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Fadiga Das Crises

Dr. Michael LaitmanOpinião (Nouriel Roubini, professor da Stern School of Business e presidente do Roubini Global Economics da Universidade de Nova York): “Ao mesmo tempo, o ‘tapering’ das compras de ativos de longo prazo do Fed começou a sério, com taxas de juros prontas para subir. Como resultado, o capital que fluiu para os mercados emergentes nos anos de elevada liquidez e baixo rendimento em economias avançadas está agora fugindo de muitos países onde o dinheiro fácil fez com que políticas fiscais, monetárias e de crédito se tornassem demasiado permissivas. …

“Mas as compensações políticas de curto prazo que muitos desses países enfrentam – amaldiçoados se eles apertarem a política monetária e fiscal rápido o suficiente, e amaldiçoados se não o fizerem – permanecem ruim. Os riscos externos e as vulnerabilidades macroeconômicas e estruturais internas que eles enfrentam vão continuar a perturbar suas perspectivas imediatas. O próximo ano ou dois vai ser uma viagem atribulada para muitos mercados emergentes, antes que os governos mais estáveis ​​e orientados ao mercado implementem políticas sólidas”.

Meu Comentário: Um novo governo não vai trazer nada de novo; há a necessidade de uma nova sociedade, criada com base na educação intergal. Os governos devem ser aconselhados a isso, mesmo antes que eles possam ser substituídos. A chave para a sua salvação está na transformação da sociedade!

Qualquer Um Pode Se Tornar Um “Homem De Luz”

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar, “Beha’alotcha“, Item 88: E os sábios brilharão como o brilho do “firmamento” são os autores da Cabalá. Eles são os únicos que se esforçam neste brilho, chamado O Livro do Zohar.

Isto se refere àqueles que estão se esforçando para entrar no Livro do Zohar, e este livro é de igual valor para todas as gerações, porque foi escrito a partir do nível da correção final em comparação com todo o resto dos livros da Cabalá. Baal HaSulam também atingiu a conclusão da correção, e, portanto, foi capaz de escrever um comentário completo para O Livro do Zohar.

Portanto, O Livro do Zohar pertence a todas as gerações, e cada pessoa que está envolvida e aprende com ele torna-se um “homem de Luz”, ou seja, começa a brilhar como o brilho do firmamento. Em outras palavras, as suas características são alteradas para que a Luz Superior comece a ser irradiada por ela.

Da Convenção Mundial Zohar 05/02/14, Lição 1

No Ápice Das Mudanças

Dr. Michael LaitmanAntes do nosso mundo ter sido criado, o Kli espiritual foi criado, e agora em nosso mundo, depende de nós restaurá-lo, conectá-lo novamente a partir das partes destruídas. Estas partes somos nós, e a quebra está na rejeição mútua entre nós. As partes dos Kelim (ou seja, nós) recebem um despertar de cima, e, desta forma, nós nos perguntamos sobre o sentido da vida.

O sentido da vida é encontrado acima de nossas vidas, porque nós não nos perguntamos sobre isso na estrutura desta vida. Nós pensamos apenas em como nos dar bem na vida, e, quando começamos a perguntar, “Qual é a razão de viver”, essa já é uma questão que transcende os limites do nosso mundo. Essa já é uma questão dirigida à fonte de nossa existência, ao Criador.

Em geral, toda a humanidade está num movimento em direção à unidade, mas de uma maneira mais desagradável e não com a maior velocidade. Todos nós já avançamos de tal forma e alcançamos o momento em que o nosso desenvolvimento nos trouxe para a linha de chegada, onde todos nós devemos começar a conectar.

Há um grupo, todos os que receberam o despertar de cima, e cabe a nós perceber o método de correção em nós mesmos, a fim de se conectar minimamente com o Criador. Isto porque a conexão com o Criador só é possível na medida em que aceitamos as deficiências de todo o mundo.

Nós recebemos as deficiências habituais de todo o mundo; em outras palavras, todas as seis deficiências que Baal HaSulam enumerou, desejos que são relevantes para uma pessoa, para o seu corpo, que são comida, sexo e família, e além disso, há os desejos relacionados com a conexão da pessoa com a sociedade voltados para o dinheiro, respeito e informação.

