Textos arquivados em ''

O Futuro Dos Judeus Norte-Americanos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como você vê o futuro das organizações judaicas norte-americanas?

Resposta: Eu sugiro o artigo que descreve como uma vez Israel, a sua existência e essência, foi a causa em torno da qual os judeus americanos se uniram. Isto é o que os unia, dava-lhes um incentivo para a existência de suas organizações, e era uma fonte de inspiração.

Quando eles começaram a se associar mais com a sociedade circundante e a ignorar a existência de Israel, nessa medida a causa que os unia desapareceu, e estando desconectados, eles “caíram” em sua ideologia, atividades e influência.

Se eles não entenderem isso e não colocarem Israel no centro de suas atividades, eles desaparecerão por completo como judeus nos Estados Unidos. Israel, por sua vez, deve desempenhar ativamente o papel que une todos os judeus norte-americanos e suas organizações.

O Professor Está Esperando Por Você Na Entrada

Dr. Michael LaitmanO aluno recebe toda a Luz (a Luz que Reforma e a Luz de preenchimento), através do professor (Rav). A ordem dos níveis nunca muda e o papel do aluno é o de ansiar a se aderir ao professor.

Nós temos um exemplo no Livro do Zohar sobre o Rav Chiya que jejuou por quarenta dias para ver o Rav Shimon, seu professor, que os tinha deixado. Quando ele não conseguiu vê-lo, ele jejuou por mais 40 dias.

Isto, obviamente, não se refere a um jejum físico, mas a ações espirituais. O Rav Chiya ascendeu ao nível de Bina de Bina superior e corrigiu-se a tal ponto na Luz de Hassadim onde foi recompensado com o nível de conexão com seu professor num nível muito elevado. Isso significa que ele viu o Rav Shimon sentado na assembleia superior, e é graças ao Rav Chiya que ele revelou a sabedoria superior, a Luz de Hochma, e a mente oculta, Mocha Stima’a.

Pergunta: Como nós podemos alcançar tal revelação?

Resposta: Nós devemos tentar ansiar por aquilo que o professor diz. É claro que nem você nem eu estamos em níveis como Rav Shimon e Rav Chiya, mas, sem dúvida, chegaremos a esses níveis no futuro. Nesse caso, isso deve servir de exemplo para nós, não na conexão física psicológica, mas na verdadeira conexão interna. Tudo o que podemos aprender e receber através da mente externa e do preenchimento interior vem do professor.

Caso contrário, o professor não pode fazer nada por nós. Ele está na posição de um pai que pode dar ao seu filho apenas o que o filho pede. Se o filho está cheio de energia e tem inteligência e vontade, você pode inscrevê-lo em diferentes clubes, professores particulares, e levar livros e jogos educativos para ele que possam ajudá-lo a desenvolver e avançar para um nível maior e mais elevado. Mas se o filho é autista e com déficit em seu desenvolvimento mental, a única coisa que um pai pode fazer é se preocupar com sua existência física, suas necessidades físicas, na esperança de que um dia sua mente desperte.

Tudo depende da deficiência do aluno e esta é uma conexão de sentido único em que apenas a deficiência do aluno abre o professor e obriga o professor a se abrir e não a se fechar. Isso é chamado de dor de criar os filhos, quando o professor é forçado a se fechar em função da distância que os alunos mantêm dele.

Isso acontece com todos os alunos e eu mesmo já passei por isso de uma maneira muito dramática. Nós temos que estudar esse estado também, a fim de entender que somos responsáveis ​​por tudo. A revelação do professor e, depois a revelação do Criador, ocorrem de acordo com os vasos do aluno, e de acordo com a forma como ele se preparou no trabalho com os amigos.

É somente através da conexão com os amigos que a pessoa pode ansiar pelo professor e, através dele, pelo Criador. Nós temos que encontrar a paixão comum nessa conexão e, assim, encontrar a direção certa. Caso contrário, não encontramos e a ocultação não nos ajuda.

