Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar”, item 23: acontece que uma vez vestida em um corpo humano, ela (a alma) gera necessidades, desejos e idéias para satisfazer seu desejo de doar ao máximo, ou seja, dar contentamento ao seu Criador, de acordo com o tamanho do seu desejo.

Pergunta: Por um lado, diz-se que devemos ser guiados apenas pelo que vemos, mas, por outro lado, temos que separar dos termos corporais comuns “corpo” e “alma”, assim, como podemos integrar as duas coisas?

Resposta: Eu vejo o mundo corpóreo em que vivo agora. Estudamos sobre isso nas universidades e não nas aulas de Cabala. Nós, por outro lado, estudamos sobre algo que está acima disso, a realidade espiritual. Não está diante dos meus olhos, e eu devo adquirir uma nova visão a fim de vê-la. Eu não preciso de olhos corporais para isso, mas espirituais.

Cabalistas nos dizem que, assim como o corpo físico, há também um corpo espiritual, e é outorga. A vida nele é a Luz que o preenche. O corpo espiritual é na verdade a Luz Retornando (Ohr Hozer) e sentimos o corpo de acordo com a sua medida.

Estou atraído para outorga aos outros de acordo com o nível da Luz que retorna, e outorga para o outro é a minha alma. Isto é exatamente onde está, em outros, e não na carne que vive e morre. Precisamos da carne apenas durante o tempo em que temos que anular o nosso desejo de receber. Então, a necessidade para o corpo corporal desaparece. Quando eu atinjo o primeiro nível espiritual, eu entendo que isso não tem nada a ver com o corpo. Eu estava simplesmente tendo tais condições para poder existir antes da revelação. Este estado é essencial para entrar no mundo espiritual. “É a área onde eu preencho os pré-requisitos”.

É como se eu ficasse na frente de uma porta e me dissessem:- “Você pode entrar somente se você tiver um bilhete. Você não tem um bilhete? Então vá trabalhar e compre um bilhete e então você poderá entrar”. Então eu trabalho neste mundo, a fim de comprar um bilhete para a realidade espiritual e durante as lições falamos sobre o que acontece por trás da porta.

Pergunta: Então de que forma somos diferentes dos filósofos que parecem dizer a mesma coisa?

Resposta: Em primeiro lugar, estamos certos de que não queremos, como eles, entrar em fantasias como eles fazem; nós entendemos que temos realmente que sentir e ver o que falamos em primeira mão. Esta é uma abordagem saudável, que protege contra cometer erros e proporciona uma estrutura científica clara.

Filósofos estão enganados no fato de que eles falam sobre coisas que eles não sentem que estão além de sua percepção e são desprovidos de qualquer base factual. E eles estão confortáveis ​​com esta situação: em primeiro lugar, porque eles estão sendo pagos para isso e, segundo, porque eles querem ter algo a ver com “espiritualidade”.

Em princípio, uma pessoa chega a uma certa “ponte espiritual”, mas sem trabalhar em si mesmo. Esta é a razão que os cabalistas odeiam filosofia. Há um filósofo em cada um de nós, porque também gostaríamos de entrar em espiritualidade sem esforços e gostamos de apresentar diferentes teorias infundadas.

Ao mesmo tempo, temos que explicar tudo: “embora às vezes eu sinta que filosofar é apenas meu ego”. A verdade é que não podemos realmente discutir o mundo espiritual, antes de alcançá-lo, diz-se: – “Nós não podemos saber por nome ou palavra qualquer coisa que nós não alcançamos”.

Rejeitamos a abordagem filosófica e odiamos os filósofos em nós, embora seja impossível fazer isto sem eles, porque todo mundo inclui o mundo inteiro nele. Então, nós só falamos sobre o que acontece em nossos corações.

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Da 4ª parte da Lição Diária de Cabala de 12/01/14, Escritos de Baal HaSulam.

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