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A Maldição Material Da Humanidade

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (de Facte.ru): “Nos últimos 50 anos, os alemães ficaram mais ricos em 400%, enquanto o número de pessoas que sofrem de depressão aumentou em 38%. A publicidade instila um sentimento de inferioridade nas pessoas se não comprarem o novo, o que está na moda.

“US$ 500 bilhões são gastos em publicidade por ano; este dinheiro é suficiente para fazer a humanidade se sentir miserável. Apenas US $50 bilhões por ano é necessário para resolver o problema da fome no mundo.

“O principal problema não é que devemos jogar fora coisas boas porque elas estão fora de moda. A tragédia humana são as expectativas injustificadas. Tendo comprado um carro novo, um homem o aprecia por um tempo muito curto. Se no dia seguinte seus amigos conseguirem um carro melhor que o dele, esta alegria será limitada a apenas um dia. Sem perceber, muitos de nós se tornam infelizes em busca de coisas novas que estão na moda”.

Meu Comentário: Sair desta corrida é possível apenas pela participação consistente na própria reeducação sob a influência do ambiente certo, de acordo com o método de educação e formação integral.

Arvut Espiritual, Não Material

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quando nós falamos com o público em general sobre Arvut (Garantia Mútua), estamos falando da Arvut material e não da Arvut espiritual?

Resposta: Se você está falando sobre Arvut material, esta é uma conversa política. Mas se estamos falando sobre Arvut espiritual, então isto é sobre o espírito que habita no seio das pessoas, através do qual podemos mudar tudo. Nós estamos falando sobre o poder que se encontra no centro do grupo, no centro da conexão.

Nós não estamos exigindo que as pessoas se reúnam e tragam ordem para os escritórios de governo, para a sociedade, para a vida física, para as escolas, para a polícia e assim por diante. Nós falamos sobre a descoberta de uma força superior exclusiva dentro de nossa conexão. Esse poder é chamado de poder da conexão, o poder de Arvut, e ele pode organizar toda a nossa vida.

Se nós quisermos corrigir e organizar tudo através de nossos poderes físicos, nós precisamos lutar com alguém e organizar uma guerra civil dentro da nação. Mas nós não queremos lutar com ninguém. Nós só queremos instituir a educação para o povo. E quando as pessoas se conectarem e se unirem através desta educação, estudando a sabedoria da conexão, elas vão descobrir o poder da conexão que organiza tudo.

Nós não confiamos em ninguém, nem em nós mesmos e nem em nossos poderes. Nós estamos longe de todos os políticos, porque a Luz que Reforma corrigirá tudo.

Comentário: Mas as pessoas não sentem esta Luz.

Resposta: A Luz não interessa às pessoas; o que importa para elas é ter uma boa vida. A falta de Luz lhes traz todas as suas angústias, enquanto que, através da Arvut elas alcançam a Luz que Reforma que irá remover todos os problemas.

Há um provedor de Luz de grande intensidade, mas ele se encontra a 3 metros de você; e você mal sente a vitalidade que vem esta iluminação. Mas através da Arvut todos recebem o poder de todos. Desta forma, o provedor de Luz se aproxima de nós e começamos a nos sentir melhor.

Nós podemos nos voltar à mesma fonte que causa os problemas para nós e atraí-Lo até nós, para que Ele resolva tudo para nós. Isso funciona de forma muito simples.

Basta atrair esta fonte até nós e as pessoas vão se sentir bem. Elas também não vão perguntar de onde vem este bem. De repente, elas vão sentir que está tudo bem no trabalho, nas relações com os vizinhos, com os seus filhos, nas escolas e em sua família. Mas elas vão entender que isto é feito graças a Arvut, porque há uma ação deliberada entre a Luz e o Kli (vaso) e as pessoas vão começar a descobrir isso. Isto é Cabalá prática.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 30/05/14, Escritos do Baal HaSulam

No Auge Das Sensações Agudas

Dr. Michael LaitmanO Grande Comentário é um livro escrito cerca de 3.600 anos atrás. Mais tarde ele foi alterado novamente, mas o início de sua criação coincidiu com Abraão deixando a Babilônia e a destruição subsequente do Reino da Babilônia. O Grande Comentário é um livro de crônicas que acompanhou a história do povo ao longo dos muitos anos antes de irem para o exílio Egípcio.

Lá consta que quando os animais para sacrifício estavam prontos, era a vez de Aarão começar o serviço sagrado. Mas ele ficou e não se mexeu. “Aarão, saia!”, gritou Moisés. “Por que estás a protelar? Na verdade, você foi escolhido para ser o sumo sacerdote. Encontre a coragem para começar o serviço sagrado!” Mas Aarão continuou a ficar hesitante, porque toda vez que ele olhava para o altar, o altar assumia o contorno de um touro.

