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Filhos Do Mundo Futuro

Dr. Michael LaitmanNo momento em que eu recebo a intenção “em prol da doação” sem receber nada em troca, eu começo a ser chamado de “filho do mundo futuro”; eu entro no mundo superior, na percepção através da intenção de doar, a aspiração de doar.

Então eu começo a perceber a Luz que me preenche, a Luz de Hassadim, na minha doação aos outros (apenas dentro do desejo, porque até agora eu não tenho nada a doar), na minha atitude para com eles. Esta realização me afasta do meu desejo egoísta.

Ele não desaparece, mas eu me afasto dele, elevo-me sobre ele; ele não se sente mais importante para mim, os desejos dos outros se tornam importantes para mim, assim como o que mais importa para uma mãe é o desejo de seu filho, e ela se dedica totalmente a cuidar dele. Mas isso é parte de sua natureza, e nós atingimos esta atitude para com os outros através da Luz Superior.

Desta forma, eu revelo o mundo superior. E na medida em que eu me desconecto de mim mesmo e começo a viver dentro dos desejos dos outros, sem qualquer conexão comigo mesmo, eu chego a um estado chamado de “liberdade do anjo da morte”, quando o meu desejo, onde eu antes me sentia vivo, já não se sente como a fonte de vida em mim, algo que me dá vida. Sua morte não me trazer à vida. Eu percebo a vida no preenchimento de outros desejos (Kelim), porque eles se tornaram meus.

A liberdade do anjo da morte significa que o meu desejo, mesmo em seu nível inicial mais baixo, que parece como se o meu corpo pudesse deixar de viver, recebendo até mesmo a iluminação mínima que lhe dá vida, Kista de Hayuta, e eu não sinto como se tivesse perdido alguma coisa. Eu já não me relaciono com ele, porque adquiri um Kli diferente, chamado alma.

Estes outros desejos que eu percebo como meus são chamados de um vaso, o Kli da minha alma. E o preenchimento dentro desses desejos é o preenchimento com a Luz de NRNHY da minha alma. Lá, eu encontro a força superior, a raiz de tudo, e isso significa que eu alcanço a adesão com o Criador.

Então eu começo a entender que a pequena sensação no meu desejo egoísta, com a qual eu havia começado minha jornada, era uma mera ilusão na qual eu precisava viver e existir para entrar nesta realidade universal de doação.

A realidade anterior era simplesmente imaginária, existindo apenas na minha ilusão, como num sonho. Mas, na realidade, ela não existe, porque não há lugar para o desejo de receber prazer. Este mundo imaginário, inventado, desaparece como um sonho.

Desta forma, nós nos aproximamos de um desejo diferente. E cada vez a pessoa alcança dentro dos Kelim dos outros, os quais tornaram o seu próprio. É por isso que está escrito: “O homem aprende onde seu coração deseja”; nesse lugar, nesses desejos, ele revela uma vida eterna, absoluta e superior.

Da Lição de 26/11/10, Escritos do Rabash

Não Perca A Sua Conexão Com A Vida

Dr. Michael LaitmanAo ler O Zohar, nós precisamos primeiro pensar na intenção, como se eu estivesse planejando viajar e a coisa mais importante para mim é chegar ao destino certo.

Mas, ao mesmo tempo, eu preciso fazer muitas coisas ao longo do caminho. Por exemplo, se eu preciso ir para outra cidade, eu entro no carro, tranco as portas, ligue a ignição, coloco o cinto de segurança e percorro muitas ruas, às vezes até na direção errada, até chegar à estrada principal. Por que eu não posso simplesmente ir direto?

Mas o fato é que eu sou constituído de muitos sistemas, diferentes desejos, e preciso estar conectado a muitas condições, partes do sistema comum de Adão (homem), que operam em duas direções: recepção e doação. As diferentes combinações de recepção e doação são tão complexas e complicadas que às vezes é completamente impossível entender como um determinado evento ou condição pode se relacionar com a meta; por exemplo, os terríveis eventos como a Segunda Guerra Mundial e de outras catástrofes que não podem ser justificadas. Mas cada ação nos aproxima; nós apenas não vemos como isso nos aproxima. Por esta razão, as intenções, ações, pensamentos e desejos podem se tornar seu oposto absoluto, mudando 180 graus. Mas, ao mesmo tempo, nós temos que manter a meta.

Imagine o que aconteceria se você esquecesse para onde você estava indo no meio da viagem! Essas doenças ocorrem na velhice. Esta não é apenas uma memória fraca onde você entra no carro e não se lembra para onde está indo; é um afastamento da realidade que ocorre o tempo todo. Essa pessoa já não pode cuidar de si mesma; ela precisa receber cuidado, como uma criança.

