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Trabalhando Com Os Desejos Internos

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Levítico”, 11:9-11: De todos os animais que há nas águas, comereis os seguintes: todo o que tem barbatanas e escamas, nas águas, nos mares e nos rios, esses comereis. Mas todo o que não tem barbatanas, nem escamas, nos mares e nos rios, todo o réptil das águas, e todo o ser vivente que há nas águas, estes serão para vós abominação. Eles serão, pois, uma abominação a vós; da sua carne não comereis, e abominareis o seu cadáver.

A palavra “barbatana”, que deriva das palavras hebraicas “odeia a Luz”, simboliza a Masach (tela) que rejeita a Luz, sem querer recebê-la para si mesmo. Escamas referem-se à Masach que está acima dos desejos e em torno do corpo. Não apenas ela rejeitar a Luz, mas também a muda de recepção para doação.

Estes tipos de desejos são mais fracos do que os desejos bestiais e assim podem ser utilizados. Eles não precisam de qualquer explicação a respeito de como devem ser abatidos, sangrados e comidos. Um peixe também pode ser comido com leite, porque não é considerado carne. Por isso se diz que “nem peixe, nem carne”. Este é outro estado do desejo de uma pessoa que é muito mais baixo do que a fase quatro (carne).

O desejo chamado animal é um sistema muito complexo, e nós devemos saber como abate-lo, como prepará-lo e torná-lo Kosher para que ele possa ser comido, o que significa, elevá-lo ao nível humano. Todos os desejos da natureza inanimada, vegetal e animal tem que ser elevados para este nível.

As coisas são muito simples com a natureza inanimada; você simplesmente decide o que é apto para ser comido, como sal, água, etc. Você também pode testar a água em um cão. Se um cão bebe, então um ser humano pode beber também.

No caso de alimentos a partir do nível do vegetal, nós devemos saber o que a planta é e se árvores de fruto e arbustos têm dado fruto por três anos, após o qual pode ser pego e comido.

Se for peixe, tem que ter barbatanas e escamas. O peixe não tem que ser abatido. Se você pegá-lo e jogá-lo em terra e sufoca-o é considerado morto. Você não tem que batê-lo na cabeça, atirar, ou cortá-lo. Não faz diferença como ele morre.

Com um animal, no entanto, tudo é muito mais grave e complicado, uma vez que é um grande salto do nível de peixe e até mesmo do nível das aves. Você tem que determinar com muita precisão se o seu desejo neste nível pode ser corrigido a fim de doar.

Os animais são abatidos de uma maneira especial, cortando a artéria do pescoço. Isto é verdade para todos os animais, exceto para o cervo, que pode ser morto por uma flecha e ainda ser considerado Kosher. Há tal atributo.

Todos os outros animais de fazenda têm que ser amarrados e sua artéria do pescoço cortada de modo que eles vão sangrar de uma forma rápida e indolor. Então, eles têm ser esfolados e o tendão transportador tem de ser removido, uma vez que é proibido comê-lo. As partes superiores das carcaças são separadas e a carne é cortada e salgada por um determinado período de tempo inclinado, a fim de remover o sangue completamente. Só então pode ser cozinhada.

Além disso, nós devemos saber exatamente quanto tempo a carne deve ser cozinhada para que seja totalmente cozida. Esta é uma condição essencial. Este é o processo de preparar os alimentos de animais que simbolizam os mais fortes desejos egoístas em nós que precisam de tal correção cuidadosa.

Essas leis são muito complicadas e detalhadas. Se olharmos para o Talmude Babilônico encontraremos capítulos inteiros que discutem a preparação de alimentos. Mas todos eles explicam como trabalhar com nossos desejos internos, não como preparar alimentos Kosher num restaurante ou em casa. O que fazemos em nossa vida diária é uma tradição, e todas estas leis são apenas para que possamos atingir o nível humano.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 22/01/14

A Mãe De Um Bilhão De Crianças

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que eu devo aprender com as experiências do passado?

Resposta: Eu deveria perceber que ontem a minha relação com os outros era ruim e que dano eu causei a mim mesmo por isso. As coisas não podem melhorar sem o reconhecimento do mal.

Eu tenho que perceber como o meu ego míope me fere, já que eu machuco os outros sem sentir que é realmente eu.