Todos os seis desejos são ativos em todas as pessoas em nosso mundo, mas eles são descobertos em cada um de forma diferente, e em cada um deles há uma infinidade de componentes diferentes, desejos menores.

Todos desenvolvimento humano primeiro foi direcionado para o desenvolvimento de desejos relacionados a comida, sexo, família nos seres humanos, levando-os ao crescimento dos desejos por dinheiro, honra e conhecimento, para que eles pudessem atravessá-los e descobrir a falta de satisfação neles. No entanto, nesse meio tempo, é difícil dizer que toda a humanidade se encontra em tal condição.

Comida, sexo e família são desejos corporais que não necessitam de qualquer correção, em princípio. No entanto, nos desejos mais elevados por riqueza, honra e conhecimento, um ego maior é descoberto dentro da humanidade. Além disso, este ego é, geralmente, apenas preliminar, necessário para que a falta da verdadeira realização também seja descoberta nele. Esta é a crise. A falta da verdadeira satisfação é o sentimento de crise.

Portanto, nós estamos agora numa fase em que a humanidade está passando por diferentes fenômenos de crise, e esses fenômenos de crise mudam o tempo todo. Alguns têm mais influência na economia, outros na ética, e parte deles na política e na família. Em geral, haverá muitas e variadas crises, e, portanto, nós devemos entender como precisamos trabalhar com as pessoas.

Em princípio, o método é o mesmo método, mas a abordagem às pessoas deve ser de acordo com suas necessidades. Em outras palavras, para cada civilização, para cada cultura que existe no mundo de hoje, deve haver uma abordagem única. Portanto, os desejos são desenvolvidos em diferentes países, em diferentes pessoas e áreas, de acordo com o lugar em que devemos trabalhar.

Olhe, por exemplo, a forma como a América Latina saltou com o desejo de perceber a espiritualidade e quanto a Europa está atrás dela. Não há uma abordagem singular. Nós não sabemos por que isso acontece desta forma.

Assim, cabe a nós sermos sensíveis ao pulso o tempo todo, para ver onde investir mais esforços, onde há uma necessidade maior, uma oportunidade de mais exposição. O mundo está numa conexão global. Contudo, muitas mudanças estão ocorrendo em todas as diferentes partes do mundo.

Portanto, cabe a nós nos concentrarmos num lugar onde há a necessidade de correção, da espiritualidade, da mudança interior, ou, como Baal HaSulam escreve na Introdução ao Estudo das Dez Sefirot, onde a pergunta: “Qual a razão da minha vida” “Como eu posso ser satisfeito” existe; quando uma pergunta como esta aparece, as pessoas já estão preparadas para que possamos nos voltar a eles.

Como já dissemos, esta questão pode se expandir para diferentes áreas, começando com os problemas cotidianos da vida até problemas mais elevados, mais psicológicos, mais internos. Portanto, isso coloca um problema difícil diante de nós.

A ideia é que não podemos nos conectar ao Criador se não funcionarmos como um canal para a Sua conexão, para a Sua doação, o Seu controle de todo o mundo, a fim de puxar toda a humanidade atrás de nós. Você vê, todo o sistema está passando por uma quebra apenas para ser capaz de começar a sentir o Criador através desta quebra, para que possamos subir ao Seu nível. É assim que todo o problema de Sua relação com as criaturas seré descoberto e resolvido. O “bom e benevolente” é expresso nas criaturas subindo ao seu nível e tornando-se como Ele. Isso significa todos juntos, sem exceção.

Desta forma, cabe a nós termos a nossa mão no pulso; além disso, cabe a nós sermos muito sensíveis a todas as mudanças, não importa quão pequena. Agora nós também estamos no mundo superior, no mundo do Infinito (Olam Ein Sof), cercados e penetrados com a Ohr Ein Sof, com a Luz do Criador. Não há diferença entre o nosso lugar agora e no futuro. Nada muda, exceto o nosso sentimento, os nossos sentidos. A sensibilidade é alterada. Cabe a nós desenvolver e descobrir isso, a fim de sentir a Luz. Nós estamos dentro dela, e nada existe fora dela. Assim, todas as mudanças acontecem dentro de nós, e não há necessidade de viajar para qualquer lugar. É necessário apenas trabalhar o tempo todo no aumento da sensibilidade à Luz superior dentro de nós. Este é o nosso objetivo.

