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A América Raivosa

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (de abovetopsecret): “Há um crescente descontentamento no país. E está ficando pior. Os tiroteios, os bombardeios, eles não são eventos aleatórios independentes. Eles são um sintoma de uma epidemia muito maior que está em jogo”.

“Nós somos uma nação onde muitos dos nossos cidadãos estão sobrecarregados, exaustos, falidos, alienados e desconectados. Nós batemos o ponto entra dia, sai dia, e muitas vezes acabamos nos sentindo desvalorizados e sem inspiração. Claro que ficaríamos chateados, agitados e com raiva”.

“Alguns estão descrevendo isso como ‘epidemia de raiva da América’. E há algumas razões: a incerteza no mercado de trabalho e na economia, longas horas de trabalho – em média, cerca de um mês mais do que na década de 1970 e com menos férias”.

“Um estudo recente do USA Today encontrou que 60 por cento dos norte-americanos relatam se sentirem zangados ou irritados. Isso é acima de 50 por cento, quando uma pesquisa semelhante foi realizada em 2011”.

Meu Comentário: Eles não estão cientes da necessidade de mudar o ser humano (na verdade, não há mais nada para mudar) da forma má e estúpida para a forma boa e inteligente.

O Que Podemos Adicionar Ao Trabalho Do Criador?

Dr. Michael LaitmanEscritos do Rabash, “E os Filhos Agitavam Dentro Dela”: O início do trabalho é chamado de Ibur (concepção), quando a pessoa começa a trabalhar seguindo o caminho da verdade. Quando ela passa pelas aberturas da Torá, a fase de Jacó desperta na pessoa para querer seguir o caminho da Torá, e quando ela passa pelas aberturas da adoração de ídolos, a fase de Esaú desperta para sair.

E nós precisamos explicar isto, que uma vez que uma pessoa é constituída de vaso de recepção por parte da natureza, o qual é chamado de amor-próprio, que é a inclinação ao mal, ao mesmo tempo ela é incorporada do ponto no coração, que é sua inclinação ao bem, quando ela entra no trabalho para doar. Esta é a fase de Ibur, derivada da palavra hebraica transgressão (Avera). Assim, ela experimenta subidas e descidas, não está estável, é afetada pelo ambiente e não tem poder de superá-lo.

Como resultado, quando ela passa por um ambiente que se ocupa da adoração de ídolos, o que significa o amor-próprio, e a fase de amor-próprio nela desperta para sair da ocultação para a revelação e dominar o corpo, então ela não tem poder para fazer nada, exceto o que diz respeito ao seu desejo de receber.

Quando ela passa por um ambiente que se ocupa de ações a fim de doar, a fase de Jacó desperta nela para sair da ocultação para a revelação e as ações para doar dominam o corpo.

E assim repetidamente, e isto continua dia após dia no trabalho, e quem quer que trabalhe mais diligentemente pode experimentar esses estados a cada hora e sentir que os estados mudam.

Todas as subidas e descidas que passamos nos são dadas para que reconheçamos que dependemos totalmente do trabalho do Criador que nos afeta. Portanto, nosso trabalho é chamado de obra de Deus. Ele é o único que opera, e esta é a principal revelação que podemos alcançar desde o início do nosso caminho espiritual até o fim.

Conforme nós ascendemos até o mundo do Infinito, nos convencemos de que existe uma força e que não há nada mais que isso, e que Ele é bom e benevolente. Apenas esta força atua em toda a criação, o que significa em todos os nossos desejos que retratam a nossa realidade.

Nós devemos estar preparados para descobrir que há somente uma força superior de amor que domina tudo à nossa volta, e que não sou eu ou quaisquer outros fatores. Minhas tentativas de esclarecer isto significa que elevo uma oração, MAN. Assim, eu descubro que estou realmente sob Sua dominação total. Há apenas uma força que opera dentro de mim ou fora, e que preenche todo o meu mundo. Descobrir isso pela primeira vez significa chegar ao primeiro nível espiritual chamado Ibur.

Primeiro eu descubro isso passivamente no estado de Ibur, mas mais tarde, quando eu cresço e nasço no mundo espiritual, eu me torno ativo. Isto não significa apenas estar sob a influência do ambiente, mas atribuir tudo a uma força a fim de descobrir o atributo de Jacó dentro de mim, o atributo de doação, e escapar da influência do ambiente egoísta que é o atributo de Esaú. Depois que eu nasço, eu realmente começo a trabalhar com os desejos que são revelados em mim e a usá-los a fim de revelar o Criador, a única força que atua em toda a realidade.