Eu decido que a partir de agora vou fazer o bem para mim e para os outros, como está escrito: “Ama o teu amigo como a ti mesmo”. Eu alcanço o reconhecimento da minha natureza egoísta má e decido subir acima dela. Assim eu subo acima de mim mesmo e sigo em direção aos outros, isto é, eu incorporo o desejo dos outros dentro de mim que se torna tão importante para mim como eu sou para mim mesmo.

É como uma mãe que sente o desejo de seu bebê e vive dentro dele. É esse mesmo estado que nós precisamos alcançar e começar a viver nos outros. Desta forma eu me aproximo do conceito de eternidade ao subir acima do tempo.

Pergunta: Como eu posso não me torturar, se vejo que ontem eu tratava os outros egoisticamente?

Resposta: Mas eu vejo que não dependia de mim; que não é culpa minha e que eu fui criado dessa forma, um desejo de receber.

Comentário: Mas alguém pode dizer: “Não é minha culpa, esta é a minha natureza!”

Resposta: A questão toda é se eu aceito essa natureza ou não. Se eu esclareço isso como resultado da educação correta, de acordo com o método de conexão, eu percebo que é intencional, para que eu queira mudar. Eu tenho que me incorporar em outros por diferentes ações para que o meu desejo e o desejo dos outros se tornem um.

É como se todos nós vivêssemos na mesma tigela. Não há diferença entre o que é bom para o outro e que é bom para mim, ou entre o que é ruim para outro e o que é ruim para mim. Este é o sentimento que eu tenho que alcançar.

Assim, eu mudo o passado, o presente e o futuro, porque incluo toda a realidade, todas as pessoas, num único desejo e tudo se torna meu desejo. O desejo humano inclui também os desejos da natureza inanimada, vegetal e animal. Acontece que toda a criação sou eu!

Então eu começo a descobrir que a vida é eterna e que não existe o tempo: nem passado, nem presente e nem futuro. Há apenas a constante e cada vez mais crescente incorporação em todos os outros. Este é um momento totalmente diferente, como a mudança de estados de uma incorporação cada vez mais profunda e um sentimento cada vez mais forte da vida.

Eu vejo que posso descobrir infinitamente o desejo dos outros pela minha conexão com os outros e desfrutar junto com todos para todos, como uma mãe que tem um bilhão de filhos e pode satisfazer todos eles.

De KabTV “Uma Nova Vida” 17/04/14

A Constituição Espiritual

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, jornal “A Nação”: Nesse sentido, somos como uma pilha de nozes, unidas em um único corpo desde fora pelo saco que as envolve e une. Sua medida de unidade não as torna um corpo unido, e cada movimento aplicado ao saco produz tumulto e separação nelas. Assim, elas sempre chegam a novas uniões e agregações parciais. A falha é que elas não têm a unidade interna, e toda a sua força de unidade vem através de um incidente externo. Para nós, isso é muito doloroso para o coração.

Alguém que supõe que nós podemos unir as pessoas e construir uma nação de acordo com o padrão habitual está muito enganado. Sem entender a nossa natureza, ele acha que nós podemos agir como outros povos que voltam para casa depois de uma expulsão forçada, como nos dias de Stalin. As pessoas que foram expulsas voltaram e reorganizaram suas vidas. Mas nós não conseguimos fazer isso porque perdemos nossas raízes originais. Nós estivemos unidos uma vez e éramos irmãos, não irmãos de infortúnio como hoje, mas irmãos na doação mútua. Abraão inicialmente reuniu pessoas de todos os cantos da Babilônia, que estavam prontas para ir em direção à conexão com ele, ao contrário do resto da humanidade.

Esta unidade que Abraão deu foi reforçada no Monte Sinai, quando o povo que fugiu do Egito tornou-se como um homem com um só coração e recebeu a Torá. Mas depois, a conexão foi interrompida e o amor se tornou ódio infundado; como resultado, nós fomos para o exílio. Esse ódio também passou em parte para as nações do mundo.

A partir de hoje, não estamos prontos para renascer como um povo e uma nação sem chegar a uma correção de cada um separadamente e uma correção coletiva entre nós. Se não chegarmos a isso, então apenas uma “coleção” artificial de pessoas que não corresponde às leis superiores da natureza ou às leis da natureza inferior opera aqui.

Nós não estamos prontos para construir algo de acordo com as leis deste mundo, porque originalmente não pertencemos a este mundo, e não podemos ser construídos de acordo com as leis superiores porque ainda não estamos conectados ao nível superior. Como resultado, não estamos aqui nem lá, nem desta forma nem daquela.

