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Um Grupo De Dez É Uma Unidade Espiritual Completa

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós estaremos realizando o trabalho em grupos de Dez na próxima Convenção em São Petersburgo. Será que o grupo de dez deve estar junto o tempo todo, incluindo refeições, reuniões de amigos, workshops e lições?

Resposta: Eu não vejo razão para se andar em grupos de dez mãos dadas.

Um grupo de dez é considerado uma unidade espiritual completa. Em hebraico é chamado de Minyan. Existe uma condição de que você não pode orar se não se reunir num grupo de dez. Isto significa que você não pode apelar ao Criador se não estiver num grupo de dez. Portanto, os grupos de dez são essenciais em todos os nossos eventos.

Durante as reuniões de amigos todos estão presentes: os homens num círculo interno e as mulheres do lado de fora. Nós temos que enfatizar constantemente que estamos juntos com toda a humanidade, com todo o grupo mundial.

Os grupos de dez não têm que mostrar o seu individualismo excessivo. Seu papel principal é cultivar a intenção: nós nos reunimos aqui, a fim de nos fundir num só, para que unidades idênticas às nossas se conectem numa enorme unidade que é igual ao Criador.

Um grupo de dez é o que eleva você ao próximo nível; é um derivado. Aqueles que estudaram matemática superior sabem que a quebra de um derivado é quebra e morte. Se um grupo de dez quebra, vocês não podem se elevar mais ao próximo nível.

Portanto, nós devemos fazer tudo o que pudermos para que os grupos de dez permaneçam intactos, mesmo durante a execução de diferentes tarefas na cozinha ou em qualquer serviço. Isso é importante.

Do Webinar de Preparação para a Convenção 09/0914

O Segredo Das Dez Tribos, Parte 1

Dr. Michael LaitmanNós não seremos capazes de compreender os modernos processos globais, se não entendermos primeiro o estado que se tornou a base, a verdadeira razão e o protótipo cerca de 4.000 anos atrás.

Duas percepções da nossa evolução foram formadas na antiga Babilônia durante uma crise semelhante da humanidade. O rei da Babilônia, Nimrod, levou a maioria ao longo do caminho da evolução natural, enquanto o sábio sacerdote babilônico Abraão chamou o povo para ascender a um novo nível qualitativo.

Pergunta: Abraão era um grande ideólogo e filósofo e um homem muito respeitável. Por que ele precisou começar uma revolução?

Resposta: Ele buscou uma saída e encontrou-a no estado que foi criado na nação. As circunstâncias os forçaram a se unir, mas as pessoas não podiam viver juntas. Pelo contrário, o ego cresceu tanto que elas começaram a se criticar e odiar.

A solução de Nimrod foi simples e corporal: “Nós devemos simplesmente nos dispersar e viver separadamente, sob a minha liderança, é claro”. É assim que os moradores de um local comum se dispersaram a fim de parar de brigar.

Mas Abraão teve outra ideia: “Nós não devemos dispersar porque a lei da natureza é uma lei, não podemos fugir dela. A terra vai ficar lotada no futuro de qualquer maneira. Nós não precisamos inventar nada. A natureza, a evolução exige que nos unamos. Nós temos que nos unir acima do ego”.

Poucos, é claro, ouviram Abraão, algumas dezenas de milhares de três milhões de pessoas. Afinal de contas, é uma decisão difícil e é muito mais fácil se dispersar. De uma forma ou de outra, os discípulos de Abraão o seguiram, saíram do Egito e levaram a ideia do “ama ao próximo como a ti mesmo”, ao cumpri-la entre si.

Eles sentiram desespero no início; não podiam viver com egoísmo por mais tempo e queriam fazer alguma coisa com ele, se livrar dele. Esta é a razão deles acharem a meta que Abraão definiu para eles atraente e não a ideia de simplesmente viver uma vida normal, não simplesmente parar de xingar e brigar um ao outro, mas de ascender a algo novo. É a ascensão para o próximo nível que os atraiu, porque não exige a anulação do ego, mas sim utilizá-lo para a ascensão.

Pergunta: Que povo estranho. Eles não quiseram viver em suas próprias casas, em locais separados, mas preferiram a ascensão espiritual. Acontece que a base da nossa nação é esses caras deprimidos que seguiram Abraão?