Acontece que é o Criador quem prepara cada estado para mim e que me envolve nele. Então, verifica-se que não só Ele organiza todos os estados para mim, mas também determina minha reação a eles. Isso significa que Ele maneja não só minha visão externa, mas também minha internalidade, “Tu me cercastes por trás e pela frente”. Assim, eu descubro que o Criador está em todos os meus desejos, pensamentos, decisões e respostas.

No final, ocorre que eu não tenho nada além de um ponto de perspectiva a partir do qual antes eu atribuía tudo somente à minha dominação, e agora eu atribuo tudo ao Criador, como resultado do meu esclarecimento profundo, em todos os meus sentimentos nos bons estados e nos maus, em minhas decisões, no estabelecimento da linha média em meu trabalho interno. Assim, nós podemos atingir a quebra de baixo para cima, e com isso aprender sobre o trabalho do Criador em nós, que preparou todos os detalhes para ele.

Assim, nós estudamos o HaVaYaH que o Criador criou de baixo para cima. Assim, nós podemos subir ao mundo do Infinito, a fim de ver, saber e sentir o plano da criação que está incorporado neste HaVaYaH inicial, e assim ser incorporado nele. Dentro deste HaVaYaH nós acrescentamos nosso trabalho chamado ElokimMalchut, trabalhando junto com Bina, e nós somos incorporados no acoplamento de HaVaYaH Elokim, o Criador e a criação.

Todo o nosso trabalho é descobrir o Criador como sendo a força operacional em tudo: na preparação de todas as forças, conexões, no planejamento de como atravessamos os estados, onde temos que errar para atingir toda a profundidade da criação, a profundidade do plano original do Criador chamado de plano da criação.

Os níveis do crescimento espiritual de uma pessoa – Ibur, Yenika (sucção) e Mochin (mente) – são todos criados apenas através da realização de uma força superior e sua essência.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 20/02/14

“Distúrbios” Que Nos Ajudam A Avançar

Dr. Michael LaitmanO mais importante para nós é nos esforçar para obter a Luz, mas aqui nós enfrentamos alguns distúrbios:

Primeiro – não percebemos que tudo o que acontece conosco é para o nosso benefício.

Segundo – não percebemos que tudo vem do Criador.

Terceiro – não percebemos que nossa reação também é determinada pelo Criador.

Quarto –não entendemos que a única coisa que precisamos em nosso estado atual é nos esforçar em obter a Luz para nos mudar, e que essa mudança só pode ser no sentido da doação.

Isto é, nós devemos interpretar corretamente o que é a Luz que Reforma, o que significa “bom”. Se esta aspiração for correta e constante, então nós mereceremos atrair a Luz Circundante e vamos mudar um pouco, atingindo certa semelhança com o Criador.

Acontece que nós precisamos encontrar muitas condições para que a Luz que Reforma nos mude. Nós passamos pela preparação e estudamos a natureza do desejo de doar, revelando como ele difere do desejo de receber. Devido a este trabalho interno, nós podemos esclarecer nossos desejos e nos tornar semelhantes à Luz.

Quando a Luz Circundante vem, combinando todas essas condições prévias, os assim chamados “distúrbios”, ela nos dá a forma correta do vaso no qual nos tornamos semelhantes ao Criador. Assim, nós avançamos passo a passo. Na próxima etapa, os “distúrbios” surgem novamente. Mas já que eles sempre se repetem no mesmo estilo, só com novos desejos, novos trabalhos e discernimentos, a pessoa experimenta continuamente as mudanças.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/02/14, Perguntas e Respostas com o Dr. Laitman

Retorno Da Dupla Ocultação

Dr. Michael LaitmanO conselho dos Cabalistas destina-se a nos lembrar da “vantagem da Luz sobre a escuridão”, que nós temos o poder para isso apesar do fato de que eu me sinto mal em meu coração em cada nível do meu avanço, e apenas durante o recuo me sentirei bem dentro do meu ego.

Portanto, eu preciso estar equipado com o apoio do ambiente. Em um estado ruim, quando eu caio no domínio dos desejos quebrados, da inclinação ao mal, da intenção egoísta, eu não posso fazer nada e é somente o ambiente que age em mim.

Este é outro resultado da quebra dos vasos: a divisão de um vaso em muitas partes. Agora, o trabalho pode ser feito em muitos vasos, numa determinada ordem de um após o outro. Graças a isso, eu posso apoiar os outros, fornecer suporte para mim mesmo e assim avançar.

