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Perder-Se Nos Amigos

Dr. Michael LaitmanNós começamos a preparação para a Convenção há muito tempo, há alguns meses. Agora, nós temos que tentar fazer com que o objetivo da Convenção esteja principalmente diante de nossos olhos.

O objetivo é simples. Não há nada no mundo, exceto a reunião dos desejos num todo. Isto é o que nós precisamos ver diante de nós: nós fazemos isso ou obrigamos a Luz Superior a fazê-lo.

Se buscarmos experimentar este estado para que ele se realize verdadeiramente entre nós, então ele vai realmente acontecer. Depende do nosso desejo, e somente dele. Então, em todo o mundo, haverá um sentimento, se espalhando como ondas a partir de nós.

Cada um já sabe que tudo depende apenas dele. Nós estudamos várias vezes durante as aulas que a nossa percepção do mundo, o sentimento do mundo, é o resultado da nossa visão interna do mundo. Baal HaSulam chama isso de “reflexão interna”.

Portanto, nós precisamos direcionar nossa contemplação interior, aspiração, a fim de ver um todo de todos nós, e isso depende de todos.

Afinal, cada um de nós é um universo à parte. Se imaginarmos a nós mesmos dessa maneira e apoiarmos uns aos outros, então, naturalmente, haverá uma sobreposição correta de um sobre o outro, e, juntos, vamos reunir o poder de aspiração necessária que irá produzir uma clara manifestação desse estado. Isto é o que eu quero desejar a vocês.

Muitos de nossos amigos de diferentes países e regiões se reuniram aqui. É muito bom, porque isso cria um Kli diversificado. Isso dá poder às nossas aspirações mútuas.

Estar perdido nesta sociedade é a verdadeira felicidade. Se uma pessoa aspira a isso, ela sente que perde a si mesma e que começa a dançar na alegria da conexão com os amigos, como o Rabash escreve em sua carta. Ele desapareceu tanto que não sentia nada, exceto eles. Se perdermos a nós mesmos nesta nossa sociedade comum, vamos começar a sentir, por meio dela, o estado que queremos sentir: esta unidade, esta Malchut.

Eu acho que podemos fazer isso. Eu não vejo nenhum obstáculo. Nós só temos que conectar o que existe em nós.

Do Congresso em São Petersburgo, Lição Preparatória 1

O Povo Baseado Na Ideologia

Dr. Michael LaitmanPergunta: No momento, o antissemitismo está em ascensão em os EUA. Nas instituições de ensino superior, houve campanhas para expulsar estudantes judeus de albergues. Que tipo de futuro nós podemos esperar nos EUA no que diz respeito a esta questão que, infelizmente, temos que levantar?

Resposta: Nós só podemos dizer que, como nosso mundo se torna cada vez mais global e interconectado, a atitude em relação aos judeus irá se deteriorar.

O fato é que o povo judeu surgiu na Terra porque um pequeno grupo da Babilônia, que viveu uma crise semelhante 3.800 anos atrás, decidiu se unir e alcançar um estado de responsabilidade mútua, conexão mútua, como está escrito: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Abraão, o sacerdote da antiga Babilônia, uniu um grupo de pessoas com base nisso, e disso se originou o povo de Israel. Em outras palavras, de acordo com os nossos dados biológicos, não somos um povo como outras nações. Somos um povo com base numa ideia, porque o princípio do “Ama o próximo como a ti mesmo” é a base da nossa formação.

Nós existimos neste estado desde o momento da saída da Babilônia até a destruição do Segundo Templo, que ocorreu há 2000 anos. Durante este tempo, nós sempre estávamos tentando ser uma única entidade, como um homem com um coração.

Todas as belas declarações do “Ama o teu próximo como a ti mesmo”, “O que você odeia, não faça ao seu amigo”, “Todos de Israel são irmãos”, etc., falam sobre a essência da nossa comunidade, que é chamada de “povo”. No entanto, basicamente, nós somos um povo com base na ideologia e não porque nascemos numa tribo que cresceu gradualmente, como o resto das nações.

