O Prêmio Nobel Não É A “Luz Para As Nações”

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você diz que o povo de Israel não cumpre a sua missão de ser uma “luz para as nações”. Mas será que ao longo da história nós não tentamos trazer luz para o mundo?

Resposta: De que maneira, através de nosso sucesso nos negócios ou arte, através de nossos prêmios Nobel? Isso não é a Luz que precisamos trazer para o povo.

Sim, eles receberam muitas coisas de nós, mesmo fins de semana. Mas nós nunca realmente desenvolvemos esta Mitzvah (mandamento) de ser uma “luz para as nações”.

Primeiro de tudo, nós temos que entender que tipo de “luz” está sendo falado aqui.

A característica de amor, igualdade, unidade, isso é “luz”. Em geral, o poder de doação é dividido numa infinidade de influências dependendo sobre quem ela atua , até que ponto, e em que nível.

Mas não estamos agindo assim. Mesmo entre nós, não temos atingido isso, embora, antes de tudo, nós mesmos devemos nos tornar a fonte de luz, ou pelo menos um elo de transição, para que através de nós a influência da força superior, o poder de doação e amor, o abrangente poder da natureza, passe às nações do mundo.

Hoje, pela primeira vez na história, temos que fazer isso. Mas até agora não temos sequer tentado e nem necessitado, porque não éramos dignos, não estávamos prontos para isso. Só agora que chegou a hora em que devemos perceber isso.

Pergunta: Será que o moderno antissemitismo testemunha isso? Afinal de contas, ele sempre existiu.

Resposta: O antissemitismo para nós é um dos sinais de que chegou a hora de agir. Sim, ele existe há muito tempo. Tudo começou na antiga Babilônia há 3.500 anos.

A humanidade daquela era foi dividida: uma parte seguiu Abraão, que pediu unidade, e a outra parte alinhou-se com Nimrod e espalhou-se por todo o mundo. A partir de então, na natureza de cada pessoa, mesmo que ela não esteja conectada com os judeus, o ódio em relação a eles é latente.

Pergunta: As nações do mundo têm tomado conceitos filosóficos, o monoteísmo, a liberdade, e outras coisas dos judeus. Mas elas não tomaram a unidade.

Resposta: Elas não a tomaram porque, mesmo entre nós, ela não existia. Ela não estava numa forma adaptada para o mundo. Naqueles tempos nós estávamos muito longe das nações do mundo. Para ser honesto, os filósofos da Grécia antiga, que aprenderam com nossos profetas, recolheram alguns fragmentos da sabedoria da Cabalá e criaram seus postulados a partir deles.

Mas, de um jeito ou de outro, o antissemitismo é um fenômeno natural. Em vez de “bater de frente” com ele, nós temos que nos unir entre nós. As nações tomarão essa unidade de nós, mesmo que não a divulguemos. Porque, em qualquer caso, a Luz da vida vem ao mundo através de nós.

Pergunta: Então, como se parece a imagem de uma vida correta para o nosso povo? A vida que vai tocar as pessoas para a vida em sua alma vivente e despertá-las para aprender sobre a unidade de nós?

Resposta: Nós não precisamos pensar em como atraí-las para o nosso lado. Nós só precisamos construir nossas vidas de acordo com a função dos povos escolhidos e únicos. Nós devemos nos conectar “como um homem com um coração”, e desenvolver cada vez mais essa aliança.

Com isso, nós removemos todos os problemas de nós, e, além disso, levamos esta Luz para o mundo, que também irá acalmá-lo e ele seguirá no caminho correto para a correção.

De KabTV “O Antissemitismo” 18/06/14