Nós Não Conseguimos Nos Equilibrar Sobre Uma Perna

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati # 19: “O que Significa ‘O Criador Odeia os Corpos no Trabalho’: Nós devemos saber que “Deus fez o mesmo um tanto como o outro”. Isso significa que tanto quanto há revelação em Kedusha, nessa medida a Sitra Achra (Outro Lado) desperta. Em outras palavras, quando a pessoa afirma, “é tudo meu”, ou seja, todo o corpo pertence à Kedusha, a Sitra Achra também argumenta contra ela que todo o corpo deve servir à Sitra Achra

É preciso saber que é um sinal de que este trabalho atinge o alvo.

Toda a natureza, todos os níveis, de baixo para cima, inanimado, vegetal, animal e falante da natureza, e também cada nível em largura, cada célula, cada espécie, são todos baseados na conexão entre os opostos. A diferença significa oposição, um positivo e um negativo. Tudo, desde as partículas menores às estruturas maiores, se conecta, uma vez que elas são opostas entre si e podem adicionar ou complementar uma à outra.

Assim, nada pode ser estável a menos que seja feito de duas partes opostas. Somente quando dois opostos podem mutuamente se complementar, apesar de sua oposição, eles podem existir. Este é a única forma da conexão entre eles poder existir e a única maneira deles poderem existir.

Este princípio decorre do desenvolvimento inicial da Luz, o que significa “algo a partir de algo” que criou a matéria do desejo de receber como “algo a partir do nada”. Nós só podemos descobrir a Luz no desejo, e o desejo só pode existir se a Luz sustenta e revive-o.

Assim, em toda a criação, todo discernimento em qualquer pensamento, em qualquer desejo, em qualquer ação, sempre inclui duas partes opostas que estão em relativo equilíbrio. Portanto, se há bondade, também deve haver o mal que equilibra a bondade. É por causa do mal que a pessoa pode descobrir a bondade e vice-versa. Não pode haver um sem o outro, assim como não podemos nos equilibrar sobre uma perna, mas precisamos sempre de duas pernas. Então, é claro que nós nos desenvolvemos por duas forças opostas, e cada vez uma supera a outra, alternadamente; a perna direita é apresentada e, em seguida, a perna esquerda, e é assim que a pessoa avança.

Portanto, quando nós não somos muito desenvolvidos, pensamos que tudo deve ser ideal e esse ideal significa uma coisa para nós. Mas quando nós crescemos, entendemos com a nossa experiência e pela expansão de nossa percepção, que os estados devem ser complexos, e que devem incluir sempre duas forças, dois atributos opostos. Só então eles podem existir, como se diz: “E foi a tarde e a manhã, um dia”, apenas de acordo com este princípio.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 27/12/13