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Quando Bactérias Inofensivas Se Tornam Monstros Comedores De Carne

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The Conversation): “As doenças bacterianas causam milhões de mortes a cada ano. A maioria dessas bactérias eram inofensivas em algum momento do seu passado evolucionário, e nós nem sempre entendemos o que as transformou em patógenos causadores de doenças. Num novo estudo, os pesquisadores rastrearam quando aconteceu essa mudança para uma bactéria carnívora.

“‘Nós deduzimos que a data coincidiu com inúmeras menções de epidemias de streptococcus na literatura’, disse Musser. Desde 1983, houve vários surtos de infecção de estreptococos em todo o mundo. Por exemplo, no Reino Unido, as infecções por estreptococos cresceram em número e gravidade entre 1983 e 1985.

“É a mesma história de muitos outros países, com a Suécia, Noruega, Canadá e Austrália sendo vítimas do que agora é uma epidemia intercontinental. Os sintomas variaram de faringite à doença que come carne, fasceíte necrosante“.

Meu Comentário: Qualquer parte do nosso corpo e do ambiente pode se transformar num monstro que leva à morte, como está escrito, que os inimigos do homem vivem em sua casa. Mas a conversão em inimigos depende da relação entre as pessoas como inimigas.

Afinal de contas, nós estamos no mais alto nível do desenvolvimento do egoísmo, e, portanto, o nosso comportamento como racional e consciente, requer que os níveis inferiores da natureza (inanimada, vegetal e animal) estabeleçam a mesma relação entre si em relação a nós.

Se corrigirmos nossas relações para relações amigáveis, vamos nos convencer da verdade da Bíblia, que diz que no futuro o lobo viverá com o cordeiro, e a criança vai brincar com eles.

Cair Para Cima

Dr. Michael LaitmanDo “Estudo das Dez Sefirot”, parte 15, item 44: Agora, a libertação da escravidão do Egito é considerada como um exílio.

Libertação e exílio estão relacionados. Em circunstâncias diferentes o mesmo estado pode ser considerado um exílio ou libertação. O exílio num determinado nível pode ser espiritualmente mais elevado do que a libertação em outro nível.

Digamos que eu estou no terceiro ano da universidade e não tenho ideia do que eu estou estudando, ou seja, eu estou “no exílio.” Comparado com calouros e alunos do segundo ano, eu estou no estado de libertação, já que de alguma forma consegui subir para um nível superior ao deles.

Rabash escreve que o nível de fé que chegamos cada vez se torna a base para o próximo nível: Reshimo de Hitlabshut se transforma em Reshimo de Aviut; é assim que avançamos. Libertações se transformam em exílios.

Do artigo do Rabash “O Significado do Exílio”: “Cair” na espiritualidade não significa que a pessoa perde a fé. Significa que neste momento ela é obrigada a trabalhar ainda mais; é por isso que a fé anterior é considerada uma queda em relação ao seu estado atual.

Keter do Partzuf inferior se torna Malchut do superior. Isso prova que nunca devemos julgar o nosso estado desde dentro, mas apenas em combinação com estados relacionados. Cada vez nós somos elevados para a santidade e nunca diminuímos de grau. Mesmo que acabemos na escuridão, o novo estado de escuridão ainda é superior ao bom estado que estávamos anteriormente.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/03/14, “O Estudo das Dez Sefirot

Não Um Feriado no Calendário, Mas Um Salto Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o significado dos vasos que nós pegamos dos egípcios?

Resposta: Sem eles, não somos capazes de revelar a Luz (o Criador), porque tudo que somos capazes de fazer é modificar a intenção. O Egito é a intenção para o seu próprio benefício.

A terra de Israel (Eretz Israel) é um desejo (ratzon) diretamente ao Criador (Yashar-El). O mesmo desejo que existe no Egito se transforma em Israel depois de mudar a intenção.

Nós temos apenas um desejo. Quando começamos a revelá-lo, parece a antiga Babilônia, porque tudo parece tão confuso. É um enorme egoísmo que mistura todos os estados juntos. A primeira vez que saímos do nosso ego devido ao método de Abraão, nós nos esforçamos para superar o nosso desejo de receber e separar nossos estados anteriores, tanto quanto pudermos.

Este fenômeno é chamado de “Abraão”. Abraão nos leva para fora de Babilônia, e nos separa de nosso habitual egoísmo corporal.

