. Deve haver o sistema de um triângulo: eu, o grupo e o Criador.

Essa estrutura deve também ser acompanhada pelo temor. Nós temos que ser cuidadosos e vigilantes para não nos desviarmos do nosso caminho ou perdermos a direção correta. Nosso egoísmo irá nos separar, nos dividir interiormente e sussurrar: “Por favor, esqueça o Criador e o grupo. Nada há de errado em abandoná-los! A principal coisa é também pensar em si mesmo, ou apenas nos outros sem envolver o terceiro elemento.”

Neste ponto, nós precisamos de um apoio tremendo. Quantos mais nós participarmos deste movimento, melhor. A massa geral das pessoas que assegura um avanço absolutamente correto é chamada de 600000 almas.

É um número condicional que sequer é um número, mas um avanço geral que causa o impacto de Zeir Anpin em Malchut. Como Zeir Anpin consiste de seis Sefirot que influenciam Malchut, influenciando um ponto em Malchut com a Luz de Hochma, seu nível multiplica por 600.000.

Assim, ao receber apoio, nós realmente nos tornamos capazes de sentir temor e permanecer constantemente em estado de permanente aspiração para avançar.

Isto explica o significado da frase: “O Criador fez todos O temerem”. Cada estado ruim que a pessoa sente é essencial para mantê-la em seu estado atual.

Em outras palavras, se ela ainda não subiu as escadas da grandeza do Criador, ela não tem chance de superar a si mesma. Somente quando a pessoa sente a grandeza do Criador, seu coração se rende. Isso significa que ela já subiu os degraus do temor.

Como a pessoa pode entender que atingiu o estado de temor, o nível correto de excitação, e sabe como cuidar dos outros? Isso acontece quando ela percebe que ao cuidar os outros ela sente a satisfação do Criador. O Kli (vaso) só se torna corrigido quando recebe satisfação. Até então, nós temos que continuar procurando a realização, tanto em quantidade e qualidade para que nossa preocupação, apreensão e temor sejam formulados corretamente e coincidão com o nível que está acima do nosso ego.

Por isso, nós recebemos a grandeza do grupo, a importância dos nossos amigos, como um meio de conexão entre nós, como uma ferramenta de exercício. Isso é feito exclusivamente para sentir a satisfação do Criador no final do processo; a gratificação dentro de nossas dez Sefirot que só podemos sentir juntos na conexão entre nós. Quando nós nos amarramos num nó, nós começamos a nos sentir como uma unidade dentro do unificado.

Naturalmente, a pessoa desaparece quando chega a um estado de conexão global. Ela perde a “individualidade”. De um “eu” individual, ela muda para “nós”, de “nós” para a unidade onde “eu – nós – o Criador” é um todo. Diz-se: “Ele e Seu nome são Um”. O Criador é a Luz e Seu nome é um Kli (vaso).

Portanto, todas estas perguntas e outros inúmeros obstáculos levam a pessoa a sentir a necessidade do Criador, de Sua ajuda.

Em outras palavras, nós não somos capazes de fazer perguntas e sequer conseguimos corrigir erros, uma vez que quando nos deixamos levar, nós cometemos erros que imediatamente nos fazem cair. A fim de cometer erros corretos, nós temos que aspirar a avançar. É dito: “Eu criei a inclinação ao mal e a Luz para corrigi-la”. Como o mal se manifesta? Onde o podemos detectar e vê-lo?

Acontece que estas palavras não são sobre o mal que existe neste reino material, e não é o mal de nossos relacionamentos mútuos. Nem uma única pessoa no mundo sabe o que o mal feito pelo Criador é na verdade. A maldade que deve ser corrigida se revela em nós apenas quando aspiramos à unidade no caminho certo.

Se nós aspiramos pela unidade e nos esforçamos em nos conectar corretamente no avanço mútuo e se ao compartilhar o temor, nós conseguimos ajudar os outros, não só a nós mesmos, então podemos começar a sentir nossa natureza egoísta, percebemos quão fortemente somos repelidos por ela e quão extensivamente nós odiamos, não só uns aos outros, mas também a nós mesmos. Esta revelação é tão nojenta que a repelimos. Nós paramos de procurar por outras qualidades negativas internas.

Neste momento, ocorre o reconhecimento do mal. O Criador nos avisa antecipadamente que é Ele quem fez a inclinação ao mal e que somos nós que devemos revelá-la ao aspirar por Ele. Então, nós precisamos de um tipo especial de temor. Nós temos que fazer esforços não para nos esquivar deles, e nos controlar, inspecionar e verificar regularmente.

Nós temos que dar uma olhada se nós evitamos inconscientemente a revelação do nosso egoísmo como algo muito desagradável para nós. Pelo contrário, nós temos que apreciar o processo de revelação do mal dentro de nós, uma vez que é uma etapa essencial no nosso avanço. É por isso que temos que estar preparados para lidar com sensações muito desagradáveis e apreciá-las, porque elas estão acompanhando o nosso avanço rumo ao Criador.

