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Duas Cabeças Pensam Melhor Que Uma

Dr. Michael LaitmanOpinião (Marina R. Bityanova, Ph.D., Professora da Universidade Aberta de Moscou, Diretora do Centro de Apoio Psicológico em educação, autora de quatro livros): “Quando as pessoas trabalham juntas por um longo tempo, elas têm que tomar decisões conjuntas – para não chegar a um compromisso, mas, a saber, para  desenvolver uma visão comum do problema. O compromisso é uma solução média, e, portanto, de ninguém em particular. A decisão em grupo é geral, e, portanto, é aceita por todos.

“Em termos práticos, esta é uma propriedade muito importante das decisões que são aceitas em conjunto: ao mesmo tempo, elas representam a decisão pessoal de cada um; por isso, todo mundo vai realizá-las. Assim, um grupo deve ser encorajado a tomar decisões vitais em conjunto, numa discussão coletiva.

“Mas, será que uma decisão em grupo é eficaz? Talvez seja melhor se uma decisão fosse feita por uma única pessoa – o chefe, o líder, e, em seguida, ele convence o grupo em sua razão?

“As pessoas há muito perceberam que tomar uma decisão complexa e responsável é melhor em discussão (um conselho de homens sábios, reunião dos anciãos, grupo focal), em acordo geral: consenso. A ação do grupo é qualitativa e quantitativamente superior à ação da pessoa ‘média’, mas, às vezes, não é tão eficaz quanto as ações de uma personalidade marcante.

“As decisões em grupo são mais arriscadas do que individuais; tendo se unido, as pessoas decidem correr o risco, porque uma discussão em grupo faz as pessoas sentirem que elas compartilham responsabilidade, irresponsabilidade pessoal que facilita a tomada de decisões extremas, visualiza o risco como tesouro: a prontidão para assumir riscos aumenta o status; durante o painel de discussão, os membros do grupo visam mostrar que possuem tal prontidão.

“Outra característica importante das decisões em grupo: durante a discussão, as opiniões não são uma média, mas polarizadas.

O estilo de pensamento de um grupo com um alto nível de unidade interna e autonomia tem as seguintes características:

– Uma ilusão de invulnerabilidade;

– O desejo de dar uma explicação racional para a sua decisão como a única possível e correta;

– Visão estereotipada dos adversários;

– Pressão aberta sobre a minoria;

– Uma ilusão de unanimidade;

– O surgimento de auto-intitulados guardiães do espírito do grupo, etc.

“Estudos mostram que grupos deste tipo aumentam a coesão interna e a auto-satisfação dos membros, mas reduz a qualidade das decisões do grupo; decisões individuais dos membros são de uma qualidade superior do que as do grupo.

“Este fenômeno ocorre com freqüência em grupos de trabalho em crise, situações estressantes, obrigando os membros do grupo a se unir em torno dos objetivos do grupo, para se proteger do mundo exterior”.

Meu Comentário: Quando um grupo quer se unir a fim de que a sua unidade beneficie o mundo inteiro, nenhuma qualidade negativa pode ocorrer nele.

Pais Exaltados E Seus Filhos Egoístas

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “O Arvut” (Garantia Mútua)”: “Os Patriarcas observaram toda a Torá, mesmo antes dela ter sido dada”. Isso significa que, por causa da exaltação de suas almas, eles tiveram a capacidade de atingir todos os caminhos do Criador .

Os patriarcas pertenciam aos vasos puros, GE (Galgalta ve Eynaim) e, portanto, não precisavam da Torá, pois a Torá é a Luz que corrige a Aviut (espessura) do desejo, e eles não eram grossos, mas puros. Toda a Torá é amor e doação e eles podiam observá-la como resultado da exaltação e da pureza de suas almas.

Todos os vasos inferiores, no entanto, não podiam observá-la da mesma forma, mas precisavam estar equipados com desejos suficientemente grossos, que se corrigiam pela Luz que Reforma e podiam, finalmente, ser separados dela e receber a Torá.

Os vasos de Hesed (misericórdia), Gevura (rigor) e Tiferet (esplendor) se corrigem sem a Luz que Reforma, mas são simplesmente aderidos à Luz simples como resultado de sua pureza. Eles sabiam toda a Torá de forma intuitiva, uma vez que seus vasos os deixavam saber sobre ações de doação. Mas seus filhos, Netzach (eterno), Hod (glória) e Yesod (fundação), todas as outras almas que vêm depois deles, já pertencem aos vasos de receção e, portanto, são incapazes de entender, sentir ou se corrigir por seu próprio entendimento e pureza.

