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A Riqueza Destrói A Sociedade

Nas Notícias (do News.com. au): “Um estudo recente de pesquisadores da Universidade da Califórnia Campus Berkeley encontrou uma ligação clara entre riqueza e um desrespeito pelos sentimentos de um companheiro. A equipe de pesquisa de Berkeley é liderada por Paul Piff, psicólogo com ávido interesse no poder do dinheiro sobre a interação humana.

“Em um teste a equipe de pesquisa de Piff montou jogos de Banco Imobiliário entre mais de 100 pares de estranhos. Uma moeda foi arremessada e aleatoriamente determinaou qual pessoa do par seria o jogador ‘rico’ no jogo. O jogo foi claramente viciado a favor do jogador ‘rico’, com resultados fascinantes.

“Foi dado ao jogador rico duas vezes mais dinheiro do que ao seu concorrente mais pobre, e quando passaram pelo ‘IR (GO!)’ recolheram duas vezes o salário a que eles tinham direito. Eles também tiveram que rolar dois dados na sua vez, em vez de um e assim moveram-se através do tabuleiro mais rapidamente. [Leia mais →]

Portões De Alcançar Sabedoria

“Introdução ao Livro do Zohar,” Artigo “Dois Pontos”, Item 121: Este é o significado das fechaduras nos portões. Primeiro, todas as muitas contradições de Sua singularidade, que provamos neste mundo, nos separaram do Criador. Contudo, quando nos esforçamos para manter Torá e Mitzvot com amor, com nossa alma e força, como somos ordenados — dar contentamento ao nosso Criador — todas aquelas forças de separação não nos afetam em subtração de qualquer amor do Criador com todas as nossas almas e poder. Pelo contrário, nesse estado, cada contradição que ultrapassamos torna-se um portão para a realização da Sua sabedoria.

Pergunta: O que significa “cada contradição que ultrapassámos torna-se um portão para a realização da sua sabedoria…”? O que é uma contradição?

Resposta: Uma contradição é algo que pode ser resolvido com isso e aquilo. Uma contradição é quando a pessoa não vê, ou concorda ou entende. É algo que não se conecta com Sua singularidade e com a noção de “não há ninguém mais além Dele” ou com o conceito de “Bom que faz o bem.” Só não encaixa. [Leia mais →]

Tu Bishvat Como Um Ponto De Virada Na Providência

Tu B’shevat chama-se o Ano Novo das árvores, ou seja, o Ano Novo de alguém que começa a crescer durante estes dias. É muito simbólico que nos mudamos para um novo edifício neste momento e vamos sediar um congresso enorme que abrange três convenções em uma e que nós estamos vivenciando um processo especial de construção, agora. Tudo o que precisamos fazer neste momento é só esperar para o fruto aparecer, para que nossa árvore não seja apenas uma árvore comum, mas uma que será frutífera.

Rabash explica em sua carta n º 29, como fazer uma árvore frutífera de um homem. Tu B’shevat é chamado “Rosh Hashaná das árvores”, porque neste momento um homem completou autoanálise e já decidiu se vale a pena que ele continue com o trabalho ou (Deus não permita) ele decida agir de outra forma. Neste momento, a pessoa já sabe de que fonte ele atrai a energia da vida – ou do desejo de receber para si próprio ou para o desejo de doar para seu Criador. [Leia mais →]

Com Um Desejo E Uma Inteligência

Pergunta: Como o mundo se parecerá quando chegarmos à correção final da humanidade?

Resposta: Toda a humanidade em si constituirá de uma unidade inteira e viverá dentro de um único desejo, uma única mente que a absorve e a engloba.

Conforme as pessoas se unem e começam a se elevar acima de seu egoísmo; como resultado, elas consequentemente desenvolvem maneiras completamente diferentes de sentir-se bem como o espaço circundante.

