Exercícios Num Invólucro Doce

Dr. Michael LaitmanPergunta: Na sabedoria da conexão há um exercício chamado “Espelho”. Cada um vê seus próprios defeitos num parceiro. Suponha que os pais tenham treinado isso e agora desejam incluir seu filho no campo compartilhado. Com isso, eles veem alguma deficiência nele; eles entendem que esta é a sua própria deficiência. Será que parceiros precisam trabalhar nisso?

Resposta: Antes de incluir um filho em exercícios deste tipo, é necessário explicar a psicologia de uma pessoa a ele. Por exemplo, deixe-o ler um livro que descreve a formação psicológica que possibilite que ele entenda quem ele é e como percebe o mundo.

Você não precisa sequer ensinar o filho, mas simplesmente querer que ele entenda como as pessoas são limitadas, o quanto não veem e não sentem seu ambiente, o quanto se enganam. Você explica a um filho que, por estar familiarizado consigo, ele vai entender melhor o mundo, a sociedade circundante e os seus amigos; será mais fácil para ele se conectar com eles.

Isto significa que antes de tudo é preciso subornar o ego. Assim como eles dão um cubo de açúcar a um urso de circo e ele executa uma tarefa, também aqui, você sempre precisa pensar em algum tipo de “doce” que você vai dar ao filho, de modo que ele se interesse. Com tais exercícios difíceis, os filhos precisam estar envolvidos gradualmente. Certamente é difícil para eles superar o ego original, mas, assim, eles são atraídos a isso.

Nós devemos ter muito cuidado para que o filho não vá longe em seus pensamentos e imaginação e não comece a imaginar que o mundo está completamente invertido, como num espelho, em que ele pensa que você é o seu reflexo. Isto é porque a psicologia das crianças ainda não está estabilizada e, por vezes, esta pode ser prejudicial e dolorosa.

Portanto aqui é necessário se comportar de acordo com as inclinações da criança. Há pessoas técnicas que têm grande dificuldade em entender isso, porque basicamente têm uma percepção mecânica do mundo. E há aquelas que têm uma afinidade por ilusões e incertezas quânticas. Por isso, é necessário levar em conta todos os aspectos do caráter da criança.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 11/12/13