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Revelação Obrigatória da Sabedoria

De “Quem é Você, Povo de Israel”

À medida que o mundo geme sob a pressão de duas forças conflitantes – a força global de conexão e a força de separação do ego – nós estamos caindo no estado que existia na antiga Babilônia antes da dispersão. Infelizmente, hoje não podemos nos separar e sedar os nossos egos. Nossa única opção é trabalhar em nossa força positiva que equilibra a força negativa do nosso ego.

O povo de Israel, descendente dos antigos babilônios que seguiram Abraão, deve implementar a sabedoria da conexão, denominada a sabedoria da Cabalá. Eles são obrigados a estabelecer um exemplo para toda a humanidade, e assim tornar-se uma “Luz para as nações”.

A Chave para a Felicidade

As leis da Natureza ditam que todos nós vamos alcançar um estado de unidade. No entanto, existem duas maneiras de chegarmos a esse final feliz: 1) o caminho do sofrimento mundial: guerras, catástrofes, pragas e desastres naturais, ou 2) o caminho do equilíbrio gradual do ego, o caminho que Abraão plantou em seus discípulos. O último é o que sugerimos.

O texto completo do folheto está aqui.

Declínio da Babilônia, Parte 6

Comentário: Como resultado da espiral mundial da história voltamos a um “impasse babilônico”. Acontece que os judeus trouxeram todo o mundo para esta condição porque eles desempenharam um papel importante no progresso científico e tecnológico. Assim, eles realçaram o processo.

Resposta: O grupo de Abraão manteve contato direto com a força superior, a energia positiva da natureza e o equilíbrio com a natureza composta de forças binárias básicas (mais-menos, a absorção separação, etc.). Sem esse contato, a filosofia, ciências diversas e numerosas tendências de desenvolvimento, que foram trazidas a este mundo pelos judeus, nunca teriam aparecido.

Se não fosse o grupo que foi conectado com a espiritualidade, neste momento, a humanidade já teria expandido-se em quantidade, mas não em qualidade. Seu progresso não seria baseado na sua realização espiritual. Temas como geografia, história, biologia, zoologia, ou quaisquer outros ramos científicos que exploram este mundo material, não teriam surgido.

Isto não é sobre os judeus, mas sim sobre a sua ligação com a força positiva que lhes permite vincular “aspectos positivos e negativos” e respeito à natureza como um sistema.

A ciência é um estudo sistemático da natureza a nível inanimado, através de disciplinas como física, química, cosmologia e astronomia. Os níveis vegetativo e animado são estudados por meio da biologia, zoologia, botânica e outros. A ciência estuda o inanimado, o vegetal e o animal da natureza, enquanto que a psicologia explora o comportamento humano.

Assim, se formos ainda mais fundo, vamos encontrar os judeus que lançaram todas as ciências. A propósito, filósofos religiosos medievais que estudaram estas questões escreveram que os antigos gregos aprenderam os conceitos básicos, de sua filosofia, da cabalá, e como bem sabemos, todas as outras disciplinas resultam da filosofia.

Pergunta: Então, todo o potencial científico e tecnológico diz respeito à conexão de duas forças principais, o positivo e o negativo. Isto foi transmitido à humanidade através do grupo de Abraão, não é mesmo?

Resposta: Sim. É assim porque o conhecimento humano deriva de um estado de equilíbrio com a natureza. A condição para o equilíbrio com a natureza é a noção de “amar o próximo como a nós mesmos”. Ela ocorre com a condição de que ambas as forças positiva e negativa estão em equilíbrio, permitindo, assim, à terceira, a força superior da natureza, chamada o Criador surgir entre elas.

No entanto, somente os cabalistas são capazes de perceber esta força. O equilíbrio pode ser entendido através da metodologia que os judeus, o povo de Israel, revelaram ao resto do mundo.

Assim, é bastante natural que, no final, somos nós quem devemos ser culpados por tudo o que acontece no mundo. No entanto, ainda precisamos das ciências, porque elas fazem o seu trabalho. De forma alguma elas nos levam ao mundo superior, a fonte e meio de governança deste reino material. Elas só exploram esta realidade física. Ainda assim, as ciências aceleram nosso crescimento e nos fazem sentir decepção na nossa capacidade de alcançar a espiritualidade, ficando no nível material.