O que é surpreendente é que éramos sempre estrangeiros e peregrinos neste mundo. E os 66 anos de existência da nação de Israel não são prova de nada. Eu não estou afirmando isso por razões antissionistas, mas do ponto de vista espiritual: nós, sem dúvida, perdemos o poder natural de unidade, que é inerente a todo o resto dos povos num nível físico.

Para nós era uma força espiritual que nos unia. Portanto, agora nós não somos um povo, e nossa consolidação atual não é uma nação até que entendamos e concordemos que só temos uma constituição simples, que é: “E amarás o teu amigo como a ti mesmo”, Arvut (garantia mútua), “como um homem com um só coração”. Nós não temos outra constituição. E se mantivermos esta condição, podemos restaurar o povo e a nação.

Nós precisamos construir nossas vidas de acordo com esta constituição, pois ela não é arbitrária. Pelo contrário, ela foi recebida de Cima, e esta é a diferença entre ela e as belas palavras que podem ser encontrados nas leis fundamentais de cada nação. É evidente que isso não será imediato, mas nós temos que perceber esta lei de forma gradual, e levar uma vida espiritual na terra. E também depende de nós ser uma “luz para as nações” em seu sentido pleno.

Sim, é um trabalho árduo, mas sem ele não vamos conseguir nada. Caso contrário, nós podemos ser companheiros de sofrimento na melhor das hipóteses, como nozes num saco, e nada melhor acontecerá conosco.

Esta é a situação atual, e ela pode continuar por mais alguns anos até que uma das duas coisas aconteça: ou vamos proceder à sua correção ou não seremos capazes tolerar a situação por mais tempo.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/06/14, Escritos do Baal HaSulam

Dar O Seu Melhor Para Um Amigo

Pergunta: De que forma a realização da garantia entre o povo de Israel é diferente daquela entre as nações do mundo, ou seja, o grupo e 99% da humanidade?

Resposta: Quase nada. Certamente, a Luz age de forma diferente em cada grupo: o superior (o povo de Israel) e o inferior (as nações do mundo). Mas a garantia pode ser peculiar à mentalidade das outras nações, digamos, Colômbia ou Malásia. Não há significado nisso.

Em todos os casos, você deve simplesmente ansiar por este estado, e a Luz irá organizar tudo. Ela limpará, examinará, acomodará, e montará. Você vai testemunhar o trabalho chamado a obra do Criador, e verá como isto vai acontecer.

Pergunta: Deve a garantia ser realizada entre os amigos com força mútua?

Resposta: Em princípio, não. Eu não consigo verificar o Arvut (garantia) do meu amigo. No entanto, eu preciso entrar ao máximo neste estado. No momento em que nos conectamos com a ajuda da lei chamada Arvut, imediatamente nos tornamos um vaso integral no qual sentimos o Criador, em outras palavras, a realização de nossos desejos que são mutuamente conectados e integrais.

No entanto, quando eu tento criar um desejo geral, integral, eu devo estar pronto para dar tudo para os amigos. Garantia mútua, responsabilidade mútua, eu preciso dar de tudo e o que o amigo faz comigo e em que nível ele está, como isto me parece (pois, de fato, eu não vejo o seu trabalho interno), eu preciso apreciar ao máximo, porque ele está comigo em um grupo.

Para corrigir o meu vaso, eu devo sentir a sua plena participação, que depende disto, o quanto eu imagino que ele está em pleno Arvut.

Isso significa que devo me localizar corretamente aqui. Eu não critico; eu não escrutino quem é a favor de Arvut e quem é contra isto, quem no grupo é mais forte em Arvut ou quem é mais fraco. Eu os aceito como absoluto, e é assim que eu trabalho. Na verdade, isto é verdadeiramente assim porque, no momento em que estabeleço a minha atitude para com os amigos e digo que todos estão totalmente corrigidos, e só eu não estou corrigido, o sistema começa a me moldar de acordo com a forma como eles são.

Eu começo a receber Ohr Makif através deles, e isto me molda de forma absoluta, de acordo com a forma deles.

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Da Convenção em Sochi 10/06/14, Lição 3

Uma Ampla Variedade De Perguntas De Workshop

Pergunta: Nós temos uma grande necessidade de ter workshop pela manhã. Gostaríamos de saber como você compõe as perguntas que são difíceis de responder e que nos obrigam a ir além de nossos limites, a fim de encontrar as respostas.

