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Abrindo A Caixa De Pandora

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você diz que a hanseníase (lepra) é o ego que surge e que não pode ser corrigido. Ele pode infectar outras pessoas com a doença?

Resposta: Sim. Ele deve ser suprimido e isolado até que a pessoa tenha força para corrigi-lo.

Quando eu subo espiritualmente ao nível do sacerdote, eu posso analisar se os meus desejos estão corretos ou não. Isso não é fácil. Primeiro eu tenho que ser objetivo, o que significa sair de mim mesmo. Em segundo lugar, eu devo ter os atributos do Tzimtzum (restrição), o que significa subir sobre mim mesmo, e começar a estudar até que ponto eu posso objetivamente descobrir um pouco a minha essência.

Esta é a Caixa de Pandora e quando eu a abro os desejos mais assustadores, baixos, terríveis e imundos saem de lá. Às vezes, eles podem parecer limpos e corretos, mas se eu os aprofundo, vejo que por baixo há uma intenção oculta para prejudicar os outros.

Comentário: Eu sempre acho isso surpreendente e doloroso…

Resposta: Depende de como você faz isso. Você deve se preparar para isso, a fim de examinar tudo depois com prazer, uma vez que isso leva a um futuro brilhante, o que significa a uma análise que vai livrá-lo de toda a dor.

Portanto, o principal é primeiro sentir que você está doente. Isso depende do ambiente em que você se encontra. Se você entrar no ambiente certo, ele irá influenciá-lo de uma forma que você vai começar a sentir que há algo errado com você. Ao examinar a si mesmo no que diz respeito ao objetivo descrito nos livros de Cabalá, você começa a sentir as primeiras sensações novas: “Onde eu estou errado? Por que eu não vivo de acordo com a meta superior?”.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 20/02/14

Puxe A Corda E O Criador Será Revelado

Dr. Michael LaitmanSe eu me esforço espiritualmente, eu quero ver como, apesar das dificuldades, eu mudo da ocultação para a revelação.

Eu estou num estado de confusão, mas graças ao grupo, ao estudo, etc., e graças a certas atribuições, eu entendo que o estado atual vem do Criador. O final dessa sequência é suficiente para fazer o upload da imagem correta: que tudo vem Dele e que eu quero conhecê-Lo, senti-Lo, e revelá-Lo através dos estados que eu agora supero e com os quais trabalho. Ele age através de todas essas ocultações, enquanto eu fico mais conectado a Ele através de todas essas ocultações. Estas ocultações se tornam a espessura onde nós nos encontramos e eu entendo isso.

Nesse caso, este tipo de trabalho é muito proveitoso e leva a resultados positivos. Eu avanço através de todas estas vicissitudes e estreito a minha conexão com o Criador de um dia para o outro, sob a chuva de mísseis e outras interrupções.

Eu não O revelo totalmente e não vou atingir Sua atitude, Sua mente e Suas relações, a menos que toda a Malchut do mundo do Infinito seja plenamente revelada na ocultação. Tudo isso é realmente revelado no Aviut (espessura), nos problemas que surgem. É neste Aviut que eu O conheço, sinto e me agarro a Ele.

Não há outro caminho. Este é realmente o meu sucesso pessoal. Mais tarde, nós temos que pensar em como tudo isso está relacionado com o grupo e o mundo todo.

De um jeito ou de outro, esse tem que ser o meu objetivo em determinado momento, quando eu descubro as interrupções, não as anulo, mas realmente subo acima delas. O princípio do “se eu não sou por mim quem será por mim”, na verdade, pertence a elas e ao princípio final “Não há outro além Dele”. Não é só o começo e o fim, mas a razão da minha busca, e a fórmula do seu sucesso também é a Sua obra.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/07/14, Escritos do Baal HaSulam

Duas Abordagens, Dois Resultados

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós estamos envolvidos com a disseminação do método integral nas empresas: nós desenvolvemos um programa preliminar de cinco lições, organizamos um trabalho prático e concluímos com um evento de unidade. O sucesso foi incrível!

Ao mesmo tempo, o grupo organizou workshops semelhantes em outra região do país, mas eles obtiveram resultados completamente diferentes: as pessoas com quem eles trabalharam de repente tiveram uma reação negativa e suspenderam todo o contato com nossos amigos. Eu gostaria de entender: isso é sucesso ou fracasso?

Resposta: Por que houve dois resultados dramaticamente diferentes? É evidente que alguns grupos conduzem Luz e outros não.