Hoje, a ciência atingiu um beco sem saída e agora não há espaço para mais progresso científico. A penetração científica na matéria é puramente mecânica. Além disso, não há nenhum sentido em qualquer desenvolvimento das ciências. Nosso avanço é egoísta, é a base de tudo o que fazemos, e é nosso desejo de sentir o melhor que pudermos. Vemos que como um meio para melhorar a vida, atualizar o mundo, e melhorar a sociedade, a ciência não lida com esta tarefa direta. Pelo contrário, ela nos faz sentir ainda pior. Então, por que precisamos dela? Quanto menos sabemos, melhor dormimos.

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De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje” 27/8/14

 

O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 49

Do livro: O Essencial Segredo Dos Judeus, M. Brushtein:

Organismos Unem

Um organismo é um sistema biológico com diferentes níveis de organização: molecular, celular, tecido, etc..

Um organismo funciona como um ser vivo completo e tem um conjunto de propriedades (metabolismo, crescimento, desenvolvimento, reprodução, hereditariedade, etc.), que o distingue da matéria inanimada. (Dicionário Acadêmico)

Organismos assumem o bastão “social” a partir de células, e, como elas, começam a se conectar uns com os outros. Nós estamos falando sobre a presente lei em si mesma.

A essência desta lei é que as estruturas vivas sempre formam uma coalizão quando há uma oportunidade. Os participantes de uma associação são capazes de resolver problemas que são grandes demais para cada um deles separadamente.

O alcance deste princípio abrange todos os níveis do mundo orgânico, desde a interação de células que compõem o corpo, para as relações sociais em populações de todos os seres vivos do nosso planeta, incluindo o Homo sapiens. (Eugene N. Panov, Escape da Solidão)

Vamos concordar por um momento que é a lei. Então, o que podemos fazer com uma doença tão terrível como o câncer? Sabe-se que as células cancerosas, os agressores, agem no exato sentido oposto, e que os sentimentos sociais são estranhos a eles.

Estudos científicos sobre o comportamento de células normais e cancerosas, em um ambiente artificial, têm demonstrado que estas últimas, ao contrário das células normais, tornam-se socialmente incontroláveis. Isso significa que as células cancerosas não respondem aos sinais vitais dos parceiros celulares e começam a comportar-se como indivíduos anti-sociais. (Eugene N. Panov, Escape da Solidão)

A maneira mais fácil de dizer isso é que a exceção confirma a regra. No entanto, este não é o caso. Acontece que as células cancerosas não são menos, mas talvez mais sociais do que a parte lesada.

Eshel Ben-Jacob, físico da Universidade de Rice, em Houston, afirma: O câncer é um inimigo sofisticado. Há cada vez mais evidências de que as células cancerosas usam comunicações avançadas para trabalhar em conjunto, para escravizar as células normais, criar metástases, resistir a drogas e enganar o sistema imunológico do corpo. (Fonte: Rice, Sabedoria não Convencional)

Parece que todas as células preferem a cooperação ao passatempo individual. Mesmo o câncer. Vamos continuar nossa pesquisa em um nível mais avançado – vegetativo.

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Material Relacionado:
O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 46
O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 47
O Segredo Essencial Do Judeus, Parte 48

Prazer Espiritual Em Ação Física

Pergunta: Posso aprender a descobrir o Criador através de prazeres físicos?

Resposta: Depende do que se entende por prazeres físicos: o prazer para si ou os prazeres vestidos nas ações físicas do nosso mundo?

Se o prazer está vestido com uma ação física deste mundo, é possível descobrir o Criador nele, mas se ele é destinado a si mesmo, então é impossível. Toda ação “para si mesmo” é chamada de física, e “a partir de si mesmo” é chamada espiritual.

Quando conectamos entre nós para completar a adesão, então nós realmente sentimos, em substância, este estado em que o Criador é descoberto. Mas isto é apenas a condição de que podemos usá-lo para a nossa unificação acima do anseio e desejo pessoal. A Luz faz todo o resto, não é necessário estar envolvido com isso em particular; isso só confunde a pessoa.

É necessário estudar os artigos do Rabash e Baal HaSulam, que são intercalados com informações suscintas sobre as condições do trabalho espiritual, e tentar não deixá-los. Eles devem tornar-se as condições fundamentais que se deve manter o tempo todo, e quando você depara-se com eles, verifique-se de acordo com eles.

