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“Distúrbios” Que Nos Ajudam A Avançar

Dr. Michael LaitmanO mais importante para nós é nos esforçar para obter a Luz, mas aqui nós enfrentamos alguns distúrbios:

Primeiro – não percebemos que tudo o que acontece conosco é para o nosso benefício.

Segundo – não percebemos que tudo vem do Criador.

Terceiro – não percebemos que nossa reação também é determinada pelo Criador.

Quarto –não entendemos que a única coisa que precisamos em nosso estado atual é nos esforçar em obter a Luz para nos mudar, e que essa mudança só pode ser no sentido da doação.

Isto é, nós devemos interpretar corretamente o que é a Luz que Reforma, o que significa “bom”. Se esta aspiração for correta e constante, então nós mereceremos atrair a Luz Circundante e vamos mudar um pouco, atingindo certa semelhança com o Criador.

Acontece que nós precisamos encontrar muitas condições para que a Luz que Reforma nos mude. Nós passamos pela preparação e estudamos a natureza do desejo de doar, revelando como ele difere do desejo de receber. Devido a este trabalho interno, nós podemos esclarecer nossos desejos e nos tornar semelhantes à Luz.

Quando a Luz Circundante vem, combinando todas essas condições prévias, os assim chamados “distúrbios”, ela nos dá a forma correta do vaso no qual nos tornamos semelhantes ao Criador. Assim, nós avançamos passo a passo. Na próxima etapa, os “distúrbios” surgem novamente. Mas já que eles sempre se repetem no mesmo estilo, só com novos desejos, novos trabalhos e discernimentos, a pessoa experimenta continuamente as mudanças.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/02/14, Perguntas e Respostas com o Dr. Laitman

Retorno Da Dupla Ocultação

Dr. Michael LaitmanO conselho dos Cabalistas destina-se a nos lembrar da “vantagem da Luz sobre a escuridão”, que nós temos o poder para isso apesar do fato de que eu me sinto mal em meu coração em cada nível do meu avanço, e apenas durante o recuo me sentirei bem dentro do meu ego.

Portanto, eu preciso estar equipado com o apoio do ambiente. Em um estado ruim, quando eu caio no domínio dos desejos quebrados, da inclinação ao mal, da intenção egoísta, eu não posso fazer nada e é somente o ambiente que age em mim.

Este é outro resultado da quebra dos vasos: a divisão de um vaso em muitas partes. Agora, o trabalho pode ser feito em muitos vasos, numa determinada ordem de um após o outro. Graças a isso, eu posso apoiar os outros, fornecer suporte para mim mesmo e assim avançar.

Se uma pessoa está equipada com o apoio do ambiente, o ambiente opera nela, especialmente quando ela perde sua força. Se a pessoa não prepara o apoio do ambiente, ela não tem nada em que confiar ou com que contar. Nada a ajudará a despertar, a colocar os dados corretos em sua mente e coração junto com a sensação da quebra. Então ela não terá nada, exceto o sentimento de quebra, ela vai simplesmente cair, chorar ou até deixar o grupo e o caminho espiritual.

Nos estados mais fáceis o Criador envia à pessoa um estado de dupla ocultação. Então, quando se sente, ela não se lembra de que tudo decorre do Criador, que ela deve superar esta ocultação, e que ela se afoga totalmente na sensação ruim. Então, alguém a irrita e ela quer deixar tudo. Mas ela ainda não sai, já que entende que não tem escolha, e não há para onde fugir. Isso é chamado de dupla ocultação, mas ainda não é o completo desprendimento do Criador, já que no desprendimento a pessoa se torna totalmente “livre” da espiritualidade.

Após a dupla ocultação, a pessoa é de alguma forma trazida de volta se ela investiu sua força no grupo. Então ela é de alguma forma lembrada que há um propósito na vida, que ainda vale a pena trabalhar, já que tudo passa e desaparece, exceto esse objetivo que é eterno, e a pessoa deve alcançá-lo não importa o quê, então ela retorna.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 23/02/14

Elevação Egoísta Acima Do Desejo

Dr. Michael LaitmanA ideia é: com o que a pessoa se identifica? Com o desejo de receber ou com o que ela encontra acima do desejo de receber? Esta é a diferença entre as linhas direita e esquerda. Ou eu estou dentro dos desejos ou os controlo; eu estar acima deles, torna-se um “clarificador”, como um especialista nesta área.