O problema é que, sem movimento, a matéria não existe. A matéria só existe em constante movimento, em mudança. Teoricamente, se o movimento parasse, tudo desapareceria imediatamente. Nós vemos isso com os átomos, com as partículas elementares a partir das quais os átomos são compostos. Se quisermos sentir o mundo superior, temos que aumentar a nossa sensibilidade às mudanças que estão ocorrendo em nós. Às vezes, a pessoa acha que nada está mudando, que tudo está congelado, parado, que não existe qualquer movimento. A sensação de que a vida congelou se destina a nos mostrar que nós temos que aumentar a nossa sensibilidade a todo o movimento, e todos os movimentos ocorrem no desejo.

No momento em que começamos a ser integrados dentro de um grupo que nos obriga a nos concentrar no Criador, através da conexão entre nós, imediatamente recebemos um número incontável de mudanças a cada momento. Você vai começar a sentir que cada segundo é uma unidade infinita de tempo, do começo ao fim. Durante esse segundo, nós passamos por uma infinidade de mudanças. Esta sensibilidade à mudança é o que devemos descobrir.

Eu espero que a integração mútua entre nós, pela qual todos nós estamos passando -entre todos os vários continentes, civilizações e culturas – irá incorporar em nós os fundamentos de uma maior sensibilidade às mudanças, e, dentro de nós, a cada momento, nós comecemos a sentir grandes mudanças no desejo, na direção, emoção e percepção. Todo o tempo, mais e mais, vamos examinar e dirigi-las sempre ao Criador através do grupo, e, desta forma, vamos passar muito rapidamente pelo resto do caminho necessário para a primeira descoberta do Criador.

A descoberta do Criador ocorre especificamente dentro dessas incessantes mudanças, porque a permanência ou fixação não existe. No momento em que você para, tudo desaparece!

Portanto, as incessantes mudanças garantem que estamos sentindo o mundo superior, sentindo o Criador. Em nosso mundo, o nosso sentimento pode ser algo permanente, mas, na espiritualidade, isso não pode acontecer. Por isso, venha, e vamos lembrar também que esta condição só pode ser cumprida se eu estou ligado através do grupo, trancado o tempo todo no Criador.

Portanto, como nós vamos elevar a sensibilidade pela espiritualidade em que nos encontramos? Se eu saio de mim mesmo e tento ouvir o que o amigo diz, de repente, eu me encontro num vazio dentro do amigo. Assim, dentro deste vazio completo, como eu posso sentir todos os tipos de mudanças e movimentos para que eu possa entrar em seus desejos internos voltados ao Criador, de modo que ansiaremos por Ele juntos?

Nós descobrimos e alcançamos o Criador na medida em que somos sensíveis a Ele; em outras palavras, quando a expansão circundante é revelada a nós e nós tentamos sentir suas características, as mudanças nela, suas vibrações no que diz respeito a nós, ou mais corretamente, as nossas vibrações em relação a ela, as nossas mudanças no que diz respeito à característica de doação e amor.

Todo o nosso mundo nos foi dado a fim de nos orientar em direção a uma onda particular, à característica de doação e amor, como num receptor de rádio. No início, umaafinação aproximada, áspera, é feita entre os amigos. À medida que continuamos, nós nos conectamos com círculos externos cada vez maiores do nosso mundo, e, como resultado disto, nós nos dirigimos mais e mais precisamente, emocionalmente descobrimos mais da característica de doação e amor, e de tal forma, começamos a sentir o Criador mais e mais claramente.

Pois todo o nosso mundo, todas as criaturas, a fragmentação e as correções são necessárias apenas para nos orientar a sentir a característica de doação e amor, o Criador, e, enquanto toda a humanidade não entrou neste sistema de sensação mútua –das vibrações mútuas, da afinação do eu – não podemos descobrir o Criador, e nem qualquer pessoa no mundo.