Elas começarão a aprofundar a ligação entre elas e se desanexar deste mundo, pois elas já não mais desperdiçarão seu esforço na preocupação de atingir as necessidades neste mundo.

Hoje, 1%-2% da humanidade poderia fornecer todo o necessário para todos os habitantes do globo, mas não com os excessos que agora enchem os mercados, mas somente com produtos necessários. Isso exigiria uma modernização de produção bastante pequena que os governos atuais não querem se engajar por várias razões. Junto com isto, pessoas irão viver razoavelmente e bem sem pensar sobre as necessidades básicas. [Leia mais →]

A Mente Judaica

Pergunta: Entre os cidadãos judeus e árabes da nação, relações complexas foram criadas. Estamos destinados a viver juntos em uma só nação, mesmo que não escolhêssemos isto. Os árabes são cerca de 20% da população de Israel. Entre eles, 83% são muçulmanos, a maioria sunita. Nós temos direitos e responsabilidades iguais, mas há dois lados para cada moeda. Por um lado, muitos dos cidadãos árabes querem viver em paz conosco. Há cidades em que judeus e árabes estiveram em boas relações de vizinhança ao longo de décadas, por exemplo, no Acre e Jaffa.

E, por outro lado, esse setor tornou-se uma fonte de violência nos últimos distúrbios.

Temos vivido juntos, lado a lado, por tantos anos, e até hoje, ainda não aprendemos a conviver uns com os outros! Os últimos desenvolvimentos são assustadores, decepcionantes, e despertam desconfiança entre nós. O que você pode dizer sobre o sistema de relações entre os setores judeus e árabes em Israel?

Resposta: Eu suponho que indo mais fundo nos níveis psicológicos e sociais humanos diários acabará por confundir as pessoas. Na verdade, cabe-nos fazer apenas uma coisa em relação aos árabes de Israel. Temos que mostrar-lhes como os judeus se conectam entre si e como podemos aceitá-los entre nós para que eles também conectem-se com a gente. Não é necessário fazer mais nada.

Em geral, os povos árabes, como todas as nações, têm um papel único. Primeiro de tudo, historicamente eles são nossos primos. Na visão judaica, sua religião não é idolatria, uma vez que não se curva a qualquer estátua ou imagem. [Leia mais →]

Zero Absoluto

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati, # 19, “Por que o Criador Odeia os Corpos, no Trabalho”:  Quanto mais elevado o grau, quanto mais longe a coisa está da vestimenta, maior ele é. A pessoa tem que sentir na coisa mais abstrata chamada “zero absoluto”, já que a mão do homem não chega lá.

É um lugar que está totalmente desconectado do nosso desejo. É um atributo abstrato, do qual a pessoa não pode se beneficiar: zero absoluto. Nossos sentidos, desejos e pensamentos não percebem este lugar e não agem lá. A pessoa só consegue existir neste lugar na fé acima da razão, já que o desejo de receber não funciona lá, mas apenas o desejo de doar.

Isso significa que o desejo de receber só pode se agarrar a um lugar onde há a presença da Luz. Antes que a pessoa purifique seus vasos, de modo a não manchar a Luz, é impossível para a Luz expandir seus Kelim (vasos). Só quando ela está no caminho da doação, ou seja, num lugar onde o desejo de receber não está presente, seja na mente ou no coração, lá a Luz pode vir em total plenitude. Então, a Luz vem até ela numa sensação em que ela possa sentir a sublimidade da Luz Superior…

Segue-se que a importância do trabalho é precisamente quando a pessoa chega a um estado de zero absoluto, ou seja, quando se que anula toda a sua existência e seu ser, pois assim o desejo de receber não tem poder; só então é que ela entra na Kedusha.

A pessoa tem que se dividir em duas partes: uma parte é o seu desejo de receber e a outra parte que ela quer atingir é o desejo de doar. Ela tem que se rebaixar ao nível do zero absoluto, ou seja, corrigir o desejo de receber de modo a não usá-lo de forma alguma.