Então, a Luz irá criar as características adequadas dentro de você, e você começará a sentir que todo o mundo físico é não essencialmente físico, mas só parece que sim. Na verdade, é assim que as forças espirituais retratam nossas sensações para nós. Quando o poder da natureza começa a ser descoberto através disto, nós finalmente começamos a entender os segredos e as características de nossa percepção.

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Da Convenção Em Sochi “Dia Dois” 7/14/14, Lição 6

No Ciclo Dos Feriados

Dr. Michael LaitmanO Ano Novo é o começo de uma longa cadeia de correções internas que gradualmente passamos. Nós começamos a entender nossa missão nesta cadeia quando chegamos ao Dia do Julgamento (Yom Kippur), onde julgamos a nós mesmos de forma rigorosa.

Nós tomamos uma decisão sobre o que precisamos fazer para alcançar a força que estabelecemos como nosso objetivo. Esta força é unida, e, portanto, nós também precisamos nos tornar como um só homem, unindo toda a humanidade.

Desta vez, a unidade inclui não apenas o pequeno grupo que uma vez fugiu da antiga Babilônia, e não só a nação de Israel. Agora toda a humanidade deve alcançar a unidade com o sistema geral da natureza. É assim que entendemos a força e singularidade do Dia do Juízo.

O ápice do Dia do Julgamento é quando lemos um trecho do Livro dos Profetas, Maftir Yonah, que fala sobre Yonah (Jonas), o Profeta que o Todo-Poderoso enviou para Ninveh (Nínive) para avisar as pessoas que vivem lá que a cidade será destruída se não se arrependerem. A história nos diz que Yonah queria fugir de sua missão de levar toda a humanidade à correção, onde a cidade de Ninveh representava a humanidade. No entanto, o curso dos acontecimentos se desenrolou de forma que ele entendeu que não seria capaz de fugir e que tinha que cumprir a missão que lhe fora confiada.

A nação de Israel, como o Profeta Yonah, sabe sobre sua missão e tem o poder de cumpri-la, e deve tirar o mundo inteiro, toda a “cidade de Ninveh“, de sua situação.

Depois nós temos o feriado de Sucot, quando nos sentamos na sombra de uma tenda especial – a Sucá, ou em outras palavras, nós nos cobrimos com uma tela. Os quatro símbolos do feriado de Sucot – o Lulav (ramo de palmeira), Hadassim (ramos de murta), Aravot (ramos de salgueiro) e Etrog (uma fruta cítrica) – simbolizam o HaVaYaH completo, ou os quatro estágios da revelação da força superior em seu desejo de receber corrigido.

Nosso desejo egoísta tem quatro camadas que precisamos corrigir. O egoísmo é o que está entre nós, impedindo de nos unirmos. Se pudermos conectar todas estas formas de egoísmo junto (tomar todos os quatro símbolos de Sucot em nossas mãos) e apontá-las diretamente à força da unidade, isso significa que realizamos a bênção chamada “Arba Minim“.

Sucot é seguido pelo feriado de Simchat Torah (a alegria da Torá), quando nos regozijamos com a força superior que veio até nós o tempo todo e nos ajudou a fazer as correções e passar por todas as suas fases.

Depois nós chegamos ao feriado de Hanukkah – um estado em que não queremos nada. Nós só olhamos para as velas do feriado, mas não as usamos. Hanukkah é uma festa espiritual, porque nós só nos regozijamos com a Luz, em como a força superior é definida dentro de nós e nos separa de nosso egoísmo ou do mal dentro de nós, enquanto todos nós juntos desejamos nos conectar com essa força.

O próximo feriado é Purim, ao contrário de Yom Kippur (KiPurim: como Purim). Em Yom Kipur nós observamos um jejum especial, enquanto em Purim, ao contrário, comemos e bebemos para a satisfação do nosso coração, e nos alegramos. Em Purim há o mandamento de ficar tão bêbado que você não pode dizer Haman separado de Mordechai, um pecador de um homem justo.

Isso é porque nós já não somos tão efêmeros ou desprovidos de qualquer egoísmo como em Hanukkah, mas, pelo contrário, corrigimos o nosso mal. Nós corrigimos todo o egoísmo anterior e as inclinações ao mal contra a unidade. É por isso que este feriado é oposto ao Dia do Julgamento, o Yom Kippur, o qual é “como Purim“. Em Yom Kippur os desejos não corrigidos apenas se revelam, enquanto que em Purim eles realmente se tornam corrigidos.