Os Cabalistas realizaram um grande trabalho no passado, mas chegaram a um leque muito limitado de realização, porque a humanidade ainda não estava pronta para começar a sentir isso.

No entanto, a partir de hoje, nós já somos capazes de determinar que a humanidade está pronta para se integrar aos esclarecimentos dos sentimentos de doação mútua e amor, e a partir deles, ter consciência do Criador. Em outras palavras, hoje, a regra geral, “Do amor do homem ao amor do Criador”, está sendo ativamente realizada especificamente por meio do ajuste numa alta sensibilidade à doação, à conexão mútua, à integração mútua de acordo com o princípio “O que você odeia, não faça a seu amigo” e “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Nossa sintonia mútua nos leva ao Criador, e, através da expansão gradual do nosso círculo de sensibilidade, a toda a humanidade. Desta forma, nós descobrimos o Criador dentro deste novo sentido de doação e amor.

É assim que a regra geral, “Do amor do homem ao amor do Criador” é realizada, mas é especificamente através dos sentimentos, através do aumento da sensibilidade. [

Da “Convenção de Educação Integral” Semana Mundial do Zohar, Dia Um 02/02/14, Workshop 4

Lixa No Egoísmo: Bálsamo Para O Coração

Dr. Michael LaitmanCada um de nós já foi um feto no ventre de sua mãe. Nossas mães nos alimentaram e, como resultado, nós nos desenvolvemos. Imagine o estado quando você está lá dentro. Como alguém se sente ao estar no estado fetal?

O estado fetal é análogo ao nosso atual estágio de desenvolvimento. O avanço para a espiritualidade é completamente paralelo aos estágios que um feto passa enquanto cresce. As forças contrárias (doação e recepção) descendem da espiritualidade e garantem a nossa evolução.

No Estudo das Dez Sefirot existem cerca de mil páginas que explicam como a espiritualidade pode ser alcançada. O livro descreve a descida de ambas as forças a este mundo. Os estágios de descida são semelhantes ao modo como chegamos a este mundo e nos desenvolvemos nele.

Portanto, quais são as formas de avanço?

O grupo serve como “útero” para nós; nós temos que ter o melhor cuidado possível. Nosso avanço deve ser consciente e esta é a diferença no progresso espiritual, no crescimento espiritual, em relação a outro tipo de avanço.

Neste mundo, um feto nunca se preocupa com o lugar que garante o seu nascimento e crescimento. O feto avança inconscientemente. O mesmo se aplica para a humanidade, o seu avanço é insensível; nós somos impulsionados por forças, incentivos, propriedades, desejos, “chances”, etc.

Nós somos os únicos que têm que criar um ambiente adequado para o nosso crescimento, um ambiente que garanta o nosso progresso. Nosso progresso depende completamente do desenvolvimento do nosso ambiente. Se não elevarmos o grupo, se não nos unirmos, conectarmos, ou melhorarmos a reunião e união dos amigos, não vamos avançar.

Em seus escritos, Baal HaSulam mencionou que, lamentavelmente, houve casos na história da humanidade quando o “feto” apareceu natimorto. Isso aconteceu apenas porque um grupo parou de cuidar de sua unidade.

A cada passo, nós temos que reforçar a nossa conexão. Quando nós conseguimos aumentar a unidade entre nós, nós subimos e passamos por um novo estado, um novo dia, até completarmos todos os nove meses do nosso desenvolvimento. Então, nós nascemos. O processo de nascimento neste mundo acontece em concordância completa com as leis espirituais. Isso explica por que aqueles que estão cientes das leis espirituais também percebem o que está acontecendo neste reino material.

Assim, nós devemos sempre escolher o desenvolvimento do grupo sobre o nosso progresso pessoal, uma vez que somente através do grupo podemos “puxar” a nós mesmos. Esta é a nossa forma de ascender: nós acionamos a influência da Luz Superior sobre nós, exigindo e atraindo-a, pedindo e orando para que ela nos eleve, una e conecte. Nossa conexão ativa a força circundante, o útero da mãe, onde somos concebidos. Nós o chamamos de Malchut ou Shechiná. É onde nós nos transformamos num homem.