É impossível esconder-se dele porque ele não vai me deixar em paz, mas tudo depende das minhas prioridades com relação à recepção e doação, e se a sociedade, o professor, o Criador, o estudo e a importância da meta espiritual estão acima do restante.

Nós devemos ver isso como o mais importante, de modo que tudo o mais se torna um zero absoluto, ou seja, que o meu desejo de receber comum vai parar de funcionar. Apenas as preocupações com as necessidades básicas permanecerão, e eu também gostaria de me livrar disso, mas isso não tem nada a ver com o desejo de receber. Portanto, eu elevo a importância da doação acima deste zero absoluto, e a Luz superior pode se vestir em mim. Eu não posso realizar essas correções por mim mesmo, claro, mas posso querer. Eu nem mesmo tenho o poder de querer isso e tenho que estar incorporados no grupo para isso. O grupo não me fornecer o poder de fazê-lo, mas a Luz que Reforma sim, e essa Luz só funciona se o grupo tenta se conectar. Este esforço é realmente o nosso livre-arbítrio, e nós temos que pedir a Luz por isso, para que ela complete o trabalho para nós.

Embora nós ansiemos em nos tornar zeros absolutos, o nosso desejo não desaparece. Pelo contrário, ele cresce constantemente, tentando sobrepor-se à pessoa. Nós temos que superar isto com a ajuda do ambiente. Assim, podemos nós avançar, inclinando-nos para a esquerda e para a direita, até chegarmos à primeira revelação. Então, este trabalho continua, mas torna-se mais claro e irrevogável.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 22/01/14

O Cérebro Define Um Tabu Contra Tentações

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (de ScienceDaily): “Neurocientistas do Health Science Center da Universidade do Texas, em Houston (UTHealth) e da Universidade da Califórnia, San Diego, demonstraram com sucesso uma técnica para melhorar a forma de autocontrole por meio de uma nova forma de estimulação cerebral. …

“Os participantes do estudo foram convidados a executar uma tarefa comportamental simples que requeria a frenagem/desaceleração de ação – inibição – no cérebro. Em cada um dos participantes, os pesquisadores identificaram pela primeira vez o local específico para este freio na região pré-frontal do cérebro. Em seguida, eles aumentaram a atividade na região do cérebro usando estimulação com cargas elétricas breves e imperceptíveis. Isto levou a um aumento da frenagem – uma forma de reforço do autocontrole. …

“‘Há um circuito no cérebro para inibir ou frear as respostas’, disse Nitin Tandon, MD, autor e professor associado sênior do estudo no Departamento de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina UTHealth, The Vivian L. Smith. ‘Acreditamos que somos os primeiros a mostrar que podemos melhorar este sistema de frenagem com estimulação cerebral’.

“Um computador estimulou o córtex pré-frontal exatamente quando foi necessária a frenagem. Isso foi feito usando elétrodos implantados diretamente na superfície do cérebro.

“Quando o teste foi repetido com a estimulação de uma região do cérebro fora do córtex pré-frontal, não houve efeito sobre o comportamento, mostrando que o efeito é específico para o sistema de frenagem pré-frontal.

“O método de estimulação elétrica era novidade na medida em que aparentemente reforçou a função pré-frontal, enquanto outros estudos de estimulação cerebral humana principalmente perturbam a atividade cerebral normal. Este é o primeiro estudo humano publicado para melhorar a função do lobo pré-frontal usando estimulação elétrica direta, relatam os pesquisadores”.