Nós temos a mesma doença em relação à espiritualidade, uma vez que perdemos a nossa intenção! Cada momento nós perdemos a conexão com a vida e nos esquecemos: por que vivemos, o que temos feito e continuamos a fazer, e com que finalidade. Esta é uma doença real, e precisamos combatê-la em todas as formas possíveis, de outra forma não estão vivos! Quando eu perco a intenção, eu não vivo uma vida espiritual! Eu vivo como um animal em vez de um ser humano!

Agora me diga, quantos momentos de sua vida você passou a viver como um ser humano? Quanto esforço você coloca em ser humano? Você está pelo menos tentando alcançá-lo? O número desses momentos é igual ao número de vezes que você deixa a Luz superior influenciá-lo. E você ainda quer alcançar algum tipo de resultado dessa maneira? Você sequer dá à Luz a oportunidade de trabalhar com você, talvez apenas dez minutos em dez anos!

E agora você conta o tempo pelo calendário e se queixam de que têm sido 10 anos, quanto tempo mais? Afinal, está escrito que isso leva de três a cinco anos! Mas o que você estava fazendo todo esse tempo?

Você conta o tempo de acordo com o giro do relógio, mas será que você girou com ele em torno de uma intenção? Não girou? Então o que você está exigindo?

Em outras palavras, todos nós temos a doença de Alzheimer, a perda absoluta da memória, e sequer suspeitamos disso. E como podemos manter uma intenção pura dessa maneira? É por isso que não há garantia mútua! Outras pessoas vêm àqueles que perderam a memória e os ajudam! Não há outra solução. Por isso, vamos concordar em manter a intenção.

Da Lição O Zohar 25/11/10

A Repetição De Uma Experiência É O Critério Da Verdade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que nós temos liberdade na escolha de nossa fé?

Resposta: Nós só temos uma liberdade de escolha, e ela não se aplica a fé.

É claro que nós não escolhemos nada que nossa natureza ache repugnante, nós escolhemos as coisas que se adequam a ela; segue-se, que não há livre arbítrio nesse sentido.

Em vez de escolher a fé, nós precisamos atingir a revelação, revelar a verdade em vez de escolher o que mais gostamos de teorias abstratas!

Se outras pessoas neste mundo têm outros fatos, então meu conhecimento não é mais um fato. Como os Cabalistas que atingem a revelação espiritual sabem que revelaram coisas que são autênticas e corretas? Eles sabem disso porque todos eles revelam os mesmos fenômenos em sua experiência.

Cada pessoa que atinge certo grau ou correção de certa força, revela o mesmo fenômeno. Ela recebe a mesma satisfação interior, chamado de alma, como todos os outros que alcançaram o mesmo estado.

O caminho, a realização e o entendimento são os mesmos para todos; cada um chega ao mesmo resultado. É por isso que os Cabalistas se referem a isso como fatos, como fatos de nosso mundo.

Em nosso mundo eu realizo um experimento, obtenho resultados, publico a explicação dos resultados em artigos científicos, e convido todos a verificar a verdade. E quando os meus resultados são verificados, confirmando que são verdadeiros, isso se torna um fato aceito.

Não há conhecimento absoluto que não necessite de prova; tudo está de acordo com as minhas verdadeiras sensações, através das quais eu atinjo os fatos.

Certamente, esse conhecimento é relativo; ele é atingido de acordo com minhas propriedades físicas. Mas todo mundo alcança os mesmos fatos e é por isso que eles são chamados de uma lei científica. É assim que deduzimos todas as leis físicas.

Todas elas foram determinadas nas condições que nos rodeiam neste planeta. Mas, se fôssemos jogados em algum outro planeta, haveria leis completamente diferentes; quem sabe?

Eu verifico as leis em relação a outro ser humano como eu vivendo neste planeta.

De acordo com a teoria de Einstein, se você viajar na velocidade da luz, outras leis entrarão em vigor: a distância irá comprimir, o tempo vai acelerar, a geometria será distorcida com a reta se curvando e as curvas se endireitando.

Portanto, nós estabelecemos que estamos estudando uma ciência física que pode ser aplicada a qualquer pessoa. E nós temos a mesma abordagem na espiritualidade. Isso se refere à autenticidade da Cabalá como ciência: quando nós chegamos a certas conclusões, e sabemos que elas são aplicáveis ​​a nós.