Portanto, a nossa existência só pode ser justificada se estivermos interligados. No entanto, o problema é que quando caímos há 2000 anos, do nível do “Ama o próximo como a ti mesmo” para o ódio infundado – que é, em princípio, a “destruição do Templo”, o Templo no coração, o Templo de nós -, nós fomos “exilados” deste estado. Em outras palavras, nós nos tornamos tão egoístas como todas as outras nações. Por isso, desde então, temos vivido num estado tão lamentável, no exílio.

A primeira vez, o antissemitismo apareceu na Roma antiga e na Grécia, porque tínhamos deixado de ser como um todo.

De uma entrevista nos EUA, 06/08/14

A Vida Por Trás Das Paredes De Um Aquário

Dr. Michael LaitmanA percepção da realidade é um assunto único, porque nós não entendemos nada. Se fôssemos autorizados a ter várias formas de perceber a realidade, poderíamos entendê-la, comparando-as. Mas vivemos numa única realidade, por isso é difícil para nós avaliá-la. O que vemos e sentimos é a nossa única realidade.

Como podemos descobrir onde realmente estamos? Peixes num aquário também não sabem o que existe fora dele; eles nadam em algum tipo de espaço limitado e não sabem mais nada. Esta é a forma como todos os animais e seres humanos vivem neste mundo. Como nós somos diferentes deles?

Mas os seres humanos querem muito saber onde estão. Também importa saber se podemos mudar a realidade se soubermos mais sobre ela. Claro que não, a humanidade produziu uma infinidade de teorias sobre a natureza da nossa realidade, mas ninguém sabe o quanto elas estão corretas. Nós precisamos de uma abordagem científica objetiva.

Afinal, não importa o quanto estamos falando da percepção da realidade; ela é baseada apenas em nossos sentimentos e sensações. E quem sabe o que existe fora deles? Se eu altero a amplitude da minha visão, audição, paladar, olfato e tato, então a realidade seria diferente.

Sabe-se que até mesmo um cão que vive com uma pessoa percebe o mundo de forma completamente diferente, através de aromas. Outros animais percebem através de calor ou frio, ou pela audição. Conclui-se que a realidade é nossas impressões sobre o mundo que nos rodeia. Os nossos sentidos percebem algum tipo de informação sobre ele e transmitem isso através de uma infinidade de filtros. Eles nos transmitem isso depois de muitas restrições e mudanças. Essa é a forma como percebemos o mundo em que vivemos.

A sabedoria da Cabalá diz que, basicamente, nós estamos num oceano de Luz Superior; fora dele não há nada. Mas, em cada um de nós há um desejo de receber, um desejo de desfrutar, que imprime suas impressões sobre um fundo de luz branca. E essa impressão é o que sentimos.

O desejo de receber tem uma gama específica de absorção, limitada a cinco áreas: visão, audição, paladar, olfato e tato, onde absorve a Luz e transmite impressões para nós. Então, nós sentimos o mundo assim.

Mas é possível mudar essa percepção. Não se trata apenas de ampliar o leque de percepção para cada sentido: usar óculos, colocar placas de absorção, aguçar cheiros ou sabores através de algumas influências químicas ou físicas. A sabedoria da Cabalá não está envolvida com o desenvolvimento de nossos sentidos físicos; ao contrário, ela nos aproxima da verdadeira forma de percepção da realidade.

É possível se aproximar da verdade se recebermos impressões não através dos cinco sentidos corporais, mas pela construção de sentidos a partir do nosso desejo de receber, que são semelhantes aos da Luz. Isso significa que eles têm as características da Luz, as características de doação e amor, que estão além de nós, além do nosso ego. Se conseguirmos subir acima do ego que nos é dado, podemos criar características que são como a Luz a partir de nós mesmos.

Resulta que o ego foi dado a nós para que pudéssemos construir características acima dele que estão adaptadas à Luz. Então, começaremos a sentir uma realidade onde a Luz está no controle. Vamos senti-la nessas novas características que são criadas dentro de nós.

A Cabalá está envolvida com o desenvolvimento de tais características dentro de uma pessoa, ajudando-a a construir uma nova percepção da realidade. E quando a pessoa a adquire, ela começa a sentir o quanto a sua percepção anterior da realidade era limitada, temporária e distorcida.