Pergunta: Como uma pessoa sente dentro de si mesma quando o altar assume o contorno de um touro?

Resposta: Para mim estas palavras não evocam quaisquer associações com touros. Primeiro de tudo, é tudo sobre uma pessoa. Mas porque é difícil para nós descrever as ações que são consideradas como acontecendo dentro de uma pessoa, vamos descrevê-las como pessoas que identificam e sentem tudo como uma pessoa, como os seus sentimentos são mútuos e suas sensações agudas.

Como uma pessoa, eles começam a se elevar, dividindo-se no povo (Israel), Levitas servindo as pessoas e os Cohen, o mais alto nível de serviço em uma pessoa. Pois em uma pessoa, ou seja, na imagem geral de Adão (humano), no Partzuf geral existem três níveis, NHY (Netzah. Hod, Yessod), HGT (Hesed, Gevurah, Tifferet), HBD (Hochma, Bina, Daat).

Em princípio, eles estão sempre reunidos e montam a imagem da pessoa inteira, de Adam. Então, eles começam a sentir que se elevam ao nível de Aarão, entram em contato com o Criador. Sua missão é chegar à adesão entre si, pois somente em conexão eles se elevam sequencialmente ao nível das “pessoas,” ao nível dos Levitas, e depois ao nível dos Cohanim e do nível dos Cohanim ao nível de Aarão, e depois eles atingem o nível de Moisés.

Assim é como eles resolvem o problema de conexão por si mesmos, e em sua unidade comum, que é chamada de Mishkan, o morador (Shochen) é descoberto. O morador é o Criador que é sentido na pessoa como tendo descido a este lugar e o preenchido, como um nevoeiro que preenche um vale.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 15/01/13

Nós Podemos Realizar Isso Hoje

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Artigo, “Arvut (Garantia Mútua)”: E uma vez que toda a nação, por unanimidade, concordou e disse, “Faremos e obedeceremos”, cada membro de Israel tornou-se responsável de que nada faltasse a qualquer outro membro da nação. Só então eles se tornaram dignos de receber a Torá e não antes.

“Êxodo” 24:7 “Fazer e obedeceremos ” no Monte Sinai refere-se a aceitar a garantia. Somente no grau de revelar o vaso dos desejos danificados que concordamos em nos conectar para ajudar cada amigo a corrigir os desejos e aproximar-se da meta da criação, atingindo a adesão com o Criador, atraímos a Luz que Reforma. Ela corrige os nossos vasos e os colocamos no âmbito da garantia mútua.

Enquanto isso, todo o resto dos desejos que não podem entrar no âmbito da garantia são deixados de fora. Isto significa que a garantia é a condição que nós temos que alcançar em cada novo nível.

De acordo com a garantia entre nós, vez após vez, recebemos a Luz que Reforma que nos corrige, e depois descobrimos o Criador, o Mestre, podemos realizamos a ação para doar, alcançamos a adesão e continuamos para frente. Em cada nível, existem as condições de garantia que devem ser mantidas de acordo com o nível que é atingido. E no vaso que é chamado de garantia, nós recebemos a Luz que Reforma.

Mas como posso ser um fiador de alguém, se não tenho qualquer poder; não me encontro além do tempo, não vejo o passado, o presente e o futuro, e não tenho nenhuma possibilidade de alterá-los? Eu não posso mudar meus desejos. Então, como posso ser obrigado a ser um fiador de alguém?

A garantia significa que estou pronto para participar com você com todas as forças disponíveis, mas eu devo atrair o Criador para isto. Pois, quem sou eu para ser capaz de ser um fiador?

No banco eu assino uma garantia para um amigo na esperança de que ele será capaz de pagá-la. Na pior das hipóteses, se ele não puder pagar o empréstimo, de alguma forma eu pagarei. Enquanto estiver aqui, eu simplesmente não sou capaz de lidar. Como posso ser um fiador para atingir a conexão, para atingir a adesão, para atingir a meta espiritual? Eu devo, no lugar do Criador, assinar garantias como estas, caso contrário, isto é uma mentira!

Como é possível exigir algo assim de mim se nem no mundo tenho dificuldade em entender o que está acontecendo aqui? Além disso, eu não sou responsável pelo que está acontecendo nos níveis espirituais. Portanto, nós precisamos de um poder maior dentro da nossa garantia.

