Pergunta: Será que devemos disseminar a sabedoria da Cabalá entre as pessoas ortodoxas ou entre aqueles que se envolvem em todos os tipos de práticas místicas?

Resposta: Certamente não! Nós temos que ficar longe de qualquer ambiente religioso, pois as nossas opiniões são muito diferentes. Eles acreditam em milagres, na vida após a morte, em revelações místicas, nas forças que são externas a este mundo, enquanto nós acreditamos na força da natureza. Nós somos materialistas completos. A sabedoria da Cabala não é uma religião, mas sim uma ciência para alcançar a força única da natureza.

Esta força é chamada de Criador, Deus, mas não há nada de místico nisso. Numa etapa muito mais tardia, a humanidade distorceu tudo e transformou-a em religiões, uma vez que não conseguiu encontrar este atributo em qualquer lugar. Ela é imaterial, desconhecida, imperceptível. Esta é a força por trás de todos os objetos corpóreos. Mas como podemos defini-la? É impossível!

Não existe um instrumento que possa percebê-la, visto que ela não é magnetismo, não é o domínio global de gravidade, não é eletrostática, e não é raio-x. Este “nada”, como você pode defini-lo e descobri-lo? Onde você pode encontrar um detector para a revelação da força chamada Criador?

Não há detector, exceto você. Você pode percebê-la sem quaisquer instrumentos externos, mas apenas dentro de você. Como você pode fazer isso? Quando você se tornar sensível à percepção desta força, de acordo com a sua equivalência de forma a ela, você vai começar a percebê-la. Assim como a agulha de um instrumento em movimento, assim se moverá a agulha na escala de Nefesh, Ruach, Neshamah, Haya, Yechida, de acordo com o nível de seu ego, na medida em que for igual a esta força.

Se você subir acima do seu ego, você será capaz de usá-lo como uma mola. A corrente que passa pela bobina transforma-a num ímã que puxa a agulha, a agulha se move numa certa divisão: Nefesh, Ruach, Haya, Yechida, e nós podemos ver as medidas que este instrumento indica.

A mola que traz a agulha de volta para o zero é o nosso ego. A força que puxa a agulha na direção oposta a partir da mola é a Masach (tela), a nossa conexão e equivalência com o Criador. Assim, nós podemos ver as medições na escala. É um instrumento muito simples.

Ao mesmo tempo, a nossa escala não é imutável. A distância entre Nefesh e Ruach é pequena. A distância entre Ruach e Neshamá é muito maior. É como a distância entre a Terra e a Lua, ou entre a Terra e o Sol, entre a Terra e a próxima galáxia. E o progresso astronômico é criado de acordo com o nosso ego, que avança muito mais, e a Luz do Criador que opera e nos influencia muito mais fortemente.

Isto significa que nos envolvemos na ciência de medir o Criador dentro de nós. Eu sou o instrumento, a cabeça de medição. Tudo é muito simples.

No estado livre de egoísmo, a mola define a agulha em zero. Mas se houver corrente que passe pela bobina, a agulha move-se do zero. Para isso, nós precisamos de uma fonte de energia na rede, uma bateria e um interruptor, um relê. A bateria com o interruptor é o Criador, e a bobina magnética é o centro do grupo. O centro do grupo atrai a Luz nele e isso cria em nós as condições para a presença da Luz.

A Luz que corrige, a Luz circundante, concentra-se no centro do grupo. A agulha indica a Luz Interior conforme o nível do ego, da Aviut (espessura).

Da Conversa sobre Disseminação 22/10/13

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