Na medida em que muda sua percepção da realidade, a pessoa mesma é mudada. Na verdade, a percepção da realidade é o que define a pessoa.

Da Convenção no Chile 30/07/14, Lição 2

Uma Visão Madura Do Mundo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Às vezes um ódio incontrolável contra estranhos surge em mim, especialmente os médicos. Você ensina que é preciso olhar para todos através do prisma do Criador, especialmente as pessoas comuns.

Mas o pensamento de que o Criador está por trás delas é realmente apagado pelo meu ego, que quer “matá-las”. Como a pessoa deve trabalhar com isso?

Resposta: Esta é uma visão infantil; é uma visão imatura, incompleta e limitada do mundo.

Quando você diz que “o Criador está por trás delas”, você imagina algum tipo de pessoa onipotente. Você não percebe isso na forma de uma lei natural, a acomodação de duas forças naturais.

Na verdade, o Criador não existe. Há duas forças da natureza que retratam toda a criação para nós. Nós temos que encontrar uma forma tal nas relações mútuas, uma fórmula dentro de nós em que nos sentimos mutuamente conectados e em harmonia absoluta com os outros. Este estado é chamado de “Criador”.

Se não atingimos a característica dessas duas forças, não as conectamos, e não aceitamos a harmonia entre elas, não sabemos o que o Criador é. Neste caso, Ele não existe.

Por isso, é necessário olhar para o mundo como algo que as duas forças retratam para nós. Então, o ódio não surgirá dentro de você.

Será que eu tenho ódio dos nossos vizinhos de Israel que estão nos bombardeando? Pelo contrário, eu digo que somos culpados, já que não aproveitamos as possibilidades que nos foram dadas. Mas eu não tenho ódio contra eles. Bem, quem são eles, afinal? Em princípio, eles são artistas e não têm outra função.

É por isso que é necessário olhar para os médicos que deliberadamente destroem seus pacientes. É assim que a força egoísta se revela neles e eles não têm qualquer liberdade aqui. Eu vi médicos que sacrificaram pacientes que ainda poderiam ter sido salvos, só porque era rentável fazê-lo. Tudo são manifestações egoístas.

Assim, você só precisa crescer um pouco.

Da Convenção em Sochi 14/07/14, Lição 6

O Segredo Das Dez Tribos, Parte 5

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que estava acontecendo nos dias dos Templos? Por que eles tiveram que ser destruídos?

Resposta: Em primeiro lugar, por que os judeus se unem? Através de sua correção, eles estabelecem relações entre si, que lhes permitirão cumprir a condição de “amar o teu próximo como a ti mesmo”.

Para atingir o estado no qual o Criador será totalmente revelado, eles devem criar uma única alma e um único desejo.

Através de sua unidade interna, eles constroem o primeiro templo dentro de si. No entanto, esse estado existe só por um momento e logo em seguida começa a quebrar, passo a passo.

O processo é que, em primeiro lugar, existe uma subida lenta até a “barra” de um estado desejado, e uma vez que tenha sido atingido e se manifesta, a descida começa imediatamente.

Pergunta: Então, o método de Abraão alcançou o seu próprio resultado e elevou o povo à altura desejada?

Resposta: Sim. Houve contato entre toda a nação e o Criador, baseado no amor mútuo, durante o qual o país atingiu o estado de correção individual completo. Esta é a construção do primeiro Templo.

Quando um estado é realizado, o povo não tem nada a fazer e nenhuma razão de existir neste nível, uma vez que existe apenas por um momento. A Luz vem, enche o vaso, e isso é tudo.

Então este estado deve desaparecer. Na verdade, o processo continua até que este punhado de pessoas, que se tornou a nação de Israel, corrige toda a humanidade. Portanto, uma perspectiva inteiramente nova é revelada diante delas.

O objetivo final não é a construção do Primeiro Templo, mas na correção completa de toda a humanidade. Isto é o que disse Abraão na Babilônia, mesmo quando ele era o único que sabia disso.