No começo, quando a pessoa chega a um grupo, ela aprende a trabalhar para além do seu egoísmo e a se conectar com amigos. Ao fazer tentativas para alcançar a unidade, de repente ela sofre uma tremenda queda.

Esta é a entrada para o Egito: a intenção mais egoísta e cruel. Ela quer receber todos os mundos. É uma intenção mais egoísta e focada. A pessoa inclusive quer usar a sabedoria da Cabalá para o seu próprio bem estar pessoal. Isso é chamado de poder do Faraó.

Se continuamos a trabalhar, o grupo e a Luz Circundante nos influenciam. Nós não sentimos a Luz, mas observamos as conseqüências do seu impacto sobre nós. Sentimos que somos obrigados a sair do nosso egoísmo, para nos livrar dele. Nós aplicamos esforços, experimentamos dificuldades e inúmeros problemas que nos ajudam a nos separarmos do nosso ego.

Às vezes nós caímos muito profundamente em nosso egoísmo. Às vezes nos separamos do nosso ego e subimos sobre ele. Nós passamos por altos e baixos. O nosso egoísmo (o Faraó) continua a receber golpes até que nos livramos dele.

O primeiro desprendimento da intenção egoísta é chamado de êxodo do Egito. Isto é o que nós esperamos passar juntos quando nos unimos. Eu prevejo que o próximo Pessach não será apenas um feriado no calendário para nós e que iremos experimentar um salto espiritual.

O que vai mudar em nós se o salto acontecer? Em primeiro lugar, a Babilônia vai se transformar numa sensação de que estamos no Egito, na escravidão, ainda dentro do desejo de receber. Tudo depende da nossa percepção. Na Babilônia, todo mundo agia dentro do seu egoísmo e era considerado normal, porque esta é a natureza humana.

Mas nós não concordamos com este estado e queremos subir acima do ego. Quando tentamos subir, passamos da Babilônia para a terra de Canaã, a futuro da terra de Israel. Lá, nós de repente sentimos que simplesmente não podemos fazer isso da maneira que tentamos e que temos que ficar dentro do desejo de receber, caso contrário, não vamos avançar. Isso significa que nós entramos no Egito.

Quando reconhecemos a necessidade de mudar as intenções de egoístas para altruístas (doação), começamos a trabalhar para sair do Egito e continuamos o nosso trabalho até conseguirmos nos desprender da nossa intenção egoísta. O desprendimento desta última é o êxodo do Egito.

Então, não temos certeza do que deve ser feito a seguir: nós nos separamos do egoísmo, mas e agora? Neste ponto, nós começamos a adquirir a intenção de doar que adicionamos acima do mesmo desejo que tínhamos quando estávamos no Egito. É por isso que cada mandamento que observamos, cada ação de doar, é apenas uma lembrança do nosso êxodo do Egito.

Eu uso o desejo que anteriormente era chamado de Babilônia, depois foi Egito, e depois se transformou no deserto do Sinai, e por fim se tornou a terra de Israel. O desejo permanece o mesmo, mas a intenção melhora a cada vez.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/04/14, Perguntas e Respostas com Dr. Laitman

Um Escravo Voluntário Da Luz

Dr. Michael LaitmanNão há estado mais importante do que o nosso estado atual, uma vez que este é o lugar onde a nossa evolução espiritual começa. É na nossa situação, na nossa condição, que a saída para o primeiro nível espiritual é possível. Não pode ser de outra maneira. Todo mundo começa assim. Nós recebemos uma oportunidade especial e temos que usar todos os meios que nos são dados, a fim de nos levar ao sentimento de exílio, a sensação de que estamos algemados e no pior estado possível sob o domínio de Faraó.

O Faraó controla até mesmo o nosso menor pensamento, nosso menor desejo, onde quer que nos viramos e tudo o que fazemos. Cada impulso e movimento que fazemos vem dele; cada pensamento e fluxo de consciência, cada desejo e todos os desejos que se originam dele, são todos determinados pelo ego. Não importa o caminho que vamos e quão longe tentamos nos afastar do mal, nós permanecemos no ego.

Uma pessoa determina que não pode deixar o exílio, embora realmente queira sair dele e faça diversas tentativas, esforços muitos grandes, mas isso não leva a nada. Quando ela grita desesperadamente com as últimas forças que ela deixou apenas para este último grito, um milagre acontece e ela sai do Egito.