O professor ensina a você onde e como abrir uma abertura através da qual você pode entrar no Criador. Imagine que, de repente, você descobre alguma ocultação no ar em algum lugar, bem aqui, e pelas dicas que o professor lhe dá (ele nunca irá lhe dizer direta e claramente, não espere isso) você entende como abrir um buraco no ar e entrar.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/08/14, Escritos do Baal HaSulam

A Sabedoria Da Cabalá E O Resto Das Ciências

Dr. Michael LaitmanPergunta: De que forma a sabedoria da Cabalá difere do resto das ciências?

Resposta: A sabedoria da Cabalá está envolvida na descoberta do Criador, na descoberta da força de doação nos Kelim (vasos) que estão em equivalência de forma com Ele, em outras palavras, Kelim de doação. Isso nunca pode acontecer em outras ciências, porque elas estão envolvidas com os fenômenos que são descobertos em Kelim de recepção.

Nós Kelim de doação, eu descubro o poder superior. Estes Kelim estão afastados de mim, porque eu tenho que sair de mim mesmo e subir acima do meu desejo de receber. Isso possibilita que eu compreenda esse poder objetivamente, investigue e estude-o.

Nas outras ciências, nós só descobrimos fenômenos que acontecem dentro de nós, mesmo que nos pareça que eles estão acontecendo fora de nós, no mundo circundante. No entanto, através da sabedoria da Cabalá, nós desenvolvemos novos sentidos, Kelim, nos quais descobrimos o poder superior que está fora de nós.

Portanto, a sabedoria da Cabalá é uma sabedoria objetiva sobre o Criador, sobre o poder superior, sobre o único poder que controla tudo, incluindo nós, e esta é a diferença entre a sabedoria da Cabalá e outras ciências.

A mesma abordagem científica é praticada na sabedoria da Cabalá como em todo o resto das ciências. Como está escrito:  Um juiz tem apenas o que seus olhos veem” (Talmude, Baba Batra 131a); em outras palavras, uma base factual, mas elas são recebidas em outros Kelim, em Kelim de doação.

Como toda ciência, a sabedoria da Cabalá desenvolve e descobre cada vez mais. Somente após o fim da correção e da descoberta da Luz do Mashiach (Messias) é que a sabedoria da Cabalá se tornará uma ciência totalmente completa.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/08/14, Escritos do Baal HaSulam

Os Acusadores

O Zohar, Capítulo “Bo” (Venha ao Faraó): Veja como as pessoas devem seguir o caminho do Criador e manter os mandamentos da Torá, para que através dela, sejam recompensadas ​​com o outro mundo, e salvas de todos os acusadores acima e abaixo.

Se o grupo deu ao homem uma demanda de cinco por cento pela doação, então a Luz o influencia em conformidade.

Os outros noventa e cinco por cento do seu desejo ainda não estão conectados ao grupo e estão orientados para a recepção. Esta parte também é influenciada pela Luz que Reforma, mas o faz sob a forma de um “ajuda contra ele”, uma correção do curso, de modo que homem veria: suas exigências são dirigidas no caminho errado.

A “ajuda contra ele” vem na forma dos “acusadores”, aqueles que aparentam resistir ao caminho, ao objetivo, ao grupo: tudo o que se relaciona com a espiritualidade. Basicamente, eles são nós em dado momento, porque nossa demanda ainda não é pura.

The-Accusers

Na realidade, a única Luz de cima. Ela não se divide como na imagem, ela simplesmente influencia os meus desejos e as propriedades de diferentes maneiras; ela varia o grau da influência positiva e negativa. Tudo só vem para me orientar corretamente em meu caminho.

Quando eu me incluo no grupo, ele me lembra que eu não deveria lutar contra “os acusadores”. O objetivo desses “inimigos” é o de ser uma grande ajuda para mim e me dar força.

A pessoa não deve lutar contra as tentações do nosso mundo ou as queixas sobre o caminho espiritual. Em vez disso, ela precisa pedir ao Criador a força para superar os “acusadores”, em vez de combatê-los face a face.

Da mesma forma, é impossível lutar contra o Faraó, só se pode fugir dele. Eu só manifesto o mal, e, quando atingir sua máxima força, vou adquirir a força necessária para fugir.

