A Democracia Beneficia Só A Classe Média

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (Daron Acemoglu, economista americano, atualmente Professor de Economia no MIT): “Neste trabalho, nós revisitamos a relação entre democracia, redistribuição e desigualdade. Nós explicamos primeiro as razões teóricas pelas quais se espera da democracia um aumento na redistribuição e redução na desigualdade, e por que essa expectativa pode deixar de ser alcançada quando a democracia é capturada pelos segmentos mais ricos da população, quando se atende às preferências da classe média, ou quando abre oportunidades desiguais para segmentos da população anteriormente excluídos de tais atividades, agravando, assim, a desigualdade entre uma grande parte da população. Nós, então, fornecemos novas e sistemáticas evidências da forma reduzida sobre o impacto dinâmico da democracia em vários resultados. Nossos resultados indicam que existe um efeito significativo e robusto da democracia sobre as receitas fiscais como uma fração do PIB, mas nenhum impacto forte sobre a desigualdade. Nós também achamos que a democracia está associada a um aumento da escolaridade secundária e uma transformação estrutural mais rápida. Finalmente, nós fornecemos algumas evidências sugerindo que a desigualdade tende a aumentar após a democratização, quando a economia já passou por uma transformação estrutural significativa, quando a desigualdade de terra é alta, e quando a distância entre a classe média e os pobres é pequena. Todos estes são amplamente consistentes com uma visão que é diferente do modelo tradicional de eleitor mediano de redistribuição democrática: a democracia não leva a uma queda uniforme na desigualdade após os impostos, mas pode resultar em mudanças na redistribuição fiscal e estrutura econômica que têm ambíguo efeitos sobre a desigualdade”.

Meu Comentário: Hoje, durante a queda e desaparecimento da classe média, da esperança do sonho americano, o fosso entre ricos e pobres está aumentando. Consequentemente, o conceito de democracia cada vez mais aparece como puramente teórico. Há uma necessidade crescente de uma nova forma de sociedade, com igual distribuição, produção e consumo racional, experimentando-se a felicidade na conexão.