Há duas forças opostas que interagem reciprocamente, a força de recepção e a força de doação. Elas têm que atingir o equilíbrio uma com a outra. Cada vez, quando o equilíbrio entre estas duas forças é alcançado, ele dá origem a uma subida. Então, nós nos esforçamos por um novo estado de equilíbrio, voltando a subir. É assim que nós progredimos e nascemos. Na verdade, nós mesmos crescemos.

O problema é que nós temos que nos relacionar de forma positiva com ambas as forças em desenvolvimento, com alegria. Elas nem sempre são muito agradáveis; ambas trabalham como “lixa” em nosso egoísmo e desencadeiam inúmeras dificuldades e problemas. Nós devemos sempre ter em mente que tudo é organizado pelo Criador e só por Ele. O Criador tem inúmeros métodos ​​para nos “incomodar”; a cada momento Ele manda alguma coisa para cada um de nós separadamente e para todos nós juntos.

Nós devemos aceitar o Seu “tratamento” e aceitar os estados que passamos em nossas vidas materiais como bênção e muita sorte. Nós temos que perceber que tudo o que acontece conosco é apenas a maneira como Ele nos trata e nos conduz. Nós devemos conectar tudo o que acontece conosco com as noções “Não há outro além Dele” e “Ele é o bem absoluto que faz o bem”. Sem dúvida que nós percebemos nossas vidas de forma contrária à Sua benevolência incondicional, uma vez que consideram Sua influência através do nosso egoísmo. Assim que nos unirmos, Sua orientação se transformará no “bem absoluto” – verdadeiramente!

Às vezes, acontece de sentirmos uma centelha de bondade completa durante as nossas reuniões de grupo ou quando estamos engajados em ações coletivas que visam reforçar a nossa unidade. Em outras ocasiões, esse estado emerge a título pessoal e independente. O último não é tão desejável como quando o grupo “digere” o impacto do Criador em conjunto.

Em sua maioria, os efeitos que recebemos não são agradáveis. Eles só se tornam satisfatórios quando nós os conectamos corretamente a nós mesmos, atingindo, assim, a linha do meio entre as linhas direita e esquerda (entre bons e maus estados), quando buscamos o avanço espiritual por meio da conexão com os outros.

Tudo o que temos a fazer é apenas compreender e aceitar corretamente a influência superior, e avaliá-la corretamente. Nosso trabalho é analisar constantemente e nos referir à mesma noção uma e outra vez; ou seja, tudo o que acontece conosco, dentro de nós, em nossos corações e pensamentos, desejos e inspirações, tudo o que já acontece conosco é feito exclusivamente pela Luz Superior.

Por que isso funciona dessa maneira? Porque o nosso trabalho é se conectar com os nossos amigos e orar para que a Luz Superior nos eleve para o próximo estado, para a qualidade de doação.

Nós devemos nos sintonizar de forma a não perdermos a oportunidade de ascender. Muito raramente nos damos conta de que tudo o que se passa conosco e em nós vem do Criador e que Ele é o único que envia todas as situações para nós só porque Ele quer que façamos um apelo a Ele, a fim de transformar nossos “problemas” num avanço positivo. Cada momento do nosso tempo, toda a nossa existência, é um apelo permanente para nós de Cima, uma chamada para subir a Ele. Nosso trabalho é nos sintonizarmos a fim de não perdermos esta oportunidade.

O principal pré-requisito para isso é “elevar nossos corações ao caminho do Criador”. Constantemente, cada um de nós separadamente e todos nós juntos devem tornar as nossas relações com Ele muito mais sensíveis. Se conseguirmos fazer isso, vamos começar a entender o que Ele está nos dizendo. Ele nos fala exclusivamente através das sensações que surgem em nós e que respondemos a Ele através das nossas reações às sensações que recebemos Dele. Isso acontece repetidamente: nós recebemos uma nova sensação dele e reagimos a ela, etc.

É assim que nós avançamos, como crianças que aprendem a reagir a estímulos. Não importa se a reação de uma criança é boa ou ruim, certa ou errada, é assim que as crianças crescem. Nós avançamos da mesma forma.