Se uma pessoa está equipada com o apoio do ambiente, o ambiente opera nela, especialmente quando ela perde sua força. Se a pessoa não prepara o apoio do ambiente, ela não tem nada em que confiar ou com que contar. Nada a ajudará a despertar, a colocar os dados corretos em sua mente e coração junto com a sensação da quebra. Então ela não terá nada, exceto o sentimento de quebra, ela vai simplesmente cair, chorar ou até deixar o grupo e o caminho espiritual.

Nos estados mais fáceis o Criador envia à pessoa um estado de dupla ocultação. Então, quando se sente, ela não se lembra de que tudo decorre do Criador, que ela deve superar esta ocultação, e que ela se afoga totalmente na sensação ruim. Então, alguém a irrita e ela quer deixar tudo. Mas ela ainda não sai, já que entende que não tem escolha, e não há para onde fugir. Isso é chamado de dupla ocultação, mas ainda não é o completo desprendimento do Criador, já que no desprendimento a pessoa se torna totalmente “livre” da espiritualidade.

Após a dupla ocultação, a pessoa é de alguma forma trazida de volta se ela investiu sua força no grupo. Então ela é de alguma forma lembrada que há um propósito na vida, que ainda vale a pena trabalhar, já que tudo passa e desaparece, exceto esse objetivo que é eterno, e a pessoa deve alcançá-lo não importa o quê, então ela retorna.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 23/02/14

Elevação Egoísta Acima Do Desejo

Dr. Michael LaitmanA ideia é: com o que a pessoa se identifica? Com o desejo de receber ou com o que ela encontra acima do desejo de receber? Esta é a diferença entre as linhas direita e esquerda. Ou eu estou dentro dos desejos ou os controlo; eu estar acima deles, torna-se um “clarificador”, como um especialista nesta área.

Eu posso estar imerso no desejo de receber e posso estar acima do desejo de receber para usá-lo numa forma ainda melhor, e isto é chamado de Klipa. Se eu só quero desfrutar e mesmo quero engolir o mundo inteiro, isto ainda não é Klipa, pois esses desejos não vêm de mim mesmo. Em vez disso, eles vêm de cima, enquanto que a Klipa é uma parte única do desejo, uma relação única com o desejo de receber, onde eu quero abrir, expandir e fortalecê-lo.

Portanto, segue-se que o ódio em relação a alguém é apenas egoísmo, que é natural para o desejo de receber. Não é nada original em si mesmo e simplesmente me foi dado pelo criador. No entanto, já é outro assunto quando eu quero desenvolver minha própria iniciativa, aperfeiçoar esta unidade egoísta. Esta é a Klipa. Eu quero usar o Criador para que Ele me ajude a sair do desejo de receber que é a substância da criação, algo mais do que o que foi revelado desde o início. Então, eu me volto com um pedido, elevo MAN pelo meu desejo de receber e digo, “Dê-me ainda mais para desfrutar”, e isso é chamado de “idolatria”.

A Klipa é o verdadeiro egoísmo colocado em oposição à Kedusha, doação. Estes são dois sistemas que foram criados e permanecem um frente ao outro.

Se eu estou no lado da Klipa, eu trabalho dentro do desejo de receber a fim de obter o melhor aproveitamento possível dele, para explorar o mundo inteiro até o fim e até mesmo o Criador. Eu me elevo acima da minha natureza e quero usá-la “a fim de receber”, e vejo meu trabalho espiritual nisso. Eu exploro toda a natureza para me satisfazer.

O oposto é a purificação de um desejo, que eu transformo em doação, e assim o controlo altruisticamente.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/01/14, Escritos do Baal HaSulam

Estados Que Conduzem Ao Templo

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa que o Masach (tela) quebrou? Como é possível?

Resposta: Todos os estados referem-se apenas à pessoa. A realidade existe apenas em relação à pessoa que a apreende.

Suponha que eu estivesse num estado de santidade agora, na intenção “a fim de doar” e que eu tivesse organizado todas as minhas intenções, desejos e tudo o que é revelado em mim de acordo com a restrição (Masach) e a Luz que Retorna. De repente, eu tenho novos desejos, mais grosseiros, que são maiores e mais fortes, de modo que o velho estado parece ter sido destruído e que desejos novos e maiores me dominam, e eu sinto que estou num mundo em ruínas.

Esta é outra pergunta: ele está destruído? Porque no momento que ele realmente sofre uma mudança, eu não acho que está destruído. Eu acho que sigo a Klipa (casca) e que desfrutarei com ela, e que devo me incorporar na casca, para senti-la, estar em contato com ela, estar conectado a ela.

