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O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 50

Do livro: O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein

Os Postulados da Teoria da Integralidade

No mundo integral, nós sentimos não só os níveis inanimado, vegetal e animal da natureza, mas as conexões entre eles.

Não há nada prejudicial ou desnecessário na natureza.

O único elemento nocivo é a conexão incorreta.

Um micróbio em certo sentido é “mais sábio” do que um ser humano, uma vez que é confiável para executar com precisão os comandos da Natureza.

A comunicação é a base da vida.

A Preparação Acabou: É Hora De Agir!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como podemos entender, conhecer e sentir o esforço que temos que fazer para nos conectar?

Resposta: Nós vemos o que está acontecendo no mundo, e até certo ponto, começamos a sentir que tudo nos leva para frente e que há uma força que nos leva a um objetivo único.

Como podemos fazer um esforço a fim de ascender acima de todos os pensamentos estranhos que nos confundem? Nós temos que entender que tudo vem até nós do Criador de propósito. Por um lado, Ele nos atrai a Ele, e, por outro lado, Ele nos confunde e nos mantém longe Dele para que possamos ser confiáveis para desenvolver a atitude correta em relação a Ele e em relação à nossa natureza para que possamos nos conectar a Ele.

Na verdade, é por nossa natureza oposta ao Criador e pela confusão e baixeza de nosso nível que podemos esclarecer, descobrir e alcançar a adesão com Ele.

Não é fácil, mas nós precisamos esclarecer este processo, porque é assim que crescemos. Ao mesmo tempo, devemos estar preparados para problemas externos ainda maiores que o Criador apresentará para nós à medida que avançarmos, de modo que vai ser cada vez mais tão difícil esclarecer os nossos problemas internos. Como está escrito: “Aquele que é maior do que seu amigo, o seu desejo é maior”.

O Criador criou tais condições internas para nós nas quais nós caímos em nosso ego por causa das coisas mais triviais, nas quais um novato não cai, mas uma grande pessoa cai nelas, já que, para ela, é um grande problema.

Por exemplo, não faz grande diferença se um trabalhador braçal que trabalha com um martelo pesado desvia um milímetro na direção errada, mas, para um neurocirurgião, qualquer pequeno desvio pode custar a vida do paciente. Portanto, se nós mesmos não passarmos pelas descidas, não saberemos todas as sutilezas, pois é apenas por nosso progresso que nos tornamos conscientes delas.

O Criador quer que nos aproximamos Dele, por isso precisamos de apoio. Nós não devemos esquecer que o nosso progresso não está no estudo mais profundo dos materiais, mas na conexão interna entre nós. Se a conexão entre nós for correta, vamos sentir o preenchimento da força interna chamada Luz, ou Criador, o Bore dentro de nós, que significa “venha e veja”. Como fazemos isso?

Eu vejo que isso é diferente em cada continente. Israel é caracterizado por problemas particulares, e, aqui, o Criador nos carrega de uma forma cruel e séria, mas, ainda assim, o grupo do Bnei Baruch não tem o poder de se conectar. Se falarmos dos israelenses em geral, eles ainda acham que é normal os mísseis caírem sobre suas cabeças e que tudo vai desaparecer.

Junto com as aflições, as pessoas se tornam insensíveis e não entendem o que está acontecendo. É como uma criança que apanha e, como resultado, fica cada vez teimosa. Quanto mais eu apanho, mais eu fico teimoso, e nada pode ser feito.

Assim, o trabalho com os israelenses não é nada fácil. Milhares de pessoas saem todas as noites para disseminar, organizar círculos de discussão, dar folhetos, e fazer o possível para influenciar o público. Estas são as condições que o Criador tem disposto para nós.

