Uma Geração Sem Fontes

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, Artigo 63: ….esta é a regra em todos os Partzufim (plural para Partzuf) dos mundos e das almas, que o mais puro é o primeiro a ser escolhido no Partzuf.  Portanto, os Kelim mais puros, HBD, foram escolhidos primeiro no mundo e nas almas.

Assim, as almas nos dois primeiros milênios eram muito superiores. No entanto, elas não podiam receber a medida completa da Luz, devido à falta das partes mais inferiores do mundo e em si mesmas, que são HGT NHYM.

Baal HaSulam explica o declínio gradual das gerações. Como resultado disso, nossa geração é a mais inferior e desceu até o fundo.

Hoje nós não sabemos de onde viemos, para onde vamos e por quê. Nós não conhecemos nossa raiz ou o nosso propósito, ou o que precisamos fazer em nossas vidas. Nós não temos qualquer conexão com as fontes; basicamente, nós não temos noção do que significa a Torá e as Mitzvot em seu sentido verdadeiro e interior.

Para que e por que estamos vivos? Qual é a razão das nossas vidas? Tudo isso é desconhecido para nós. Não há mais nenhum dos grandes Cabalistas que possa nos levar como pastores, guias. Mas o principal é que a conexão com a fonte, com os fundamentos da nação, está perdido, desapareceu. Portanto, nós nos encontramos na escuridão total.

Não é por acaso que nos encontramos nesta escuridão. Isso ocorre porque a revelação do Criador à criatura, do começo ao fim, é dividida em seis mil níveis que são chamados de “seis mil anos”.

Nós começamos a contar estes níveis a partir da primeira revelação do Criador à criatura, que se chama, Adam HaRishon. Este foi o primeiro ser humano que descobriu o Criador; este foi o primeiro Reshimo a ser realizado, ou seja, que se corrigiu. Além disso, dele até o último Reshimo que deve se corrigir, seis mil níveis devem ser percorridos, que são divididos em três períodos de dois mil anos cada: HBD, HGT, NHY.

Disso, é compreensível para nós que o declínio das gerações não é derivado da culpa de ninguém. Desde o início, nós tivemos que descer ao estado atual, até a nossa vida atual. Precisamente dessa vida miserável, do abismo profundo, nós podemos começar a subida até o cume. Então, vamos entender o quão grande é a diferença entre o vaso e a Luz, e graças a isso, podemos realmente apreciar o Criador.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 25/02/14, Escritos do Baal HaSulam