A pessoa precisa ter uma atitude prática para com os “acusadores”, porque eles representam as forças que atuam sobre nós. Sua oposição é causada pela minha falta de contato adequado com o Criador neste momento. Este é o defeito que eu preciso corrigir.

É difícil para o homem passar por todas as suas queixas pelo Criador, lembrando que foi Ele que as enviou. Aqui é necessário ter uma opinião comum, uma base comum, uma aspiração comum, e um acordo do grupo.

No grupo nós temos um princípio forte: tudo vem do Criador, e é preciso se voltar a Ele, em vez de se voltar aos “acusadores”. Assim, nós os usamos de forma rápida e correta como se pretendia.

No fim das contas, o homem é grato pelo “mal”, assim como pelo bem, e se une com a fonte única, que envia apenas bem para ele.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/10/10, Escritos do Rabash

“Fora” Significa Mais Profundamente Dentro

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os Cabalistas dizem que, por um lado, tudo está dentro de nós, enquanto que por outro lado, temos que sair e nos conectar. Será que isso significa que há dois Criadores: um dentro (interior) e outro fora (exterior)?

Resposta: Em primeiro lugar, eu recomendo assistir nosso programa sobre a percepção da realidade em que falamos especificamente sobre isso.

Não há nada do lado de fora; tudo está dentro do homem. No começo, eu sinto uma carência interna; falta-me a forma de doação. Este é um desejo dirigido ao Criador. Depois eu recebo a forma de doação, eu me torno um doador; isso significa que o Criador Se revestiu em mim, Ele me preencheu.

Nada existe do lado de fora. No “Prefácio ao Livro do Zohar“, Baal HaSulam explica que o mundo que percebemos como externo não é mais que uma grande ilusão. Afinal de contas, a criatura é o desejo de receber prazer, que só sente o que acontece dentro dele.

Algumas partes dele se tornam mundos, outros, criaturas. No final, ele se divide em vários pedaços, e eu só me associo com um deles, enquanto o resto deles parece ser externo.

Por que isso acontece? Porque eu passei por uma quebra. Certa vez eu estava completo, mas depois me dividi. Agora, olhando do meu pequeno ponto, eu vejo todos os outros como estranhos.

Este é o lugar onde eu preciso formar o desejo de unidade. Quando eu me unir com os outros de acordo com o princípio do “ama ao teu próximo como a ti mesmo”, eu vou devolver todo este grande Kli para dentro de mim, toda essa realidade que agora vejo do lado de fora. Da mesma forma, duas gotas se fundem numa só, sem sequer deixar rastros de sua separação.

Assim, a quebra foi intencionalmente preparada para nós, para que possamos ser capazes de compreender a forma de não existência, que precede a existência, a unidade. Não é a unidade que importa, mas o fato de eu adquiro a forma de doação, o Criador, nela.

On-the-Outside-means-Even-Deeper-on-the-Inside

Eu construo o Criador em mim. É por isso que em hebraico Ele é chamado de “Bore” (Bo-Re, que significa “venha e veja”), em outras palavras, faça e você vai sentir, entender e alcançar. Isso é porque você mesmo está fazendo isso.

Nada existe do lado de fora. Na medida em que eu consigo corrigir todos os detalhes da quebra, eu atinjo a natureza do Criador em mim.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/10/10, Escritos do Rabash

Uma Abertura Na Parede

Dr. Michael LaitmanPara entrar no mundo espiritual, a pessoa precisa ser equipada com desejo, e o desejo espiritual é o desejo de unidade. Nossa unidade é o próprio lugar onde o mundo espiritual está localizado.

Existe você e eu. Se uma pessoa sente só a si mesma, ela experimenta o mundo corpóreo e vive em seu ambiente. Mas nós queremos cobrir a diferença e começar a estabelecer uma conexão entre nós. Eu me esforço pelos seus desejos (1) para recebê-los (2) e senti-los como se fossem meus. Por esta razão, eu me volto para a Luz como para algo externo, embora ela também resida entre nós. A Luz me dá forças para me unir com você, e nessa unificação, eu descubro algo novo.