Na América do Sul, os grupos são muito bem-sucedidos, sensíveis e experientes. Há grupos que têm dificuldade para sair para disseminar, mas eles se dão muito bem um com o outro. Há grupos, ao contrário, que saem e disseminam nossos materiais. Eu estive na Columbia, Chile e México, e cada grupo é único. Eu acredito que o objetivo deve ser que toda a América do Sul se conecte porque os países têm uma língua comum. O Criador lhes deu uma condição muito séria, e eles devem subir acima das diferentes regiões e não jogar mais o jogo da separação, “Nós estamos aqui e vocês ali”, mas sim estabelecer um departamento latinoamericano sério, ou seja, dirigir todos os seus esforços para o estabelecimento de um todo.

O grupo do México teve uma Convenção muito poderosa de conexão e compreensão. As pessoas já cresceram e são bem treinadas e organizadas. O problema é que a espiritualidade está acima do ego, e só se nos conectarmos acima do ego, restringi-lo e construirmos um Masach (tela), seremos capazes de sentir o mundo superior, a sensação da alma.

Este é um trabalho muito sério. Durante a minha viagem, eu estava convencido de que o período de preparação acabou totalmente. Não há pessoas em Israel, Canadá e América do Sul que sabem mais ou menos do que outras, ou pessoas que não conhecem os materiais como outras conhecem. Nós realmente chegamos a certa base comum, e agora temos que trabalhar em nossa conexão única, que é a coisa mais importante. O período de preparação é longo. Agora, nós temos que trabalhar.

Em Israel, o trabalho na nossa conexão está num estado pior, uma vez que ele deve passar por todos os 125 níveis até alcançarmos a conexão completa.

A questão é como podemos realmente fazer isso. Eu acredito que não seremos capazes de controlar isso de dentro do Bnei Baruch, uma vez que, apesar da mentalidade que tem muito pouco efeito sobre a realização na espiritualidade e de todas as recomendações práticas que são idênticas para todos, as condições são importantes, e nós devemos trabalhar juntos de qualquer forma. E a mesma regra serve para todos, e o jeito que você a cumpre é com você.

Da Refeição na Convenção em Toronto 04/08/14

Escolha O Que É Melhor, Escolha A Vida!

Dr. Michael LaitmanPergunta: O Criador nos dá uma escolha e diz: “Escolha o que é melhor, escolha a vida”. Qual é a nossa escolha?

Resposta: Nós temos que entender o que é melhor para nós. Há apenas duas opções que podemos escolher: para mim ou para o bem dos outros por meio do Criador.

“Escolha a vida!”. Vida se refere à vida espiritual e à existência do atributo de doação.

É para isso que estamos avançando através de uma longa busca, nos deparando com coisas pequenas e insignificantes até que passamos por todo o nosso ego até sua parte inferior, até que chegamos aos estados mais baixos e desprezíveis, até que estamos realmente imersos no atoleiro pessoal e não paramos de nos envergonhar disso. É porque o Criador não nos deixa justificar a nós mesmos, mas que vamos justificá-Lo ao reconhecer o atributo oposto que Ele tem, a alma.

Escolher a vida significa que, em contraste com todos os atributos, fenômenos e acontecimentos negativos, nós seremos capazes de reconhecer a unidade e integridade do Criador, Sua singularidade, e estaremos conectados a Ele, tanto do lado bom como do lado mal ao compreender que tudo isso decorre somente Dele.

Isto significa que a adesão a Ele é acima da dor ou do prazer e que devemos sentir que não faz diferença alguma se recebemos alegria Dele ou não. A principal coisa é que isso se origina Dele. Nosso objetivo é subir acima do ego em adesão com o Criador.

Não devemos temer isso. O grupo tem que apoiar um ao outro ao compreender cada amigo, não importa o que aconteça com ele, não importa que subidas ou descidas ele realize, não importa o que aconteça com cada um de nós. Tudo isso só é necessário para que possamos sair do nosso sistema de eventos corporais egoístas comuns e valorizemos não a pessoa, mas as ações do Criador que são exibidas pelo amigo.

Embora nem todo mundo entenda totalmente isso ainda, nós estamos perto de um estado em que já podemos passar por isso. Nossa aproximação é possível porque agora o encontro de nossos sentimentos mútuos e entendimentos mútuos estão ocorrendo em nós já que o Criador está fazendo isso com a gente. Assim, nós podemos começar a sentir todos como um único e enorme todo, a alma, que realmente reconstrói e preenche a si mesmo desta forma.

