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Um Adaptador Perfeito

Dr. Michael LaitmanPergunta: Na era moderna, nós devemos nos colocar em sintonia com os desejos do grande público, enquanto que antes, os alunos deviam se assemelhar em qualidades com seu professor. Como isso é combinado?

Resposta: Nós revelamos o Criador no centro do grupo. Em nossas relações, nós somos a parte superior, e Ele é o superior acima do superior. Além disso, fora de nós, há o grande público – o inferior, o povo ou a humanidade.

Dessa forma, nós (Bnei Baruch – BB) devemos aplicar esforços em conjunto no trabalho entre nós, bem como nos dirigir aos círculos externos, adaptando-nos de acordo com eles.

Para fazer isso, nos dividimos em duas partes: as sete Sefirot inferiores (ZAT) e as três superiores (GAR), e nós representamos Bina e assumimos a forma adequada na parte superior e na parte inferior.

A perfect adapter

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/11/13, Escritos do Baal HaSulam

A Luz Emerge Na Escuridão

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam “O Ensino da Cabalá e sua Essência”:  Todos os mundos e tudo o que lhes preenche em todos os seus detalhes emergiram do Criador em um único e unificado pensamento. E o pensamento sozinho desceu e criou todos os vários mundos, criações e suas condutas, como explicado em “A Árvore da Vida” e no Tikkunei Zohar.

“Pensamento” é a força que desce e atua em sua derivada. O poder do pensamento constitui o “material” do desejo e, assim, age nele, se imprime em várias formas. O desejo aceita essas “impressões” e muda de acordo.

O material do desejo inevitavelmente passa por uma série de mudanças em que nós sentimos que vêm de um determinado pensamento. Assim, o pensamento entra no desejo, a mente entra no coração. Então, o desejo pensa: “O que eu quero? Por quê? O que me motiva? ”

Entrando no desejo, o pensamento “corrompe”, muda-o, até que se torna consciente: “Aqui sou eu, e aqui é o pensamento anterior que me criou e me muda. Isso significa que é melhor para eu participar. Deixe-me ter o meu pensamento, através do qual eu controlo o desejo, regulo-o, em vez dele controlar meus cálculos”. De fato, enquanto o desejo domina, a nossa vida é determinada pelas exigências do corpo. Por isso, não é melhor confiar a gestão à cabeça, a mente?

Os Cabalistas descobriram isso cerca de seis mil anos atrás, e durante os três períodos, de dois mil anos cada, as Luzes estavam entrando nos vasos, o pensamento entrou no desejo. Hoje, toda a humanidade, o desejo comum de todos, descobre e percebe o resultado deste processo, “o que está acontecendo com a gente?” A situação é ruim; nós sofremos, vivemos numa mentira, sem conhecer as razões, sem encontrar soluções… Por quê?

Assim, o pensamento inspeciona o desejo e os estados, “é culpado do que está acontecendo. Aparentemente, ele deve ser gerido de forma diferente”. Aos poucos, nós estamos nos aproximando do ponto desta solução: Será que o pensamento vai gerir o desejo ou o desejo vai gerir o pensamento? Esta é a nossa escolha.

Pergunta: No entanto, o pensamento e o desejo inerente a nós são opostos ao Criador. Nossos pensamentos são opostos ao plano da criação…

Resposta: É verdade, caso contrário, não seríamos capazes de conhecê-Lo. Nós devemos conhecer a verdade, e isso só é possível a partir de mentiras. Tudo é concebido apenas a partir de seu oposto. Nós precisamos do amargo para conhecer o doce, e da e escuridão para conhecer a Luz, porque a escuridão é oposta à Luz; caso contrário, você não pode reconhecer nada. Você precisa de um ponto de medição que está fora das propriedades medidas, um ponto de referência contra os cálculos que são feitos.

Nós somos vasos, desejos, e só assim podemos medir, sentir e entender alguma coisa, comparando os dois opostos. O Criador está unido, e nós não. Nós precisamos de uma comparação, caso contrário, parecemos flutuar no vácuo desprovidos de quaisquer ponto de referência, sem um senso de direção.

Além disso, se fôssemos colocados em um líquido especial, com condições especiais, com a mesma gravidade como o nosso corpo, poderíamos parar de sentir isso.

A mesma coisa pode ser feita com a nossa consciência; se ele está livre de orientações polares, nós perdemos o senso de nosso eu, de nossa existência, porque somos incapazes de sentir os opostos.

Portanto, como seres criados, nós podemos medir e avaliar a nós mesmos apenas por contraste. Na Cabalá, diz-se que a vantagem da Luz é conhecido a partir da escuridão. Assim, você não vai chegar à perfeição se não tiver passado por todos os problemas do mundo, por seu “inferno”, o lado oposto do “Jardim do Éden”. Mas você pode conhecer o “reino da escuridão”, ou como um homem sábio, que ainda na escuridão, vê o amanhecer que emerge.