Resposta: É claro que a depressão realmente os empurrou para cima. Eles entenderam a crise de uma forma totalmente diferente, e contaram com ela para ajudá-los a encontrar um sentido para a vida, em sua existência.

Os outros examinaram a crise de forma prática: “Vamos resolvê-la e continuar com nossa vida normal”.

No final, as pessoas se dividiram em dois grupos e seus modos eram extremamente diferentes.

De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje” 27/08/14

Um Círculo É A Forma De Existência Da Sociedade Corrigida

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é necessário para a realização prática do método de conexão?

Resposta: Vocês precisam estudar e ter exercícios práticos de conexão, workshops e mesas redondas que levam à unificação do povo. Nós temos que sentir que é possível descobrir a força entre nós que nos conecta.

A essência do método é simples: vocês precisam se sentar em círculos e falar sobre conexão, sobre as razões para isso, sobre o objetivo da existência do nosso povo, sobre quem somos. A conexão nos eleva acima do nosso estado atual. Durante uma discussão como esta, de repente nós descobrimos que dentro do nosso círculo algum tipo de força, calor e sentimento compartilhado surge que nos conecta.

De repente, nós sentimos que estamos perto um do outro e dependemos um do outro, como numa família e ainda mais. Existe algum tipo de fio interior que me conecta com você e você comigo. E fios como estes são esticados entre todos. A rede interna que faz esta conexão nos dá experiências excepcionais e a sensação de uma nova vida em que estamos conectados num único conjunto.

Esta conexão nos eleva a um estado único. Nós queremos permanecer nele, proteger esse ânimo que nos possibilita subir acima dessa vida. Toda essa vida adquire uma nova forma. A sabedoria da Cabalá nos explica como alcançar esta unidade, a fim de sentir, em nosso poder de unificação, o componente superior que está pronto para mudar tudo em nosso mundo.

Se nós tentamos descobrir essa força de unificação entre nós, descobrimos a força superior que está pronta para curar todos os dissabores e problemas em nossas vidas individuais e na sociedade, na economia, na política, e colocar ordem no mundo todo.

Nós começamos a irradiar essa força de unificação para o mundo inteiro e ele vai mudar a sua atitude em relação a nós. Isso ocorre porque todas as nações do mundo têm esperado isso do povo judeu. Como prova, é possível trazer uma infinidade de declarações: tanto as dos sábios judeus como dos antissemitas.

Segue-se que nada mais é necessário além da unificação. E a sabedoria da Cabalá, que é a sabedoria de conexão e unificação, deve nos ajudar com isso. É por isso que ela tem sido revelada em nossos dias.

Portanto, venham, vamos aprender como alcançar a unificação de toda a sociedade. Na prática, isso se resume ao trabalho em círculos e o estudo de questões essenciais, como estas: “Quem é o homem? O que é a conexão? Como vamos avançar? Qual é o objetivo da criação? Qual é a missão do povo de Israel em relação ao resto dos povos? Qual é a razão para o antissemitismo? Como uma pessoa cura todo o ego coletivo comum e o que existe em cada um pessoalmente, como todo o mal no mundo é corrigido?”

As pessoas vão aprender tudo isso nesses círculos; elas vão esclarecer junto e descobrir o poder da unificação que vai curar todo o mal. Esse deve se tornar o trabalho permanente do povo de Israel, nossa missão internacional, até chegarmos à conexão completa.

Todos os dias, até várias vezes por dia, tanto quanto possível, a pessoa deve participar de uma discussão como essa num círculo. Há uma abundância de pessoas desempregadas que têm tempo livre, e é possível organizar debates deste tipo em locais de trabalho, nas escolas e na televisão para os que permanecem em casa.

Um círculo onde as pessoas discutem todos os seus relacionamentos vai se tornar a forma de existência da sociedade corrigida: em jardins de infância, na escola, no trabalho, entre os aposentados. Todas as pessoas vão aprender a cumprir as suas obrigações em relação ao resto do povo: para corrigir, se unir num único povo, e mostrar um exemplo para toda a humanidade.

Assim, todas as pessoas vão mudar imediatamente sua atitude em relação a Israel e o povo judeu e nós realmente vamos nos tornar uma “Luz para as nações”, um “reino de sacerdotes e uma nação santa”. Nós nos tornaremos professores para o mundo todo.

