Salmo 139: Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; tão alto que não posso atingi-lo. Para onde me irei do Teu espírito, ou para onde fugirei da Tua presença? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que Tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua mão me guiará e a Tua destra me sustentará.

Só depois que uma pessoa aprende sobre si mesma é que ela começa a atingir a grandeza e a perfeição da força superior. Então ela entende quão perfeito é o conceito do Criador, que está acima de toda a criação.

Nós alcançamos qualquer atributo da criatura por seu oposto. Tudo é sempre estabelecido com base na oposição, no contraste, mas o Criador está acima de todos esses estudos de conceitos opostos. Ele é o objetivo perfeito e absoluto.

Assim, na medida em que o filho do homem é capaz de estudar, que um ser humano nascido de uma mulher é capaz de buscar, de entender o que é a força superior, ele, no entanto, não pode alcançá-la. Afinal, a criatura não pode alcançar a perfeição como ela é, mas apenas o que está diante dele.

O ponto em que ele entende que é impossível alcançá-la é o lugar onde a maior adesão com o superior ocorre. O superior permanece superior em Seus atributos e Suas ações e mesmo sem atributos e ações – lá onde tudo desaparece na própria força superior.

Quando o rei David, que simboliza toda Malchut do mundo de Atzilut, alcança isso em seus vasos, ele descobre que há uma perfeição única acima que não pode ser alcançada pelo homem. Isso decorre do atributo do Criador, que não se veste mais na criatura, mas está acima dela. Então ela entende que os conceitos de perfeição e grandeza decorrem da impressão da criatura e não do superior por si só.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 28/04/14

Categoria: Lição Diária de Cabalá, Trabalho Interno |