Quando nós nos aproximamos e trabalhamos juntos em Arvut (responsabilidade mútua, a garantia mútua), uma dimensão mais profunda se revela para mim como se em nossa unidade uma abertura para o mundo superior se abrisse.

An-Opеning-In-The-Wall

Baal HaSulam descreve isso da seguinte forma: se nós sentimos que entre nós há uma parede que não nos permite conectar, se quisermos romper essa parede e pedimos por isso, então a Luz desce e faz uma abertura nela. Ao contrário de uma porta, ela se abre de repente, e só então você vê que ela havia sido inicialmente “planejada” lá.

Como resultado, você entra no desejo do outro e ele se torna como o seu próprio. Esta entrada é a saída para o degrau superior: o Kli que você anexou a si mesmo acaba por ser o seu mundo recém-adquirido. Desta forma, você anexa Kelim mais novos, ou as almas, e ao fazê-lo, expande seu mundo. Você continua ascendendo os 125 degraus da escada espiritual, o que significa que se une com todos os desejos, apesar de seu egoísmo e ódio.

Portanto, verifica-se que você adquire a Luz no desejo de outro quando deseja realizar a doação a ele. Você preenche o desejo do outro, e para você, acaba por ser a Luz Superior.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/10/10

De Onde Veio Todo Esse Mundo?

Dr. Michael LaitmanHá uma grande diferença entre a Primeira Restrição (Tzimtzum Aleph) e a Segunda Restrição (Tzimtzum Bet). Durante o Tzimtzum Aleph, nós recebemos parte da Luz nas Sefirot Keter, Hochma, Bina, ZeirAnpin e Malchut dentro de nós mesmos, e isso é considerado como a Luz Interior ou NRNHY (Nefesh, Ruach, Neshama, Haya, Yechida), mas nós não recebemos parte da Luz nas mesmas Sefirot Keter, Hochma, Bina, ZeirAnpin e Malchut; esta última é chamada de Luz Circundante.

De acordo com estes níveis, todas as realizações podem ser divididas em duas partes: receptora e não receptora. Mas eu sei o que está dentro e o que está fora, já que tenho todas essas propriedades e as tenho estudado. Eu estabeleci uma conexão com elas, entrei em adesão (Zivug de Haka’a). Mesmo a parte que não entrou em mim, eu também conheço; afinal de contas, eu estava tentando me fundir com ela e a rejeitei.

Eu recebi “dois quilos de carne” e aceitei apenas meio quilo, recusando o resto, porque não podia receber mais em prol da doação. Mas eu sei o que o 1,5 kg restante significa e qual o sabor. Eu me lembro como estava construindo uma tela anti-egoísta para esta realização e como a afastei resistindo a receber. É assim que nós trabalhamos em Tzimtzum Aleph.

Where-Did-All-This-World-Come-From

Ao mesmo tempo, em Tzimtzum Bet , enquanto nós recebemos a Luz de Nefesh, RuachNeshama, nós não recebemos Chaya e Yechida e não temos ideia sobre o que elas são! Eu não tenho trabalhado com as luzes de Chaya e Yechida e não sei o que está nelas. Isso não existe “em mim” porque eu simplesmente as afastei e não tive que decidir qual parte eu posso ou não posso receber.

Dentro de mim, há vasos para estas Luzes, Chaya e Yechida, mas eles não têm experiência ou ideia sobre estas Luzes; portanto, elas parecem totalmente estranhas para mim. Assim, elas são chamadas de “outros” em relação a mim. Somente durante o Tzimtzum Bet é que eu sinto a sensação do “mundo exterior”.

Isto significa que, no primeiro caso, eu tenho uma tela para receber uma parte da Luz e não a outra. E, no segundo caso, eu não tenho uma tela desta Luz. Quando Malchut está em adesão com Bina e pode funcionar como Bina, é outra Malchut, que não é apenas o meu desejo. Conectando-se com Bina, Malchut recebe propriedades especiais dela, as propriedades de doação que permitem à Malchut provar e detectar o que está dentro de mim e o que está fora de mim.