No entanto, surge a pergunta: Se hoje eu vejo a perfeição de longe, mas não sinto isso nos meus vasos, o que vai acontecer amanhã? Eu não concordo em “olhar para o paraíso através de binóculos”, eu quero entrar seus portões.

É por isso que há a necessidade da quebra e sua posterior correção. É suficiente se sentirmos um pouco a diferença entre nós, e depois o resto vamos receber do grupo na forma final.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/11/13, Escritos do Baal HaSulam

Proteja-se, Assim Você Não Vai Se Queimar

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que uma pessoa passa por esses estados difíceis que mostram quão baixo e distante ela está da espiritualidade, embora ainda lhe seja exigido ser feliz?

Resposta: A pessoa não percebe mais do que pode suportar. Se ela percebesse o seu estado real, ela simplesmente queimaria como num curto-circuito. Portanto, nós estamos constantemente entre certos limites, entre dois pontos, de modo que seremos capazes de suportá-los. É como um fusível que queima quando a corrente é muito forte. Enquanto a corrente é normal, ele transmite. O seu papel é o de segurar até que certa situação crítica ocorra e, em seguida, queimar, mas ele mantém o sistema intacto.

Tudo tem certo limite, e por isso, de cima, pessoa progressivamente percebe o AHP do nível superior, sua parte posterior. Se ela está adequada a ele como resultado de seu próprio esforço, ela está pronta para subir ao próximo nível.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 24/11/13, Escritos do Rabash

O Ocidente Paga Pela Destruição Da URSS

Dr. Michael LaitmanOpinião (Sergei V. Lukyanenko, escritor de ficção científica, autor de Night Watch and Day Watch): “Na competição entre a URSS (União Soviética ) e o mundo capitalista, no início a URSS tinha dois trunfos: internacionalismo e igualdade social. Descartando a crença em Deus, o patriotismo nacional, concorrência – só por essas duas ideias ‘internacionalismo e igualdade social’, a URSS travou uma concorrência com o mundo e ainda era líder em alguns momentos”.

“O fato é que ‘internacionalismo e igualdade social’ apelam diretamente para o desejo humano de justiça, igualdade, fraternidade”.

“A URSS só poderia ser destruída nas seguintes formas:

– Ao distorcer suas ideias na URSS, o que o governo soviético fez,

– Ao demonstrar que o capitalismo no ‘Ocidente’ também é capaz de internacionalismo e justiça social (prover os desempregados e educar os pobres) – este foi feito no ‘Ocidente’, introduzindo-se um sistema de saúde gratuito, assistência social, educação gratuita e acessível, igualdade de nacionalidades e raças.

“Depois disso, a URSS estava condenada, porque no estímulo de produção, produtividade, flexibilidade de produção e comércio, os benefícios do sistema capitalista são óbvios”.

“Mas os mecanismos que estão sendo executados ‘no Ocidente’ continuam a agir: deixando milhões de imigrantes e dando-lhes a cidadania, é impossível retornar ao nacionalismo, sem choques. Também é necessário reconhecer a liberdade de crença e igualdade das religiões”.

“Ao criar um sistema de assistência social para os pobres, os países precisam se deparar com milhões que vivem no bem-estar e exigem tudo do Estado. Tendo declarado a igualdade das minorias sexuais, é ridículo não esperar que isso vá terminar com o cristianismo, desintegrar a sociedade, destruir os fundamentos da civilização euro-americana”.

“‘No Ocidente’, ainda é possível voltar ao passado – mas apenas ao rejeitar o ‘internacionalismo’ e a ‘igualdade social’, mas isso levaria a esses choques imprevisíveis, para os quais o Ocidente não está pronto. Assim, o bumerangue enviado pelo Ocidente retorna depois de acertar o alvo, a URSS, e eu vejo alguma justiça profunda”.

Meu Comentário: O reconhecimento alternativo do mal em um estado capitalista e socialista, que tanto o Ocidente e o Oriente devem passar, vai levá-los à necessidade de trabalhar em conjunto para resolver o problema não de convivência, mas da existência de um modo geral, e reuni-los em oposição ao Sul…

União E Garantia Mútua

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é a diferença entre uma união (Brit) e garantia mútua (Arvut)?

Resposta: União é uma conexão preliminar, antes da garantia mútua, quando recém concordamos em estar em conexão com o outro.

A garantia mútua é um estado quando entramos nos desejos do outro, trabalhamos em conjunto com eles; eu trabalho em seus desejos, você nos meus, e nós fornecemos um ao outro com apoio mútuo completo.

Eu me torno seu fiador, levo-o debaixo da minha asa, não penso em mim, mas em como fornecer-lhe todos os meus recursos. E você vê o que eu preciso e vai pensar em como fornecer-me seus recursos.

Este apoio mútuo, quando satisfazemos mutuamente os desejos de cada um, é chamado de garantia mútua. Mas, no início, é caracterizado pelo estabelecimento da união: um acordo é assinado, sujeito a concretização. Em princípio, isso e aquilo trabalham em conjunto.