Da Convenção em Toronto 04/08/14, Refeição 1

Uma Etapa Fundamental Na Disseminação

Dr. Michael LaitmanNós somos obrigados a abordar todo este assunto a partir do pensamento e da finalidade da criação, da perspectiva da imagem completa e geral. Nós não podemos entender e saber nem mesmo uma única peça, se não estivermos familiarizados com o seu lugar dentro do todo. Uma vez que toda a realidade é um sistema, não há nenhuma parte que não seja determinada pelo conjunto.

Em geral, toda a criação, todo o desejo de receber, definido como Malchut do mundo do Infinito, deve chegar à correção, equivalência de forma com a Luz do Infinito, o que significa que ele deve aumentar 620 vezes através de 125 níveis. Assim, se considerarmos o nosso mundo, será claro para nós que todas as criaturas que vemos devem chegar ao fim da correção. Nós estamos falando de toda a humanidade, mesmo que alguns bilhões de pessoas a mais sejam adicionados à população da Terra.

Por outro lado, as naturezas inanimada, vegetal e animal estão em adesão com o Criador, pois a força instintiva da natureza que as administra está latente nelas, sem pedir-lhes.

Em princípio, a liberdade de escolha e a possibilidade de agir de acordo com seu desejo, sem estar conectado diretamente com o Criador, são dadas apenas aos seres humanos. Isto significa que a oportunidade é dada às pessoas para elas mudarem um pouco.

Nós ainda precisamos examinar exatamente como essa capacidade é expressa em alguém que anseia em ser como o Criador. Pessoas como estas são chamadas de “Israel”, que significa direto ao Criador, “Yashar El“. E alguém que não anseia por isso se diz que pertence às “nações do mundo”. Mas, afinal, tanto eles como os outros devem alcançar plena equivalência de forma com o Criador através da cooperação entre si.

No curso do desenvolvimento em nosso mundo, há pessoas, mais precisamente, desejos, com tal anseio que foi preparado desde o nascimento. Pessoas como estas (Israel) recebem um empurrão (um chamado) para descobrir o Criador, para se aproximar Dele, e chegar à adesão com Ele. Elas devem fazer isso em primeiro lugar e as outras virão depois delas; em última análise, todo mundo vai chegar a sua própria correção final com respeito ao Criador.

A diferença entre os meios para a realização do Criador também é derivada disso. Em geral, o meio é chamado de sabedoria da Cabalá. Mas Israel e as nações do mundo a utilizam e realizam de forma diferente. O tempo previsto para todo o processo é de 6000 anos, durante os quais, sem dúvida, todas as criaturas devem chegar à adesão com o Criador.

Toda a natureza inanimada, vegetal e animal sobem e descem na escada da adesão, juntamente com o nível falante, sem qualquer esforço de sua parte. E as pessoas devem avançar individual e coletivamente a partir de sua livre escolha.

Portanto, há uma diferença na disseminação da sabedoria da Cabalá para Israel e as nações do mundo. Uma pessoa que pertence a Israel sente uma atração e um elo com ele; ela sente que a oportunidade de realização está escondida aqui, então fica muito feliz de encontrar a sabedoria da Cabalá. Isto porque desde o início ela sentiu uma deficiência que se expressa na pergunta: “Qual é a razão de viver”. No momento, ela não tem nenhuma razão para viver; não sente qualquer “sabor” verdadeiro e realização na vida; em vez disso, ela sempre sente que algo está faltando. Nesse caso, depois que ela se familiariza com a sabedoria da Cabalá, ela descobre que encontrou um meio de realização.

E as pessoas que não sentem que algo assim está faltando e simplesmente se sentem mal nos níveis inanimado, vegetal e animal de desenvolvimento, podem, no entanto, sentir uma deficiência por meio do qual podem se conectar com a sabedoria da Cabalá. Certamente, elas não precisam dela, mas as deficiências habituais que o Criador desperta nelas, com a ajuda da crise geral, as empurram a procurar uma vida melhor. Então, gradualmente, elas encontram uma deficiência por coisas mais elevadas.