Ao mesmo tempo, nós nunca devemos esquecer sobre a grandeza do Criador. Não podemos imaginar o que é a força superior, o que, de fato, existe no universo e não apenas na imagem limitada que sentimos agora. É impossível compreender em que medida a imagem que habita em nossos pensamentos e sensações é artificial.

Os cientistas já descobriram que estamos num estado dormente, que vivemos de ilusões e dentro de uma matriz que cria uma imagem distorcida, um sonho. Nosso egoísmo nos tranca dentro de nós mesmos, razão pela qual consideramos tudo o que acontece como se acontecesse dentro de nós. Somente quando nós saímos e paramos de nos sentar na concha de nós mesmos é que começamos a sentir o mundo real.

Antes que isso aconteça, é muito difícil visualizar o que é a realidade superior. Não é como o nosso universo, nada como o sistema solar e a Terra ou a sua superfície. Nós apenas visualizamos estas coisas como se estivéssemos dormindo, em nossos sonhos.

Da Convenção em São Petersburgo “Dia Um” 19/09/14, Lição 1

Uma Habitação Que Corresponde À Estrutura Da Alma

laitman_560Pergunta: Sua explicação da essência de Sucot é que é uma correção de desejos pela Luz Circundante. Por que é diferente do que nos ensinaram na escola? Disseram-nos que Sucot lembra aos judeus da sua fuga da escravidão egípcia e da sua vida em tendas no deserto.

Resposta: Essas explicações realmente se contradizem? “Egito” (Mitzrayim) simboliza ficar dentro da própria natureza maligna (Yetzer-Ra), estar no exílio, concordar em obedecer à autoridade do Faraó que governa nossos desejos egoístas. Foi o Criador quem fez o egoísmo. É por isso que Ele continua dizendo: “Eu endureci o coração do Faraó”.

Mais tarde, nós vamos sair da “jurisdição” do Faraó, iniciando o processo de autocorreção. A festa de Sucot é um símbolo. A única coisa que a Torá descreve são métodos de autoaperfeiçoamento no coração; não se trata de acontecimentos históricos. Hoje, nós devemos implementar esta história.

Cada feriado judaico, bem como qualquer evento mencionado na Torá, denota subidas e descidas do poder de doação e amor, ou vários desvios da observação das instruções dadas na Torá. A Torá inteira é baseada na lei do “amar o nosso próximo como a nós mesmos”. Atingir esse tipo de amor só é viável ao corrigir nossos egos. É viável apenas com a ajuda da Torá, a Luz que Retorna. Isso é o que nós estamos tentando alcançar.

Pergunta: Por que as pessoas se sentam numa “cabana” especial chamada Sucá durante este feriado?

Resposta: O tamanho da Sucá corresponde com precisão às dimensões da alma. Apenas dentro da alma os desejos e luzes podem ser calculados. Na Sucá, nós usamos “amas” (cúbitos, varas) como unidade de medida. Isto explica por que existem exigências rígidas para construir uma Sucá. Nós devemos observar as regras de como devem ser as paredes de uma Sucá. Nós fazemos o telhado da Sucá de “resíduos de celeiro e adega”, etc.

Todas estas exigências decorrem das raízes espirituais. Elas são todas sobre uma combinação especial de receber e doar as forças que são essenciais para nossa alma (o desejo de receber) em sua busca para se tornar semelhante ao Criador. A alma trabalha em ambos os desejos de receber e doar, assim como o coração e os pulmões constantemente contraem e expandem.

A Sucá deve ser construída em exata correspondência com as partes da alma: dez Sefirot de Luz Direta e dez Sefirot de Luz Refletida. É por isso que ela não pode ser superior a 20 amas. Existem regras firmes que regulam o tempo quando uma Sucá deve ser construída e que materiais são adequados para isso, ou seja, “puros” o suficiente (orientados à doação) para construí-la.

Uma alma é um desejo que está totalmente focado na doação aos nossos próximos, ou seja, é uma estrutura que é totalmente oposta à inclinação ao mal, à nossa verdadeira natureza. A menos que comecemos a autocorreção, não temos alma.

A Sucá simboliza a alma, ou seja, o desejo corrigido. Ela se destina a amar nossos próximos. É por isso que ao construir uma Sucá nós temos que levar em consideração muitas condições. Existem 613 desejos na alma: 248 desejos de doação e 365 desejos de receber para doar. Todos esses desejos estão dentro de nós e nós temos que começar a corrigí-los.

De KabTV “Uma Nova Vida” 30/09/14

O Segredo Essencial dos Judeus, Parte 61

Do livro, O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein

Os Postulados da Teoria da Integralidade

Nós “jogamos” jogos sem sentido em vez de dedicar tempo para o “grau humano”.

Não vemos o fim e, portanto, não podemos justificar o estado atual.

A Natureza se esforça para o equilíbrio.

Nós estamos em uma esfera fechada. Informações externas não estão disponíveis para nós.

Nós estamos à procura de um lugar no mundo em conformidade com as nossas propriedades.