Agora todos os desejos e aspirações podem ser conectados num todo. Cada pessoa pode dar presentes aos outros, demonstrando seu amor. É assim que chegamos ao estado em que não diferenciamos entre um pecador e um homem justo, já que tudo está corrigido. Você está autorizado a fazer o que quiser, e vai ser bom! Não existe diferença entre as pessoas. Todas as nossas aspirações, desejos e pensamentos são corretos.

O feriado seguinte, Pessach, simboliza o nosso êxodo constante do mal em bem, da escravidão à liberdade. Nós saímos do nosso egoísmo, “passamos por cima” (Pasah) dele, tornando-nos livres da escravidão, do poder do nosso desejo egoísta que reina sobre nós, e o transcendemos.

Depois começamos a contar os dias do Omer, onde contamos as correções de nossos desejos até alcançarmos o feriado de Shavuot, a Entrega da Torá. Nós discernimos que temos que receber a força superior, que nos corrigirá, porque a única coisa que temos dentro de nós é a inclinação ao mal. Porém, além da inclinação ao mal, um meio de corrigi-la foi criado – a Torá, a Luz que Reforma.

O feriado de Shavuot, a entrega da Torá, significa que nós temos que receber a força para a nossa correção de cima. Essa força nos ajuda a construir a nós mesmos, mas não podemos permanecer nesse estado e assim partimos. Este colapso é simbolizado pelo 9o de Av, que completa o ciclo.

Através da construção de nós mesmos, e depois a quebra, nós chegamos a compreender as razões para a nossa queda e toda a profundidade do mal. Antes disso, o mal estava escondido e não era suficientemente evidente, mas agora nós entendemos que precisamos de uma maior correção do mal. Ao corrigir isso, nós atingimos o fim da correção.

É muito parecido com prometer a si mesmo que você não vai comer nenhum doce, e em seguida, encontrar-se numa confeitaria onde você está cercado por tantas delícias que se esquece completamente de sua promessa e do fato de que açúcar é ruim para você. O prazer o escraviza e você acaba dominado por ele.

A mesma situação ocorre no 9o de Av, mas numa escala muito maior. No entanto, através deste colapso, nós aprendemos com que profundidade teremos que nos corrigir, a fim de suportar a enorme “confeitaria” que nos confunde. Isso é porque nós precisamos nos corrigir e não apenas em relação a um pequeno doce, mas em relação ao todo tremendo egoísmo.

É assim que alcançamos a correção completa. Nós alcançamos a unidade e, assim, chegamos à equivalência com toda a natureza. Mas isso não é suficiente. A história de Yonah, o Profeta, nos lembra que temos que cuidar do resto da humanidade. É quando, depois de se corrigir, a nação de Israel passa o método a toda a humanidade. Ela se dirige à humanidade como à cidade de Nivneh, a fim de corrigi-la.

Assim, o mundo inteiro atinge um estado de prosperidade, completando o ciclo que é simbolizado pelos feriados judaicos.

De KabTV “Uma Nova Vida” 14/09/14

Na Estrutura Do Pensamento Único

Dr. Michael LaitmanComentário: Se durante um workshop nós estamos tentando chegar a um estado comum, tentando entrar nele, desconectar, conectar, e, de repente, um retardatário se junta a nós, nós imediatamente sentimos um desequilíbrio.

Resposta: Não deve haver desequilíbrio! Nós precisamos imediatamente “engolir” o amigo que veio. Suponha que temos nove pessoas, e, de repente, há a décima, mas ela não é um distúrbio para nós, porque estamos trabalhando tanto nela com a nossa intenção, o nosso desejo, que ela imediatamente sente a estrutura que lhe damos e está incluída com a gente.

E se não, durante uma rodada, não importa o que ela disse ou onde foi, ela deve sentir a estrutura do grupo e ocupar o seu lugar.

Mas para não cairmos deste estado, nós precisamos nos dirigir especificamente a ela. Através de nosso desejo, nossos esforços, nosso exemplo constante, incluindo os esforços externos, nós precisamos fazer com que as outras pessoas sintam que elas existem numa estrutura ideológico especial onde não podem se permitir sequer falar de algo externo. Esta pressão total em cada um de nós precisa ser muito forte.

Da Lição Preparatória do Congresso em São Petersburgo 18/09/14

O Esforço É O Prazer

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você disse que nós precisamos aprender a ter prazer ao nos esforçarmos em nosso progresso e, da mesma forma, cuidar de nossos amigos.