É dito que o contato com a Klipa só deve ser momentâneo. Isso depende da minha preparação, mas eu devo sentir isso. Assim, no momento que eu sinto que a minha vida é boa e que o desejo de receber me delicia e que está tudo bem, é porque eu realmente estou sendo jogado para as profundezas da Klipa e, além disso, sequer percebo que é uma Klipa. Eu percebo que é uma coisa boa.

Então, se eu continuo, se eu tenho a garantia mútua, as forças do grupo agem em mim e eu saio da dominação da Klipa. Se não, não posso sair.

Isto significa que cada vez que aparece um novo desejo, o velho estado é destruído.

Assim, eu subo os níveis e em todos os estados atinjo um estado de santidade e construo o templo do meu vaso. Então, ele é destruído, e eu começo a construir outro templo e depois outro e mais outro. Nós passamos por esses estados, e no final alcançamos o que é chamado de Templo de Santidade, e, em contraste a ele, a quebra e a destruição que nós passamos no processo de preparação. É impossível revelar o Criador, a perfeição, e alcançar o pensamento da criação sem passar por esses estados.

Da 4ª Parte da Lição Diária de Cabalá 20/02/14, Escritos do Baal HaSulam

Pais Protegem Do Sofrimento

Dr. Michael LaitmanTodo o sistema da criação é experimentar choques negativos porque suas partes não estão funcionando juntas em harmonia. Há uma parte que é chamada de Aba (pai) e uma parte chamada Ima (mãe).

Ima é a característica da doação completa, Hafetz Hesed (misericórdia absoluta). A característica de Aba é a inteligência superior, Ohr Hochma, a fonte da vida. Estas duas partes devem existir em harmonia entre elas.

Há também Keter ou o Criador, o pensamento, a ideia, o programa, anterior a algum tipo de realização abaixo.

Ima deve criar a infraestrutura, um lugar para receber a Luz do Criador. Mas isso só é possível na medida em que nós, as almas, peçamos a ela por isso, já que ela se encontra em estado de Hafetz Hesed absoluto e não quer nada para si mesma.

Tanto Aba quanto Ima sofrem com transbordante amor pelos filhos, mas são incapazes de fazer qualquer coisa, porque os filhos não estão pedindo por isso. Em vez disso, eles pedem algo totalmente oposto dos pais, algo contra eles.

Assim como em nosso mundo, se os filhos pedissem para saborear bebidas alcoólicas, drogas e cigarros, uma mãe e um pai, ao não permitir que eles fizessem isso, sofreriam tanto porque não podem dar a um filho algo bom e também porque ele está pedindo algo ruim.

Para não causar tal sofrimento duplo a Aba e AVI (Aba ve Ima) em nosso progresso espiritual, nós devemos especificamente pedir o que precisamos: amor e doação.

Da Semana do Zohar “Convenção de Educação Integral” 04/02/14, Workshop 5

Obrigado Pelos Desejos Quebrados

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati #8, “Qual é a diferença entre uma Sombra de Kedusha e uma Sombra de Sitra Achra“: Nós devemos observar dois discernimentos nesta sombra, ou seja, nesta ocultação:

1. Quando a pessoa ainda tem a capacidade de superar a escuridão e as ocultações que sente, justifica o Criador, e ora para o Criador que Ele abra seus olhos para ver que todos as ocultações que sente vêm do Criador, isto é, que o Criador faz tudo aquilo com a pessoa para que assim ela possa encontrar sua oração e anseio para se agarrar a Ele… Nesse estado, a pessoa ainda acredita na Sua Providência.

2. Quando a pessoa chega a um estado onde ela não pode mais prevalecer e diz que todo o sofrimento e dor que sente é porque o Criador enviou isso para ela a fim de ter um motivo para subir de grau, a pessoa chega a um estado de heresia. Isto é porque não consegue acreditar em Sua Providência, e naturalmente não consegue orar.

Tudo funciona de acordo com o mesmo princípio: “Não há outro além Dele, o Bom e Benevolente”. Todo o nosso trabalho é para atingir este princípio em cada estado que passamos. Nós precisamos avaliar nossas vidas de acordo com este princípio, e isso é impossível sem o apoio do ambiente. Caso contrário, a pessoa não aguentaria.

Todos os estados são enviados para nós pelo Criador, ou seja, eles são determinados pela influência da Luz superior sobre os Reshimot (genes informativos) e seu estado comum em relação uns aos outros. Mas entre a “Luz” e o Reshimo permanece um espaço vazio para nossa livre escolha e esforço. E a pessoa deve preencher este espaço.