Eu posso estar imerso no desejo de receber e posso estar acima do desejo de receber para usá-lo numa forma ainda melhor, e isto é chamado de Klipa. Se eu só quero desfrutar e mesmo quero engolir o mundo inteiro, isto ainda não é Klipa, pois esses desejos não vêm de mim mesmo. Em vez disso, eles vêm de cima, enquanto que a Klipa é uma parte única do desejo, uma relação única com o desejo de receber, onde eu quero abrir, expandir e fortalecê-lo.

Portanto, segue-se que o ódio em relação a alguém é apenas egoísmo, que é natural para o desejo de receber. Não é nada original em si mesmo e simplesmente me foi dado pelo criador. No entanto, já é outro assunto quando eu quero desenvolver minha própria iniciativa, aperfeiçoar esta unidade egoísta. Esta é a Klipa. Eu quero usar o Criador para que Ele me ajude a sair do desejo de receber que é a substância da criação, algo mais do que o que foi revelado desde o início. Então, eu me volto com um pedido, elevo MAN pelo meu desejo de receber e digo, “Dê-me ainda mais para desfrutar”, e isso é chamado de “idolatria”.

A Klipa é o verdadeiro egoísmo colocado em oposição à Kedusha, doação. Estes são dois sistemas que foram criados e permanecem um frente ao outro.

Se eu estou no lado da Klipa, eu trabalho dentro do desejo de receber a fim de obter o melhor aproveitamento possível dele, para explorar o mundo inteiro até o fim e até mesmo o Criador. Eu me elevo acima da minha natureza e quero usá-la “a fim de receber”, e vejo meu trabalho espiritual nisso. Eu exploro toda a natureza para me satisfazer.

O oposto é a purificação de um desejo, que eu transformo em doação, e assim o controlo altruisticamente.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/01/14, Escritos do Baal HaSulam

Estados Que Conduzem Ao Templo

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa que o Masach (tela) quebrou? Como é possível?

Resposta: Todos os estados referem-se apenas à pessoa. A realidade existe apenas em relação à pessoa que a apreende.

Suponha que eu estivesse num estado de santidade agora, na intenção “a fim de doar” e que eu tivesse organizado todas as minhas intenções, desejos e tudo o que é revelado em mim de acordo com a restrição (Masach) e a Luz que Retorna. De repente, eu tenho novos desejos, mais grosseiros, que são maiores e mais fortes, de modo que o velho estado parece ter sido destruído e que desejos novos e maiores me dominam, e eu sinto que estou num mundo em ruínas.

Esta é outra pergunta: ele está destruído? Porque no momento que ele realmente sofre uma mudança, eu não acho que está destruído. Eu acho que sigo a Klipa (casca) e que desfrutarei com ela, e que devo me incorporar na casca, para senti-la, estar em contato com ela, estar conectado a ela.

É dito que o contato com a Klipa só deve ser momentâneo. Isso depende da minha preparação, mas eu devo sentir isso. Assim, no momento que eu sinto que a minha vida é boa e que o desejo de receber me delicia e que está tudo bem, é porque eu realmente estou sendo jogado para as profundezas da Klipa e, além disso, sequer percebo que é uma Klipa. Eu percebo que é uma coisa boa.

Então, se eu continuo, se eu tenho a garantia mútua, as forças do grupo agem em mim e eu saio da dominação da Klipa. Se não, não posso sair.

Isto significa que cada vez que aparece um novo desejo, o velho estado é destruído.