Resposta: Em geral eu faço dois tipos de perguntas durante os workshops. Ou é uma pergunta que não tem resposta, de tal modo que vocês precisam se ​​esforçar, como durante o parto, a fim de encontrar o “fruto” comum entre vocês. Afinal, quando tal necessidade por todos em conjunto surge, então, o centro do círculo nasce.

Assim, a questão deve ser tal que a pessoa a sente rasgando-a em pedaços internamente, e que ela só pode resolvê-la se desiste de tudo o que tem, e se funde com os outros, esperando e fazendo esforços para se conectar com os amigos para encontrar a resposta.

Ou é uma questão onde temos que esclarecer alguma coisa internamente deste mesmo ponto comum que encontramos. E, em seguida, as perguntas vêm em certa ordem, do sistema, e deve seguir de uma forma lógica, uma após a outra.

Aqui as pessoas precisam se apoiar mutuamente e se conectar ainda mais. As questões técnicas podem ser interligadas com questões de sensibilidade, mas as pessoas precisam constantemente trabalhar no centro do círculo.

Há circunstâncias no workshop, quando é eficaz afastar uma pessoa do atual processo de discussão. De repente, uma pergunta é feita, que parece ser de um mundo completamente diferente. Isso é muito bom porque a confusão provoca uma reação nas pessoas, é preciso encontrar um ponto de apoio. As pessoas precisam encontrá-lo no centro, entre eles.

Esses workshops são necessários para nós; eles não são destinados ao público externo. Afinal de contas, nós não queremos que as pessoas batam juntas suas cabeças, onde cada pessoa está dentro de si mesma. Para essas, nós precisamos alcochoá-lo com algo macio para que elas não caiam.

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Da Convenção em Sochi 10/06/14, Lição 2

Adequado Para Uso Espiritual

A Torá, “Levítico” (Shemini), 11:01-11:03: E o Senhor falou a Moisés e a Arão, dizendo-lhes: “Fale com os filhos de Israel, dizendo: Estes são os animais que vocês podem comer dentre todos os animais da terra. Qualquer animal que tem um casco fendido, que está completamente dividido em cascos duplos e que rumina sua comida, esse podereis comer”.

Bestas são chamadas de “Kosher” e estão aptas (com a mesma raiz em hebraico) para o consumo se tiverem os pés completamente fendidos e ruminarem. Estes sinais simbolizam os atributos do mundo espiritual.

Quando queremos corrigir nossos desejos, primeiro os restringimos e, em seguida, dividimo-los em Galgalta Eynaim (GE) e AHP, em desejos de doação e de recepção. Esta divisão é chamada Parsa (que também significa casco em hebraico) e é simbolizada por animais que têm os cascos completamente fendidos. Nesse estado, GE estão acima do Parsa e AHP estão abaixo do Parsa.

O processo de digestão dos alimentos e ruminar se refere à conexão constante entre Malchut e Bina e à cooperação mútua entre elas: a elevação do desejo à Bina, a fim de corrigi-lo e retornando novamente a Malchut.

O corpo humano é construído de acordo com o mesmo princípio. O animal mais típico que exemplifica a digestão adequada dos alimentos é a vaca. Em contraste com os animais que engolem os alimentos, as vacas são ruminantes, elas constantemente ruminam e regurgitam o alimento.

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Da KabTV “Segredos do Livro Eterno” 22/01/14

Aderir Ao Professor Com Todo O Meu Ego

Dr. Michael LaitmanAgora todo mundo é igual, não há pessoas excepcionais no grupo e pode permanecer assim em contraste com todas as gerações anteriores, já que, no final, nós temos que alcançar certa Assembleia de Cabalistas (“Sinédrio“, uma orientação espiritual).

Embora houvesse diferenças no Sinédrio, nós podemos imaginar o que não foi cumprido até o momento, mas não podemos saber nada com antecedência.

Nós temos que agir onde estamos agora, descobrir qual o nosso papel e cumpri-lo. Não devemos nos preocupar com o que pode acontecer no futuro. Não devemos perguntar sobre o futuro, porque isso seria para o nosso próprio benefício, na medida em que o nosso desejo de receber está envolvido.