Há uma falta de contato com cada um que é chamada de ocultação. Uma pessoa deve fazer esforço nisto a fim de remover esta ocultação e completar este contato entre ela e o Criador, entre o Reshimo e a Luz, e para trazer satisfação entre eles. O Reshimo se revelou como quebrado, e, portanto, sempre é descoberto como desconforto, deficiência, rejeição e ocultação. Afinal, este é o testemunho da quebra, e eu preciso aceitar isto como um convite para o contato em todas as condições que são criadas.

Isto é chamado de trabalho acima da razão. Pode ser que exista uma sensação desagradável no meu coração e mente, que eu não posso integrar todos os meus problemas com o Bom e Benevolente, mas, apesar disso, todo o meu trabalho na mente e no coração não deveria depender do meu estado interior. Isso é chamado de que estou pulando o Reshimo que é revelado, erguendo-me acima do Reshimo quebrado, como se este Reshimo estivesse corrigido. Ou seja, eu sinto como se tivesse atingido a revelação da força absolutamente benevolente, a força única e ficasse cara a cara com o Criador.

Então, eu agradeço ao Criador por meus desejos quebrados porque eu só posso atingir a espiritualidade, a vantagem da Luz sobre a escuridão assim. É especificamente na contradição entre o Reshimo e a Luz que eu descubro cada vez o que é a Luz.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 23/02/14

Chega De Sentir Tédio, Vamos Começar A Trabalhar!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é a raiz espiritual da indiferença?

Resposta: A raiz espiritual da indiferença decorre do estado de repouso ao qual nosso ego é atraído. É o mais baixo estado egoísta. Eu me deito, não faço nada, encho minha vista com imagens interessantes, minha audição com sons agradáveis, minha boca com comida saborosa e meu nariz com odores agradáveis. Se eu me preencher totalmente, eu fico sem deficiências, e não há nenhum movimento. Eu posso desfrutar a tranquilidade!

Pergunta: Então como podemos superar a indiferença, especialmente durante o workshop, quando de repente me sinto entediado e indiferente?

Resposta: Eu não entendo como alguém pode ficar entediado durante o workshop se ele nos dá uma grande oportunidade de trabalhar. Eu ouço os amigos e sinto que estou ardendo. Primeiro tenho que ser incorporado em cada um. Um dos amigos fala besteira, mas eu me anulo e tento entender suas palavras, aceitando-as como se ele fosse o profeta Isaías. Eu penetro o amigo e quero viver em suas palavras, que é a única razão para ser incorporado nele.

Então outro amigo fala e começa a filosofar e eu mal consigo me conter, mas deixo-o terminar. Aqui eu tenho outro tipo de trabalho: eu estou incorporado nele, sofro e vejo em que medida o que ele diz é certo ou errado. Não é para criticar o que ele diz, mas para me ajudar a ser incorporado nele ainda mais. Quanto mais meu ego critica os amigos, mais profundamente me ajuda a penetrar neles.

Quando acabamos uma rodada de debate, eu estou incorporado em cada um e praticamente explodo como resultado das experiências que me enchem. Não estou cheio de suas palavras, já que não me lembro do que eles disseram, mas estou cheio de meus esforços para ser incorporado neles.

Nós temos que ver o workshop como uma oportunidade de sermos incorporados nos amigos, apesar de nossa crítica. Primeiro, parece que um amigo fala besteira, outro amigo fala demais, outro absolutamente não ouviu a pergunta, e outro nem entende quão baixo ele caiu. Mas tudo isso não importa! Mesmo que eu fosse para outro lugar para participar de uma discussão de mesa redonda, eu também estaria incorporado em meus parceiros e faria o mesmo trabalho com eles. Eu não receberia menos deles do que recebo aqui.

Como posso me sentir entediado se eu constantemente trabalho? Não importa o que o amigo diz, eu tento me aprofundar nele e sentir seu espaço interno. Cada um é como um útero para mim e pela conexão entre os amigos eu formo o útero, entro nele, e sinto que estou dentro de algum tipo de espaço, dentro de um ser humano.

Cada amigo é meu ambiente. Quando terminamos uma rodada completa, eu formo uma bolha de todos os amigos, um saco de líquido amniótico dentro do útero. Sinto-me como um bebê. Eu penetro o amigo, descubro um espaço interior e tento me acostumar a ele, e pelos meus pensamentos, sentimentos de repulsa, eu começo a me identificar com o que está dentro dele.

Comece a trabalhar! Este trabalho interior chama-se reunião de amigos, e não debates sobre assuntos externos.

Da 2ª Parte da Lição Diária de Cabalá 14/02/2014, Escritos do Rabash