Há uma série de razões para isso. Uma delas é que as suas deficiências diárias ainda estão em desenvolvimento e o “ponto no coração”, que antigamente estava oculto, agora se revela. Além disso, o desejo de ascender também pode ser descoberto como resultado da integração com o povo de Israel, ou seja, com as pessoas que anseiam pelo Criador, e, juntamente com estas, elas se tornam um só corpo, um vaso (Kli). Esta é a maneira como é projetado para a maioria das nações do mundo.

De qualquer forma, cabe a nós olhar para as coisas corretamente e também compreender as razões para a atitude negativa das nações do mundo para com o povo de Israel e as acusações contra o povo de Israel, que em vez de trazer-lhes prazer, trazem-lhes sofrimento, dificuldades e problemas. Eles culpam Israel por todo o mal que existe no mundo, e isso aponta para uma ligação entre as nações do mundo e Israel, e sua interdependência também. Mesmo que as nações do mundo descubram a conexão de uma forma mais negativa, isso ainda se refere ao quanto elas sentem sua dependência em relação aos filhos de Israel.

Portanto, cabe a nós pensar cuidadosamente em como podemos corrigir esta situação e por que o Criador despertou a nós e as nações do mundo especificamente desta forma para que acabássemos por alcançar a adesão absoluta com Ele.

No estágio atual, a nossa disseminação incide sobre o povo de Israel. Como o Baal HaSulam explica no final da “Introdução ao Livro do Zohar“, no início do processo, as partes internas que anseiam em descobrir o Criador estão unidas. Depois disso, aqueles que têm Reshimot (genes espirituais) remanescente de suas antigas subidas à doação e adesão com o Criador, desde os dias do Beit HaMikdash (templo) vão se juntar a elas, ou seja, ao vaso (Kli) coletivo com uma intenção em prol da doação com base na união com Israel. Portanto, nós temos que despertar aqueles que são chamados de judeu pelo “passaporte” e não de acordo com suas aspirações.

E junto com isso, nós temos que despertar todas as nações do mundo para que possam conhecer o processo geral, porque nós estamos nos dias do Messias, como Baal HaSulam e outros Cabalistas escrevem. Hoje nós já estamos falando de toda a correção geral para que todos reconheçam o processo de correção e o compartilhem.

Portanto, cabe a nós disseminar a sabedoria da Cabalá ao mundo todo. Afinal, se diz que a redenção virá especialmente graças à disseminação da sabedoria da Cabalá e da disseminação do Livro do Zohar em todo o mundo. Há uma necessidade tanto nas pessoas que anseiam pelo Criador e são chamadas de Israel na espiritualidade, e também nas pessoas que pertencem a Israel no nosso mundo (os judeus) que não sentem o anseio. A partir de hoje, todos devem entender o objetivo da criação.

Assim, o Criador está despertando problemas em todos os lugares, incluindo a ameaça de uma terceira guerra mundial e a crise geral na natureza e na sociedade humana. Com isso, Ele desperta todas as pessoas, todas as nações do mundo, a trabalhar para alcançar a meta. Portanto, nossas explicações devem chegar a todos sem exceção.

Da Conversa sobre a Importância da Disseminação 12/08//14

Onde Está Escondida A Nossa Visão?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Para nós, a visão é o que vemos. O que é a visão espiritual?

Resposta: Na verdade, você não vê nada. É a mente que vê, e no mundo espiritual isso é bastante claro.

Pergunta: Portanto, por que eu preciso de duas aberturas em forma de olhos e toda a luz refletida que recebo?

Resposta: Todo o nosso corpo é apenas um tipo de “papel machê” colado junto. Nós realmente não sentimos nada em nossas mãos, nossa língua, nosso nariz, ouvidos, ou nossos olhos, mas só no nosso cérebro e ainda mais profundo do que isso, em nosso desejo.

