A Europa inclui uma série de nações e todas as línguas, opiniões e ideologias. Como é possível começar a unificar uma situação tão egoísta e fragmentada?

Eu acho que isso é possível, e inclusive mais do que em qualquer outro lugar no mundo, porque devido a essa fragmentação, nós sentimos como a Europa é fraca, o quanto ela perdeu o seu poder no mundo, sua cultura, e sua fundação espiritual e ética. O que resta dela? Ela está se devorando, e, além disso, os imigrantes estão fluindo para ela de todo o mundo, conquistando partes dela.

Hoje, ela existe graças ao passado, graças a várias décadas de desenvolvimento após a Segunda Guerra Mundial. Eu acho que se você examina essa situação – a destaca, examina e descreve corretamente – ela pode se tornar um trampolim para levar os europeus a uma boa reviravolta.

Eu me encontrei com os líderes da União Europeia. Eles não têm nenhum plano para o futuro; o futuro é absolutamente perdido para eles. O vazio e a falta de fé no futuro é tudo o que resta a eles, porque eles não têm qualquer tipo de mecanismo em suas mãos para corrigir a situação europeia atual.

A Europa precisa realmente de unidade, mas não sob o mesmo teto financeiro. Esta é a pior coisa possível a ser inventada, por isso ninguém quer, mas há uma unidade no desejo de um futuro comum.

Essa unidade não existe agora, mas, no futuro, eles terão que chegar a isso. Assim, haverá possibilidades da Europa sobreviver e permanecer um continente forte. Que seja um Estados Unidos da Europa, falando línguas diferentes, com diferentes culturas e ambientes, ainda assim serão um “Estados Unidos”.

Nós apelamos a eles e explicamos como fazer isso. Afinal de contas, na sabedoria da Cabalá, há um método – como está escrito: “O amor cobre todas as transgressões” (Provérbios 10:12) – e precisamos dar isso à Europa.

Para isso, é preciso elevar-se acima de todas as diferenças e conflitos, a ponto de rejeitar a realidade entre nós. Nós sabemos que entre vizinhos, em sua maior parte, existem divergências, mas se há um desejo, é possível superá-las e alcançar um acordo para que o nosso “Concorde” (avião) voe e não caia.

Eu acho que tudo deve começar com a consolidação entre os grupos, com a compreensão de que este processo é a coisa mais importante para o continente. Quando vocês começarem a se envolver na unidade entre os grupos europeus, vocês vão sentir a necessidade de se unir dentro de cada grupo.

Então, vocês vão realmente começar a trabalhar com os outros, organizando reuniões, Convenções, e montando um plano de ação; e para fortalecer o seu grupo em cada nação, vocês precisam expandi-lo, disseminar e assim por diante.

Depois que o terreno estiver pronto, será possível organizar uma Convenção grande, séria e verdadeira para toda a Europa. Eu considero que isso seja a coisa mais importante. No entanto, mais uma vez, isto requer trabalho em todos os níveis: cada um dentro de si, nós dentro de um grupo, na disseminação em torno de um grupo, na conexão entre os grupos, e na conexão entre as nações numa escala continental.

Isso deve ser feito. Não vamos escapar disso.

Do Acampamento Internacional de Verão na Bulgária 11/07/14, Lição 2

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