Da Discussão sobre Grupo e Disseminação 23/10/13

Meu “Eu”

Dr. Michael LaitmanO meu “eu” se refere à parte de mim que busca a conexão com o Criador, e tudo o resto é minha manifestação animal (fisiológica).

Em outras palavras, a imagem de uma pessoa consiste de duas partes, e elas devem ser bem distinguidas. Uma deles é a parte animal, com todos os problemas humanos, fraquezas, desejos, e tudo o que pertence a ela como a um objeto material.

A segunda parte é o ponto no coração, que busca o Criador. A Luz Superior, afetando-o, desenvolve não só a nossa aspiração positiva pelo Criador, mas também o nosso egoísmo como uma ação contrária que constantemente dá ao homem o equilíbrio do livre arbítrio. É essa aspiração pelo Criador que se chama o meu “eu”.

Da Discussão sobre Grupo e Disseminação 22/10/13

O Que É O Centro Do Grupo?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o significado do centro do grupo? É um componente interno que a pessoa tem, incluindo as impressões de nossas ações coletivas e dos workshops?

Resposta: O centro do grupo é o que constantemente analisamos e esclarecemos, explorando-o em nossos atributos, em nossa visão: Onde ele está? Como se caracteriza? Pelo que devo ansiar? Eu tenho que sentir o que é o centro do grupo internamente.

É muito embaçado, como olhar para um alvo que está em constante movimento e que eu não consigo focar por meio de uma mira. No entanto, se eu determiná-lo claramente, isso significa que eu entro em contato com o atributo de amor e doação.

Pergunta: Por meio de quais ações concretas eu posso encontrar a conexão com o centro do grupo?

Resposta: Essa conexão é determinada pela necessidade de uma pessoa por ele, a fim de se conectar ao Criador e para trazer a Sua revelação ao mundo. No artigo “O Shofar do Messias”, e em outros artigos também, é dito que Israel (aqueles que anseiam direto ao Criador) não vai deixar o exílio nem vai atingir uma conexão com o Criador, a menos que traga o mundo inteiro a isso.

Agora, a hora finalmente chegou para incorporarmos o ego externo das massas, e nós devemos exigir que o Criador preencha-o. Ao mesmo tempo, nós só podemos ser os condutores, o ponto de adesão entre o Criador e o resto do mundo; a revelação do Criador no mundo é a nossa missão.

Pergunta: Como eu posso determinar se eu dissemino a partir do centro do grupo ou não?

Resposta: Você deve sentir isso por si mesmo. Se você disseminar e, ao mesmo tempo, temer constantemente não deixar o centro do grupo, então está tudo bem.

Da Discussão sobre Grupo e Disseminação 22/10/13

Uma Lição Além Da Machsom (Barreira)

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se, por exemplo, todo o grupo central transcende a Machsom junto, o que aconteceria com a lição diária de Cabalá?

Resposta: A lição diária de Cabalá será realizada além da Machsom. Agora, também, eu lhe dou energia e o conhecimento de tudo o que acontece além da Machsom.

O Talmud Eser Sefirot e as outras fontes são escritos no nível espiritual, mas no momento você os percebe no nível do mundo corpóreo. Além da Machsom você já vai sentir isso em um nível diferente.

Suponha que eu examine uma pintura com um artista e ele diga: “Você pode adicionar um pouco de amarelo aqui ou vermelho aqui e aqui um pouco mais azul”. Ele se relaciona com a pintura de uma forma estritamente técnica, enquanto eu sou impressionado pelas cores da imagem e como ela me influencia. Normalmente, um pintor desenha um esboço de uma imagem usando um lápis antes de começar a pintar. E eu não vejo isso.

O Criador também faz um desenho a lápis antes de pintar todo o quadro colorido diante de nós. Aos poucos, você começa a ver as conexões internas, as forças internas neste quadro geral. Você começa a sentir como Ele acrescenta determinadas cores novas à pintura, algo que ilumina, e algo é removido e cria novos contrastes. Tudo isso brilha diante de você em seus sentidos. Você vai determinar o nível de interação do Aviut (a profundidade do desejo) através da Masach (tela), por meio das forças que retratam este mundo para nós. Será claro para você que tudo provém apenas de uma força, de uma intenção: torná-lo tão perfeito como Ele, como sua fonte.

Pergunta: O que você sentiu imediatamente antes de atravessar a Machsom?

Resposta: Os mesmos estados que a pessoa sente antes do êxodo do Egito: terrível pressão de todos os lados, um anseio completo para frente, o medo do desconhecido, do que existe diante de mim, e ao mesmo tempo, o medo de não alcançar a realização espiritual. Tudo isso acontece quando você anseia para frente artificialmente, mas quando você realmente age, ansiando pelo centro do grupo e, ao mesmo tempo empurrando-se por trás ao disseminar o método integral, do mesmo modo que você estimula um cavalo usando um chicote para avançar, e então você rompe.

Da Discussão sobre Grupo e Disseminação 22/10/13