O corpo de uma pessoa é o cenário, a contínua tela externa de nossos atributos internos. Ele é feito especialmente para que você veja que há alguém diante de você. Ainda assim, tudo o que você vê e sente é apenas dentro de você, em seu cérebro, ou melhor, em seus desejos. Visto que trabalhamos no nível do mundo material, parece que tudo depende de sensores externos ou detectores chamados sentidos.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 20/02/14

As Nações Do Mundo Vão Ajudar Os Judeus A Se Unir

Dr. Michael LaitmanPergunta: É típico que os chefes de muitas organizações que são contra Israel sejam, eles próprios, judeus. Como devemos nos relacionar com isso?

Resposta: Se quisermos mudar a situação, temos que trabalhar somente entre os judeus e isso com certeza vai ser suficiente. Mas seria muito útil se fôssemos ajudados externamente.

Portanto, nós devemos nos voltar a várias organizações e sair a todas as nações do mundo, e explicar todo o processo a elas para que elas gradualmente entendam por que o ódio contra os judeus é criado nelas e o que é que elas esperam de Israel. Então, o mundo inteiro vai ajudar o povo de Israel, mas apenas na condição de que eles entendam a sua obrigação de se unir como um homem com um coração.

Afinal de contas, através de Israel, o poder de unificação estará aberto ao mundo. Unificação é a única coisa que está faltando no mundo. Imaginem o quão maravilhoso o mundo se tornaria se todas as pessoas estivessem conectadas com boas relações. Há abundância plena no mundo; basta distribuir corretamente entre todos, então todos serão felizes.

Comentário: Um dos exemplos mais tangíveis é um perito independente na ONU para a proteção dos direitos humanos nos territórios palestinos, Richard Falk, mais conhecido por simpatizar com os palestinos e sua atitude negativa em relação a Israel. Os jornais o chamavam de “antissemita”.

Ele é membro de uma organização “Stop the War”, que se refere apenas à guerra contra os palestinos e culpa Israel com toda a sua força. Ele é uma pessoa altamente educada, um ex-professor da Universidade de Princeton, e, ao mesmo tempo, parece ser contra Israel, mesmo que ele próprio seja um judeu.

Resposta: Esse não é um fenômeno único. Valeria a pena explicar a ele, enviar-lhe a nossa informação, os nossos panfletos. A correção virá de ambos os lados. O principal é a unificação entre os judeus, que deve ser descoberta e se expandir, e, assim, a partir deles, ela vai sair às nações do mundo.

Porém, para que os judeus sejam capazes de consolidar e criar esse poder de unificação, eles precisam de ajuda externa. Esta ajuda pode ser negativa, assim como uma ameaça de lobos forçam ovelhas a se unir. E pode ser uma ajuda positiva, de uma boa força, quando as nações do mundo ajudam esta unificação e também querem participar. Assim, os judeus se unirão, vão querer agradar as nações do mundo e implantar suas demandas.

Isso significa que é possível atingir essa unificação pelo bem ou pelo mal. Certamente será muito melhor se as nações do mundo entenderem o que está acontecendo e exigirem que os judeus se unam. Elas declarariam que isso é imperativo para elas e até mesmo exerceriam pressão e ajudariam a atingir essa unificação.

Tal nível de consciência pode ser alcançado através da nossa disseminação, movendo o mundo em direção a uma boa forma de evolução. Assim, a disseminação deve ser dirigida tanto para os judeus e as nações do mundo, mas, no entanto, o principal trabalho é feito entre o povo de Israel.

De KabTV “Antissemitismo” 21/07/14

Uma União Feliz Com O Feriado Da Natureza

Dr. Michael LaitmanAs mudanças internas necessárias para uma pessoa se conectar com outras pessoas numa completa adesão com conexão, unidade e partilha mútua, que nos equilibre com a natureza, não é um processo simples. As fases de mudanças deste tipo estão conectadas a um ciclo que finalmente se fecha num ponto inicial.

Cabe a nós passarmos por todo este ciclo, para nos corrigir e transformar numa parte útil da natureza, não um tumor canceroso dentro dela que devora tudo ao seu redor e destrói o globo. A pessoa deve ser uma fonte de saúde e conforto para todo o bem e equilíbrio na natureza.