Assim, eu subo os níveis e em todos os estados atinjo um estado de santidade e construo o templo do meu vaso. Então, ele é destruído, e eu começo a construir outro templo e depois outro e mais outro. Nós passamos por esses estados, e no final alcançamos o que é chamado de Templo de Santidade, e, em contraste a ele, a quebra e a destruição que nós passamos no processo de preparação. É impossível revelar o Criador, a perfeição, e alcançar o pensamento da criação sem passar por esses estados.

Da 4ª Parte da Lição Diária de Cabalá 20/02/14, Escritos do Baal HaSulam

Pais Protegem Do Sofrimento

Dr. Michael LaitmanTodo o sistema da criação é experimentar choques negativos porque suas partes não estão funcionando juntas em harmonia. Há uma parte que é chamada de Aba (pai) e uma parte chamada Ima (mãe).

Ima é a característica da doação completa, Hafetz Hesed (misericórdia absoluta). A característica de Aba é a inteligência superior, Ohr Hochma, a fonte da vida. Estas duas partes devem existir em harmonia entre elas.

Há também Keter ou o Criador, o pensamento, a ideia, o programa, anterior a algum tipo de realização abaixo.

Ima deve criar a infraestrutura, um lugar para receber a Luz do Criador. Mas isso só é possível na medida em que nós, as almas, peçamos a ela por isso, já que ela se encontra em estado de Hafetz Hesed absoluto e não quer nada para si mesma.

Tanto Aba quanto Ima sofrem com transbordante amor pelos filhos, mas são incapazes de fazer qualquer coisa, porque os filhos não estão pedindo por isso. Em vez disso, eles pedem algo totalmente oposto dos pais, algo contra eles.

Assim como em nosso mundo, se os filhos pedissem para saborear bebidas alcoólicas, drogas e cigarros, uma mãe e um pai, ao não permitir que eles fizessem isso, sofreriam tanto porque não podem dar a um filho algo bom e também porque ele está pedindo algo ruim.

Para não causar tal sofrimento duplo a Aba e AVI (Aba ve Ima) em nosso progresso espiritual, nós devemos especificamente pedir o que precisamos: amor e doação.

Da Semana do Zohar “Convenção de Educação Integral” 04/02/14, Workshop 5

Obrigado Pelos Desejos Quebrados

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati #8, “Qual é a diferença entre uma Sombra de Kedusha e uma Sombra de Sitra Achra“: Nós devemos observar dois discernimentos nesta sombra, ou seja, nesta ocultação:

1. Quando a pessoa ainda tem a capacidade de superar a escuridão e as ocultações que sente, justifica o Criador, e ora para o Criador que Ele abra seus olhos para ver que todos as ocultações que sente vêm do Criador, isto é, que o Criador faz tudo aquilo com a pessoa para que assim ela possa encontrar sua oração e anseio para se agarrar a Ele… Nesse estado, a pessoa ainda acredita na Sua Providência.

2. Quando a pessoa chega a um estado onde ela não pode mais prevalecer e diz que todo o sofrimento e dor que sente é porque o Criador enviou isso para ela a fim de ter um motivo para subir de grau, a pessoa chega a um estado de heresia. Isto é porque não consegue acreditar em Sua Providência, e naturalmente não consegue orar.

Tudo funciona de acordo com o mesmo princípio: “Não há outro além Dele, o Bom e Benevolente”. Todo o nosso trabalho é para atingir este princípio em cada estado que passamos. Nós precisamos avaliar nossas vidas de acordo com este princípio, e isso é impossível sem o apoio do ambiente. Caso contrário, a pessoa não aguentaria.

Todos os estados são enviados para nós pelo Criador, ou seja, eles são determinados pela influência da Luz superior sobre os Reshimot (genes informativos) e seu estado comum em relação uns aos outros. Mas entre a “Luz” e o Reshimo permanece um espaço vazio para nossa livre escolha e esforço. E a pessoa deve preencher este espaço.

Há uma falta de contato com cada um que é chamada de ocultação. Uma pessoa deve fazer esforço nisto a fim de remover esta ocultação e completar este contato entre ela e o Criador, entre o Reshimo e a Luz, e para trazer satisfação entre eles. O Reshimo se revelou como quebrado, e, portanto, sempre é descoberto como desconforto, deficiência, rejeição e ocultação. Afinal, este é o testemunho da quebra, e eu preciso aceitar isto como um convite para o contato em todas as condições que são criadas.

