Textos arquivados em ''

O Declínio Da Babilônia, Parte 2

Dr. Michael LaitmanA pessoa nasce e se desenvolve como egoísta. Está escrito: “Eu criei a inclinação ao mal [egoísmo]; Eu criei a Torá como tempero”, para a sua correção, de modo que a Torá lhe dará a Luz com cuja ajuda você pode corrigir o ego. É assim como as duas linhas são formadas, duas partes do trabalho interno: o ego separado (a parte esquerda) e a Torá (a parte direita).

Pergunta: Eu sou tão egoísta que só a força negativa está dentro de mim? Além disso, com uma mensagem como esta consegue atrair o público até nós, assim como Abraão fez?

Resposta: Ao que parece, ele simplesmente espalhou panfletos por toda a antiga Babilônia. Imprimiu-os rapidamente numa loja de impressão local e os espalhou entre todos os babilônios, uma população total de três milhões de habitantes, de acordo com o mito. Então, eles leram os folhetos e cinco mil pessoas se reuniram em torno de Abraão.

Brincadeira à parte, Abraão era um grande líder espiritual, um sacerdote, um grande cientista daquela época. Além disso, era filho do chefe ideólogo da Babilônia, seu pai Terah. Portanto, ele tinha os meios, o conhecimento, poder e conexões, todas as possibilidades para divulgar sua mensagem. Tudo isso é obrigatório em nosso mundo.

Então, Abraão difundiu o conhecimento e as pessoas se juntaram a ele. Ele foi acompanhado por aquelas que achavam que não queriam mais trabalhar apenas com o ego.

Em outras palavras, elas já tinham uma sensação nova, uma consciência do mal do egoísmo; elas já haviam desenvolvido e percebido que ele deve estar em equilíbrio, e que elas tinham ansiado pela segunda força, que poderia ser usada para equilibrar o egoísmo, para criar um “dipolo” de forças positivas e negativas e existir nele.

Eles sentiram que somente o ego as motivava. Eles viviam graças apenas ao seu poder negativo, e isso certamente as mergulhou na depressão. Afinal de contas, elas não sentiam nenhuma satisfação, nenhum preenchimento nesta vida, mesmo que a antiga Babilônia fosse uma civilização desenvolvida. Se a pessoa entendesse que somente uma única força negativa está agindo e evoluindo dentro dela, ela pularia de uma ponte ou uma torre alta. Na melhor das hipóteses, ela iria fumar maconha.

Além disso, é se, junto com esse entendimento, a possibilidade de adquirir a força positiva é revelada a ela. Porque o caminho é composto por dois pontos e um vetor entre eles, um segundo ponto é necessária para que, pelo menos um pouco, a Luz o ilumine de onde quer que seja. É impossível viver sem essa iluminação: “Eu não posso ficar aqui. Então, o que mais há para fazer, cometer suicídio?” No entanto, se algo me ilumina a partir de uma distância, se, por entre as nuvens, um pequeno raio de luz irrompe, eu não preciso de mais nada.

De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje” 27/08/14

A Fusão Dos Desejos

Dr. Michael LaitmanDurante a descida do desejo do ponto da quebra para baixo, ele é dividido em partes cada vez menores que são constantemente misturadas de acordo com a intensidade e o tipo da quebra. Não se trata apenas do Aviut (espessura), mas também depende do nível que pertencia ao Aviut de Keter, Hochma ou Bina.

A correção só começa depois do fim da incorporação de todas as partes quebradas umas nas outras, assim como diferentes legumes, tais como tomate, pepino ou cebola que são colocados num liquidificador e moídos em conjunto. Primeiro, os legumes são cortados em pedaços grandes e depois em pedaços cada vez menores, até que se tornem uma mistura homogênea em que é impossível identificar os diferentes legumes que foram colocados no liquidificador.

No liquidificador há o que costumava ser um tomate, pepino e cebola, mas você não pode vê-los, uma vez que existe apenas uma massa marrom. Agora nós temos que corrigir esta mistura e aumentar todos os seus componentes de baixo para cima. O que devemos fazer? Nós temos que separar os legumes de novo? O que é a incorporação?

De repente, nós entendemos que este liquidificador, a quebra, nos tirou de um estado especial, nos misturou de tal forma que nunca poderíamos ter sido capazes de ser incorporados uns nos outros se tivéssemos permanecido corrigidos.