Cada ano esses estados retornam como numa espiral e se repetem em níveis mais elevados. Basicamente, um ano é o número de etapas pelas quais devemos passar no nosso contexto, a fim de alcançar a meta.

Este ciclo de etapas de correção foi descoberto por Abraão em tempos antigos. Ele ensinou seus alunos, que se tornaram a fonte da criação do povo judeu. Portanto, isso é expresso no ciclo anual dos feriados judaicos.

Nós devemos entender que os feriados judaicos não são a tradição de uma nação em particular ou de um único povo. Ao contrário, eles são símbolos de estados espirituais únicos nos quais alcançamos a doação mútua, o amor entre nós em níveis mais elevados e uma maior profundidade de integração nesta conexão em coração e mente.

Esta não é uma celebração de eventos históricos especiais que foram experimentados por algumas pessoas isoladas e irrelevantes para com o programa geral da natureza. Estes feriados refletem estados espirituais do povo como uma comunidade. Eles já estão latentes na natureza como níveis particulares de nossa equivalência com a natureza à medida que avançamos rumo a estados de equilíbrio e harmonia.

Se nos identificarmos como um povo e nos conectarmos em um grau ou outro ao alcançar um nível particular de unidade que está latente na natureza, desta forma nós celebramos especificamente esse evento. Quando nós subimos um pouco mais ao próximo nível de conexão com a natureza e equivalência de forma com ela, nós comemoramos novamente esta realização.

A pessoa não estabelece para si mesma os feriados de acordo com sua decisão; pelo contrário, ela comemora a realização da equivalência e adesão que já existe na natureza. Assim, esses feriados não podem ser mudados.

Em nosso estado atual, nós somos completamente opostos à natureza integral. Todas as partes da natureza estão totalmente ligadas num sistema unificado. Apenas a espécie humana encontra-se na destruição total e oposta à unidade natural.

No entanto, se a humanidade, ou pelo menos parte dela, começar a se transformar em se tornar semelhante à natureza, a se aproximar da unidade e totalidade, então vamos chegar a um grau particular de conexão. Em primeiro lugar, cabe a nós reconhecer que nos odiamos. Essa é a natureza com a qual nascemos.

Isso é chamado de “reconhecimento do mal”, a consciência de que nossa natureza oposta não nos permite alcançar harmonia e equilíbrio com ela. Para isso, nós precisamos de um exame interno, e devemos orar para Lehitpalel (incriminar – Lehaplil) a nós mesmos. Tal confissão antes de Rosh Hashanah é chamada de “mês de Elul“.

Neste momento, nós examinamos nosso verdadeiro estado em relação a esse bom e maravilhoso estado de conexão que devemos alcançar. Isto significa que nós descobrir o que é dito ser o estado corrigido, o comparamos com o nosso estado atual, vemos a imensa distância entre eles, e por isso oramos para Mitpalelim (julgar a nós mesmos).

Nós entendemos que criminosos nós somos e o que temos que fazer com nós mesmos, então começamos a organizar o trabalho para começar a avançar em direção à conexão. O poder que é encontrado na natureza e conecta todas as partes nós proclamamos como o poder dominante que nos controla! Este poder mantém todo o sistema e se torna o nosso objetivo. Nós ansiamos em nos assemelharmos a ele. Isso é chamado de Rosh Hashanah, o início (Rosh) de nossas mudanças (Shinuim) e o novo ciclo no final do qual queremos ser como o poder geral que permeia a natureza.

De KabTV “Uma Nova Vida” 14/09/14

Meu Amado Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se eu corrijo a minha percepção da realidade, onde acontecem as mudanças? É em mim pessoalmente, ou em todo o mundo que nos rodeia?

Resposta: Todas as mudanças só acontecem dentro de uma pessoa. Você nunca viu nada fora de si mesmo. Há uma tela em sua cabeça onde todo este mundo é retratado.