Nós temos que entender por que isso acontece. Na verdade, não importa o que nós dizemos. Você pode falar muito bem, de forma lógica, e citar os sábios, mas tudo sem efeito. E você mal consegue pronunciar as palavras e as pessoas vão ouvi-lo como a uma criança que está murmurando alguma coisa e nós a admiramos. Isso porque ela acende um canal único e o amor jorra para as pessoas através dela.

Isso precisa ser aprendido. Não há dúvida que num grupo em que não houve êxito este canal não foi aceso. É necessário verificar se essas pessoas têm a preparação correta, estudado corretamente, e se conectado com outros grupos.

O primeiro nível de análise é se vamos a eventos com conexão e unidade entre nós, ou seja, com tal estado onde reunimos a Luz superior dentro de nós, e assim ela vai começar a agir através de nós.

Na continuação, nós começamos a sentir como age a Luz, determinamos qual parte dela levamos às pessoas. Suponha que hoje nós estamos acendendo-as com a pressão da característica de Nefesh ou Ruach, ou mesmo Neshamah. Tudo isso nós podemos medir com precisão, segui-la e usá-la. E as pessoas vão perceber isso.

De uma maneira assim, um sistema harmonioso de cooperação mútua é criado entre nós, onde todos os seus elementos são encontrados em equilíbrio máximo. Pois todos nós podemos sentir tanto um ao outro que ninguém pressiona ninguém, ninguém espera nada, e tudo gira simultaneamente em diferentes extremidades do sistema, como uma máquina bem ajustada.

Se ansiarmos por isso em nosso grupo, vamos trazer os resultados externos negativos para zero, porque a Luz superior irá iniciar a transmissão através de nós para as pessoas, e, em seguida, ela mesma vai continuar a agir.

Da Convenção em Sochi “Dia Um” 13/07/14, Lição 1

O Caminho Do “Ele Não Quer”

Dr. Michael LaitmanPergunta: Para nós, veteranos, há a sorte de ver os jovens em nossas fileiras tomando para si a maior parte das preocupações (internas e externas) para a disseminação do método integral. Eles evocam admiração.

Mas, junto com isso, um gosto amargo permanece daquelas pessoas que estudaram por algum tempo e se acostumaram com uma outra forma de estudo e outros relacionamentos mútuos. Eles não conseguem encontrar seu lugar neste sistema. Assim, o grupo está em algum tipo de conflito. Como devemos perceber isso?

Resposta: Eu entendo você muito bem, porque eu mesmo pertencia a este tipo de pessoas. Foi muito difícil para eu reconhecer isso, que o Criador só pode ser alcançado através da conexão e unidade prática com pessoas como eu.

Eu cresci na ciência e era seu fã, portanto pensava que era necessário executar tudo com a mente. Quando eu estudava O Estudo das Dez Sefirot e outras fontes, eu as “engolia” e constantemente as digeria dentro de mim com todos os sucos.

Parecia-me que isso iria me ajudar e que só assim eu iria alcançar essa sabedoria. É assim que isso continuou durante um certo número de anos. Portanto eu entendo bem essas pessoas. Mas o que pode ser feito? Mesmo para mim, foi difícil mudar a mim mesmo, porque eu fui criado de maneira diferente: fechado, distante dos outros, uma espécie de “leitor ávido”.

Pergunta: Será que vale a pena empurrá-los imperceptivelmente um pouco a participar na disseminação ou é preferível deixá-los sozinhos?

Resposta: É proibido deixá-los sozinhos. Eles devem sentir tanto pela inveja amarga como pela inveja doce que vocês têm o que eles não têm e que vocês vão atingir especificamente o mundo superior, graças ao que vocês estão fazendo, e eles não vão.

Você precisa ajudá-los dessa maneira, mas não deliberadamente assustá-los, mas sim com sutileza, mostrar que eles devem participar fisicamente nisso, se não ativamente, então com seus desejos, mesmo aqueles que se opõem: ele não quer, mas apesar de tudo participa. Portanto, diz-se que no trabalho espiritual a pessoa é motivada pela inveja.

Da Convenção em Sochi “Dia Um” 13/07/14, Lição 1

Israel Não É Uma Nacionalidade, Mas Uma Aspiração

“Israel” são as almas que despertaram espiritualmente na antiga Babilônia. Eles são babilônios que uma vez sentiram uma aspiração de se tornar semelhante ao Criador. Esta sensação se manifesta em sua busca pelo sentido da vida.