Mas, no que diz respeito ao professor, vocês devem se anular quando se trata de assuntos espirituais, como se vocês não existissem. Caso contrário, vocês não serão capazes de avançar. Nosso avanço é apenas nos anulando diante do superior, de modo que vocês não têm outra escolha.

É dito: “Um golpe dos idosos facilita a construção, enquanto a construção pelos jovens leva à destruição”. Mesmo que vocês achem que o professor esteja errado, não faz diferença. Que ele esteja errado, e mais tarde vocês verão como o Criador inverte isso, de modo que este erro se torna um benefício.

Há estados em que vocês têm que aceitar tudo o que o professor diz, sem qualquer dúvida, anular a si mesmos, e seguir o seu conselho sem esclarecer por que é assim e sem querer nenhuma prova. Este é um pequeno nível de fé.

Num nível superior de fé vocês vão querer ouvir explicações a respeito do porque o professor os aconselha a fazer certas coisas; vocês vão criticar e ver o quanto se opõem a uma decisão, porque pensam de forma diferente, mas ainda assim ainda vão fazer isso. Vocês deve cumprir isso como se não tivessem reclamações; vocês concordam com ele, e estão totalmente aderidos a ele. Então, vocês vão estar aderidos ao professor com todo o seu ego, especialmente se antes vocês eram contra ele.

Mas isto só é verdade para grandes pessoas. Vocês devem sempre ouvir o seu ego até que possam aderir completamente ao professor. Pode ser apenas uma participação mínima, quando vocês ouvem o que têm que fazer e fazê-lo. Talvez vocês possam invocar a sua própria crítica, ver o quanto estão contra ele, e ainda se aderem a sua opinião cada vez mais. Assim, vocês crescem dentro do professor como um embrião.

Quanto mais vocês anulam seu ego, cumprindo tudo o que o professor quer, enquanto estão em completo desacordo, mais vocês se viram de cabeça para baixo como um embrião antes de deixar o ventre de sua mãe. É assim que vocês nascem.

Após o seu nascimento, há ainda mais trabalho com mais dúvidas e problemas sérios. Eles são típicos do estado de pequenez, o período da infância, a ira da infância, Dinim diferentes, e é sempre dirigido ao superior. Todo o nosso trabalho está em nos anularmos perante o superior.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 23/06/14

Não Há Diferenças Entre Os Alunos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se todo mundo tem um pai e uma mãe (AVI) espiritual, através dos quais recebe o poder da Luz, quem é o professor que transmite o método para o aluno?

Resposta: O pai e a mãe espiritual são o sistema superior com o qual você tem que trabalhar. Mais tarde você vai aprender o que é, que é um nível superior a você.

Você vai aprender como se conectar ao seu professor espiritual, que nível ele está, e como ele se iguala e se incorpora no vaso geral do qual você faz parte e com o Partzuf superior que está acima de você. Você vai descobrir tudo isso.

Nós ainda não vemos a hierarquia espiritual de acordo com a qual somos construídos, e, portanto, todos os alunos são iguais. Não há diferenças entre eles. Em nosso estado atual, eu não vejo qualquer diferença entre suas almas e não consigo ver qualquer um superior ou inferior.

Há pessoas que ainda não são maduras o suficiente para avançar à espiritualidade e, portanto, elas desistem e abandonam o grupo. Elas vêm por um curto tempo e depois saem. Mas, no momento, eu não vejo entre os alunos que ficam, almas que estejam mais perto da correção do que outras.

Todo mundo tem que se esforçar e, assim, vai entender melhor o seu papel. No momento, nós só estamos nos aproximando do esforço correto que está focado na conexão entre nós. Se uma pessoa dedica sua alma a fim de se conectar com os outros em um círculo, ela realmente se satisfaz. Assim, de acordo com a sua satisfação, ela pode ser capaz de ver que a raiz de sua alma é superior.

Mas isso se refere apenas àqueles que realmente estão “doentes de amor” em relação aos amigos.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 23/06/14

O Que Me Falta

Dr. Michael LaitmanO Rabash, Shlavei HaSulam (Degraus da Escada) (1987-1988), artigo 27: “O que significa, ‘O Criador não vai Tolerar o Orgulhoso’, na obra”: … Por isso, quando a pessoa ora, ela age como um “representante do coletivo “, porque está orando por toda a congregação de Israel, da qual ela é uma parte, e por esta razão ela oferece uma oração especial, ou seja, pede que o Criador lhe dê ajuda do alto, a fim de conhecer a sua verdadeira deficiência e, precisamente de acordo com isso, uma oração por ajuda.

