Sociedade Perfeita De Abraão, Parte 1

Dr. Michael LaitmanA antiga Babilônia recuou para as profundezas da história, mas ainda é refletida em nosso tempo. Todo o seu curso é um processo único, ligado do começo ao fim e do fim ao começo.

É por isso que quando vemos como a história se repete, mas em outro nível, temos que tirar as conclusões certas a partir do que aconteceu e está acontecendo.

Portanto, na Babilônia, que era governada pelo rei Nimrod, o grupo de Abraão foi formado, o qual desafiou o programa “oficial” de desenvolvimento com o seu próprio programa. Nimrod disse que o ódio e separação que deflagrou entre as pessoas deve ser superado de uma forma egoísta natural: estabelecer-se em lugares diferentes, a fim de ter menos contato um com o outro, em termos modernos, sair de acomodações compartilhadas para individuais.

A opinião de Abraão era diferente: nós não podemos fazer isso; nós devemos nos conectar. Agora nós temos que buscar não a divisão, mas a unidade.

Como resultado, três milhões seguiram Nimrod, e apenas cinco mil seguiram Abraão. Este pequeno grupo de pessoas angustiadas, que não estavam satisfeitas com o conceito geral das pessoas, chamava-se “Israel” e deixou a Babilônia. “Acumulando” anos, séculos e milênios de sofrimento, ele se moveu à sua maneira até os dias de hoje.

Pergunta: O grupo foi “empurrado para fora” da Babilônia e forçado a iniciar seu próprio movimento?

Resposta: Eu não diria que foi “empurrado para fora”. A pressão começou mais tarde, mas não no início.

Naqueles dias, Abraão era um grande sacerdote e sábio babilônico. As pessoas que se reuniram em torno dele perceberam que seu método de correção, ou o método de uma nova vida, as atraia pelo seu significado interior, que não é simplesmente um “divórcio” egoísta, uma separação, espalhando-se para lugares diferentes, mas um movimento interior. A mensagem correspondente, o pedido da alma, foi despertado nelas, e elas estavam prontas para isso.

Afinal, a humanidade não evolui apenas tecnicamente; ela muda de forma ao longo da história: escravidão, feudalismo, capitalismo, socialismo, etc. Em outras palavras, ela muda de forma, muda seu conteúdo. O crescimento quantitativo do egoísmo também adquire uma nova qualidade.

Assim, os seguidores de Abraão sentiram que não poderiam se desenvolver apenas egoisticamente; eles precisavam chegar a um nível completamente diferente, “saltar” para o próximo nível. Assim, eles aderiram a Abraão, que cumpriu a sua demanda interna.

De KabTV “A Babilônia Ontem e Hoje” 27/08/14