Isto é chamado de trabalho acima da razão. Pode ser que exista uma sensação desagradável no meu coração e mente, que eu não posso integrar todos os meus problemas com o Bom e Benevolente, mas, apesar disso, todo o meu trabalho na mente e no coração não deveria depender do meu estado interior. Isso é chamado de que estou pulando o Reshimo que é revelado, erguendo-me acima do Reshimo quebrado, como se este Reshimo estivesse corrigido. Ou seja, eu sinto como se tivesse atingido a revelação da força absolutamente benevolente, a força única e ficasse cara a cara com o Criador.

Então, eu agradeço ao Criador por meus desejos quebrados porque eu só posso atingir a espiritualidade, a vantagem da Luz sobre a escuridão assim. É especificamente na contradição entre o Reshimo e a Luz que eu descubro cada vez o que é a Luz.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 23/02/14

Chega De Sentir Tédio, Vamos Começar A Trabalhar!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é a raiz espiritual da indiferença?

Resposta: A raiz espiritual da indiferença decorre do estado de repouso ao qual nosso ego é atraído. É o mais baixo estado egoísta. Eu me deito, não faço nada, encho minha vista com imagens interessantes, minha audição com sons agradáveis, minha boca com comida saborosa e meu nariz com odores agradáveis. Se eu me preencher totalmente, eu fico sem deficiências, e não há nenhum movimento. Eu posso desfrutar a tranquilidade!

Pergunta: Então como podemos superar a indiferença, especialmente durante o workshop, quando de repente me sinto entediado e indiferente?

Resposta: Eu não entendo como alguém pode ficar entediado durante o workshop se ele nos dá uma grande oportunidade de trabalhar. Eu ouço os amigos e sinto que estou ardendo. Primeiro tenho que ser incorporado em cada um. Um dos amigos fala besteira, mas eu me anulo e tento entender suas palavras, aceitando-as como se ele fosse o profeta Isaías. Eu penetro o amigo e quero viver em suas palavras, que é a única razão para ser incorporado nele.

Então outro amigo fala e começa a filosofar e eu mal consigo me conter, mas deixo-o terminar. Aqui eu tenho outro tipo de trabalho: eu estou incorporado nele, sofro e vejo em que medida o que ele diz é certo ou errado. Não é para criticar o que ele diz, mas para me ajudar a ser incorporado nele ainda mais. Quanto mais meu ego critica os amigos, mais profundamente me ajuda a penetrar neles.

Quando acabamos uma rodada de debate, eu estou incorporado em cada um e praticamente explodo como resultado das experiências que me enchem. Não estou cheio de suas palavras, já que não me lembro do que eles disseram, mas estou cheio de meus esforços para ser incorporado neles.

Nós temos que ver o workshop como uma oportunidade de sermos incorporados nos amigos, apesar de nossa crítica. Primeiro, parece que um amigo fala besteira, outro amigo fala demais, outro absolutamente não ouviu a pergunta, e outro nem entende quão baixo ele caiu. Mas tudo isso não importa! Mesmo que eu fosse para outro lugar para participar de uma discussão de mesa redonda, eu também estaria incorporado em meus parceiros e faria o mesmo trabalho com eles. Eu não receberia menos deles do que recebo aqui.

Como posso me sentir entediado se eu constantemente trabalho? Não importa o que o amigo diz, eu tento me aprofundar nele e sentir seu espaço interno. Cada um é como um útero para mim e pela conexão entre os amigos eu formo o útero, entro nele, e sinto que estou dentro de algum tipo de espaço, dentro de um ser humano.

Cada amigo é meu ambiente. Quando terminamos uma rodada completa, eu formo uma bolha de todos os amigos, um saco de líquido amniótico dentro do útero. Sinto-me como um bebê. Eu penetro o amigo, descubro um espaço interior e tento me acostumar a ele, e pelos meus pensamentos, sentimentos de repulsa, eu começo a me identificar com o que está dentro dele.