Quando os vasos são mais grossos, eles precisam da Luz que Corrige. Primeiro eles tem que revelar toda a profundidade da espessura do desejo para perceber o quão ruim ele é nos níveis do Egito e durante os 400 anos.

Isto é o que Abraão perguntou: “Eu sei que eu pertenço a HGT, aos vasos que já estão corrigidos, que somos puros e que estamos mais perto de Você, mas o que acontece com os meus filhos? Como vou saber que eles herdarão a terra (de Israel)?”.

O Criador lhe responde: “Não se preocupe, eles vão ficar no exílio e irão acumular toda a espessura necessária, depois vão perceber que precisam estar conectados a Mim”. Abraão ouviu isso e se acalmou. Os vasos de doação têm uma inclinação natural ao Criador, enquanto os vasos de recepção só podem estabelecer alguma atitude para com o Criador passando pelo exílio, que revela o mal neles.

O método de correção é totalmente diferente nos vasos de doação, em GE, e nos vasos de recepção. Pais e filhos são dois níveis diferentes. Os filhos já são egoístas, como podemos ver.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/06/14, Escritos do Baal HaSulam

Vamos Ter Que Nos Esforçar Para Alcançar A Correção

Dr. Michael Laitman“Introdução ao Livro do Zohar“, “BeLaila De Kala” (A Noite da Noiva), Item 138: Este é o ponto principal do ensaio, pois, até agora, as correções também foram consideradas como a obra das nossas mãos, porque nós recebemos recompensas ou punições por elas. No entanto, no grande Zivug do fim da correção será revelado que as duas correções e punições eram todas obra de Suas mãos, como está escrito: “Os céus contam a obra de Suas mãos”. Isto é assim porque o grande Zivug do firmamento vai dizer que tudo é obra de Suas mãos e Ele por si só está fazendo e vai fazer todas as obras.

Uma pessoa tem um sentimento e tais pensamentos de queo fim da correção é um estado fixo que virá em algum momento no futuro e que podemos simplesmente esperar por ele. Ela não entende que este estado vem de acordo com as correções que ela executa. Nada vem por si só, mas apenas de acordo com o nosso trabalho nas correções.

Não devemos esperar para permanecer do jeito que somos e que as correções vão simplesmente chegar por conta própria. Não, eu sou o único que tem que se esforçar para alcançar a correção.

Da 3a parte da Lição Diária de Cabalá 02/06/14, O Zohar

Os Dez Mandamentos Da Conexão

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você poderia explicar o significado dos dez mandamentos que foram dados no Monte Sinai e que devem ser repetidos todos os dias, agora, antes de Shavuot, que simboliza a entrega da Torá?

Resposta: Em primeiro lugar, os dez mandamentos simbolizam os desejos em que estamos conectados um ao outro. É somente sobre a conexão.

A entrega da Torá ocorre no pé da montanha só depois que as pessoas aceitam a condição da garantia mútua como um homem em um só coração. Isso significa que nós entendemos que há uma montanha do nosso ego acima de nós e que podemos subir esta montanha apenas com um ponto no coração. Este ponto é chamado de Moisés, uma vez que nos puxa para fora do nosso ego.

O Monte Sinai é enorme, como a torre de Babel e até mesmo maior. Nós estamos na base da montanha prontos para estar ao redor desta montanha do nosso ego. Ou seja, nós concordamos em conectar todas as partes do nosso egoísmo privado numa única montanha e não a tememos, embora seja uma montanha de ódio. Nós precisamos ansiar pela conexão, mesmo que o único objetivo do nosso ego seja resistir à conexão.

Quando nos conectamos desta forma, nós exigimos a revelação do poder de doação em nossa conexão. É porque a inclinação à conexão é o vaso espiritual, a deficiência pela doação mútua, como está escrito: “Do amor das criaturas ao amor do Criador”. Assim, nós aceitamos a condição do “Ama o teu próximo como a ti mesmo”.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/06/14, Shamati 66

A Alegre Entrega Do Feriado Da Torá

Dr. Michael LaitmanA primeira decisão de aceitar a garantia mútua é em Shavuot. Shavuot é o nome do feriado da perspectiva dos vasos como nós gradualmente nos corrigimos nos 50 dias entre Pessach e Shavuot, que são chamados a contagem do Omer (maço, feixe).