Eu não atraio mais Luz do que preciso para ser um fiador para os outros. Peço a ajuda e a cooperação do Criador para ajudar a todos. Isto é o que podemos realizar hoje!

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 30/05/14, Escritos do Baal HaSulam

Arrastões Espalhados No Mar

Dr. Michael LaitmanCartas do Rav Kook: Mesmo a pessoa mais baixa, quando for oferecido fazer bondade ao mundo inteiro, o que inclui tudo infinitamente, se regozijará poderosamente de fazer o bem.

Toda a preguiça e a fraqueza são apenas resultado da falta de fé na grandeza do bem que pode ser feito para todo o universo ao engajar-se em Torá e Mitzvot, no trabalho e a pureza de nossas medidas. Isso é retratado através da compreensão da unidade espiritual, o que significa saber que a luz da alma de cada indivíduo está ligada à alma geral de toda a existência.

Cada pessoa deve dizer que o mundo foi criado para ela. Quando uma pessoa faz o seu trabalho, gera uma mudança em todas as outras almas. É porque todos nós pertencemos e estamos incluídos em um mecanismo, e quando uma pessoa corrige sua conexão com o mundo inteiro, traz as partes de sua alma de volta para si e, portanto, ajuda os outros a se conectar.

É como um arrastão (rede de pesca) que foi atirado ao mar durante a quebra. Como resultado da quebra, eu fiquei com apenas um ponto no coração, e minhas outras partes se dispersaram na água e permanecem externas para mim. Eu nasci assim; é um fato. Agora eu preciso puxar o arrastão e reunir minhas partes perdidas e conectá-las de volta para mim.

Trabalhando com o público, eu conecto minhas partes de volta para mim, por um lado, e por outro lado, dou a todos a força espiritual para começar a trabalhar com a sua própria rede. Parece que falo com estranhos, mas realmente sou eu em diferentes formas.

Quando eu atraio pessoas a esta ideia, acontece que trago as partes da minha alma para mais perto de mim. Toda a humanidade são partes da minha alma. Mas, exceto por isso, a minha parte, cada um tem sua própria personalidade. Atraindo as minhas partes, eu transmito a força espiritual a elas para que elas possam trabalhar em seu próprio círculo, com seu próprio mundo.

Acontece que quando eu puxo essa rede para fora da água, eu desperto todas as partes da minha alma que estavam conectadas a esta rede e cada um puxa para fora sua própria rede e esclarece o seu conteúdo, porque todo mundo tem seu próprio mundo. Assim, nós entendemos que trabalhar com o público nos permite conectar as partes da minha alma; a quantidade se torna qualidade e cada um avança para implementar a criação das dez Sefirot da sua própria alma.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 30/05/14

Cada Mudança Balança Todo O Sistema

Dr. Michael LaitmanAo trabalhar em correções nós temos que trabalhar na direção oposta da quebra e entender que tudo depende da nossa incorporação. Portanto, a correção começa em ter uma inclinação, uma deficiência, uma necessidade, de unir-se por razões diferentes.

Há uma aspiração puramente pragmática de unir-se para ganhar a vida um do outro no sentido corpóreo, e há o mandamento de se conectar a fim de ganhar avanço espiritual um do outro.

Todas as correções são realizadas pela incorporação mútua. Portanto, quando quisermos reunir novamente o vaso quebrado, nós devemos nos certificar que a pessoa sinta que é uma parte inseparável do mundo. Ou seja, ela tem que corrigir o mundo inteiro a fim de corrigir a si mesma.

Isto significa que uma pessoa não será capaz de se corrigir, a menos que corrija sua conexão com o mundo inteiro, com toda a humanidade. Embora pareça impossível, nós dependemos um do outro na correção, da mesma forma que dependemos um do outro na quebra.

À medida que eu dependia de todos durante a quebra, como está sendo revelado agora, eu também dependo de todos durante a correção. Portanto, mesmo que eu realize apenas pequenas correções pessoais, ainda assim, eu toco cada pessoa no mundo. É porque nós estamos num sistema integral onde não há nenhuma peça isolada, mas onde tudo está conectado e todos influenciam um ao outro.

Claro, todo mundo age de acordo com seu nível e de acordo com seus Reshimot (genes espirituais), de acordo com a profundidade de sua queda durante a quebra e depois do pecado da Árvore do Conhecimento. Ainda assim, se retirarmos certo fino fio do final do sistema, todo o sistema balança, se movimenta e, consequentemente, é invocado para melhor ou para pior.

É por isso que é dito: “Aquele que salva uma alma de Israel, é como se salvasse o mundo inteiro”. É porque aquele que é chamado de Israel (de acordo com seu desejo pela revelação do Criador, a força de doação e amor nos desejos) corrige sua atitude para com o sistema em que se encontra, pelo menos no primeiro nível de Nefesh, e por isso certamente influencia todo o sistema.