Meu Comentário: Não há dúvida de que vãos encontrar uma série de consequências negativas de tal interferência na liberdade de escolha. Embora isso possa trabalhar no nível de preferências egoístas, escolhas, mas com respeito ao amor e doação aos outros, em vez do ganho egoísta, o cérebro não vai funcionar, pois ele calcula o lucro dos desejos. Se eles são egoístas (o coração), então a mente calcula o que é melhor para o egoísmo. Assim, até que a pessoa transforma seus desejos de “receber” em “doar” com a ajuda da Luz Circundante, o cérebro não será capaz de calcular as ações anti-egoístas. Ou seja, sem a Cabalá, para transformar o egoísmo em altruísmo, não seremos capazes de obter o livre arbítrio, mas continuaremos a ser escravos do egoísmo, apenas dentro dele, programando-nos de preferência para desfrutar uma refeição ou ser magros.

Portas Fechadas, Portas Abertas

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar, VaYikahel [E Moisés Reuniu], item 131: Assim, o nome de doze letras agiu, baixando Malchut mais uma vez do local de Bina de Malchut de Assiya ao seu lugar no Sium de suas dez Sefirot, e Bina e TM subindo para o seu grau como no início, sobre o firmamento de Malchut.

E uma vez que Elias estava agarrado a esse AvirBina e TM que subiram – segue-se que ele elevou Elias com ele, sobre o firmamento de Malchut, por causa da equivalência”.

Quando nós engolimos, músculos circulares empurram o alimento para o estômago. Vasos em linha reta agem de forma semelhante: eles criam uma cadeia coerente de acordo com o princípio de causa e efeito: pressão – relaxamento, pressão – relaxamento. O mesmo mecanismo é usado na tecnologia, por exemplo, existem bombas que funcionam desta forma.

Digamos que eu entro em algum lugar e a porta se fecha atrás de mim (A). Como eu posso continuar mais à frente? Quando a porta se fecha atrás de mim, surge uma nova porta bem à minha frente (B). Até então eu não a tinha notado, mas, de repente, eu vejo uma nova porta. Mais uma vez a porta se abre e eu entro no próximo lugar, onde vejo a terceira porta, e assim por diante.

Doors Close, Doors Open

Esta é uma ordem rígida que funciona tanto na materialidade como na espiritualidade. As portas que abrem e fecham são “os firmamentos”. Ao atravessar etapas espirituais, Malchut se eleva continuamente à Bina e depois diminui de lá. O AHP também cai e se eleva uma e outra vez. Quando ele cai, ele nos “pega” e nos eleva a um nível superior onde o associamos com Galgalta ve Eynaim (GE).

No AHP, nós só nos anulamos, enquanto que no GE, nós nos transformamos em Hafetz Hesed da etapa atual que ocupamos. Não é apenas uma auto anulação, mas um pequeno estado “infantil”. Então, nós sentimos o AHP do Alto e nos auto anulamos diante dele. Em seguida, ele nos eleva e o ciclo se repete. É assim que, gradualmente, crescemos.

É óbvio que a nossa subida durante este processo é acompanhada por alterações qualitativas. Nós passamos pela concepção (Ibur), amamentação (Yenika), e a idade adulta (Mochin) cada uma das quais também é dividida em três fases correspondentes.

Neste caminho, nós passamos pelo despertar tanto acima como abaixo e através de algumas outras etapas. Da mesma forma, neste mundo nós vivemos de acordo com o calendário que não depende de nós. Nós ajustamos nossas vidas de acordo com dias, semanas, meses, anos, como se fôssemos encorajados “de Cima” a agir assim.

Da mesma forma, na espiritualidade nós à vezes devemos “cair no sono” ou agir de uma forma mais reservada e passiva. Depois, nós voltamos para um regime de “horas do dia” novamente. Para ser breve, há mais mudanças por lá do que nesta vida, incluindo as possibilidades de iniciativa pessoal, porque o “despertar de baixo” depende de nós.

Em geral, todo o nosso trabalho está se tornando semelhante ao Superior. Como podemos testar a nós mesmos? Nós só podemos fazer isso através da nossa capacidade de anexar vasos inferiores a nós. É por isso que se diz “Eu habito no meio do meu povo”. A revelação do Criador só é possível entre “o povo”, por meio dos outros, através de seus desejos quebrados, quando os aceitamos como nossos.