Omer significa conexões. Durante estes 50 dias, nós nos recolhemos tanto quanto podemos e esclarecemos o que podemos corrigir e o que não podemos. Depois de coletar todas as deficiências, no 50º dia nós decidimos o que podemos fazer com isso.

Todos os dias nós pedimos a correção em uma das Sefirot e a abençoamos. Ao todo existem 7 x 7 = 49 Sefirot que compõem a conexão entre nós: entre Malchut e Bina. No 50º dia, já temos o nosso vaso corrigido, o nosso desejo conectado, e somos capazes de receber a Luz que Reforma.

Assim, nós nos tornamos um homem, um vaso, e em vez da Luz que corrige e reforma, a luz entra em nós como um preenchimento. Este é o início da recepção da Torá.

O feriado da entrega da Torá, Shavuot, simboliza tudo isso. É um feriado muito importante, grande e especial. Não há feriado mais alegre para Israel do que o dia da recepção da Torá.

Mas as pessoas não consideram este feriado tão importante como deveriam; elas só sabem que é costume comer produtos lácteos. Este feriado também é chamado de feriado dae colheita, a primeira colheita. O Criador nos dá a Torá, assim como as vacas nos dão leite.

Mas a nação de Israel que vive na terra de Israel, como um ramo corpóreo da raiz espiritual, deve compreender o verdadeiro significado da entrega da Torá. Não há maior feriado. Claro que o êxodo do Egito é o ponto de partida, mas tudo isso é a preparação para receber a Torá.

Não faz nenhuma diferença que tenhamos recebido as primeiras duas tábuas de pedra com os dez mandamentos e que as quebramos. É através disso que as centelhas da Torá penetram nossos vasos, porque esses vasos ainda estão misturados com os vasos dos egípcios, e assim nós fazemos o bezerro de ouro. Mais tarde, nós recebemos as segundas tábuas no Yom Kippur, e após os feriados, chegamos a Purim. É assim que o ano termina. Vamos torcer para que possamos, pelo menos, começar esse processo que será concluído apenas no final da correção.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 03/06/14, Shamati 66

Preocupação Pela Unidade Recém-Nascida

Dr. Michael LaitmanNós precisamos tentar nos manter dentro de um Kli (vaso), um barco geral, e constantemente pensar na existência deste Kli , do nosso bebê mútuo. É como se você tivesse uma filha que se casou e agora vive longe de você, e você sempre se preocupa com o bebê que ela deu à luz.

Você pensa nele estar nas mãos de crianças tolas e frívolas, que são preguiçosas e não se importam com ele como deveriam. Você sofre com isso e não consegue ver como eles tratam ele. Seu coração fica despedaçado quando você ouve seu choro no telefone quando eles lhe chamam. Você está cheio de preocupação.

Existem esses tipos de preocupações na vida, ou seja, se preocupar com o bem estar de alguém fora de si mesmo. É desta forma que nós precisamos nos preocupar com o grupo.

Pergunta: Acontece que eu não tenho que trabalhar com os amigos, que estão muito bem no grupo, mas com aqueles que querem deixar o grupo e, assim, prejudicar a nossa unidade, prejudicar o nosso barco coletivo?

Resposta: Sim, mas somente se anteriormente eles visavam à unidade. No entanto, se eles ouviram que a pessoa deve se unir e imediatamente fugiram, então foi antes de quaisquer compromissos com a Arvut (garantia mútua). Por enquanto, eles não são chamados de amigos.

Amigos são apenas aqueles que trabalham para a realização do Arvut (garantia mútua). E os outros não.

Comentário: Mas nós sabemos que este é um trabalho árduo, e muitos fogem no meio do caminho.

Resposta: Não é no meio, já que eles ainda nem começaram. Eles viram o início do caminho, entenderam que não era para eles e partiram.

Pergunta: Então, por que eles vêm se eles não têm um “ponto no coração?”

Resposta: Todo mundo tem um ponto no coração, mas, por enquanto, ele não arde de tal forma que a pessoa precisa investir tudo de si nele. Mas se eles já faziam parte desta conexão e partiram, é preciso corrigir a lacuna que foi deixada, por meio de nossa conexão ainda maior e mais forte.

Pergunta: Essas pessoas devem voltar?

Resposta: Você não pode forçá-las a voltar, porque não há coerção na espiritualidade.