No estado corrigido inicial, nós estávamos conectados pela Luz que nos criou. Graças à Luz, éramos um tomate, pepino, alho ou cebola. Cada um de nós era outro vegetal e embora estivéssemos todos conectados, ninguém estava incorporada nos outros, porque a Luz Superior nos conectava. Como resultado da quebra, nós chegamos ao estado em que estamos totalmente destruídos, e quer queiramos ou não, estamos todos incorporados uns nos outros. Eu quero o que os outros têm e sinto no meu ego o que eles têm. As conexões altruístas entre nós foram mantidas pela Luz desde o início da criação, mas foram destruídas quando começamos a sentir impulsos egoístas, tais como, “A grama do vizinho é mais verde”, “Que carro grande que ele tem!” “Que belo vestido!”.

É assim que nós começamos a absorver os desejos de cada um. A quebra deixou uma fusão de desejos em cada um de nós. Acontece que a quebra causou algo que não poderíamos ter feito por nós. Ela nos obrigou a ser incorporados um no outro.

Hoje cada pessoa está conectada ao mundo inteiro através de cinco pessoas que ela conheça. Eu não sou sequer consciente de que estou incorporado nos desejos de um esquimó que vive em algum lugar do Ártico, ou de uma pessoa que vive na América do Sul, Austrália ou Índia, porque nunca estive lá. Como isso acontece? Eu não sei, mas é o resultado da quebra.

Nós pensamos que a quebra foi um desastre, mas ela foi essencial para nos levar à correção. Agora que fomos misturados juntos, a única coisa que nos resta a fazer é corrigir a nós mesmos com a ajuda da Luz superior. O que a Luz tem que fazer, a fim de corrigir a nossa mistura de legumes? Será que ela tem que nos separar em um tomate e um pepino de novo? Será que ela tem que nos classificar? Ou talvez ela deva pegar toda essa massa e colá-la num vegetal, num vaso?

A mistura começa a tomar forma de acordo com os níveis de Aviut do desejo sob a influência da Luz Superior. Há partes que pertencem às camadas superiores ou inferiores. Como nós sabemos a qual camada pertence cada um nesta mistura?

Em nosso mundo, há a força da gravidade que constrói algumas camadas de certa maneira e há diferenças entre elas. Na mistura humana também existem diferenças entre as camadas do desejo, embora elas não sejam criadas pela força de gravidade da terra, mas pela força da gravidade desde cima, pela Luz superior.

A Luz Superior entra nos vasos quebrados que ela quebrou. Mas agora ela começa a corrigi-los e reformá-los. A mistura de legumes é feita de desejos quebrados que foram misturados e quebrados infinitamente pela Luz Superior. Agora, a Luz que Reforma chega e todos os componentes aparecem gradualmente de acordo com sua reação à Luz e, assim, eles sentem que têm algo em comum, seja mais perto ou mais longe da Luz e um do outro.

Eles esclarecem se pertencem mais aos tomates e menos aos pepinos, mais à cebola, etc., de acordo com a percepção da Luz e de acordo com o sentimento de sua influência sobre eles. Apesar de terem sido todos misturados, as mudanças começam a acontecer nesta massa.

Há partes especiais entre todos os desejos quebrados: os judeus. No passado, eles atraíram a Luz que Reforma, mas não fizeram jus à sua correção e foram destruídos e caíram. Eles foram a razão para a quebra de todo o desejo e pela mistura. Agora, eles devem ser revelados, o que significa que uma ação especial está acontecendo no mundo de hoje. Nós temos que ver como todo mundo está incorporado em todos os outros. Há dez tribos perdidas entre nós que foram incorporadas na quebra geral. Esta é uma ação muito complexa, variada e profunda, mas nós não a corrigimos simplesmente retornando ao estado inicial, a fim de ter os tomates e os pepinos que estavam lá antes, mas corrigimos todas as camadas juntas e chegamos a uma conexão que é 620 vezes maior. A adesão anterior era pela Luz Superior e agora ela é atingida pela Luz que Reforma de acordo com o pedido do inferior que quer esta adesão.

Se antes a adesão inicial sustentada pelo superior era uma unidade, a nova adesão é de 620 unidades, 620 vezes mais forte, e é tudo graças ao trabalho do inferior.