De KabTV “Uma Nova Vida” 02/09/14

O Shabbat

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que a questão do Shabbat aparece novamente na Parashat Aharei Mot (Depois da Morte), após a descrição do carneiro que é enviado para o deserto e o outro carneiro que é oferecido como sacrifício? Afinal de contas, isso já foi mencionado no êxodo do Egito.

Resposta: À primeira vista, a referência ao Shabbat parece redundante e desnecessária. Mas a questão é que todas as ações que realizamos são apenas para nos levar ao estado do fim da correção, que é chamado de Shabbat. O Shabbat simboliza o fim de todo o trabalho, quando tudo está corrigido e não há necessidade de fazer mais nada. Assim, os estados que são gradualmente corrigidos são adicionados aos estados previamente corrigidos e são acumulados numa conta geral, o que, por fim, é expresso no estado de Shabbat.

Mas depois de cada ação, cada nível também termina no mesmo estado visto que se eu recebo 20 quilos de desejos, a fim de corrigi-los em amor e doação, e eu chego ao fim da correção dessa parte, eu entro no estado temporário de Shabbat. Quando eu corrijo totalmente a minha alma eu alcanço o estado final do Grande Sabbath.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 06/03/14

Israel Num Período De Complicações Pós-Traumáticas

Dr. Michael LaitmanPergunta: É possível dizer que Israel está agora num “período pós-traumático”, após o último conflito militar em Gaza. Em conexão com isso, eu gostaria de entender o que está acontecendo com a gente, e o que esperar depois. Como podemos alcançar algum tipo de certeza, estabilidade e esperança de um bom futuro?

A guerra aparentemente terminou e o país retornou à “vida normal.” No entanto, não é compreendido sobre que tipo de vida normal é possível falar. Afinal de contas, a ameaça não desapareceu e a sensação é bastante alarmante. Tudo o que nos resta é esperar a próxima rodada de violência e novos bombardeios de mísseis.

Resposta: Voltar à vida normal é como voltar a boa, confortável e tranquila casa de sua mãe. No entanto, os israelenses estão voltando à sua vida normal que é impossível chamar de normal, e durante o último conflito, traumas adicionais foram adicionados a eles.

Parece-me que hoje a situação é mais estável do que no momento das operações militares. Pelo menos, tudo ficou claro. Eles atiram; nós atiramos. Agora, estamos voltando a uma situação muito mais incerta.

Durante a guerra, a sociedade israelense se consolidou fortemente. Os jornais se comportaram com respeito e não perturbaram as pessoas com artigos sensacionalistas. Tudo estava relaxado. A comoção se acalmou, porque quando enfrentamos uma ameaça comum, não continuamos com conversa fiada. No entanto, no momento em que a situação militar terminou, tudo voltou imediatamente para a competição anterior, a luta de todos com seus interesses pessoais, discussões políticas.

Assim, a guerra acabou, mas a vida é sentida como menos estável do que durante a guerra. Nós esperamos voltar a uma vida segura e normal, mas isso não existe. No entanto, se o povo de Israel se reunir e alcançar algum tipo de unidade, ele vai ter sucesso. Especificamente, vamos chegar à estabilidade e segurança. Muitas pessoas se lembram muito bem dessa sensação de unidade que aparece nos momentos de perigo. Enquanto os mísseis caíam sobre nós, sentíamos que precisávamos uns dos outros. Nós tínhamos um desejo, uma preocupação. Embora estivéssemos com medo, nós estávamos juntos, e algum tipo de doçura era sentida nisso. No entanto, no momento em que a ameaça desapareceu, voltamos novamente à separação anterior e estávamos prontos para nos “devorar”.

O que dá esperança é que, pela primeira vez, as pessoas ficaram tristes que perdemos a unidade atingida e voltaram para a indiferença anterior, voltaram a construir sua vida rentável à custa de outras pessoas.

Esta não é uma situação pós-traumática da última guerra. Pelo contrário, estes são novos traumas. No entanto, desta vez, a situação finalmente começou a ficar clara, e muitas pessoas entenderam que a situação normal, quando nos encontramos sem uma ameaça externa, é inaceitável.

A guerra nos deixou sentir o que significa ser um povo, consolidado, vivendo com uma preocupação pelo outro e não em competição. Entende-se que ninguém quer que a razão para esta unidade seja uma guerra, mas pelo menos agora nós descobrimos e sentimos o que está faltando.