Agora ela começa a entender e sentir o que significa estar sob a influência da Luz. Ela sai de sua escravidão para o seu desejo, e voluntariamente se torna escrava da Luz, optando por estar sob o domínio do atributo de doação, acima da razão.

Ela sabe que está se tornando escrava, que está escravizando a si mesma, e que não é mais livre, mas está livre do desejo de receber e do seu amado “eu”, com quem ela sempre se preocupa. Ela está sob outro tipo de dominação e realmente quer estar sob essa dominação.

Não há um estado neutro no caminho entre o Egito egoísta e a doação completa. A pessoa se move imediatamente de um tipo de dominação para outra, mas ela quer e anseia por isso, mesmo quando ainda está no Egito. Além da repulsa, do ódio e da rejeição que sente em relação ao estado no Egito, ela também anseia pela dominação total da Luz de modo que esta irá governa-la totalmente, orientá-la e controlá-la.

É assim que devemos nos preparar internamente. Vamos torcer para que de alguma forma estejamos prontos para isso e, como para todo o resto – o Senhor vai completar o trabalho por nós.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/04/14, Escritos do Rabash

De Onde Virá O Meu Socorro?

Dr. Michael LaitmanSalmos 121: Uma Canção para subidas. Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro.

O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra.

Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não cochilará.

Eis que não cochilará nem dormirá o guardião de Israel.

O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.

O sol não te molestará de dia nem a lua de noite.

O Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma.

O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre.

Nós temos que elevar nossas deficiências à correção de Malchut, o vaso quebrado, a alma quebrada, até chegarmos à Rosh do mundo de Atzilut, de onde vem o meu socorro, levantarei os meus olhos para os montes, o que significa subir acima de todas as montanhas da dúvida. Esta subida é de acordo com a equivalência de forma que eu quero alcançar. Claro, eu não posso fazê-lo no momento, mas eu quero subir lá.

É de lá que virá a minha ajuda, o meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra, o que significa que Ele cria Malchut pelos atributos de Bina e Zeir Anpin, HaVaYaH os conecta.

Uma pessoa pode expressar sua solicitação desta forma a partir de cada estado em que se encontra, a partir do dia e da noite, a fim de descobrir que não cochilará nem dormirá o Guardião de Israel. Todos estes dias irão se acumular e o Criador vai nos ajudar e habitar na unidade entre nós de acordo com nosso desejo de se unir.

Não devemos esquecer que temos que preparar uma plataforma, um lugar para a Divindade. Todo o nosso trabalho é com a conexão de forma prática realista, apesar de todas as dificuldades e obstáculos. Não há coincidências na vida, tudo é organizado e nos últimos detalhes pelo Alto para que possamos conectar nestas condições.

Quanto mais alto subimos, mais baixo descemos por receber mais obstáculos. Assim, o vaso quebrado, a alma quebrada, é revelada até esclarecermos todas as suas partes que temos que conectar para atingir o primeiro nível espiritual.

A principal coisa é subir ao primeiro nível da escada espiritual. Todos os outros níveis se sucedem numa cadeia de causa e efeito. Todos têm a mesma natureza e o mais difícil é fazer a transição entre a natureza “a fim de receber” para a “a fim de doar”.

Depois, existe a mesma maneira de subida de acordo com as mesmas regras. Cada vez mais detalhes são revelados e a impressão certamente muda, mas não é mais a transição inicial de nossa natureza. Portanto, a coisa principal é superar o primeiro nível.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 11/04/14

Um Bom Exemplo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Na sociedade há filhos agressivos e excessivamente violentos, que inclusive batem em seus pais. Será que o círculo integral vai corrigi-las?

Resposta: Neste caso, é necessário elevar o nível de educação e moralidade, discutindo comportamento assim em círculos. E um bom exemplo é necessário.

Deixe os filhos falarem sobre o amor pelos pais, sobre a suavidade. Eles podem compensar os seus pais pelo que estes lhes deram na primeira infância, lembrando como sua mãe cuidou deles, como o seu pai estava preocupado com eles? A discussão deve incluir também os filhos normais, e os mais agressivos devem ouvi-los. Então é necessário tentar com muito cuidado incluí-los na conversa para que isso penetre neles.