O inferior pede para permanecer na forma que foi criado após a quebra e só quer corrigir a sua atitude. Portanto, a alma geral é corrigida camada por camada de acordo com o seu despertar; a primeira camada, a segunda e a terceira. De outro modo, não haveria qualquer subida, mas uma simples recuperação dos tomates e pepinos.

Nós queremos manter a incorporação mútua, pois é realmente através da fusão que chegamos a uma adesão mais potente, 620 vezes mais forte, em que todos são incorporados em todos os outros. Portanto, nós temos que ser gratos pela quebra e pela oportunidade de ser incorporados uns nos outros. Os judeus foram misturados com o resto dos babilônios e agora nós podemos finalmente começar a nossa correção coletiva!

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/09/14, Talmud Eser Sefirot

O Voo Da Alma

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós sabemos que uma ação espiritual é realizada pela intenção. Como devemos abordar corretamente o desempenho da música dos mundos superiores, a fim de atingir a meta no menor tempo possível, para que, juntamente com isso, continuemos a avançar espiritualmente?

Resposta: Eu acho que o principal é a orientação constante da providência superior com alegria.

Cerca de 20 anos atrás, eu conduzi um experimento numa casa de repouso, e dei as músicas de “Qual é o segredo da vida” para os moradores de lá. Então, realizei uma pesquisa. Pessoas com mais de 65 anos me disseram que choraram quando ouviram a música.

Eu as compreendo. Em primeiro lugar, o idoso que ouve esta música imediatamente investiga suas memórias e a vida que viveu, mas estas experiências são basicamente diferentes do que esse tipo de música deve transmitir.

Trata-se de alegria, da Luz Superior, um estado muito claro. É um sentimento de admiração, inspiração, uma subida e voo da alma! Ela nada na Luz branca, e tal estado tão glorioso é incorporado em nosso mundo quando uma noiva está vestida com um vestido branco.

Portanto, a principal coisa é, pelo menos, entender e sentir o máximo possível o que a música é, concentrando-se na alegria e tentando se parecer com a pessoa que a escreveu. É porque ela escreveu de sua realização dos mundos superiores, o estado superior, e a força superior. Lá, a pessoa descobre apenas a alegria da eterna realização, plenitude e harmonia que emociona e preenche tudo!

Nós devemos tentar nos separar do nosso ego, do que ele faz conosco em nosso mundo, de sua distorção, e ao subir sobre o ego, devemos tentar viver numa dimensão totalmente diferente de amor, doação e boa conexão mútua. Assim, as melodias dos mundos espirituais seriam sentidas de uma forma totalmente diferente.

Esta é uma pequena revelação para cada aluno. Eu acho que se ele constantemente se lembrar disso, ele será capaz de começar a sentir o mundo espiritual sem estudar nada mais de todo o enorme método de alcançar os mundos espirituais de que o Baal HaSulam escreveu. Não há necessidade de palavras! Se uma pessoa se abrir para esses sons e as suas fontes internas, ela vai começar a entender tudo.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 09/02/14

A Ciência Nos Colocou No Caminho Do Sofrimento

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot“, seção 41: O Zohar escreve sobre o texto “e aqueles que Me buscam, Me encontrarão”, e pergunta: “Onde se encontra o Criador? Eles disseram que o Criador é encontrado apenas na Torá”.

Nós devemos entender completamente as suas palavras. Parece que o Criador está escondido somente em coisas corpóreas e realiza todas as futilidades deste mundo, que estão fora da Torá. Assim, como você pode dizer o contrário, que Ele se oculta apenas na Torá?

Isto significa que nunca podemos descobrir o sistema correto, as verdadeiras forças da natureza que nos governam, a supervisão e o governo superior, nem o poder superior que está trabalhando numa ação, se não estivermos envolvidos na Torá interior, que é a sabedoria da Cabalá, da maneira correta. Mesmo a ciência do mundo físico não pode nos aproximar disso.

Ao se envolver com o desenvolvimento científico, a pessoa se insere no caminho do sofrimento; já que ela espera e quer chegar a uma boa vida através de realizações científicas, uma situação oposta é criada, e ela só prejudica a si mesma. E isso é claro, pois desta forma ela não desenvolve seus Kelim (vasos) para a descoberta do poder superior que é bom e benéfico.

Conclui-se que a ciência nos leva ao fracasso e nos desvia do caminho certo. Tanto quanto nós valorizamos e respeitamos a ciência moderna, em última análise, deve ser entendido e reconhecido que ela nos leva ao caminho do sofrimento. Certamente tudo foi planejado desde o início, pois sem descobrir o mal é impossível alcançar o bem. Isso ocorre porque o intelecto humano deve descobrir sua impotência vazia.