O problema está apenas nisto: que esta unidade é alcançada somente sob a pressão de uma ameaça externa. Baal HaSulam compara o nosso povo a um saco de nozes que não deseja se conectar e tocar uma na outra com suas cascas com muito ruído, mas o saco nos mantém juntos. Pelo menos a partir disso, um sentimento de apoio mútuo com o próximo, com conhecidos, com cada pessoa – cada israelense e cidadão deste país -aparece entre nós.

No momento em que o saco se parte, toda as nozes se espalham em direções diferentes, e, mais uma vez, não temos nenhuma sensação de pertencer a um povo. Então, novamente, nós precisamos de novas ameaças externas. Nós vemos que o poder superior não vai nos deixar em paz. Nós vemos isso de acordo com o antissemitismo que tem crescido muito no mundo.

Eu recebo cartas com uma pergunta idêntica de conhecidos judeus na América do Sul, Texas e Europa: “Onde você sugere que nós vamos? O que devemos fazer?” Eu estou falando de judeus sul-americanos e europeus que nasceram nessas nações, nestas culturas. Eles são educados, têm boas profissões, e agora são forçados a olhar para onde se esconder, mas não há para onde ir. Eles já estão pensando: “Talvez exista um outro planeta além do planeta Terra?” Este é o quanto eles sentem que não há lugar para eles em lugar algum.

Eu espero que ao enfrentar um antissemitismo como este, nós seremos forçados a nos conectar e unir, e depois vamos sobreviver. Se nos ligarmos mais fortemente, vamos ter sucesso em tudo, e vamos vencer todas as lutas. Ninguém pode fazer nada contra nós. Basta que o povo de Israel se una, e ninguém vai nos pressionar mais. O governo superior age assim: que, se ansiarmos pela unidade, a ameaça externa e a pressão irão desaparecer imediatamente.

Portanto, tudo depende apenas do nosso equilíbrio e conexão internos, e todos os problemas econômicos, sociais e políticos e de segurança dependem apenas das relações entre as pessoas, se o povo de Israel vive na terra de Israel como um povo unido. Desta forma, nós podemos inclinar a balança do mundo inteiro para o lado do mérito ou para o lado da condenação.

De Kab TV “Uma Nova Vida” 02/09/14

O Declínio Da Babilônia, Parte 3

Dr. Michael LaitmanNão é que a maioria dos babilônios discordavam de Abraão; em vez disso, eles não sentiam que isso era para eles. Apenas cinco mil pessoas achavam que ele era o portador da Luz para as suas vidas, levando-as para frente, que ele poderia ser o seu pastor, seu líder, seu guia, e que elas o seguiriam. Elas achavam que estavam indo em direção a esse pequeno raio de luz, sem adorar seu ídolo, mas o seguiram como seu líder.

Ele as deixou “provar” um pouco da força positiva. E elas entenderam que ao segui-lo poderiam realizar, alcançar e descobri-lo. Posteriormente, essa força seria chamada de “Criador”.

Outras “se separaram”, se isolaram de Abraão e seguiram Nimrod, Terah, etc. Só uma coisa foi deixada para elas, a mesma situação ruim, brigas entre vizinhos, que na verdade não tinham para onde fugir, mas elas ainda não entendiam isso. “Nós temos impostos terríveis. É preciso ir para algum lugar; é preciso fazer alguma coisa. Nós vamos para lá, e você, para onde vai? Bem, esse é problema seu! Entre você e eu, eu não gostaria de ir por esse caminho, mas eles vão lá, então eu também vou lá… ou devemos ir numa direção diferente?”.

Como se diz, “Mude o seu lugar, mude tudo”. Em busca de uma vida melhor e fugindo de confrontos, as pessoas se dispersaram, foram em direções diferentes, estabelecendo-se gradualmente por toda a face da terra. Mas quanto tempo isso poderia durar? Elas se espalharam conforme o crescimento do ego, conforme a sua multiplicação e sua reprodução física. Elas se desenvolveram continuamente desta forma, buscando um lugar melhor.

Aqui é necessário entender que uma pessoa procura por um lugar melhor de acordo com seu sentimento interior, de acordo com a raiz da sua alma. Em última análise, elas se propagaram para aqueles lugares onde a sua alma estava inclinada a ir, aonde quer que as levou.

Em princípio, os animais agem de forma semelhante. Eles vagam pela floresta, vagando de um lugar para outro, e com eles tudo é medido: aqui é melhor, aqui é pior, aqui não há muito sol, aqui há pouco sol, aqui o terreno não é adequado, e aqui há muitas árvores.