Como resultado, eles se tornam mais caros para nós do que os nossos próprios desejos, uma vez que pertencem às camadas mais profundas; e quando como resultado de nossos esforços eles se agarram a nós, nós vemos que a sua estrutura e Partzuf espiritual são muito mais importantes do que os que nós tínhamos anteriormente. Seus vasos parecem ser externos a nós, uma vez que foram lançados para longe de nós no momento da quebra. Os que estavam mais próximos de nós anteriormente agora parecem ser os mais distantes de nós.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 03/01/14, O Zohar

Unidade Multilíngue Do Zohar

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar diz que seu objetivo é tirar todo o mundo do exílio e levar-nos à libertação. Curiosamente, quando nós estudávamos os textos Cabalísticos no passado, nós não nos sintonizávamos com o Livro de Zohar. Nós estudávamos O Estudo das Dez Sefirot, “O Livro da Vida”, “O Portão da Casa das Intenções”, artigos e cartas escritas por Cabalistas, enfim um monte de textos. Por outro lado, O Livro de Zohar era ótimo, mas nós não o sentíamos isso ou nos sentíamos particularmente preocupados com isso.

Não é por acaso! Diz-se que O Livro de Zohar se revelará à nossa geração, quando o processo de correção final começa. A humanidade passou por muito sofrimento antes de descobrir que existe O Livro de Zohar e que sua missão é nos ajudar; agora, não podemos permanecer sem ele.

Nós precisamos de um monte de tempo para nos desenvolver internamente e para sermos capazes de acessar O Livro. A pessoa vem para a sabedoria da Cabalá, explora várias fontes, e só depois descobre que O Livro de Zohar possui um enorme poder e possibilidades incomuns que vêm com diferentes esclarecimentos e são acompanhados por um novo substrato sensual e racional. O Zohar é um livro que engloba tudo o que existe. Não é uma descoberta fácil!

Muitos de nossos amigos dormem durante as aulas do Zohar, uma vez que não sentem qualquer ligação com ele. No decorrer do tempo, eles vão ser capazes de sentir nas linhas que eles leem várias formas de doação e recepção, a correlação das Luzes e vasos, e vão aprender a conectá-los: a linguagem Cabalística dos ramos, a linguagem da Tanakh e Agadá. Tudo de que O Livro de Zohar é composto deve ser considerado como um todo. Ele fala sobre os detalhes da percepção usando diferentes idiomas.

Nós podemos expressar várias noções em diferentes linguagens do mundo; no entanto, todas são sobre uma única sensação, um fenômeno. No Zohar muitas linguagens estão intimamente ligadas. Existem inúmeras maneiras de apresentar o material. O leitor deve ser educado e preparado, deve perceber a realidade que está descrita no Livro, não importa qual for a linguagem usada lá para representá-la.

Semelhante a quando nós usamos palavras de origem estrangeira em nosso discurso, há palavras gregas e latinas no Livro de Zohar. Naquela época, essas linguagens eram muito difundidas e comuns. Os autores do Livro do Zohar não foram de todo relutantes em usá-las. Eles poderiam ter usado valores de Gematria, equivalentes em hebraico ou aramaico, mas optaram por não fazê-lo.

Isso significa que se aprendermos pelo menos um pouco das linguagens que são usadas no Livro do Zohar, ou seja, se nos tornarmos mais conhecedores dos estilos e formas de apresentação dos materiais que são descritos no Livro, estaremos expostos a muitas sensações adicionais às anteriormente experimentadas. Vamos ver qual a causa do seu “multilinguismo”: cada palavra ou frase no Livro do Zohar, seja Gematria, a linguagem das Sefirot, os conceitos da Tanakh ou termos da Halachá (o corpo coletivo de leis religiosas judaicas), reflete a essência espiritual.