Mas hoje os judeus dizem: “Por favor, deixem-nos em paz! O povo escolhido!? Nós queremos ser como todo mundo!”.

No entanto, eles serão obrigados. Nós vemos que eles serão forçados, assim como foram então.

De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje” 27/08/14

Um Novo Abraão

A Torá, “Levítico”, 18: 1-5: E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Eu sou o Senhor vosso Deus. Após as obras da terra do Egito, em que habitaveis, não haveis de fazer; e segundo as obras da terra de Canaã, vos hei de introduzir, não haveis de fazer; nem andareis nos estatutos deles. Os meus juízos fareis, e os meus estatutos vós guardareis, para andardes neles: Eu sou o Senhor vosso Deus. Porém vós guardareis os meus estatutos, e dos meus estatutos, que se o homem fizer, viverá por eles: Eu sou o Senhor.

“Sob nenhuma circunstância devemos usar os desejos egoístas que nós tiramos da Babilônia, Egito, ou a da terra de Canaã, para onde em breve devemos retornar. Se usarmos todos os nossos desejos corretamente, gradualmente corrigindo-os e ascendendo para o nível anterior de Canaã, começaremos a transformar esta terra na terra de Israel, o que significa focar todos os nossos desejos no Criador, na doação. [Leia mais →]

A Maioria De Nós Esconde Racistas

Nas notícias (da Ciência da Psicologia): “O mundo social é estratificado. Hierarquias sociais são conhecidas, mas muitas vezes repudiadas como anacronismos ou injustas. No entanto, as hierarquias podem persistir na memória social. Em três estudos (n total> 200.000), encontramos evidências de hierarquias sociais na avaliação implícita de raça, religião e idade.

Os participantes implicitamente avaliaram seu próprio grupo racial mais positivamente e os grupos raciais remanescentes de acordo com a seguinte hierarquia: brancos> asiáticos> negros> hispânicos. Da mesma forma, os participantes implicitamente avaliaram sua própria religião mais positivamente e as religiões restantes, de acordo com a seguinte hierarquia: cristianismo> judaísmo> hinduísmo ou budismo> islam.

Em um estudo final, os participantes de todas as idades implicitamente avaliaram as faixas etárias seguindo esta regra: crianças> jovens adultos> adultos de meia-idade> adultos mais velhos. Estes resultados sugerem que as regras de avaliação social são intrinsecamente enraizadas na cultura e na mente”.

Meu comentário: Apenas a correção pela Luz Superior (Ohr Makif), através do método da Cabalá nos elevará acima de todas as avaliações subjetivas e nos fará independentes, livres e prontos para a igualdade e unidade.

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Material Relacionado:
“O Racismo Está ‘Embutido’ No Cérebro Humano”

Método De Abraão – A Sabedoria Da Cabalá

De “Quem é você, povo de Israel”:

A sabedoria da Cabalá explica como descobrir a força positiva da natureza e equilibrar nossos egos. Ela argumenta que é predefinido no plano da natureza que, no final, todas as peças da natureza, incluindo a sociedade humana, alcançarão a unidade.

Israel Significa Direto para o Criador

Os discípulos de Abraão denominaram-se Yisrael (Israel) após a sua vontade de ir Yashar El (direto para Deus, o Criador). Ou seja, eles queriam descobrir a força da natureza da unidade, de modo a equilibrar o ego que se interpunha entre eles. Através de sua unidade, eles encontraram-se imersos na força de união, a força superior.

Israel chamou o estado de ligação, a força superior da natureza, que tinham descoberto, “o mundo superior”. Eles também aprenderam que, no processo de desenvolvimento humano, o resto dos babilônios – que seguiram o conselho de Nimrod, dispersaram-se por todo o mundo, e tornaram-se hoje a humanidade, também teriam de alcançar a unidade. Esta contradição entre o povo de Israel, que se formou através da união, e do resto da humanidade, que se formou como resultado da separação, é sentida até hoje.

O texto completo do folheto está aqui

[143485]

Material Relacionado:
Sociedade Perfeita De Abraão, Parte 1
Cabala Desde Abraão Até Os Dias Atuais
Como Terminou A Disputa Entre Abraão E Nimrod?