Em outras palavras, eles estavam procurando o tempo todo, eles constantemente presumiram onde seria melhor para eles, onde o alimento seria mais acessível, onde seria mais seguro, onde encontrar um companheiro, onde criar seus filhotes, etc. Uma enorme quantidade de informações internas era processada e dirigia todos os seus movimentos.

A mesma coisa aconteceu com os três milhões de babilônios que seguiram o conceito de Nimrod. O ego em desenvolvimento deu-lhes sensações semelhantes, e a pessoa de repente entendeu que o ego estava atraindo e movendo-a, uma para a praia do Mar Negro, outra para o Alasca. Desta maneira, elas se espalharam sobre a face do mundo.

Então houve uma grande migração de povos. E mais uma vez as pessoas mudaram de lugar para lugar, mas não só isso, mas uma erupção de um grande desejo egoísta as moveu, por exemplo, para subjugar alguém, para impor impostos, etc. Mas estes eram apenas sinais externos; basicamente, o que estava levando-as para frente era um sentimento do imperativo de ser alimentadas em outro lugar, alimentadas internamente, espiritualmente e mentalmente.

Por outro lado, por exemplo, o chinês, por milhares de anos não se aventurou a partir de seu “canto”; os japoneses não deixavam ninguém sair ou entrar. Tal era o estado estático da alma. Por outro lado, que cultura, que civilização! Tudo desenvolvido somente internamente, com seus específicos problemas e conclusões.

Assim, as tribos babilônicas se dispersaram e se estabeleceram, cada uma encontrou o seu lugar de acordo com a sua alma. Flávio Josefo escreve sobre isso em detalhes: alguns deles foram para a terra de Ashkenazi, outras foram para a Inglaterra, França, Espanha, para o Oriente, a África, etc.

De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje” 27/08/14, Parte 4

Os Benefícios E Os Perigos Dos Feitos Científicos

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que há de tão ruim na ciência, se procurar o segredo da vida é uma inclinação natural que se desenvolve naturalmente numa pessoa?

Resposta: Nós temos uma inclinação para descobrir o segredo da vida porque a nossa fonte superior nos ilumina. A questão é apenas quando, como e por que meios eu posso procurá-lo? Na ciência normal eu o procuro pela minha mente e sentidos bestiais.

Será que eu quero encontrar a fonte superior por meios físicos? Não entendo que Ele é tão alto, influente, e distante do desejo de receber e de sua baixeza repugnante, de suas limitações?

O desejo de receber, o ego, que quer receber para si mesmo o tempo todo, não pode ser completo porque sempre sente uma carência. Por isso, ele não pode ser adaptado à fonte superior. Quanto mais ele quer para si e descobre suas limitações, mais baixo ele cai.

Por esta razão, os povos antigos pensavam que o sol era divino, uma vez que para eles era a origem da vida.

Pergunta: Como Abraão procurou o segredo da vida?

Resposta: Abraão passou a olhar para as estrelas, a lua e o sol, procurando a força que poderia ser chamada de universal e suprema. Mas esta era uma busca interior.

Pergunta: Será que ele não procurou isso com sua mente e sentidos físicos, como em qualquer ciência?

Resposta: Abraão não confiava em sua mente. Ele estava procurando por algo superior, separado dele, universal. Ele atingiu tudo, graças a sua alma, como o primeiro Adão (homem). Portanto, basicamente, ele conseguiu alcançar tudo sem um professor.

Com a gente isso não pode ocorrer, porque ninguém em nossa geração é capaz de descobrir o Criador por si mesmo. Há muitas pessoas que têm certeza que sentem o poder superior, mas, na verdade, nenhuma delas está nem perto. É assim que a nossa geração é, e este é o resultado do crescimento do egoísmo que provoca o declínio das gerações.

Nossos ancestrais estavam em uma situação única chamada de “mérito dos antepassados”, porque sua Shevirah (quebra) era de cima em sua fonte e foi derivada do próprio sistema. Mas depois de nossa queda, nós corrigimos nossa própria divisão, e não temos nenhum mérito ancestral. O mérito ancestral existiu até a descoberta da inclinação ao mal, que foi chamada de Faraó.

