A Mãe De Um Bilhão De Crianças

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que eu devo aprender com as experiências do passado?

Resposta: Eu deveria perceber que ontem a minha relação com os outros era ruim e que dano eu causei a mim mesmo por isso. As coisas não podem melhorar sem o reconhecimento do mal.

Eu tenho que perceber como o meu ego míope me fere, já que eu machuco os outros sem sentir que é realmente eu.

Eu decido que a partir de agora vou fazer o bem para mim e para os outros, como está escrito: “Ama o teu amigo como a ti mesmo”. Eu alcanço o reconhecimento da minha natureza egoísta má e decido subir acima dela. Assim eu subo acima de mim mesmo e sigo em direção aos outros, isto é, eu incorporo o desejo dos outros dentro de mim que se torna tão importante para mim como eu sou para mim mesmo.

É como uma mãe que sente o desejo de seu bebê e vive dentro dele. É esse mesmo estado que nós precisamos alcançar e começar a viver nos outros. Desta forma eu me aproximo do conceito de eternidade ao subir acima do tempo.

Pergunta: Como eu posso não me torturar, se vejo que ontem eu tratava os outros egoisticamente?

Resposta: Mas eu vejo que não dependia de mim; que não é culpa minha e que eu fui criado dessa forma, um desejo de receber.

Comentário: Mas alguém pode dizer: “Não é minha culpa, esta é a minha natureza!”

Resposta: A questão toda é se eu aceito essa natureza ou não. Se eu esclareço isso como resultado da educação correta, de acordo com o método de conexão, eu percebo que é intencional, para que eu queira mudar. Eu tenho que me incorporar em outros por diferentes ações para que o meu desejo e o desejo dos outros se tornem um.

É como se todos nós vivêssemos na mesma tigela. Não há diferença entre o que é bom para o outro e que é bom para mim, ou entre o que é ruim para outro e o que é ruim para mim. Este é o sentimento que eu tenho que alcançar.

Assim, eu mudo o passado, o presente e o futuro, porque incluo toda a realidade, todas as pessoas, num único desejo e tudo se torna meu desejo. O desejo humano inclui também os desejos da natureza inanimada, vegetal e animal. Acontece que toda a criação sou eu!

Então eu começo a descobrir que a vida é eterna e que não existe o tempo: nem passado, nem presente e nem futuro. Há apenas a constante e cada vez mais crescente incorporação em todos os outros. Este é um momento totalmente diferente, como a mudança de estados de uma incorporação cada vez mais profunda e um sentimento cada vez mais forte da vida.

Eu vejo que posso descobrir infinitamente o desejo dos outros pela minha conexão com os outros e desfrutar junto com todos para todos, como uma mãe que tem um bilhão de filhos e pode satisfazer todos eles.

De KabTV “Uma Nova Vida” 17/04/14