Mas se desde os dias do primeiro Adão (homem), da primeira descoberta da sabedoria da Cabalá, a humanidade a tivesse aceitado como o único meio para descobrir o poder bom e benéfica, em seguida, ela teria ido pelo caminho ideal diretamente ao objetivo da criação.

Então não teria havido nenhuma necessidade do progresso científico e da evolução da sociedade humana. Uma pessoa teria se envolvido em seu desenvolvimento espiritual, enquanto o trabalho físico obrigatório teria sido apenas para cumprir os requisitos da existência bestial, para alimentar a sua “besta”. E todos os desenvolvimentos restantes teriam sido apenas para a necessidade de desenvolver o Adão dentro de nós.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/08/14, Escritos do Baal HaSulam

Unidade Com Base No Amor Ou No Ódio

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como a unidade pode possivelmente nos defender de inimigos externos? Afinal de contas, nós estamos rodeados de grupos terroristas fanáticos. Alguns deles aparecem de repente no nosso horizonte e sua crueldade tem sobrecarregado o mundo. Sua ameaça parece muito convincente. Como a força do amor que estamos tentando criar entre nós pode se opor a isso? Pode o amor nos proteger de foguetes ou agressão?

Resposta: É natural que os terroristas se comportem com tal brutalidade. Qualquer união estável se baseia tanto no amor autêntico ou no ódio genuíno, um dos dois.

A animosidade que existe em grupos terroristas em relação aos seus inimigos externos os conecta. É por isso que eles acendem o ódio em relação a nós. Eles também procuram a conexão. No entanto, há uma forma alternativa para alcançar a unidade, ao amar nossos amigos.

Ambos os grupos estão buscando unidade e aspiram a ter sucesso com a sua ajuda. Aqueles que se conectam com base no ódio precisam de um inimigo externo que eles possam continuar aborrecendo e desprezando. Eles escolheram Israel e os judeus como o melhor objeto para sua hostilidade, porque todo o mundo tradicionalmente odeia os judeus. Além disso, os judeus são realmente culpados (pelo menos as nações do mundo inconscientemente se sentem assim, mesmo aquelas que nunca tiveram quaisquer relações com os judeus).

Além disso, Israel tomou os territórios que antes eram ocupados por árabes que se chamavam os palestinos. Em outras palavras, os árabes têm um motivo para nos odiar. Além disso, eles têm um objetivo comum para difundir o Islã em todo o mundo que os une. Hoje em dia, essa ideia atrai muitos jovens, uma vez que eles são fascinados pela força e admiram aqueles que estão armados.

As pessoas procuram unidade e comunhão; elas estão tentando compreender o objetivo de suas vidas. Hoje, o Islã é a única religião que oferece um propósito concreto de existência, que é tão forte que as pessoas estão prontas a cometer suicídio, porque estão convencidas de que este ato é a melhor maneira de se realizarem e que elas vão receber uma recompensa imediata depois que morrerem.

Essas ideias atraem os jovens europeus que estão prontos para se juntar a um exército islâmico. Eles consideram isso “romântico”: “Nós estamos juntos! Temos uma meta! Esse cara é a favor de nós, é nosso amigo; o outro cara é contra nós, é nosso inimigo!” As pessoas adquirem algo pelo qual podem viver, obtêm um objetivo e se tornam conscientes dos marcos em seu caminho para alcançá-lo. Elas acham que já sabem como viver.

O resto do mundo não tem nada a oferecer a elas. Em algum momento, todo mundo ficou fascinado com o sonho americano. Todo mundo olhou para os EUA e visualizou tornar-se como os EUA. Hoje, esse sonho desapareceu como uma bolha de sabão. Coisas semelhantes ocorreram na Europa: O que aconteceu com a unidade europeia? Onde está o paraíso prometido? Para onde foi a esperança de que uma Europa unida seria um exemplo para o resto do mundo?

Pergunta: Por que os europeus não podem viver em união com os seus próprios povos nativos?

Resposta: O ser humano é uma criatura que muda constantemente de valores. Portanto, hoje nós não estamos satisfeitos com o que consideramos ser grande ontem. Um dia antes, pensávamos que as coisas eram boas o suficiente, mas um dia depois já pensamos nelas como insuficientes ou erradas. Amanhã, algo novo vai surgir em nossos horizontes. Os nossos desejos egoístas e aspirações mudam constantemente, aumentam e se expandem.