Se combinarmos essas duas frases, será que é preciso trabalhar duro para ajudar um amigo a obter prazer ao se esforçar?

Resposta: Sim. Como resultado, quanto mais você trabalhar, mais prazer você receberá, não dos resultados do trabalho, mas do trabalho, do próprio esforço. Quando você corrige o egoísmo, os esforços se transformam em prazer.

Isso não existe em nosso mundo. Aqui nós trabalhamos para ganhar, e ganhamos para comprar algo ou para desfrutar algo.

Por que o mundo espiritual é infinito e não existe o conceito de tempo? Porque o próprio esforço inclui tanto o esforço e sua satisfação, preenchimento, o Kli (vaso). O próprio esforço é plenitude.

Comece a pensar nisso, e você vai ver o que é um estado espiritual. Não há causa e consequência do desenvolvimento dos eventos, de modo que um estado espiritual é permanente.

Da Lição Preparatória do Congresso em São Petersburgo 18/09/14

O Destino Nos Uniu E É Irreversível

Dr. Michael LaitmanPergunta: A operação militar, “Protective Edge”, e todos os eventos relacionados a ela evocaram um sentimento especial de conexão na nação israelense. A nação de Israel se une cada vez que nos encontramos numa situação de emergência, mas desta vez a conexão que foi sentida foi extraordinária e especialmente forte e sem precedentes.

Isso afetou a todos, incluindo crianças pequenas e idosos. Há uma foto de um tanque coberto com desenhos de crianças que foram enviados aos soldados. Estranhos visitaram os soldados feridos, ajudaram suas famílias, e enviaram pacotes ao front. Nunca houve uma expressão de ajuda mútua em tal escala. Qual é o sentimento especial despertado na nação israelense durante a guerra?

Resposta: Há uma força especial escondida na nação de Israel, e eu tenho visto até mesmo referências a ela em livros e filmes de diretores que não são israelenses. Há certa preparação para o sacrifício pessoal no povo judeu. Isso pode ser expresso em sua atitude em relação à ciência, a uma profissão específica ou a um determinado assunto. A pessoa sente que deve se dedicar totalmente a uma determinada ideia. Embora este fenômeno exista em cada nação, ela se expressa ainda mais exclusivamente entre os judeus. Eles expressam sua lealdade, a sua conexão, na medida do sacrifício pessoal, sempre que têm a oportunidade de fazê-lo.

A pessoa não procura nenhuma recompensa e não se importa se os outros sabem sobre suas ações, fala sobre ela, ou se lembra dela como um herói. A prontidão para o sacrifício que decorre da história do povo judeu, de repente desperta numa pessoa.

No passado, nos dias do Primeiro e Segundo Templos (que simbolizam um vaso inteiro, uma alma), nós estávamos conectados. Esta conexão criou uma ligação muito profunda e eterna que nos nutre e preenche até hoje. Ela invoca em nós o sentimento especial entre o indivíduo e a nação de Israel, mesmo que ele fizesse tudo em seu poder para se separar de toda a nação e fugisse para um lugar remoto nos confins da Terra, de modo que ninguém soubesse que ele é um judeu, de modo que ele se esqueceria dela e fosse como todos os outros. No entanto, ele não pode fazer isso, já que as conexões entre os nós estão acima deste mundo e estão no nível do mundo superior. Assim, o indivíduo não pode deixar de ser judeu, mesmo que queira.

Esta conexão é expressa mesmo depois de várias gerações, quando o próprio indivíduo não sabe que é judeu. Eu conheci muitos assim. Especialmente na Espanha e em Portugal, muitas vezes eu encontro indivíduos que dizem que não são judeus de nascimento, mas que sentem que pertencem à nação judaica. Eles são os descendentes dos convertidos que foram forçados a abandonar a religião judaica sob a ameaça da expulsão da Espanha, mas a conexão com o povo judeu ainda vive dentro deles.

É um fenômeno natural que decorre do sistema da realidade. A conexão foi gradualmente criada num nível espiritual muito alto quando todo mundo estava conectado no estado de um homem em um só coração, em uma só alma. A conexão imprime dentro de nós um gene espiritual especial num nível superior ao que estamos hoje, no nível humano.

Portanto, não podemos quebrar essa conexão porque ela é imutável, e só pode ser reconstruída. Assim, nós despertamos hoje como resultado de diferentes problemas e dificuldades e voltamos ao estado da conexão interna.