Por esta razão se diz no Livro do Zohar que quando Israel se corrige, a Luz Superior que entra em seus vasos se derrama e enche o mundo inteiro. Isto significa que não temos que cuidar do mundo, basta cuidar daqueles que podem despertar. Se bem que nós podemos sair para o público e acelerar seu desenvolvimento.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/05/14, Escritos do Rabash

História De Terror Com Um Final Feliz

Dr. Michael LaitmanAo longo de toda a sua história, a humanidade inventou inúmeros métodos de correção social. Juntamente com o progresso da humanidade, a estrutura da sociedade adquiriu novas formas e se transformou em uma configuração mais complicada. Consequentemente, metodologias para incrementar a sociedade humana têm melhorado e tornam-se muito mais substanciais e sofisticadas. Esta é a razão pelo surgimento da filosofia, seguido pela psicologia e outras ciências sociais.

Entre elas, podemos encontrar os movimentos religiosos e sociais que visam corrigir nossa sociedade. As pessoas estão sempre insatisfeitas com o ambiente em que vivem. Na verdade, é realmente um problema. Muitos estudos têm sido realizados e inúmeros livros escritos sobre este tema; no entanto, os problemas sociais ainda não foram solucionados.

O que todas estas metodologias têm em comum é que são todas compreensíveis para a humanidade. Cada metodologia pode ser explorada, compreendida e implementada. E, embora nenhuma delas alguma vez tenha trazido qualquer benefício para a humanidade, as pessoas não as abandonam e ainda têm esperança de implementá-las. As pessoas ainda esperam que, no final, vão encontrar uma maneira de fazê-las funcionar.

Ultimamente, a crescente frustração e sensação de impotência está se tornando mais clara a cada dia. Está se tornando cada vez mais claro que não podemos fazer nada com a nossa natureza, que é a causa de todo o mal do mundo.

Nosso egoísmo, nossa inclinação ao mal, tem se expandido ao longo de vários milhares de anos. Nós avançamos devido ao nosso ego. Na verdade, nós realmente progredimos, construímos e evoluímos por causa de nossos egos. Na verdade, tudo o que já foi construído e criado por um ser humano neste mundo foi feito por um macaco que, em algum momento de sua evolução, desceu das árvores, um macaco que passou a ter uma quantidade de egoísmo que por fim o forçou a se transformar em um ser humano. O egoísmo fez o macaco se desenvolver socialmente em cidades e países de seu habitat. O egoísmo incentivou o macaco a criar, inventar e descobrir.

Nós não tínhamos dúvidas que nosso avanço iria continuar. Baseado no que os cientistas, economistas e filósofos afirmam hoje, a humanidade ainda espera que continuará a se desenvolver. O que mais as pessoas podem esperar? Na verdade, será que existe outro modo de avançar, se não for por nosso egoísmo? Ele é a única força nesse mundo que empurra tudo à frente e rege cada átomo, todas as galáxias, cada pessoa, bem como toda a natureza inanimada, vegetal e animal.

Tudo se move por causa do nosso egoísmo. No entanto, durante os últimos 50 anos esta força progressiva que nos fez avançar, criar e construir transformou-se num “demônio malicioso”, um tumor canceroso que nos devora. Anteriormente, nosso egoísmo foi usado para a criatividade, embora atualmente não produza nada mais; pelo contrário, destrói tudo ao seu redor.

Os sistemas que foram criados para o nosso benefício, tais como tecnologias de ponta, medicina, educação e cultura agora trabalham contra nós. Além disso, eles nos prejudicam. A medicina moderna, em vez de nos curar, visa se beneficiar de nós. A alta tecnologia destrói o meio ambiente. O sistema educacional debilita nossos filhos.

Não há nada que possamos fazer sobre isso desde que nós estamos posicionados dentro de nosso egoísmo que se transformou em um tumor maligno e devora a si mesmo e tudo o que há. Assim, ele mata o corpo, toda a humanidade.

Ninguém neste mundo tem uma solução para a situação atual. Se há apenas uma força da natureza, o que faremos sobre isso? Não temos nada em nossa posse exceto nosso egoísmo. Nossos egos nos governam, nos empurram para frente, acompanham e nos abraçam pela frente e por trás. Não conhecemos nada, exceto o nosso egoísmo. Estamos totalmente à sua mercê e não fazemos ideia para onde ele nos leva… Mesmo nos aproximando de um abismo, não há nada que possamos fazer contra isso. É por isso que cientistas, filósofos e economistas agora se apegam aos velhos valores que estavam em uso há muitos anos, independentemente do fato de que o nosso mundo está declinando de forma rápida e forte. Ninguém pode mudar este estado das coisas!