Se, no entanto, Malchut não está conectada à Bina e, portanto, rejeita as propriedades de Chaya e Yechida, ela não pode provar o que está dentro delas; ela não tem qualquer conexão, qualquer equivalência de forma, com o que está fora.

É por isso que eu vejo estrelas distantes, todo o mundo ao meu redor, pedras, plantas, animais, e até mesmo outras pessoas, mas não sinto qualquer um deles como parte de mim.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/10/10, Escritos do Baal HaSulam

Nas Mãos Do Escultor Superior

Dr. Michael LaitmanPergunta: É possível tocar a música dos mundos espirituais (superiores) para estudantes de música para que eles possam tentar atrair o seu efeito sobre eles?

Resposta: Eu acredito que você possa inclusive tocá-la para as crianças.

Pergunta: Essas músicas devem ser adaptadas para escolas de música?

Resposta: Eu acho que é essencial! Nós devemos oferecer essa música para pessoas de todas as idades e também para grandes orquestras sinfônicas. Já tivemos essas experiências.

A música Hine Kahomer (Como a Matéria) nos diz que nós somos como a matéria nas mãos do “escultor superior” que nos controla, levando em conta todos os nossos desejos e impulsos. Ele nos leva a Sua meta de acordo com o nosso desejo de segui-la por nós mesmos, e ao mesmo tempo nos corrige.

Ao ensinar uma criança pequena a andar nós a dirigimos e apoiamos, e ao mesmo tempo a obrigamos a fazer algum esforço de sua parte e a superar seus medos. Ela se levanta e chora e não sabe o que fazer, até que finalmente decide fazer um movimento desajeitado e cai. Nós a pegamos e colocamos de volta em pé e de novo a forçamos a se mover.

É assim como a força superior nos gerencia. Se quisermos iniciar a ascensão espiritual, começamos a sentir como Ele nos apoia (assim como apoiamos uma criança) na medida em que queremos de bom grado fazer um movimento em direção a Ele, e, ao mesmo tempo, Ele nos empurra um pouco e nos deixa em paz, para que, superando o medo, demos um passo à frente.

Mas há o sentimento de grande amor em tudo isso! Apesar de termos um pouco de medo e não entendermos, nós aprendemos assim, e num mundo paralelo realmente executamos as mesmas ações, mas em vez de esforços físicos fazemos esforços mentais. É isso o que a música Hine Kahomer aborda.

Por outro lado, essa música é alegre, porque eu estou contente em descobrir que sou como a matéria na mão do escultor, como um timão na mão do capitão. Eu me sinto bem por não ser apenas um animal governado pelo Alto, que não sabe para onde está indo.

Duas forças, uma positiva e uma negativa, nos governam como rédeas da direita e da esquerda, puxando-nos para o que sente prazer e repelindo-nos para aquilo que é desagradável. Mas eu sei o que desejar ao usá-las. Quando eu as coloco uma contra a outra, eu percebo a força positiva como negativa e a força negativa como positiva e posso mudar a mim mesmo.

Usando as ferramentas que me foram dadas, o coração ea mente, eu posso entender e perceber a Providência superior, e apesar de eu ser como um timão, como rédeas nas mãos da força superior, eu posso estar numa determinada relação com Ele, num pacto, e, assim, mover-me conscientemente em direção ao objetivo desejado.

Por enquanto eu ainda não entendo isso, como uma criança que é colocada em pé e não sabe o que precisa fazer. Mas nós entendemos que temos que ouvir esta força e tentar cumprir Suas ordens corretamente, e, além disso, não é de forma física, mas de forma consciente, ou seja, constantemente tentando encontrar significado em Suas ações. Então, vamos crescer espiritualmente.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 09/02/14

O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 35

Do livro: O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein.

Como Tudo Começou

“O núcleo em torno do qual toda a criação está unida na busca de um objetivo comum, é Israel”. (Ramchal -. Moshe Chaim Luzzatto [1707-1747], Cabalista, poeta. “Da’atTevunot” 277)

O Mundo Foi Criado A Partir De Um Ponto

Nós conversamos muito sobre a unidade. Primeiro, é interessante ver quando esse processo começou na matéria, por assim dizer, inicialmente. Segundo, como essas tendências, as tendências de unificação, evoluíram. Visto que introduzimos o que aconteceu muito antes do Big Bang, vamos ver o que aconteceu depois. Como é que esse programa principal “se expressar” na matéria que é conhecida por nós?