Não há escolha. Nós estamos conectados, e o destino, o Criador, nos desperta. Nós tivemos pressões suficientes no nível corpóreo – onde vivemos no nível animal – e o sentimento da presença do nível humano imediatamente desperta em nós num nível diferente, superior. Este é o nível em que estávamos durante a conexão e ao qual podemos voltar agora.

Essa conexão interna existe entre todos os judeus, e até mesmo em todas as tribos perdidas do tempo do Primeiro Templo. Há muitas pessoas no mundo que pertencem a essas tribos perdidas. Os corpos não são reencarnados, mas a alma continua a mesma alma. Há a mesma conexão entre nós que está escondida, mais interna, eterna, espiritual, e mais sublime.

De KabTV “Uma Nova Vida” 12/08/14

A Ciência Do Mundo Superior

Dr. Michael LaitmanPergunta: A sabedoria da Cabalá é uma ciência ou não?

Resposta: A sabedoria da Cabalá é uma ciência divina, uma ciência do mundo superior, e não uma ciência regular. Ela funciona com outras ferramentas, não como biologia, física ou anatomia. Esta é uma ciência que é diferente de todas as ciências do mundo pois usa diferentes ferramentas e métodos.

Embora, basicamente, a sua meta não seja muito diferente. Isso ocorre porque na ciência regular a pessoa também está inconscientemente procurando o Criador, a origem da vida. A partir deste desejo ela recebe um impulso pela investigação científica. Ela sente satisfação em alcançar algum tipo de verdade.

Talvez esta verdade seja o oposto da verdade, mas isso não importa. A ciência tem uma centelha divina nela, e isso é o que atrai o cientista. O problema é que essa centelha cativa a pessoa e se veste em seu ego de modo que é difícil extraí-lo.

No entanto, em virtude dessa centelha, os cientistas são grandes fanáticos de sua ciência. Eles estão prontos a se sacrificar por sua causa, a conduzir ensaios clínicos em si mesmos, e a praticá-los dia e noite. Basicamente, eles estão correndo atrás da centelha que está submersa no ego, na “Klipa“.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/08/14, Escritos do Baal HaSulam

Novos Amigos Escondidos Dentro Dos Antigos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como uma pessoa desenvolve gradualmente um diálogo interno com a força superior e descobre o Criador ao se aderir ao grupo e ao professor?

Resposta: Eu posso não gostar do rosto do amigo, mas quero estar em contato com ele e ver o que o ser humano está sendo oculto de mim, a inclinação da verdade nele, a atitude especial. Ao realizar ações diferentes e mudar a mim mesmo, eu descubro estes meus amigos por cuja aparência eu estava anteriormente repelido. Agora, porém, eu começo a descobrir a sua bela forma interior. É assim que nos movemos de um estado para outro.

Posteriormente, este estado interior parece normal e não especial, e eu perco o interesse nele, mas ainda continuo a trabalhar e descobrir uma forma mais profunda e mais sublime. Assim, nós podemos estabelecer a conexão interna com o amigo.

Pergunta: O que exatamente eu continuo?

Resposta: Eu continuo a olhar para o desejo interior do amigo e não para os seus atributos externos. Se eu olhar para ele desta forma, então, em vez dos velhos amigos, eu vou descobrir novos amigos que foram escondidos dentro deles.

Pergunta: O que significa ansiar a ver a interioridade do amigo e não a sua exterioridade?

Resposta: Ver o amigo internamente significa tentar se conectar a ele ainda mais forte e justificá-lo. Eu entendo o Criador que enviou este amigo para mim, a fim de encontrar o Criador através da conexão com ele. Portanto, eu sou forçado a trabalhar com ele, embora eu preferisse que o Criador me enviasse Baal HaSulam como um amigo.

Pergunta: Eu era indiferente ao amigo, mas, de repente, uma nova atitude em relação a ele começa a se desenvolver em mim. Que mudança é essa?

Resposta: A Luz começa a influenciá-lo e assim você começa a prestar atenção de que há algo maior em seu amigo do que apenas um corpo físico. Isso é chamado “na Tua Luz veremos a Luz”. Como resultado da influência da Luz, você descobre que também há Luz em seu amigo. Você ainda não sabe ou entende que é a Luz, mas já começa a ver que há algo valioso no amigo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/08/14, Escritos do Baal HaSulam