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Porque Devo Eu Me Odiar?

Dr. Michael LaitmanQuestão: Porque se diz que uma pessoa deve odiar a si mesma e amar os outros? Porque devo eu odiar-me?

Resposta: O ódio refere-se à inclinação de estarmos separados, para nos afastarmos do objeto odiado. Trata-se dos nossos atributos egoístas que nos perturbam de nos aproximarmos ao Criador e de nos assemelhar a Ele; atributos que nos perturbam em atingir amor e doação, e que nos perturbam em atingir conexão entre todos.

Estes atributos impedem de entregar-me, de anular-me, de perder-me, ou seja deixar o meu coração corpóreo e mente e tentar adquirir um coração e mente de doação e viver fora de mim mesmo.
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Da preparação para a Lição Diária de Cabala 3/13/14

 

Subindo Juntos Ao Topo Da Montanha

Dr. Michael LaitmanNão importa se eu leio O Zohar ou se eu estou de serviço na cozinha, o que é importante é que eu sempre anseie pela Luz que Reforma e pela conexão com os amigos. Eu não posso ansiar pela Luz sem unidade ou conexão. É uma pré- condição essencial, da qual nós nem sequer falamos, pois é óbvia.

Se não houver conexão, o meu anseio pela Luz é egoísta e falso e é apenas para o meu próprio benefício. Sem isso não podemos escalar o Monte Sinai, porque a partir deste ponto começamos a pensar apenas em conjunto.

Claro que isto não acontece automaticamente, temos que lembrar constantemente uns aos outros sobre isto, e esta é a razão para a garantia mútua. É por isso que foi decidido aceitar a garantia mútua no Monte Sinai, uma vez que ninguém pode ansiar por um kli verdadeiro a menos que todas as outras partes do kli estejam de acordo com isso, as 600.000 almas que compõem o kli inteiro.

600.000 almas é um símbolo do seu desejo de alcançar a meta, planeando-a primeiro. O objetivo final é alcançar o nível chamado 60 Ribo, Arich Anpin e por isso temos de coletar 600 mil almas, o que significa que temos que ansiar para subir ao topo da montanha juntos.

Pergunta: Como podemos fortalecer a garantia mútua entre nós para ansiar pela Luz durante a leitura de O Zohar?

Resposta: Uma pessoa simplesmente não funciona sem o outro. Este é o princípio. Por isso, ” ama teu amigo como a ti mesmo ” é a regra geral e a única maneira pela qual podemos receber a Torá. Sem ela, a luz não virá, ou pode vir apenas de uma forma muito fraca.
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Da 3 ª parte da Lição Diária de Cabala de 3/11/14 , Escritos de Baal HaSulam

Bater O Ego Nos Dentes

Dr. Michael LaitmanQuestão: O que significa bater o ego nos dentes?

Resposta: Cada palavra que um Cabalista diz decorre da sua realização espiritual.

Trinta e dois dentes simbolizam trinta e dois elementos que se correlacionam com as trinta e duas correntes de Luz de Chochmá que descem da mente, a partir da cabeça do Partzuf espiritual, percorrem os cabelos e as partes internas da cabeça, e criam a parte interna da boca e os dentes, incluindo os dentes para a trituração dos alimentos.

O preenchimento espiritual inclui água e alimentos: a água é a Luz de Chasadim e comida é a Luz de Chochmá. Há trinta e dois atributos chamados dentes que são usados ​​para triturar a Luz de Chochmá, o que não é fácil, pois temos que receber a fim de doar.

É todo um sistema pelo qual entendemos porque fomos criados do jeito que somos e porque as forças da natureza se integram de certa maneira, a fim de criar as formas finais, que ao nosso nível são na forma de uma mente, cérebro , cabeça, e todas as outras formas da face. Além disso, estas formas diferem em diferentes povos e civilizações diferentes.

Tudo isso é necessário! E vamos descobrir tudo isto no caminho para a nossa correção. Não há nenhuma possibilidade de estudar artificialmente a sabedoria da Cabala uma vez que não seremos capazes de nos corrigir dessa forma.

Trinta e dois dentes são trinta e dois sistemas de correção da sabedoria geral superior antes que possa entrar no corpo, no qual existem muitos sistemas: a traqueia , a laringe , o esófago, etc.

A pessoa deve compreender a informação de acordo com o seu sentimento, não mentalmente mas de acordo com os seus sentimentos. Uma criança pequena nem sempre entende o que lhe é dito, mas quando cresce ela já pode perceber e entender essas informações.

Um “golpe nos dentes” significa que a pessoa não mastiga corretamente , o que significa que ela não digere a informação e a esclarece de forma oposta , esclarecendo tudo para seu próprio bem.

Existem pessoas muito inteligentes, mas elas transformam tudo para seu próprio bem, uma vez que esta é desta forma que a sua mente funciona. No final, depois de muitos anos, isto revela-se um erro, mas entretanto, elas evitam esse fato e por isso nada pode ser feito com elas. Cinco a dez anos pode passar antes que elas gradualmente percebam como esclarecer as coisas corretamente.