Comece a trabalhar! Este trabalho interior chama-se reunião de amigos, e não debates sobre assuntos externos.

Da 2ª Parte da Lição Diária de Cabalá 14/02/2014, Escritos do Rabash

“O Mundo Desgovernado”

Dr. Michael LaitmanOpinião (Stewart Patrick, membro sênior e diretor do Programa de Instituições Internacionais e de Governança Global do Conselho de Relações Exteriores): “A demanda pela cooperação internacional não diminuiu. Na verdade, é maior do que nunca, graças ao aprofundamento da interdependência econômica, do agravamento da degradação do meio ambiente, proliferação das ameaças transnacionais, e aceleração da mudança tecnológica. …

“Governança global” é um termo escorregadio. Não se refere a um governo mundial (o qual ninguém espera, nem quer mais), mas a algo mais prático: o esforço coletivo por Estados soberanos, organizações internacionais e outros atores não estatais para enfrentar os desafios comuns e aproveitar as oportunidades que transcendem as fronteiras nacionais.

“A cooperação sob tal anarquia é certamente possível. Os governos nacionais muitas vezes trabalham em conjunto para estabelecer padrões comuns de comportamento em esferas como o comércio ou a segurança, incorporando normas e regras em instituições internacionais encarregadas de fornecer bens globais ou mitigar males globais. Mas a maioria dos organismos multilaterais de cooperação, inclusive aqueles ligados sob o direito internacional, carecem de poder real para fazer cumprir as decisões coletivas. O que passa pela governação é, portanto, um patchwork deselegante de instituições formais e informais.

“Junto com consagrados organismos internacionais, existem várias instituições regionais, alianças multilaterais e grupos de segurança, mantendo mecanismos de consulta, clubes de autosseleção, coligações ad hoc, arranjos específicos para determinadas questões, redes profissionais transnacionais, organismos de normalização técnica, redes mundiais de ação e muito mais. Os Estados ainda são os atores dominantes, mas atores não estatais cada vez mais ajudam a moldar a agenda global, definir novas regras e fiscalizar o cumprimento das obrigações internacionais.

“A desordem é feia e incômoda, mas também tem algumas vantagens. Nenhum corpo multilateral sozinho poderia lidar com todos os complexos problemas transnacionais do mundo, e muito menos fazê-lo de forma eficaz ou com agilidade. E a pluralidade de instituições e fóruns nem sempre é disfuncional, porque pode oferecer aos Estados a possibilidade de agir de forma relativamente hábil e com flexível para responder a novos desafios. Mas, independentemente do que se pensa da desordem global atual, ela certamente veio para ficar, e por isso o desafio é fazer com que ela funcione da melhor forma possível”.

Meu Comentário: Não há dúvida de que o mundo vai chegar à conclusão de que um único governo global é a única solução para os problemas do mundo. A comunidade internacional só pode ser gerenciada se as massas têm a mesma educação e compreensão do mundo integral fechado. Assim, a necessidade da educação integral na luta contra o caos surge mesmo agora.

Cordas Invisíveis Do Governo Superior

Dr. Michael LaitmanDe Baal HaSulam, Carta 18: Portanto, a pessoa não tem escolha, exceto dirigir todos os momentos presentes e futuros a serem oferecidos e apresentados ao Seu grande nome. Aquele que rejeita um momento diante Dele, pois ele é difícil, exibe sua loucura abertamente, pois todos os mundos e todos os tempos não valem a pena para ele, porque a luz de Sua face não está vestida com a mudança dos tempos e ocasiões…

Portanto, aquele que assume o fardo completo do reino dos céus não encontra trabalho em adorar o Criador e, portanto, pode estar ligado ao Criador dia e noite, na luz e na escuridão. A chuva, que é criada em idas e vindas, mudanças e trocas, não vai impedi-lo porque Keter, que é infinita, ilumina completamente a todos igualmente.