Rabash escreve que se um anjo e eu olhássemos para uma mesa ao mesmo tempo, veríamos coisas diferentes. É por isso que todas as conclusões são em relação à pessoa que as alcança.

Da Lição “Corpo e Alma” 28/11/10

Reproduza Um Filme Por Encomenda (On Demand)

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu não entendo o que é o desejo: é um vaso para a Luz?

Resposta: Somente forças nos cercam no mundo. Se eu quiser levantar uma tonelada de metal, sobre a força da gravidade dessa tonelada de massa, eu preciso adicionar um pouco mais de uma tonelada de esforço.

Acontece que existem duas forças: a força da gravidade, a força do material, através do qual ela existe, e a força com a qual eu a influencio.

Mesmo a física ordinária reconhece que as partículas da matéria não existem; existem apenas forças, algumas ondas. O desejo de receber prazer, o material da criação, é também uma força.

É assim que nós a descobrimos e percebemos, porque nós só sentimos forças. Por que eu percebo um objeto: sua cor, volume, peso e temperatura? É assim que eu percebo as forças que influenciam os meus sentidos, e eu visualizo uma imagem de acordo com as minhas sensações.

A Cabalá diz que todos os bilhões de forças que preenchem o universo em sua essência são apenas duas forças: a força de recepção e a força de doação, uma contra a outra.

E eu sou o terceiro, estou no meio delas, e preciso construir a mim mesmo a partir destas duas forças, como o Criador. Estas duas forças vêm do Criador: matéria e intenção, e eu preciso usá-las para criar uma semelhança com Ele.

Nós estamos rodeados apenas por forças que nos influenciam e criam a imagem do mundo para nós. Agora eu vivo num filme que é projetado dentro de mim na minha matéria.

E essa imagem surge da combinação de forças da mesma forma que as forças eletromagnéticas formam imagens numa tela de computador.

Só eu tenho uma imagem melhor: tridimensional, ao vivo, tangível. As pessoas dizem que em breve existirão filmes de laser; não há nenhum problema em criar isso quando tudo é apenas força.

Mas nós estamos tão acostumados com o nosso filme que o tomamos como realidade. Assim que começamos a nos separar dele mesmo um pouco, tudo toma um rumo diferente.

E o principal é que você começa a ver que pode mudar este filme! Se você quer assistir um filme diferente, vá em frente! Estas forças estão em suas mãos.

Isto é o que aprendemos na Cabalá.

Da lição “Beit Shaar HaKavanot” 28/11/10

Conselhos -> Um Meio Maravilhoso -> Um Novo Cálculo

Dr. Michael LaitmanNós ouvimos o conselho dos Cabalistas sobre a maneira correta de nos organizar em diferentes situações e estados a fim de receber a influência máxima da Luz que Reforma.

É por isso que realizamos diferentes ações artificiais materiais, egoístas, de acordo com o princípio do “Faremos e ouviremos!” E este conselho funciona.

Mas os Cabalistas não podem nos obrigar a realizar atos de doação. Na medida em que trabalhamos com nosso material egoísta de acordo com seus conselhos, queremos atrair a força desconhecida da Luz Circundante para que ela nos influencie e nos leve para um novo estado.

Nesse momento, quando eu começo a mudar, começo a agir de forma diferente, com um novo espírito e um novo coração. Nós trabalhamos de acordo com esta corrente: conselho -> um meio maravilhoso -> um novo cálculo.

É por isso que, quando se trabalha com alunos (crianças e adultos), é preciso procurar atividades que irão atrair o máximo de Luz Circundante, e isso terá o melhor resultado. E, se isso não funcionar, então não há nada que possa ser feito. Tudo o que podemos fazer é pedir pela correção, elevar MAN (oração): eu quero uma mudança interior!

Tudo o que vem de cima é uma consequência da influência da Luz Superior, a qual não podemos tocar. Isso pertence aos “segredos do governo superior”.

Nós atraímos a Luz Circundante, estudando as fontes primárias. E se os adultos leem os textos de Baal HaSulam, é o suficiente para que as crianças tenham uma discussão sobre esses artigos; por exemplo, um debate sobre “Corpo e Alma”, “Percepção da Realidade” ou “Livre Arbítrio”, discutindo sua relação com algumas leis físicas ou químicas em nosso mundo. Tornem isso mais divertido, sob a forma de um jogo. Ao fazer isso, vamos atrair a mesma Luz.

Nós precisamos explicar a mecânica de mudar um ser humano às crianças. Elas percebem isso como fatos e começam a usá-lo. Aos poucos, tudo isso ficará armazenado nelas.

