620 Infinidades Aninhadas

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa que todo mundo usa a si mesmo para satisfazer o desejo do amigo, dos outros?

Resposta: Eu posso me conectar com o amigo se sei seu desejo. Não há nenhuma outra maneira que eu possa me conectar ao seu desejo de receber. Eu tenho que saber o que você quer e fazer um esforço para obtê-lo.

Não há nada exceto o desejo de receber e se eu quiser estar conectado a você, tenho que satisfazê-lo, e você deve fazer o mesmo por mim. Então ninguém pode se satisfazer no nível corporal, embora cada um possa satisfazer o outro num nível espiritual.

Para fazer isso, eu tenho que descobrir o que você quer. Acontece que eu sou o Partzuf superior no que diz respeito a você e você é o Partzuf inferior. Eu recebo seus desejos, sou incorporado neles e os elevo; assim, eu me torno um condutor entre você e o Criador. É assim que eu satisfaço você.

Cada um faz isso pelo outro. Imagine bilhões de Partzufim, cada um dentro do outro em diferentes discernimentos, cada um pedindo a satisfação do outro.

Assim, as deficiências e as satisfações vão de um para o outro numa cadeia de níveis até atingirem o mundo do Infinito. Assim, nós descobrimos um vaso geral onde todo mundo está incorporado em todos e conectado num desejo como era antes da quebra.

Mas este desejo único é complexo porque contém a quebra, a distância, o ego, que não nos deixa conectar. Este desejo é complexo, porque todo mundo está incorporado em todos, e, portanto, sua intensidade aumenta 620 vezes o desejo simples, inicial.

Cada um absorve a deficiência do outro e é recompensado com a sua satisfação, assim podemos intensificar a nós mesmos. Se eu estou conectado a todas as partes da alma geral e no final tenho que elevar uma oração para todos nós, então, a luz do Infinito passa através de mim para todo mundo de cima para baixo.

Isto é o que acontece com cada um de nós. Nós nos conectamos e crescemos até o infinito, e no final alcançamos um poder incrível. Nós chamamos este crescimento de 620 vezes, embora não seja um número, mas um conceito qualitativo.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 24/03/14