Quando eu ligo a estação de rádio da Halachá, eu escuto coisas que são muito claras para mim a partir da minha experiência anterior: a Halachá fala sobre a preparação de nossos vasos, desejos, sobre as maneiras de se trabalhar com desejos egoístas nos níveis inanimado, vegetal, animal e falante. Este trabalho é regulado por um conjunto de leis chamadas “Halachá“. Ele descreve um tratamento correto dos vasos, a ordem de sua correção, e maneiras de ascender ao nível falante.

Afinal de contas, este nível dá expressão a tudo. Nós trabalhamos internamente com os desejos inanimado, vegetal e animal, com os desejos que correspondem ao nosso nível e também com os desejos dos nossos próximos. É assim que ocorre a preparação de todos os quatro níveis. Este é o lugar de onde deriva a linguagem ampla e rica da Halachá; nenhuma outra linguagem é mais precisa do que a da Halachá.

No entanto, vamos voltar ao Livro do Zohar: os autores e leitores encontrar o som iridescente e multilíngue do livro habitual e claro. É semelhante ao uso de conhecidas palavras estrangeiras em nosso discurso. O hábito é tudo que existe.

Baal HaSulam escreve que a linguagem da Cabalá inclui tudo. Eu espero que em breve sejamos capazes de entender que O Livro de Zohar abrange todo o complexo de noções e linguagens, inclui todos os componentes que se possa imaginar, e oferece a “cura” para nós da melhor maneira possível.

Da 1ª parte das Lição Diária de Cabalá 08/01/14, Lição sobre o Tema “Preparação para a Convenção”

Amor Paternal

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, Item 33: E você deve saber que qualquer contentamento do nosso Criador de doar às Suas criaturas depende da medida em que as criaturas O sentem: que Ele é o doador e que Ele é quem as deleita. Pois assim Ele recebe grande prazer delas, como um pai brincando com seu filho amado…

…Na medida em que o filho sente e reconhece a grandeza e a exaltação do seu pai, e seu pai lhe mostra todos os tesouros que ele tinha preparado para ele ….que para este contentamento e prazer com todos aqueles, foram dignos Dele criar todos os mundos, Superiores e inferiores da mesma forma.

Por meio desses mundos nós alcançamos a consciência do Criador, a consciência de Suas ações, e na medida em que nós os descobrimos, nós os apreciamos. Nós apreciamos a consciência da grandeza, a consciência da totalidade do Criador e de Suas atividades, pois em nossa percepção é a mesma coisa, e com isso, damos satisfação a Ele.

Por isso, também é agradável para um pai o filho que reconhece sua grandeza mais e mais, que ele é bom, benévolo e amoroso. Para isso, o filho também se torna melhor, torna-se como o pai, e, precisamente dessa forma ele se torna consciente de si e sente prazer com isso. Em nosso mundo não é assim: aqui, não importa o quanto você dá para as crianças, isso não garante a sua correta reação em troca.

Por outro lado, na espiritualidade o Criador criou um sistema correto de relações mútuas. O filho deve ser como o pai de acordo com a equivalência de forma, e é precisamente isso que faz com que seja possível para ele estar ciente do amor e da sabedoria do pai que faz tudo pelo filho, mas com a condição de que o filho possa receber todo o bem do pai sem que isso o prejudique, muito pelo contrário, que ele avance para um estado melhor.

Isto é, que você deve se preocupar com a educação. E só no âmbito da educação o filho vai alcançar prazer em sua vida. E seu prazer será em prol da doação. Assim, através deste processo, ele vai se tornar ciente do pai e do seu amor por ele.

E o próprio pai remove suas ações e sofre com isso. Ele quer dar ao filho tudo de bom, mas está pronto apenas para remover e só para que o filho tenha a oportunidade de se corrigir gradualmente através da correta educação, e desta forma ele recebe prazer do trabalho, das ações no estado que é completamente oposto ao seu desejo egoísta original.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 20/01/14, Escritos do Baal HaSulam