Assim “bater os dentes” significa anular a opção do esclarecimento errado da Luz de Chochmá em nós.
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Não Há Inimigos, Apenas Parceiros

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro A Árvore da Vida,” Item 3: Quando as gerações diminuíram e os seus próprios sábios começaram a almejar ambas as mesas, ou seja, uma boa vida para sua corporalidade, também, seus pontos de vista aproximavam-se das massas .

O desejo de desfrutar estava constantemente a crescer, o medidor estava sempre girando internamente, aumentando a sua temperatura mais e mais, até que o desejo de desfrutar ardeu completamente. Mais e mais Reshimot eram reveladas. E é por isso que os cientistas, que costumavam ser idealistas e só queriam ciência pura, como aconteceu até ao final da Idade Média, de repente, alcançaram a riqueza e louvor, eles queriam prémios Nobel. Foi assim que começaram a vender a sua ciência.

E, além disso, a pesquisa exigia tantos recursos materiais, tão grande investimento, que os cientistas não tinham tanto dinheiro e foram obrigados a vender-se aos círculos dominantes, os poderosos deste mundo. Tornou-se possível abordar um químico e pedir uma nova droga, mais forte do que todas as já existentes.

E os cientistas não tiveram escolha a não ser cumprir ordens-isso é algo que nunca tinha acontecido antes. Em primeiro de tudo, um cientista não precisa de dinheiro e foi atraído para a ciência pura. Em segundo lugar, os clientes não eram tão corruptos, prontos para destruir o mundo inteiro para seu lucro. Foi assim que o mundo mudou e as gerações diminuíram.

Nós vemos hoje que as pessoas precisam da ciência para ganhar controlo sobre os outros, e ganhar dinheiro. A ciência não é usada para o bem da ciência pura; já ninguém se interessa mais por isso. Ninguém daria um tostão pela ciência pura, e já mais ninguém se compromete com isso.

Os cientistas estão envolvidos em disciplinas aplicadas que possam realmente trazer vantagens financeiras o mais rápido possível. Por isso, graças á ciência nós revelamos que somos escravos da má inclinação. Mas por enquanto, apenas os Cabalistas o compreendem, enquanto aqueles que controlam os cientistas pagam a quem lhes é vantajoso pagar e utilizam a ciência unicamente em busca de lucro.

O desejo egoísta desenvolve-se não apenas quantitativamente, mas também qualitativamente. A agora começamos a perceber que todo o problema é o nosso egoísmo que nos governa. Há uns 50 anos, nós não pensávamos assim. Nós conquistamos o espaço, sonhamos com viagens a outros planetas e estrelas, e estávamos orgulhosos pelas grandes conquistas da humanidade.

Depois chegou a deceção, e nos dias de hoje todos os programas em geral caíram por terra. O exemplo do conflito atual na Ucrânia, que Europa e Rússia se veem envolvidos, isso mostra como todos são dependentes uns dos outros, uma vez que o sistema começa a parar.

Como pode haver alguém a aplicar sanções se estamos todos conectados com o outro? Um estado gostaria de se desligar do outro, mas não pode. Todo mundo está amarrado por responsabilidade mútua, conexões ruins, e não pode fazer nada sobre isso. Em última análise, começa um completo caos e confusão. Eles começam a perceber que é impossível fazer qualquer coisa contra entre si.

Se a Europa se recusar a receber petróleo e gás da Rússia, como é que vai subsistir? E se a Ucrânia deixar de fornecer alimentos para a Rússia, quem vai perder mais? A ligação é tão forte que é impossível cortá-la. Um depende do outro, porque recebe dele, e vice-versa. É possível lutar sob tais condições? Apenas abanar o dedo e ir para casa?

Este é o resultado do desenvolvimento da ciência graças ao qual nós adquirimos ameaçadoras armas e prendemo-nos a nós mesmo através do comércio internacional.

Pergunta: Então, resulta que nós voltamos para a guerra fria?

Resposta: Isto não é a guerra fria— já não é mais possível. A guerra fria significa aplicar todas as sanções, mas disparando para o outro. Mas agora também é impossível. Mesmo o envio de um espião e expondo um inimigo é inútil, porque se estamos tão interconectados, não seremos capazes de fazer qualquer coisa de qualquer maneira. É o mesmo que instalar uma camara de vídeo e espião e ouvir a si mesmo.

Estamos atados juntos, tu já não és um inimigo, mas um parceiro. Eu recebo alimentos teus, enquanto tu recebes petróleo e gás a partir de mim, e não podemos fazê-lo um sem o outro. Que diferença fará se denunciar um ao outro? Se eu depender de ti, então, pelo contrário, é do meu próprio interesse que tu fortaleças os teus pontos fracos. Digamos, a Rússia irá revelar alguns pontos fracos na indústria europeia, mas não está interessada de maneira alguma em prejudicar, antes em corrigir esses defeitos. .

De facto, se a industria Europeia parar, a quem irá a Rússia vender o seu petróleo e gás? E sem essas vendas, não terá o dinheiro para si. Vês onde a nossa dependência mútua nos leva? É por isso que muitas alianças diferentes são feitas, pois toda a gente depende do outro. Só o egoísmo explodindo os impede de compreender toda esta dependência até o fim. E tudo isso é consequência da ciência moderna.

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Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala 3/9/2014, “Introdução a o Livro A Árvore da Vida”