Hoje em dia, a mesma aspiração aparece na forma de símbolos externos. Cada um que tenha o desejo “direto ao Criador” e que deseja revelar, conectar e depender do Governo Superior é chamado de “Israel”. Esses se esforçam em revelar o significado e a essência da vida mais do que qualquer outra coisa.

Israel não é uma etnia; é uma aspiração. Isso explica por que pessoas de diversas nacionalidades que têm esse desejo tendem a se unir. Num primeiro momento, a unidade entre essas pessoas apareceu por causa de Abraão; depois isso aconteceu devido a Moisés. O objetivo da unidade é nos levar a um estado em que todos nos tornamos um homem com um coração.

Quando unidos, Israel adquire equivalência com a Luz Superior e se transforma num tubo, um canal que transmite a Luz Superior. A Luz Superior passa através de Israel às outras nações do mundo. Este é o dever de Israel.

Se Israel não cumpre a sua missão, as nações do mundo os culpam, empurra-o de várias formas para cumprir o seu dever, e o odeia por não cumprir sua tarefa; isso é chamado de “antissemitismo”. Elas exigem uma boa conduta de Israel porque isso afeta suas vidas. As nações do mundo exigem que Israel siga sua missão.

Portanto, elas começam a acusar Israel por tudo de ruim que acontece neste mundo. Mesmo as nações que não conhecem Israel e nunca o encontraram sentem sua dependência nele. Atualmente, o antissemitismo mais forte é sentido na Coréia do Sul, mesmo que eles não tenham nada a ver com Israel. Mas o sentem, e quem depende de Israel tem o mesmo sentimento.

O mundo está estruturado de uma forma que Israel serve como um canal para transmitir a Luz Superior que desce por Israel para o resto da humanidade. Se Israel está unido, o canal se abre, e quando Israel se separa, o canal é hermeticamente fechado. Isto deixa muito claro que Israel é o ponto mais crucial que determina o estado que o mundo inteiro estará: bom ou ruim.

As nações do mundo não possuem qualquer liberdade de escolha. Elas só podem vir a Israel e obrigá-lo a mudar. Nós precisamos explicar essa estrutura para elas, o que elas sentem intuitivamente. Elas só precisam entender exatamente que devem exigir de Israel: conexão e nada além de conexão! A pressão geral não vai ajudar.

E Israel não entende o que ele deve fazer. Portanto, agora, a sabedoria da Cabala é revelada quando se tornou possível corrigir o sistema. Muitas gerações atrás, os Cabalistas falaram sobre o nosso tempo. No século passado, os Cabalistas apontaram que na nossa época a unidade seria viável.

O mundo deve se unir. Nós não temos nenhuma ideia de quem pertence às nações do mundo e quem faz parte de Israel. Qualquer um que aspira à unidade em prol de alcançar a Luz Superior é chamado de Israel. Aqueles que pertencem a Israel devem se unir e atrair a Luz para o resto do mundo.

Isto significa que Israel tem que receber a Luz Superior para leva-la à criação. Esta é a missão de Israel!

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 21/07/14, Escritos do Rabash

“Leite” Divino

Pergunta: Será que nós podemos chegar ao sofrimento da Shechiná do nosso estado?

Resposta: Muitos de nós têm animais de estimação: um cão ou gato. Eles sabem quem são seus donos e os seguem em torno da casa durante todo o dia. Onde quer que seus donos vão, seus animais de estimação vão lá também. Mas, se o seu dono se entristece ou chora, os animais de estimação não “sentem” as lágrimas dos donos porque seus desejos estão num nível muito mais baixo. Da mesma forma, o sofrimento da Shechiná está num nível superior, e nós simplesmente não somos capazes de senti-lo.

Além disso, se eu nunca sofri nesta vida, não consigo simpatizar com os outros. Por exemplo, a maioria das pessoas nunca experimentou fome. Elas nunca passaram fome. Para a nossa geração, é normal. É muito raro que alguém não tenha comida durante vários dias seguidos. Acontece por vezes que estamos com fome, porque não tivemos tempo para comer, mas nenhum de nós já experimentou a fome real. É por isso que para nós é impossível entender o que aquelas pessoas que não têm absolutamente nada para comer passam. Não podemos partilhar a sua dor.