“O universo inteiro foi comprimido num único ponto com tamanho zero, como uma esfera de raio zero. Naquela época, a densidade do universo e da curvatura do espaço-tempo teria sido infinita. É o tempo que chamamos de Big Bang” (Stephen Hawking e Leonard Mlodinow, “Uma Breve História do Tempo”)

O que acontece? Acontece que nós, o universo inteiro com todas as nebulosas, buracos negros e outros objetos, foi originalmente alojado no ponto que não tinha tamanho?

É impossível imaginar isso, mas o fato agrada. Na verdade, ele argumenta que, teoricamente, é possível unir tudo sem exceção, até mesmo o capitalista eo socialista, até mesmo o egoísmo e o altruísmo, e até mesmo um antissemita e judeu. Como esse fato é científico, nós podemos supor que a nossa hipótese começou a ganhar pontos.

É ainda interessante. Quem e por que ele decidiu perturbar o idílio da Comuna?

Veja como o famoso físico responde a esta pergunta.

“Isso significa que questões como quem criou as condições para o Big Bang não são perguntas direcionadas à ciência”. (Stephen Hawking e Leonard Mlodinow, “Uma Breve História do Tempo”)

É lamentável que a ciência acadêmica não seja capaz de responder a essas perguntas. Vamos consultar a ciência não acadêmica: a Cabalá.

“Eis que antes das emanações serem emanadas e as criaturas serem criadas,

A Luz Superior Simples tinha preenchido toda a existência.

E não havia vazio, tal como ar vazio, um buraco,

Mas tudo era preenchido com essa Luz Simples Ilimitada.

E não havia tal parte como uma cabeça, ou fim,

Mas tudo era Uma Luz Simples, equilibrada igual e uniformemente,

E esta foi chamada ‘a Luz de Ein Sof (Infinito)’.

E quando sob a Sua simples vontade, veio o desejo de criar os mundos e emanar as emanações,

Para trazer à luz a perfeição das Suas ações, Seus nomes, Suas denominações,

Que foi a causa da criação dos mundos,

Então, Ein Sof restringiu-se a Si Mesmo, no Seu ponto médio, precisamente no centro,

E Ele restringiu essa Luz, e afastou-se para longe para os lados que rodeiam aquele ponto médio.

E lá permaneceu um espaço vazio, uma atmosfera vazia, o vácuo

Precisamente do ponto médio.

E essa restrição foi igualmente ao redor desse vazio, ponto médio,

Para que o espaço circulasse uniformemente ao seu redor.

E após a restrição, quando o espaço vago permaneceu vazio

Precisamente no meio da Luz de Ein Sof,

Um lugar foi formado, onde as Emanações, Criações, Formações e Ações possam residir.

Então da Luz de EinSof, uma única linha pendeu do Alto, baixando para aquele espaço.

E através dessa linha, Ele emanou, criou, formou e fez todos os mundos.

Antes destes quatro mundos, havia uma Luz de Ein Sof, cujo Nome é Um, em maravilhosa, oculta união,

E até nos ângulos mais próximos a Ele

Não há força nem realização em Ein Sof

Pois não há mente de um criado que O possa alcançar,

Pois Ele não tem lugar, limite ou nome“. (“A Árvore da Vida”, O Ari, Cabalista do ´sec. XVI)

Para ser honesto, este texto levanta mais perguntas do que dá respostas. Contudo, o poema é impressionante. E não só por causa da poética sublime, por exemplo, mas também pelo fato de que o autor alinha os conceitos de espaço e tempo. A propósito, é quase quatro séculos antes da descoberta da teoria da relatividade!

Além disso, as palavras “círculo” e “redondo” chamam a atenção.

Ele exige a analogia com a palavra “esfera” na descrição do Big Bang, e com a forma do nosso planeta e da globalidade do mundo.