Mas deve haver uma integração muito séria, simpatia e empatia. Se as crianças agressivas veem seus pares como fortes, sérios e saudáveis, na medida que elas se relacionarem com seus pais com amor, compreensão, simpatia e preocupação, elas vão obter um bom exemplo deles.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 12/12/13

Da Depressão À Criatividade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Suponha que os pais organizem um clube para os seus filhos, onde eles realizam discussões. Mas neste grupo dois dos jovens são filhos problemáticos que estão profundamente deprimidos e podem infectar os outros. O que deve ser feito sobre isso?

Resposta: Se a comunicação entre os jovens ocorre naturalmente, então basta que eles relaxem por meio de canções comoventes em torno de uma fogueira para que não se fechem dentro de si e comecem uma conversa à distância. O que pode ser bom para uma pessoa na vida e o que pode ser ruim? Nossa natureza busca apenas o bem. Mas se estamos fechados, nos devorando, será que estamos nos divertindo? Portanto, por que não escapamos disso?

Que força é essa que existe em mim, que me coloca num estado de desespero, escuridão e vazio o tempo todo? Será que é contra isso que eu tenho que lutar de alguma forma? E se eu lutar, eu vou descobrir tais forças dentro de mim que agem em oposição e que vão me elevar às alturas particulares na arte, literatura, ciência, esportes e assim por diante. Por isso, é necessário aceitar, como uma bênção, tudo o que há numa pessoa, até mesmo o estado mais deprimido que, basicamente, empurra a pessoa para o bem, mas só quando isso não fecha a pessoa dentro de si mesma como um casulo.

Pelo contrário, um estado de insatisfação nos empurra para frente. Por isso, é necessário torná-lo criativo. E isto só é possível com a ajuda do ambiente, onde a pessoa que empurra para frente e outra puxa para trás, e entre elas surge um movimento mútuo. Elas se verificam, inspecionando o movimento geral entre si. Em outras palavras, é necessário apoiar os filhos deprimidos, de modo que sua condição possa ser criativa.

Muitos escritores, compositores e cientistas famosos experimentaram depressão, e para sair dela, eles se ocuparam da criação. Esta foi uma cura para eles, a salvação. Eles deram à humanidade presentes criativos de obras-primas clássicas precisamente graças a seu sucesso em elevar-se acima de sua depressão e usá-la da maneira certa.

Como nós podemos usar criativamente o desespero, as dificuldades, as decepções, e a depressão, que são tão comuns no mundo de hoje que resultam em negligência e descaso por tudo? Afinal de contas, a partir desses estados a próxima condição humana, social, política e nacional vai nascer.

Portanto, é proibido deixar de lado esses estados e considerá-los como algo que não é bom. Pelo contrário, é necessário ansiar em transformar sua forte energia negativa em algo positivo.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 12/12/13

Olhe Para Si Mesmo De Fora

Dr. Michael LaitmanPergunta: Suponha que eu trouxe o meu filho para um grupo onde sete em cada dez crianças estão deprimidas. Eu não preciso me preocupar que o estado delas irá passar para os outros?

Resposta: Não! Basta tentar separá-las de si mesmas imediatamente. “Amigos, vamos, vamos falar sobre o que está acontecendo conosco, de fora. Este sou eu, um ser humano. E este é o meu corpo. Dentro do corpo, existem todos os tipos de forças, humores e opiniões.

“E se eu saísse do meu corpo e desse uma olhada de fora, como se eu tivesse me reunido de forma diferente? Vamos nos imaginar de outra forma, como nos elevamos acima de nós mesmos. É possível conseguir isso?

“Será que eu fui criado de tal forma que não posso ser desprendido de mim mesmo? Ou será que existe algum tipo de lacuna entre o eu interior e o eu exterior onde posso gradualmente começar a aprender sobre mim mesmo de fora?”. Treinamento psicológico regular como esse possibilita que uma pessoa veja que isso não é ela, mas uma intenção externa particular do ambiente que a rodeia.

Uma criança poderia simplesmente ler um monte de romances ou ver programas de televisão que despertassem uma sensação de desesperança? Mesmo entre 100 a 150 anos atrás, algo chamado desprendimento nobre estava na moda: “um herói do nosso tempo”, e assim por diante. Na literatura mundial, em particular na literatura russa, muitos livros foram dedicados a uma busca derivada da escuridão interior.

E pode ser que ela simplesmente se gabe e se vanglories sobre esse estado, mostrando: “Olha como eu sou! O que atrai você não me interessa!” Por isso, é necessário verificar as origens de onde vem a depressão nas crianças.

De KabTV “Conversas com Michael Laitman” 12/12/13