Se você quiser ver a verdadeira realidade, em vez dessa, é necessário alcançar o amor por todos. Assim, toda a criação se tornará uma Luz simples. As pessoas e este mundo não existirão; só restará você, engolido num oceano de Luz branca; então há só você e o Criador.

Então, quem somos nós, senão você? Nós somos um exemplo de suas características não corrigidas que você deve corrigir para ser semelhante ao Criador. Se você amar cada um de nós, e todos nós juntos, como a si mesmo, isso vai indicar que você se corrigiu. Então, nós vamos desaparecer, e em vez de nós, você vai sentir a Luz.

Se você ama os outros como a si mesmo, você remove todas as diferenças no mundo. Na verdade, não existem cores diferentes: azul, preto, branco, vermelho; não há tantos ruídos e sons que ouvimos; não existe acima e abaixo; não existem os lados direito e esquerdo; não há pessoas, animais; não há nada.

Gradualmente, à medida que você começa a amar, todo este mundo perde todas as características que o tipificam, toda a variedade de formas. Afinal, se você ama, você não vê todos os tipos de características no amado, nenhuma nuance, tudo nele parece bom! Nós devemos chegar a uma forma de percepção como esta, até que tudo se torne totalmente branco.

Isto é porque nós sentimos tudo dentro do nosso desejo de receber, que avalia as coisas o tempo todo sobre o que é bom para ele e o que é ruim para ele. O mundo inteiro é dividido apenas de acordo com este princípio: mais benéfico ou menos benéfico para o meu ego. É assim que todos os sons, gostos, pessoas, animais, plantas e pedras aparecem; tudo recebe forma dentro do seu desejo de receber.

Porém, no momento em que você começa a se relacionar com o mundo inteiro com amor, todas as suas diferenças desaparecem e tudo se torna Luz branca. Isso é chamado de: “O amor cobre todas as transgressões (ou seja, todas as diferenças)” (Provérbios 10:12)!

Da Convenção no Chile 30/07/14, Lição 2

Arte Do Futuro

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como você se relaciona com a arte?

Resposta: A arte constitui a expressão natural do nosso mundo interior, aquela parte de uma pessoa que ela quer expressar, mostrar, cantar, para sempre.

Pergunta: Essa arte é egoísta ou altruísta?

Resposta: Claro que é egoísta.

Pergunta: Isso significa que temos que nos livrar dela?

Resposta: Não. Nós precisamos muda-la completamente. Toda a nossa natureza é egoísta, mas nós não precisamos destruir o ego.

É aqui que nós tocamos uma pergunta muito interessante. O egoísmo não é destruído, mas se transforma em altruísmo. Ele se torna o oposto, e isso é chamado de “ajuda contra você”.

Pergunta: É possível expressá-lo através da criação de arte?

Resposta: E como! Você vai ver que obras-primas surgirão! Isso porque o homem pode atingir e demonstrar não só seus impulsos egoístas, mas também os altruístas, ao se conectar aos outros como um todo único. Ele faz isso ao sentir os outros como a si mesmo, e nesta cooperação (simbiose) cria uma nova criação. Nele surgirão sensações e sentimentos completamente novos e maneiras de expressá-los também!

Da Entrevista com V. Kanevsky, 05/08/14

A Percepção Da Realidade Dentro De Uma Luz Simples

Dr. Michael LaitmanA Luz superior está em repouso absoluto, e o Criador é bom e benevolente. Isso significa que nós estamos sempre na presença da Luz, o bem absoluto que nunca muda. Nós somos os únicos que mudamos.

É possível orar apenas para minha própria correção. Pedir ao Criador para mudar é absolutamente inútil, porque Ele é bom para todos, sem exceção, e não pode ser de outra forma.

A percepção correta da realidade é o entendimento de que não pode haver mudança na Luz e nem mesmo em nós, mas em mim sozinho. Porque a forma como eu sinto cada um no mundo e todas as mudanças que todo mundo sofre são determinadas apenas pela forma como eu mesmo mudo. Em vez de exigir que os outros mudem, através da cooperação mútua com eles, eu devo evocar uma mudança em mim, e o mundo inteiro será mudado.

