O Poder Do Livro Do Zohar

Dr. Michael LaitmanPergunta: Porque lemos O Livro do Zohar?

Resposta: Nós usamos-o como um meio de avanço espiritual no grupo.

Antes de mais, desejos receptores manifestam-se a si mesmos num certo grupo de pessoas. Desejos descretos, quebrados, consideram-se uns aos outros na sua forma física, isso permite-os estabelecer um primeiro contacto. Eles reunem-se num grupo e estudam O Livro do Zohar.

Um desejo quebrado como que “aspira” a aqueles que estão mais alto. Estudos comuns e exploração conjunta correcta do nível superior sob a orientação de um professor desencadeia maiores mudanças nos amigos. Eles tentam obter vasos de uma linha recta, então, a Luz sai dos círculos e vai para o vazio dos seus desejos de longe na forma da Luz Circundante até que eles se transformem numa linha recta.

Isto, na realidade, é o propósito dos nossos estudos. Quando acontece, estudaremos os mesmos textos e Luzes que transitam de estados externos para internos e tornam os vasos circulares em vasos de linha recta nos nossos vasos modificados e corrigidos.

Assim, O Livro do Zohar é um remédio especial que usamos sem ter uma ideia clara exactamente de como ele nos influencia. Contudo, isto não é importante, uma vez que ele ainda funciona.

Pergunta: Porque é o Zohar mais poderoso neste contexto que a Torá?

Resposta: O Livro do Zohar é mais forte que a Torá porque o seu estilo e forma são devidos ao período que se seguiu à destruição do Templo.

Antes, o povo de Israel estava no nível de Mochin de Chayia, ou seja, no seu fim da correcção pessoal. Então, eles cairam desta altura para ocultação. Como resultado, os Cabalistas estavam no estado quebrado de todos e ao mesmo tempo, eles subiram acima de todos. Eles rendem esta diferença entre as duas “extremidades” da realidade, entre o mundo do Infinito e o nosso mundo. Os filhos de Israel cairam no fundo, no mais duro egoísmo, enquanto os Cabalistas do grupo de Rabbi Shimon estavam topo. Como consequência, a diferença entre eles e o povo de Israel prolongou-se de menos infinito a mais Infinito.

Mais tarde, durante o exílio até à sua conclusão completa, os vasos do povo de Israel tinham de se misturar com outras nações e trazer centelhas espirituais a elas.

A Torá é diferente. Moisés escreveu o Pentateuco do nível do fim da correcção. Ele estava acima de todos os outros, contudo, o resto da nação não estava no mesmo estado que ele nessa altura. O povo tinha acabado de sair do Egipto, o estado chamado “Egipto” ainda não é a quebra. No “Egipto,” um simplesmente revela o seu pequeno estado, não a destruição inteira durante a qual a santidade se mistura com a impureza, a “agita,” assim deixando as pessoas corrigirem os seus defeitos e “inchaços como com levedura.” Devido ao facto de que o povo não alcançou este estado, Moisés não podia revelar e explicar o processo inteiro da correcção no Pentateuco. Ele só revelou o que tinha acontecido até então.

Em geral, cada degrau inclui todos os outros. Uma parte e o todo são iguais. É por isso que a Torá, é claro, contém tudo, mas, ela é apresentada de uma maneira que é impossível usar para na completa medida para a correcção das almas. Um não consegue extrair a Luz que Reforma almas quebradas do Pentateuco, uma vez que o êxodo do Egipto ocorreu antes da quebra. Somente uma pequena parte dela foi revelada na Antiga Babilónia, isso permitiu conectar os “antepassados” (GAR), um fardo dos seus corações, e então dar à luz aos “filhos” (as tribos de Israel) depois do êxodo do Egipto ter tomado lugar. As eras dos dois Templos e o último exílio sucedeu-se a estes eventos.

Assim, O Livro do Zohar está escrito de um estado totalmente diferente sendo a máxima diferença entre a altura de cento e vinte e cinco degraus e a quebra final dos filhos de Israel. Não entremos em detalhes e condições espirituais dessa época. Tudo o que importa agora é que este livro corresponde completamente a o que está embutido na natureza.
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Da 4ª parte da Aula Diária de Cabala 12/19/13Escritos de Baal HaSulam