Da “Convenção de Educação Integral” Semana Mundial do Zohar, Dia Um 02/02/14, Workshop 2

Nove Fases No Caminho Para A Unidade, Ponto 9

Dr. Michael LaitmanPreparação para a Convenção Integral: Educadores Integrais.

Nós descobrimos que não estamos destinados a manter a nossa ligação com o Criador, e que nós não precisamos do público em geral para manter a “bola de framboesa”, mas sim temos que ter a bola de framboesa para servir o público em geral. Especificamente através desta descoberta nós nos aproximamos do fim da correção.

Isso possibilita que nós vejamos a integralidade, as ligações, e o Arvut (garantia mútua) na natureza. Nós começamos a determinar o nosso relacionamento com o público em geral: o quanto precisamos dele, pois sem ele não podemos dar satisfação ao Criador, e quanto o Criador quer a humanidade e não nós.

É assim que nós alcançamos nosso destino e desaparecemos. A “nação de sacerdotes” é quando vocês não existem. Vocês servem o público em geral, servem toda a humanidade, e servem o Criador. E nisso vocês vêm o seu papel anônimo. Vocês não têm parte nem herança em nada; em suma, vocês são o elo, o canal, o componente para a transmissão. E isso é bom, porque com isso nós podemos realmente estar mais perto da natureza do Criador.

Nós temos que apresentar e dar o exemplo para o mundo, e através deste exemplo transmitir a ele a condição espiritual que alcançamos. Mesmo que por enquanto este seja o lado oposto do estado espiritual, se formos bem sucedidos em virar a face do mundo para nós, nós podemos virar nosso rosto para o Criador. Ao nos voltar para o mundo com amor, podemos nos voltar com amor a Ele. Sobre isso se diz: “Do amor das criaturas ao amor do Criador”.

A fim de transformar a face do mundo para nós, é preciso despertar as pessoas para a correta compreensão da solidariedade com elas. Para isso é necessário transmitir em palavras a tensão interna. As palavras devem ser muito claras e profundas. Só assim nós podemos ser integrados no círculo exterior, realmente nos conectar com elas. Então, nós recebemos a adição exigida que vai nos ajudar a subir e entrar num nível superior.

O correto educador integral para o desenvolvimento espiritual deve despertar esse desenvolvimento no aluno. Se formos bem sucedidos em alcançar os corações das pessoas, especificamente essas experiências e impressões que despertam no público em geral, será possível ampliarmos a bola de framboesa, melhorando e fortalecendo o ponto de contato com o Criador e senti-Lo.

Diz-se: “Eu aprendi com todos os meus alunos”. Nós ainda vamos entender porque por meio de uma conexão com os alunos a pessoa pode aprender mais do que com professores.

A Criação Do Bezerro De Ouro

Dr. Michael LaitmanMoisés é o ponto no coração, a função de um guia espiritual que uma pessoa segue. Quando esta característica desaparece dos sentimentos de uma pessoa, ela requer uma base forte, que é o bezerro de ouro. Ouro, (Zahav) – “Dê-me isso” (Zé Hav), é o que existe de forma clara, e sobre o qual ela tem controle. Este é um metal precioso que contém o imenso poder do Criador, mas nós sempre o utilizamos com o nosso ego só para pegar alguma coisa fortemente, para adquirir segurança pessoal, segurança material, e assim por diante.

Em princípio, tudo isso foi tirado do Egito. Todo o conhecimento, tudo que preenche o ego e dá segurança à pessoa, é a base do Faraó. Portanto, ele se opôs ao Criador e disse a Moisés: “Quem vai levá-lo para frente em seu caminho? Sou eu ou o Criador”. Em outras palavras, ou você avança “dentro da razão” ou ascende com doação e amor, com recepção ou com doação.

O que significa fazer uma estátua do bezerro de ouro? O bezerro incorpora a característica de doação, mas quando o fazemos de ouro, isso transforma a própria característica.

Uma pessoa não faz um bezerro de ouro o tempo todo. Isso foi feito uma vez, como foi a Shevirat ha Kelim, a quebra da alma coletiva. Depois disso, a pessoa descobre partes disso dentro de si mesma: outra parte, outra parte, e assim por diante.