Depois da morte de Jacó no Egito, nenhum mérito ancestral permaneceu. Na verdade, poderíamos usá-lo, mas apenas por meio da adesão ao mesmo nível, e, na verdade, não por nós mesmos.

Pergunta: Abraão não foi um cientista como todo Cabalista? Então, por que a ciência é prejudicial?

Resposta: A ciência é como um veneno de cobra que pode ser usado como veneno ou remédio, dependendo de como é usado. É necessário usá-lo para descobrir o poder superior, onde entendemos que o nosso ego é inferior, e que é impossível atingir qualquer coisa de verdade com ele. Nós estamos limitados pelos nossos sentidos físicos e pelo desejo egoísta que está por trás desses Kelim (desejos).

Não podemos nos afastar desse desejo que nos obriga a pensar, ver, entender e sentir apenas o que é para o nosso próprio bem ou o que pode nos prejudicar. Isto significa que toda a percepção é direcionada apenas para o desejo de receber e não vemos mais nada. Em torno de nós poderia haver mundos inteiros e forças, mas não temos os sentidos para percebê-los.

Se esta é a forma como estamos organizados, não temos meios para procurar dentro de nós, não com a ciência que desenvolvemos. Desta forma, nunca alcançaremos a verdade, a divindade ou universalidade.

Assim, na ciência, há apenas o que a pessoa descobre em seus Kelim egoístas, e assim a ciência também é egoísta. Essa é a maneira como a descobrimos e como a usamos. Nós não podemos usá-la com qualquer outra intenção ou inclinação, porque todo o seu desenvolvimento é obtido para o nosso benefício egoísta.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/8/14, Escritos do Baal HaSulam

Acesso Ilimitado Ao Computador Do Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: As forças físicas (eletromagnética, gravidade e subatômica) influenciam a matéria inanimada. É possível dizer que a força superior do Criador age de forma semelhante e move as pessoas?

Resposta: Certamente, toda a natureza inanimada, vegetal e animal também se move sob a gestão do Criador, que mantém todas as partes da criação em um único sistema. Mas o principal é a sua influência no que diz respeito a nós, no que diz respeito ao nível humano superior da natureza.

É importante que o nosso nível “falante”, a mente e o coração, os pensamentos e desejos humanos, sejam compatíveis com os pensamentos e desejos do Criador. Isso ocorre porque os níveis do inanimado, vegetal, e animal agem instintivamente em coordenação com a força superior. Nós não temos controle sobre eles e não podemos gerir os sistemas que estão funcionando dentro do nosso corpo. Mas nós queremos que os nossos pensamentos e desejos sejam semelhantes ao Criador. Então, tudo ficará bem.

Nós estamos sempre trabalhando apenas com forças; elas nos rodeiam em nossa vida por todos os lados. O Criador é simplesmente a força coletiva que gere e ativa tudo. Em vez de alguns seres humanos, governos e nações, é necessário ver a força que influencia todos esses movimentos. Não há nada além da força superior.

Nós vemos que não determinamos nada por nós mesmos. Tudo é desenvolvido de acordo com um plano superior e nós temos que estar conscientes disso e integrados em sua realização.

Pergunta: O nosso cérebro está preparado para absorver esse conhecimento superior?

Resposta: Nós devemos atingir totalmente a força superior. Habilidades como estas estão latentes dentro de nós. Nossa mente e coração serão reunidos ao sistema geral e poderão ser usados dentro dele num grau infinito.

Não importa que eu tenha um pequeno computador. Pelo contrário, se ele está conectado por um cabo ao computador do Criador, eu recebo todos os Seus recursos, enquanto em meu computador eu uso apenas o teclado.

A sabedoria da Cabalá pode realizar mudanças como esta em uma pessoa. Ela explica a ela, ensina e educa por meio dos professores, os Cabalistas.

Pergunta: O que ajudará uma pessoa a mudar sua opinião sobre o poder superior, para ser livre de estereótipos e abrir-se à cooperação com ele?

Resposta: Há dois fatores que contribuem aqui: por um lado, há a pressão dos problemas e sofrimentos, e por outro lado, há a disseminação da sabedoria da Cabalá. Nós esperamos que a disseminação da sabedoria da Cabalá se expanda tanto que não haverá necessidade de sermos empurrados por trás por problemas e sofrimentos.

De KabTV “Cabalistas Escrevem: Preparando o Povo de Israel para a Luz” 20/8/14