O islã é atraente para muitos, pois oferece às pessoas metas concretas. Ele proclama: “Todos os muçulmanos devem se unir para que o Islã conquiste o mundo inteiro! Se levarmos o conhecimento sobre Alá que governa tudo e todos, se espalharmos a informação sobre o que exatamente devemos fazer para seguir a Sua vontade, o mundo inteiro será nosso, incluindo o mundo futuro. Mesmo se você morrer em um minuto, você vai subir imediatamente para o céu”.

Sua ideologia está enraizada em dois mundos: este mundo material e a dimensão futura. Os muçulmanos pedem a unidade neste mundo entre todos que compartilham sua ideologia. Eles apontam para o seu inimigo muito distintamente. Aos poucos, eles vão penetrar todas as nações, sem exceção: China, Índia e Rússia… Eles não estão com pressa, nem sentem quaisquer restrições de tempo: “Se não nós, então nossos filhos; se não eles, então os nossos netos… Por fim, nós vamos atingir a meta. O que importa é que nós avançamos para a nossa meta e vamos impor a ‘jurisdição’ islâmica sobre todo o mundo. Nós devemos participar neste movimento para que mereçamos estar nos mundos futuros”.

Eles já sentem a sua unidade; eles estão confiantes de que seguem uma meta grande nobre e eterna. Portanto, esse tipo de inimigo é impossível vencer. Não há ninguém com quem falar ou fazer as pazes, visto que os nossos adversários têm uma ideologia poderosa. Como resultado da última operação militar em Gaza, mais de dois mil palestinos morreram. Existem inúmeras ruínas em seus territórios, mas eles ainda celebram esta situação como se fosse a sua vitória. Eles não contam suas perdas.

Os muçulmanos têm uma confiança interna de que estão fazendo a coisa certa. Eles consideram a sua luta como sendo uma guerra santa. É impossível lutar contra este tipo de inimigo. Os tratados de paz com eles não valem nada. Certamente, isso é absolutamente claro para o nosso governo e todos ao seu redor.

A questão é como podemos sustentar essa ameaça como o povo de Israel? Nós podemos arrumar nossas malas e sair (o que eles terão prazer em nos deixar fazer e ainda vão nos dar tempo para isso). No entanto, se decidirmos ficar em nossa terra, vamos ter que encontrar uma solução alternativa. Este problema pode ser resolvido! Há algo que pode nos tornar mais fortes do que eles: a nossa unidade.

Ao alcançar a unidade, iremos acionar o poder geral de natureza, a força superior, que Israel possuía na época de Abraão e durante os primeiros dois mil anos de sua história, ou seja, durante o Primeiro e o Segundo Templos. Se nos unirmos, “como um homem com um coração” pelo amor ao próximo, se alcançarmos o estado em que “todos em Israel são amigos”, e se formos um exemplo para todo o mundo, todos vão começar a nos tratar de uma forma boa, incluindo os árabes. Assim que iniciarmos a nossa unidade e nos reconectarmos com o outro, o mundo inteiro vai mudar a sua atitude em relação a nós de forma adequada.

De qualquer forma, não temos outra escolha. Nós devemos nos unir, pois é a única solução para a situação. Nós temos a oportunidade de verificar essa doutrina aqui e agora.

Eu lamento profundamente pelos soldados e civis que perderam suas vidas durante a última operação terrestre. No entanto, a situação atual é diferente de batalhas anteriores, pois desta vez nós temos a oportunidade de mudar a direção dos pensamentos dos israelenses, e fazer os israelenses entenderem que a estabilidade e a segurança só podem ser alcançadas como resultado de nossa conexão.

Nós temos um ensinamento que fala sobre estas questões: a sabedoria da Cabalá. Esta ciência foi escondida de nós durante o exílio, mas hoje em dia se revela a nós, e é nosso dever torná-la conhecida. Esta ciência explica como atingir a conexão certa que, então, atrairá a força superior.

Se a força superior está entre nós, nós estamos cobertos por uma “cúpula” que nenhum inimigo pode quebrar. Nossos inimigos irão simplesmente desaparecer. Depende apenas da nossa capacidade de implementar a sabedoria da Cabalá para o bem da conexão entre nós.