Da5a parte da Lição Diária de Cabalá 02/06/14, Escritos do Baal HaSulam

Um Zero E Outro Zero, Tantos Zeros Quanto Possível

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati # 53, “A Questão da Limitação”: Isso é chamado de a parte principal do grau, que é o discernimento de Katnut. Este discernimento deve ser permanente, e Gadlut é apenas um acréscimo. Além disso, a pessoa deve ansiar pela parte principal, não pelos acréscimos.

A meta é chegar à plenitude, e um sinal de plenitude é a alegria que preenche todos os nossos sentidos, todos os desejos, e todos os pensamentos, o que significa nosso coração e mente. Isto porque plenitude e alegria vêm do Criador; quando estou no menor estado (Katnut, pequenez), eu estou aderido a Ele e, assim, agrado a Ele, e então Ele é o maior estado (Gadlut, grandeza).

Na parte inferior da escada parece que a pessoa tem que ser tão grande como o Criador: conhecer, compreender e sentir tudo, controlar tudo, engolir o mundo inteiro. O Criador parece como um governante poderoso que domina toda a criação e a pessoa pensa que também deve ser igual. O ego dentro de mim constantemente cresce e se expande para que eu possa avançar.

Mas eu começo a entender que não importa o quanto novos desejos sejam adicionados e não importa o quão grande eles sejam, eu tenho que me tornar um zero e outro zero, tantos zeros quanto possíveis. Eu não posso fazer isso no que diz respeito ao Criador, mas posso fazer um esforço e fazê-lo em relação aos amigos.

Anular a mim mesmo e não querer nada para mim, mas a partir do ponto de anulação para deleitar o Criador é realmente o ponto de partida de todos os níveis, de todos os estados. Este é o atributo de Bina, doar a fim de doar sem nada para si mesmo.

Isso é chamado de Tzimtzum (restrição), Masach (tela), e a Luz  de Retorno. Na medida em que maiores discernimentos são revelados para mim, eu os anulo quando se trata do meu próprio benefício e não quero existir por conta própria se não puder deleitar o Criador acima deste estado e não exigir qualquer outra coisa.

Minha percepção da realidade é sempre dividida em duas. Eu quero apagar todos os desejos e pensamentos que são para mim mesmo e restringi-los; eu não consigo me livrar deles completamente, mas quero sentir como se eles não existissem. É porque eu começo a sentir que cada pensamento e desejo para mim mesmo de algum modo não me deixa concentrar em deleitar o Criador.

Assim, eu estabeleço a minha doação do Alto restringindo a zero todos os meus desejos que me fazem perder a cabeça. Eu volto ao nada, e, assim, acima disso, estabeleço a minha doação. Estas já são as próximas fases da minha escada. O sinal para esses estados é a capacidade de subir acima de todas as subidas e descidas e transformá-las em meio de doação, como se eu não tivesse um volume próprio, mas transmitisse tudo acima de mim mesmo.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 02/06/14, Shamati #53 “A Questão da Limitação”

Remova O Pesado Fardo Da Alma

Dr. Michael LaitmanAarão estava completamente livre de erro, exceto pelo incidente com o bezerro de ouro. Este erro foi um fardo pesado para a sua alma. Ele estava preocupado que o Criador rejeitasse seu trabalho sagrado e seu sacerdócio. Moisés lhe disse: “Você não tem que ter medo! O Onipotente perdoa!” Foi só então que Aarão foi até o altar. (M. Weisman, “Midrash Mispar“, ParashatShemini“).

Aarão se considerava indigno da obra sagrada e do sacerdócio, porque sentia dentro de si a violação anterior, a crise anterior, a quebra anterior, do pecado do bezerro de ouro.

Portanto, ele teve que passar por um ponto de virada, a fim de se elevar novamente. Só então ele estava pronto para a correção dos pecados cometidos no momento da adoração do bezerro de ouro.

Ele começou a sentir que o pecado do bezerro de ouro foi organizado intencionalmente para sua atual correção. Isto significa que este problema tinha que ser revelado precisamente desta forma, caso contrário não teria sido revelado. Agora era possível revelá-lo e corrigi-lo.

Isso aconteceu quando Aarão se conectou com Moisés, e em seu trabalho em conjunto, eles chegaram a um estado em que a Luz Superior desceu sobre eles vestida na característica de doação. Desta forma, ao se aproximar um do outro, eles adquiriram a característica de doação.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 15/01/13