Não podemos sentir os sofrimentos da Shechina porque Sua dor é gerada por um desejo de dar tudo o que ela tem, mas não há ninguém que queira recebê-lo. Inconscientemente, as pessoas sofrem por causa de sua incapacidade de existir no nível do mundo do Infinito, mas elas não reconhecem ou perceber esse fato. No entanto, nós temos que subir a este nível.

A aflição da Shechiná pertence ao próximo nível. Você pode imaginar o seu cão chorando quando você está chateado? Digamos que o seu amigo morreu e você está chorando e lamentando. Pode o seu cão compartilhar a sua dor? Não! O cão só pode sentir que você está triste, não mais que isso. [Leia mais →]

O Segredo Essencial Dos Judeus, Parte 11

Do livro: O Segredo Essencial dos Judeus, M. Brushtein.

Princípios Fundamentais da Teoria Integral

Vamos resumir. A humanidade conscientemente, mas involuntariamente, está se movendo em direção à unidade. O retorno a algum tipo de ideia socialista, o crescimento contínuo das redes sociais, a emergência da União Europeia, as novas empresas transnacionais e outras tendências semelhantes apontam claramente para esse fato. Ao mesmo tempo, nós entendemos que a unificação, como é chamada, exige sacrifício.

No entanto, a coisa mais impressionante é que muitos inconscientemente esperam que os judeus resolvam essa difícil tarefa.

“Os judeus são enviados como um catalisador para a vida social, um catalisador de condução”. (Aleksandr I. Solzhenitsyn)

A não participação nestes processos não é ignorada, visto que o povo judeu está diretamente associado com o bem-estar do mundo.

“Se Israel deve desaparecer em prol do bem-estar do resto do mundo, eu não vou protestar contra a destruição do Estado judeu”. (Dr. Michael Laitman)

Como nós lembramos, a “questão judaica”, começou com Abraão. Ele conseguiu criar uma nação com princípios sociais aparentemente irracionais. Se esses princípios não derivassem das leis da natureza, o povo judeu teria desaparecido a muito tempo, e, como se sabe, isso não aconteceu.

Para fazer esta descoberta, Abraão tinha que saber e entender completamente a natureza do homem. Eu me pergunto o que sabemos sobre o ser humano, ou seja, nós mesmos? Ainda assim, 3800 anos se passaram desde o tempo de Abraão.

Isto é o que está escrito no dicionário.

“O ser humano apareceu na Terra durante o longo e irregular processo evolutivo – anthropogenes, muitos estágios dos quais não são totalmente claros”.

Estes são os tempos. Essa definição deixa claro que a origem do homem não é clara. Não surpreendentemente, um livro contemporâneo trata o assunto da seguinte forma:

“Na base da compreensão científica moderna das origens humanas está o conceito segundo o qual os seres humanos se originaram do mundo animal”. (Biologia Geral, Grau 10-11. A. Kamensky et al 2005, p. 267)

Outro livro texto mais recente escreve exatamente o contrário:

“É perfeitamente legítimo concluir que os macacos sempre foram macacos e os seres humanos eram seres humanos! O ser humano não se originou de um animal.

“Estudos mostram que ele apareceu na Terra em sua forma humana”. (Biologia Geral. Grau 10-11. Editado pelo acadêmico YP Altukhov, 2012, p. 264)

Por mais que o ser humano seja desenvolvido, ele é limitado. Ele fala sobre o Big Bang, mas mal sabe sobre si mesmo.

Como podemos comparar algum conceito apontado em um livro com alguns estudos invocadas pelo oponente?

Mas não há muito tempo tudo era simples e claro. Tínhamos certeza de que sabíamos de tudo ou quase tudo. Pelo menos estávamos absolutamente certos das coisas básicas, os fundamentos.

“A vida é o modo de existência de corpos de proteína, cujo elemento essencial consiste na troca metabólica contínua com o ambiente natural fora deles, e que acaba com a cessação deste metabolismo, provocando a decomposição da proteína”. (Frederick Engels, Dialética da Natureza. 1883)

“Portanto, nós temos que admitir que não podemos dar uma definição precisa do que é a vida e não podemos dizer como e quando ela se originou. Tudo o que podemos fazer – é listar e descrever as características da matéria viva, que a distingue da não viva”. (Biologia, Ed R. Soper Mir, 2004, vol 1, p 10)

É difícil dizer quais informações sobre o ser humano Abraão tinha no início de sua busca. Parece que ele não estava numa situação melhor do que nós. De qualquer forma, Abraão trouxe este estudo para um fim. Nós devemos seguir o seu exemplo.

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