Então, por que nós, aqueles que aprendem a sabedoria da Cabalá e que têm uma segunda força que é capaz de confrontar o egoísmo, não saímos e fornecemos aos outros a receita para a salvação? Por que não podemos participar em todas as mídias de massa? Por que não podemos gritar nas ruas ou doar nossos livros em cada esquina? Por que não inundamos os jornais e revistas com nossos artigos? Por que não fazemos tudo isso? Por que não nos encontramos com os cientistas, filósofos, artistas conhecidos e educadores?

Na verdade, nós tivemos várias reuniões com eles. A resposta a estas perguntas é muito simples. Nossa metodologia baseia-se em ter um ponto no coração; simplesmente não temos uma chance de explicar aos outros que existe outra força capaz de se opor ao nosso ego, uma força com a ajuda da qual podemos corrigir o egoísmo. Eles não entendem, sentem ou acreditam em tal força.

Não importa se eles são religiosos ou seculares; eles apenas desconhecem que essa força existe. Mesmo que esteja escrito nos livros que eles consideram sagrados, eles ainda carecem da sensação interna e não têm duas bases. E dentro nós temos ambas: nossa inclinação egoísta e um ponto que nos puxa numa direção diferente. Este ponto pode nos fornecer a força positiva, além da negativa. Nós podemos desencadear uma guerra entre esses dois vetores e corrigir o poder pela força benevolente, porque a Luz que a última contém reforma.

Portanto, nós não temos nenhuma chance de apelar àqueles que não têm os pré-requisitos internos. Eles não nos entendem! Eles vão nos considerar, místicos e sonhadores. Isto explica por que não há nenhuma outra maneira de provar que o nosso caminho e nossa metodologia estão corretos, exceto trazendo exemplos explícitos. Baal HaSulam escreve que nós temos que mostrar um modelo que irá convencer as pessoas que a nossa metodologia está correta e que realmente funciona! Eles não vão entender o mecanismo de como ela funciona, mas os fatos falam por si mesmos.

Se nós conseguirmos fornecer um exemplo, então teremos algo para anunciar, algo que irá servir como prova e apelar aos outros. É impossível fazê-los sentir isso diretamente. O exemplo deve ser claro e compartilhado não apenas por nós, algumas pessoas especiais, mas também deve ser visível para o público em geral. O exemplo deve se tornar conhecido por milhares ao nosso redor, então eles participarão da construção da unidade entre todos. Eles vão sentir que doação, dação, união, calor e amor que despertam em nós são as melhores recompensas. Eles irão se esforçar para alcançar essas sensações, deixar seu egoísmo para trás e unir-se com os outros com base na igualdade.

Nossas atividades devem ser muito simples: dirigir-se às pessoas normais, uni-las e cuidar delas até criarmos um exemplo que será óbvio para todos. Então, seremos capazes de anunciar desta forma para introduzir as pessoas ao método.

O público em geral não vai entender sua essência profunda, mas aqueles que alcançarem a unidade vão sentir onde está a fonte da força positiva. Assim, a metodologia vai se espalhar. Isso é porque nós estamos dando passos grandes e extremamente importantes que irão mostrar ao mundo inteiro a essência da nossa metodologia; temos que mostrar aos outros o resultado e estabelecer um exemplo para a humanidade inteira.

Eu espero que o nosso cuidado comum para com o público em geral nos ajude a unir-nos na medida que dentro de nossa associação forte iremos sentir o fogo interno e o poder da doação. Eles se revelam no centro da nossa unidade, no núcleo do grupo, e vamos sentir isso. Aqueles que se juntarem a nós sem estudar a sabedoria da Cabalá simplesmente vão sentir que são mais felizes. Eles vão se sentir bem porque seus desejos e objetivos serão satisfeitos através das relações positivas com os outros. Isso lhes dará um sentimento de confiança; eles se sentirão mais seguros e finalmente irão resolver seus problemas mais vitais. As pessoas perceberão que tudo é grande em suas vidas, cada um de acordo com seu nível de desejos.

Tomara que nós consigamos definir um exemplo para a humanidade e que ela demonstre a todos que se trata não apenas de palavras vazias, mas que é realmente possível acionar a força benevolente em nossas vidas, e que com sua ajuda, podemos corrigir a inclinação ao mal, tornando-a boa.

De uma Conversa durante a Refeição 23/10/13