A quebra do vasso ocorreu quando um imenso ego espiritual foi revelado. A criação do bezerro de ouro é uma atividade em que a pessoa faz uma forma de este ego que ela imagina a levará para frente. Com isso, seu trabalho espiritual já foi descoberto, o qual, por enquanto, é impuro, o oposto do Criador.

Não há nada de mal nisso, exceto por uma coisa: a pessoa está indo na direção oposta; mas, por enquanto, ela não encontrou o sofrimento que iria transformá-la. Em princípio, tudo se resume apenas em escolher o caminho mais fácil, curto e rápido, e não tropeçar nos golpes o tempo todo e aprender com eles.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 09/09/13

O Lado Oposto Da Característica De Doação

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Êxodo”, 32:2-3: E Aarão lhes disse: “Quebrem os anéis de ouro que estão nas orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e de vossas filhas, e tragam a mim”. E todo o povo quebrou os anéis de ouro que estavam nas suas orelhas, e os trouxe a Aarão.

Jóias incorporam a parte feminina do trabalho espiritual, que inclui mulheres, idosos e crianças. Isto é o que é dito aqui, que todo o trabalho espiritual com o qual o povo de Israel se adorna torna-se seu oposto, a doação.

Aarão era o desejo do “sumo sacerdote em nós”; na época, este era o maior poder que o povo de Israel encontrou para o avanço. Se não fosse por ele, como eles teriam criado o “bezerro de ouro”? Este poder concordou com um trabalho que era o oposto da doação, porque o ego estava agora no controle.

Uma pessoa avança de forma particular, e parece-lhe que essa direção é completamente certa, e quando o ego se eleva, tudo aquilo que ela lucrou numa determinada parte do caminho que ela avançou, agora se torna o oposto. Portanto, mesmo uma característica tão pura como o sumo sacerdote se torna impura.

Nós encontramos muitos desses fenômenos em nosso mundo. Suponha que uma pessoa está envolvida em algum tipo de ciência, querendo levar bondade e felicidade à humanidade, e como resultado disso, produz uma arma que traz a morte.

Pergunta: Se uma pessoa avança por meio do “bezerro de ouro”(o seu ego), em minha opinião, o nível chamado “medo” está faltando aqui.

Resposta: Pelo contrário, o medo empurra a pessoa para o bezerro e ela adquire segurança. Em princípio, o medo deve trabalhar em conjunto com a vergonha, porque a pessoa deve fiscalizar e criticar a si mesma na medida em que a vergonha surge nela em todos os níveis.

A vergonha evoca a primeira restrição (Tzimtzum Aleph) em nós e deve nos levar a isto: que com a sua ajuda, nós podemos perceber o Criador. Isso ocorre porque a fonte da vergonha está na sensação do que está diante de mim, e isso é só o Criador.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 09/09/13

A Hierarquia Dos Desejos

Dr. Michael LaitmanA Torá, “Exôdo” (Tetzave), 28:39, 28:42: Também farás túnica de linho fino; também farás uma mitra de linha fino; mas o cinto farás de obra de bordador… E faze-lhes também calções de linho, para cobrirem a carne nua; irão dos lombos até as coxas.

Trata-se de correções que vêm de dentro de uma pessoa e aparecem nesta alegoria.

O cinto que é mencionado na Torá é diferente de um cinto comum na forma que ele cobre o corpo do topo e separa a parte superior da parte inferior. A parte superior é Galgalta Eynaim, os desejos de doação. A parte inferior são os desejos de recepção.

A nudez é o desejo de receber que só pode ser corrigido parcialmente. Portanto, somente após a correção da parte superior, simbolizada pela túnica, o turbante e o cinto, a pessoa pode começar a corrigir a parte inferior de forma parcial: da cintura até os joelhos. Isso significa a correção dos desejos de recepção.

Aqueles desejos que estão localizados ainda mais baixo quase não se tornam corrigidos. Seu uso é simplesmente suspenso, já que a pessoa executa uma restrição no seu uso. Isto é suficiente.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno”, 28/08/13