Muitas vezes, nós estamos no caminho da correção da alma, sem saber o que fazer. Algo acontece conosco, mas o que é, não está claro. Por exemplo, nós não entendemos como lidar com o grande público, como cuidar dele.

Com o tempo, vai ficar mais claro. Nós não sabemos exatamente o que pedir, o que exatamente nos falta. Esse problema ocorre constantemente e devemos nos acostumar com isso.

Em geral, nossas Reshimot dirigidas ao propósito da criação, embora quebradas, são direcionadas para correção. E, ao que parece, uma vez que esta Reshimo se manifestou em mim, o que mais há lá? Resta apenas despertar, pedir pelo desejo, e receber a Luz que Reforma.

No entanto, é difícil discernir exatamente o que me falta. Portanto, uma pessoa eleva a “oração antes da oração”, e este pedido ainda não foi examinado, tanto quanto o nosso trabalho com as massas não foi examinado. Neste caso, é importante estabelecer a conexão primária, como uma criança chata que, em princípio, não precisa de nada, mas quer atenção. Algo semelhante acontece entre adultos; trata-se de uma comunicação ou de sua renovação.

É costume se comportar com o Criador, da mesma forma. Honestamente, não importa que pergunta eu faço a Ele. O próprio dirigir-se me ajuda a tomar a direção certa. Eu quero conexão. Eu quero Sua atenção, peço que Ele me olhe, e só então posso elevar o verdadeiro pedido.

A oração inicial sequer tem que vir do coração. Digamos que eu abro um livro de orações, e lendo o texto, eu sintonizo um pouco a onda desejada. Então, o verdadeiro desejo é revelado para mim do Alto.

Por que este desejo é considerado verdadeira se eu não o experimentei antes? É porque os Reshimot que permaneceram após a quebra da alma são revelados para mim.

Assim, escreve Rabash, a oração que um homem eleva pelo que parece estar faltando a ele é apenas um meio maravilhoso, devido ao qual o Criador o envia do Alto a resposta para o conhecimento do que ele realmente não tem. Isto é o que uma pessoa realmente pede ao Criador.

Isso acontece porque é muito difícil para nós encontrar e extrair os verdadeiros Reshimot restantes da quebra da alma. Eles aparecem como uma sequência no caminho daqui até o fim da correção e, o mais importante é pedir, exigir, para que o desejo correto seja revelado para mim.

Diz-se sobre isso, “Deixe-os entender o que eles dizem; responda o que eles pedem. “Em outras palavras, coloque a oração correta em suas bocas.

Assim, a verdadeira oração é revelada do Alto. Quando uma pessoa chega a isso em sua mente e coração, quando ela se funde com esse desejo, então ela alcança este meio milagroso, a oração que antecede a oração. Ela ora do fundo do seu coração, ainda sem saber o que vai pedir mais tarde.

Este estado é chamado de “mensageiro da sociedade”. A pessoa ora por toda a comunidade de Israel em que está incluída.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 20/06/14

O Criador Toma 95% Do Trabalho Para Si

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se é necessário aplicar a lei espiritual do Arvut (garantia mútua) 24 horas por dia, por que nos deram todo este mundo com todas estas preocupações: trabalho, família e filhos, que ocupam 95% do nosso tempo?

Resposta: Tudo é organizado de tal forma que, a partir de todas estas condições, você vai chegar à realização da meta. Se isso tomar 95% do tempo, então, 5% do tempo é provavelmente suficiente para o trabalho espiritual.

Noventa e cinco por cento (95%) do tempo você deve trabalhar no mundo material, e 5% é deixado para você para o trabalho interno e disseminação. Isto significa que você está em condições onde o Criador diz: “Eu vou tomar para mim 95% do seu trabalho espiritual!” Em vez disso, você vai ao trabalho, mercado, banco, família, etc., e tudo o que compreende este 95% do seu tempo será considerado como se você estivesse envolvido em trabalho espiritual.

No entanto, durante os 5%, você deve estar envolvido com o trabalho espiritual com todas as suas forças. Se você fizer isso, então 100% de sua vida será dedicada a alcançar a meta e correção espiritual.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/06/14, Escritos do Baal HaSulam