Se uma pessoa quer alcançar a meta, ela deve tentar se conectar com o governo mais elevado que se preocupa com ela em todos os momentos de sua vida. Não há nada além desse poder superior, que é bom e faz o bem. E se a pessoa não está incluída nesta boa força, ela deve se anular, e assim estará conectada a Ele corretamente com todo o seu coração e alma, como um embrião no ventre de sua mãe, sentindo que o Criador a envolve em todos os lados, e não vai ser difícil para ela estar integrada em Seu governo. Isto se chama encontrar-se no nível do “embrião”.

Apenas o grupo pode incutir a importância da meta numa pessoa, a necessidade de se engajar na educação superior, como um embrião no ventre de sua mãe, e a aceitação do controle superior como bom e benevolente em todos os estados: tanto nos bons estados e naqueles que parecem ruins. Não há nenhum bom e nem mau, pois tudo é derivado da totalidade, do mundo do Infinito. Entretanto, nós não estamos prontos para ver isso, mas temos que trabalhar nisso.

Por isso é necessário se conectar ao Criador em cada momento. Por enquanto, isso é certamente muito difícil para nós, e até mesmo impossível, mas isso deve se tornar o nosso objetivo. Em cada momento é necessário estar integrado no governo superior, como na água. O Criador me rodeia, e em vez de perder tempo com todos os tipos de tarefas imaginárias, eu tento senti-Lo em cada pensamento, desejo e posição, em cada passo.

Ele é o Criador que me transforma e organiza tudo para mim. Mas onde está Ele? Por que não posso senti-Lo como o diretor do meu coração e mente? Eu quero sentir que sou um fantoche que se move com o que está acima puxando as cordas. Isso é chamado de adesão com o Criador. Primeiro há a subjugação, depois a divisão, e depois a mitigação (atenuação, suavização). Por meio destes três níveis nós somos incluídos e aderimos ao poder superior.

Subjugação é a anulação do eu; sem isso é impossível aderir. Depois há a separação da luz da escuridão, ou seja, que eu começo a diferenciar o quanto sou diferente do Criador, e tento me corrigir com a ajuda da Luz o tempo todo. Depois há a mitigação, que já é trabalhar com a doação.

Da Discussão numa Refeição 21/02/14

Como Você Pode Conhecer A Si Mesmo?

Dr. Michael LaitmanNós podemos entender a realidade e o que acontece apenas a partir de um nível superior para baixo, e não há como compreender o estado atual em que uma pessoa se encontra. Se eu estou num determinado estado, que não consigo digerir ou perceber, é porque este estado é estabelecido pelo Superior a cada momento. Só ao atingir o superior eu posso alcançar meu eu atual. Assim, uma pessoa nunca alcança a si mesma e seu estado.

Eu estou em certo nível e acima de mim há o Superior que me projetou totalmente: todo o meu estado interior e todas as condições externas, uma vez que é realmente um só vaso. Ele me projetou, e eu sou o resultado de Suas ações; eu sou criado por Ele. Eu não entendo a mim mesmo, não alcanço a mim mesmo ou a minha realidade. Portanto, eu nunca posso tomar as decisões corretas sobre esta realidade. Eu não deveria tomar quaisquer decisões sobre mim já que certamente estaria errado. Eu não tenho os atributos que me fizeram ou me criaram, já que estes são os atributos do Superior.

Então, quando a pessoa acha que toma decisões neste mundo, é um disparate absoluto, uma vez que indica sua falta de entendimento. Neste estado, ela é como uma criança pequena que pensa que faz algo por si mesma e não sabe que os pais a estão observando à distância, protegendo-a de cometer qualquer erro.

Isso significa que eu nunca posso saber o meu estado atual, o nível em que me encontro agora, mas apenas o que está abaixo desse nível, os níveis em que eu sou como o Criador e eles são meus seres criados. Portanto, se eu quiser atingir quem e o que sou, eu tenho que alcançar o Criador. É somente a partir desse estado que eu vou entender e saber quem eu sou.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/02/14, Talmud Eser Sefirot