As pessoas sábias há muito tempo entenderam com suas experiências que não faz sentido tentar mudar os outros. Ninguém vai mudar e tudo depende de mim. A sabedoria da Cabalá leva a pessoa a uma percepção muito fácil da realidade e explica que cada um deve corrigir somente a si mesmo e não os outros.

Mas, a fim de me convencer a mudar, eu preciso de um ambiente. Influenciando a sociedade, eu me influencio. Eu aparentemente quero melhorar o ambiente, mas, em última análise, o ambiente me influencia e me muda.

Eu jogo com o Criador e com o ambiente, mas isso é para me influenciar. Em última análise, eu me mudo desta forma, tornando-me semelhante ao Criador. Então, eu atinjo a verdadeira percepção da realidade e vou vê-lo como ele é visto a partir da Luz, do Criador.

O Criador nos deu essa oportunidade de mudar a nós mesmos gradualmente, para constantemente produzir mudanças dentro de nós mesmos para se tornar mais semelhantes a Ele, através do ambiente. Se eu percebo o mundo inteiro e todos os amigos como perfeitos e só a mim como precisando de correção, ao me acomodar a eles, eu vou estar no trabalho constante que me aproxima do nível do Criador.

Na verdade, não importa o que acontece no ambiente, quem está certo e quem está errado. Eu percebo tudo isso como um jogo do Criador comigo. Ele é aquele que organiza todo este teatro em torno de mim para me ajudar a me adaptar a Ele. Porque, se não há nenhum outro além Dele e Ele é o bom que faz o bem, qualquer outra imagem que não venha da única força boa testifica à minha corrupção interna que eu devo me corrigir.

Portanto, eu tenho que estar num processo de autoanálise o tempo todo, num diálogo interno com o Criador, examinando o que Ele está me dando para ver, ouvir, saborear, tocar, pensar e pensar. Que lembranças flutuam em mim, que pensamentos giram dentro de mim?

O Criador cria um mundo inteiro em torno de mim para que eu não esqueça, nem por um momento, que tudo isso é feito por Ele, e que estou realizando um diálogo incessante com Ele, que quero descobri-Lo, e entender! É como uma criança a quem é dito algo, mas ela não entende nada, e apenas olha de boca aberta. É assim que devemos tentar entender a cada momento o que o Criador quer nos dizer através de todo esse mundo que Ele nos mostra.

Basicamente, há apenas um pequeno desejo de receber prazer, que sente a si mesmo como se existisse num corpo físico com mãos e os pés, e em torno dele existem outras formas, outros órgãos, todo um mundo. Este imenso mundo está mudando o tempo todo, tudo gira dentro dele. Tudo isso só existe na minha percepção interior, no meu desejo de receber e é retratado dentro da minha imaginação, mas não existe na realidade.

Nós vivemos em um mundo imaginário como esse. Todas as suas imagens são moldadas dentro do nosso ego, de modo que vamos interpretá-las corretamente. Se aceitarmos a intenção de doar sobre o nosso desejo de receber, em vez de todas as formas deste mundo, vamos sentir a Luz Superior que preenche toda a realidade. Nós devemos chegar a tal forma final de percepção.

Todo o trabalho reside em corrigir nossa percepção interna, sermos liberados desta imaginação patológica em que existimos agora, deste mundo imaginário, e chegar à Luz superior simples. Através do trabalho com o ambiente, imaginando-nos como cada vez mais próximos da Luz Superior, ou seja da doação, “Ama ao próximo como a ti mesmo”, nós podemos mudar a nossa percepção, e em vez deste mundo, nós sentimos o Mundo Superior.

Essa percepção distorcida que retrata este mundo físico para nós vai desaparecer e em seu lugar vamos sentir o Criador, e ver que além Dele, não há nada. E nós existimos dentro Dele e tudo está imerso num oceano de Luz branca. Esta será a verdadeira percepção, e não a realidade imaginária em que vivemos hoje.

Da Convenção no Chile 30/07/14, Lição 2