A Cabalá fala sobre a unidade e o amor de Israel. Essa foi a herança judaica durante os primeiros dois mil anos da nossa existência desde o momento em que saímos da Babilônia até a destruição do Segundo Templo. Durante os próximos dois mil anos de exílio, a Cabalá foi ocultada de seu povo. No entanto, hoje ela se revela mais uma vez, para que possamos usá-la para recriar a unidade.

Isso explica por que temos que revelar a sabedoria da Cabalá e mostrar aos outros que não se trata de “fitas vermelhas”. É um método para alcançar a unidade que se destina a nos ajudara nos tornar “o povo de Israel na terra de Israel”. Isso vai nos ensinar como levar uma vida estável e segura. Então, o mundo inteiro vai tratar Israel como nós merecemos de acordo com as nossas raízes: a unidade que se baseia na verdadeira Torá, o ensinamento da verdade.

De Kab TV “Uma Nova Vida” 27/08/14

A Sociedade Perfeita De Abraão, Parte 5

Dr. Michael LaitmanJuntamente com seus filhos, Jacó entrou no Egito, onde morreu mais tarde. Isso aconteceu porque não só o ponto original foi “revivido” do Egito, mas todo o sistema surgiu a partir dele. O sistema teve origem no Egito, ou seja, surgiu do terrível estado fragmentado que era milhares de vezes pior do que a Babilônia.

Em essência, é a mesma Babilônia, apenas mais terrivelmente desconectada. Em vez de Nimrod, surge o Faraó, em vez de Abraão, surge Moisés.

A história se repete, mas numa nova espiral. A correção de um enorme e crescente egoísmo (“Egito”) começa a partir daí.

Pergunta: Então, em vez de ser apenas uma família ou uma tribo, eles se tornaram uma nação, certo?

Resposta: Sim. Este poder é chamado de “a nação”, embora todos eles sejam uma só alma. É sempre sobre uma só alma. Não há nada no mundo, exceto uma alma unificada, ou seja, um desejo que surgiu na Babilônia e foi dividido em dois segmentos principais:

  • Aqueles que se juntaram a Abraão e estavam dispostos a combinar todos os desejos em um.
  • Aqueles que não queriam se reconectar e se tornar como um todo. Os últimos foram espalhados por todo o mundo.

A parte que saiu com Abraão gradualmente se reconectou no primeiro nível, depois no segundo nível, e depois no terceiro: Abraão, Isaac e Jacob. Em seguida, eles receberam um egoísmo maior, adicional: o Egito e o Faraó, ou seja, as forças governantes que dominam o povo. Eles conseguiram superar o enorme egoísmo que os separava internamente. Por favor, usem a sua imaginação para formar uma imagem em que vocês sentem um desprendimento mútuo chamado “Egito”. Um desprendimento muito maior, óbvio, recíproco, cuja fonte é o “Faraó”. Ambos são denominações de novas camadas de egoísmo.

Assim, ao superar os níveis de desconexão denominados “Egito” e “Faraó”, apesar de todas as pragas do Egito que esse grupo teve que passar, eles se transformaram numa nação forte depois que saíram do Egito. Eles absorveram uma nova dose de egoísmo e a transformaram numa conexão mútua. Como resultado, eles se tornaram prontos para ascender ao método de correção de seus egos chamada “Torá”.

Aqui nós estamos falando de um novo tipo de conexão que é diferente da conexão de Abraão, Isaac, Jacó, ou mesmo de Moisés. É um novo tipo de unidade que se chama de “nação”, e que só pode ser alcançada se as pessoas não só usam os poderes naturais de união, mas também quando eles os induzem a partir da natureza com consciência.

Esta é a diferença entre todas as etapas anteriores (da Babilônia ao Monte Sinai) e a fase posterior de correção que começou a partir do Monte Sinai e continua mais adiante: a partir desse ponto, as pessoas fizeram esforços para atingir a força que as conecta. Não só elas aspiram a ser um e se reúnem, mas chegam a uma fase em que a sua realização cognitiva da força de conexão (o Criador) é ativada.

Pergunta: O seu avanço anterior também era baseado no princípio do “ama ao próximo como a ti mesmo”?

