O que é a democracia? A nação inteira, composta de milhões de pessoas, se reúne, e as pessoas perguntam: “O que vocês querem?” Algumas dizem que querem futebol, outras dizem que querem Coca Cola, e elas são informadas, “Vocês vão ter o que querem”. O que mais as massas podem querer se não forem educadas, se não foram elevadas até a escada espiritual? Em tal caso, a democracia leva à regressão, à degradação. Portanto, o que há de bom nisso?

A democracia só é boa quando fazemos um círculo, ou seja, apenas num grupo. Aqui é onde o mundo inteiro vai mal. A verdadeira ideia da democracia é ótima, mas deve ser realizada somente sob certas condições. É impossível implementá-la com as massas, entre as pessoas que não pensam no amanhã. Então, as pessoas não vão votar porque não importa quem seja eleito. Elas só gritam e se ressentem do fato de que o governo não faz o que elas querem.

Nem os governantes em todos os níveis, nem as pessoas governadas entendem o que é democracia. Isso é porque ela não está em seus vasos; ela está em vasos redondos, que não são aptos para elas. As pessoas precisam de um rei, um poder autoritário. Um rei sente que, “O Estado sou eu, é tudo meu!” E ele se preocupa com os seus súditos, que seus cidadãos se sintam bem, uma vez que pertencem a ele. Ele trabalha pelo bem-estar de todos na nação, visto que é tudo seu.

Portanto, se uma nação existe egoisticamente, ela precisa de um rei. No entanto, se um Estado já avança espiritualmente, ele precisa de uma democracia. Eles são opostos: “círculos” (Igulim) e “linha reta” (Yosher), as duas formas do vaso. Nós não devemos confundir uma com a outra, uma vez que nenhuma é melhor ou pior. Nós vemos que a democracia não funciona, e que são apenas palavras agradáveis. Eleições livres e liberdade de expressão nos meios de comunicação são todos apenas brinquedos. De fato, os líderes da sociedade fazem o que devem fazer.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá 10/10/13, Escritos do Rabash

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