Trabalhar com crianças é diferente de trabalhar com adultos. Está escrito que ensinar uma criança é como escrever sobre uma folha em branco. A matéria da criança entende tudo naturalmente e por isso elas aceitam tudo o que ouvem dos adultos como a verdade.

Isso reflete o intermediário da raiz e do ramo. Quando nós percebemos alguém mais velho do que nós, percebemos todas as suas palavras como fatos óbvios. E nós precisamos usar essa propriedade que as crianças têm, a fim de preenchê-las corretamente, em vez daquilo com que o nosso mundo egoísta as preenche.

Da Lição “Corpo e Alma” 29/11/10

O Segredo Essencial Do Judeus, Parte 29

Do livro, O Segredo Essencial dos Judeus , M. Brushtein.

Sobre a Cabalá

Antes de continuar com a história, nós precisamos dar algumas informações sobre a ciência, em que tantas vezes confiamos. Não é difícil adivinhar que estaremos falando sobre a sabedoria da Cabalá. Aqui estão algumas palavras sobre as origens da Cabalá.

“Abraão – no que foi ele o primeiro? Como já mencionado, ele foi o primeiro que conseguiu transformar as revelações Cabalísticas num método claro, adequado para passar às gerações futuras…” (M. Brushtein, Antissemitismo como uma Lei da Natureza. M .: AST de 2014 , p 51).

O que é esta ciência?

“A Cabalá é a única ciência do desenvolvimento da criação. Ela é a fonte de todas as outras ciências e ensinamentos” (Dr. Michael Laitman).

Baal HaSulam escreve sobre o mesmo, mas com mais detalhes.

“… Esta sabedoria é nada mais, nada menos, do que uma sequência de raízes, que pendem por meio de causa e consequência, em regras determinadas, fixas, entrelaçadas a um único objetivo elevado descrito como a revelação de Sua Divindade às Suas criaturas neste mundo” (Yehuda Ashlag“A Essência da Sabrdoria da Cabalá”).

No artigo “A Essência da Sabedoria da Cabalá”, ele explica em grande detalhe o que é a Cabalá e no que ela se envolve. Além disso, ele dedica muito ao seu aparato científico e terminologia.

“Assim, os Cabalistas encontraram um vocabulário estabelecido e comentado diante de seus olhos, o suficiente para criar uma excelente linguagem falada. Ele lhes permite conversar um com o outro sobre as relações nas raízes espirituais nos mundos superiores apenas mencionando o ramo tangível neste mundo que é bem definido aos nossos sentidos corporais”.

Ele não esqueceu os estigmas e preconceitos contra a Cabalá.

“Muitos acreditam que todos os nomes e palavras da sabedoria da Cabalá são uma espécie de nomes abstratos”.

Na sequência é a resposta de Cabalistas.

“Mas esse não é o caso. Pelo contrário: a Cabalá usa apenas nomes que são concretos e reais. É uma regra inflexível para todos os Cabalistas que, ‘qualquer coisa que nós não alcançamos, não definimos por nome ou palavra”.

“Aqui você deve saber que a palavra ‘realização’ (Heb: Hasaga) implica o último grau de compreensão”.

Assim, a informação Cabalística, vestida de uma terminologia específica, está totalmente vinculada a esta terminologia. Este método de transmissão de informação é chamado de “a linguagem dos ramos”.

Isto implica, em primeiro lugar, que este texto pode ser escrito apenas por uma pessoa que vê uma conexão entre a raiz e o ramo, e em segundo lugar, que nada pode ser mudado neste texto arbitrariamente.

“No entanto, você vai entendê-lo completamente depois de ter adquirido os conceitos acima. Isso é porque agora está claro que nenhuma linguagem no mundo pode ser usada para explicar essa sabedoria, a não ser aquela que se destina apenas a esse fim, ou seja, a linguagem dos ramos, relativa às suas raízes superiores”.

“Agora você não vai se assombrar com o uso ocasional de denominações estranhas. É assim porque eles não têm a liberdade de escolha com denominações, para substituir a má pela boa, ou a boa pela má”.

A linguagem dos ramos é de fato o princípio da transferência de informações. Deste modo, utilizando, por exemplo, a narração histórica ou a terminologia Cabalistica, é possível transmitir a mesma informação.

“Essa é a natureza da linguagem falada entre os Cabalistas, por que eles transmitem suas realizações espirituais de pessoa para pessoa e de geração para geração, tanto de boca a boca e por escrito. Eles se entendem plenamente, com a precisão necessária exigida para negociar o estudo da sabedoria com definições precisas onde a pessoa não pode falhar”.