Resposta: Eles nunca tinham atingido o Criador. Apenas alguns deles, seus líderes, como Abraão, Isaac, Jacó, Moisés e Aarão, realizaram esta tarefa, na medida em que era “como se” tivessem falado com Ele diretamente. O resto da nação falhou em atingir este objetivo. É por isso que Moisés anunciou a seu povo o que exatamente o Criador lhe havia dito. Não havia qualquer percepção direta ou aparente do Criador naquela época.

No entanto, eles conseguiram ascender a um novo nível no qual juntos começaram a alcançar o Criador. Na época do êxodo do Egito, eles testemunharam muitos “sinais”, lenta e gradualmente o Criador começou a se manifestar entre eles: Ele falou do Tabernáculo, caminhou à frente deles, etc. Em geral, passo-a-passo, as pessoas começaram a perceber que viam “milagres”. Basicamente, o Criador se manifestou pouco a pouco.

De KabTV “Babilônia Ontem e Hoje” 27/08/14

Quem Somos Nós Realmente ?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que é tão difícil para nós saber que a nossa nação é especial e que tem uma missão especial?

Resposta: Porque ela é complacente e o povo quer se perder nos outros e ser como todos os outros. Ele pensa consigo mesmo: “Há mais de duas centenas de países no mundo, então por que Israel não pode ser apenas um deles? Por que  temos que nos destacar? Qual é a vantagem disso?” Mas não vamos ser capazes de nos esconder de nossa missão.

Pergunta: As pessoas dizem que esta é a razão de não gostarem dos judeus porque eles se destacam e se consideram especiais.

Resposta: Eu não acho que nós queremos nos destacar, mas é assim que ocorre. Os judeus participam de todas as empresas importantes e são muito bem sucedidos no que fazem. Você não pode esconder o fato de que cerca de treze milhões de pessoas têm uma influência decisiva no mundo e se destacam na ciência e em todos os campos que você possa pensar.

O que são treze milhões de pessoas em relação a toda a humanidade, considerando o fato de que apenas metade delas é adulta? É ainda menos do que a população de uma grande cidade, mas veja o impacto que elas têm sobre toda a humanidade. É claro que a humanidade tem dificuldade em aceitar esse fenômeno.

Isto é especialmente verdadeiro visto que há uma raiz espiritual aqui que obriga o mundo a ver os judeus como estranhos. Cada nação sente intuitivamente algo contra nós, mas mesmo entre os próprios judeus há uma atitude negativa em relação a Israel, porque, afinal de contas, nós nos reunimos como o grupo de Abraão a partir de todas as nações que viviam na Babilônia. Em cada judeu há a raiz da nação de onde ele vem, além da raiz espiritual, chamada Israel, que ele recebeu.

Enquanto esta raiz espiritual se manteve e agiu ativamente, nós éramos a nação israelense. Mas depois que caímos da altura de esta raiz, nós nos tornamos como todas as outras nações e até mesmo piores. Se Israel cai, ele desce mais baixo do que todas as outras nações.

É por esta razão que as principais raízes das nações do mundo estão sendo reveladas em nós agora, mais do que a raiz espiritual. Por isso, nós queremos aprender com as nações do mundo, para ser como elas e aceitar suas críticas. É um fenômeno mais ou menos natural e típico de todo mundo.

Nós só precisamos entender quem nós realmente somos e por que isso está acontecendo conosco, o que está oculto em nós, qual o processo que passamos e ainda temos que passar, qual a nossa missão neste mundo, e por que todas as nações nos acusam, admitindo, na verdade, que elas dependem de nós.

Se elas afirmam que Israel é responsável por todos os problemas do mundo, é sinal de que Israel é tão forte, especial, superior e poderoso que pode afetar o mundo inteiro para o pior. Como pode cerca de 13 milhões de pessoas, que é a população de um estado pequeno, ter um grande impacto em todo o mundo? Como isso acontece?

Esta é sua maneira de nos dizer que somos a fonte, o tubo através do qual elas recebem a energia boa ou ruim. Se nos comportarmos de maneira diferente, vamos nos tornar a fonte de bondade para o mundo.

A bondade não está em trazer ao mundo novas descobertas e prêmios Nobel, mas em trazer a Luz e a paz mundial. Esta não é uma invenção técnica, mas uma força que atinge e acalma as pessoas, uma força que as conecta corretamente e as torna um todo. Assim, elas vão começar a viver em paz e harmonia, cuidando umas das outras. A todos será garantida uma vida segura e pacífica neste mundo.

De KabTV “Uma Nova Vida” 14/08/14