As Pessoas Virão Até Nós Por Conta Própria

Dr. Michael LaitmanO temor deve ser para saber se eu posso dar prazer ao Criador. Isso não pode acontecer antes de atingirmos a garantia mútua e antes que todos se preocupem. Em outras palavras, é temeroso saber se nos preocupamos com os outros. Eu não posso me voltar ao Criador antes disso. Ele só pode ser um objetivo, enquanto a minha preocupação com os outros é a condição que me ajuda a focar esse objetivo. Mas um não funciona sem o outro, como é dito: “Do amor pelas criaturas ao amor pelo Criador”.

Nós temos que organizar o nosso trabalho de modo que fique claro para nós que estas duas coisas estão conectadas, e que uma existe dentro da outra. A fim de me concentrar no Criador, eu preciso da intenção pela qual três componentes se conectam numa linha: o olho, a primeira vista e a segunda vista. Apenas conectando estas três partes: Israel, a Torá e o Criador, eu posso mirar e atingir a meta.

É impossível almejar de qualquer outra forma. Se eu tivesse um olho e uma visão eu poderia virar a arma da maneira que eu quisesse. Eu só posso mudar o eixo, uma linha direta de mim, do meu olho, se eu focar o grupo e através dele o Criador.

Portanto, eu posso testar o temor: se realmente me preocupo com todos ou se só penso nos amigos, se todo o meu trabalho é realmente a fim de doar, se me aproximo mais deles, se me preocupo com a igualdade e a conexão no grupo, como um pai que se preocupa com todos os seus filhos e sente que é menos importante do que eles. Eles são a coisa mais importante para ele; eles são seus mestres. Seus desejos determinam suas ações.

É assim que nós devemos sentir todos os membros do grupo. Se trabalhamos desta maneira, o trabalho não é feito no plano corporal, mas no espiritual. A Luz vai começar a passar por nós e nós vamos cumprir o método da Cabalá no mundo. É porque o mundo todo são partes de nossa alma. Nós não temos escolha, nós temos que levar a Luz ao mundo e corrigir esses vasos. Em seguida, esses vasos, essas pessoas, virão correndo até nós por sua própria vontade de se conectar conosco. Eles vão sentir que nós temos satisfação para eles em comparação com o exílio amargo que eles estão vivendo agora.

É assim que deveria ser a correta satisfação. Todos nós devemos estar mutuamente conectados, ou seja, eu me preocupo com todos, tanto quanto puder para que eles possam ter o que precisam. Sob tais condições, cada um vai receber a Torá, o que significa que, em resposta às suas ações, a Luz iluminará e resolverá tudo: tanto as conexões internas da pessoa com os amigos como a conexão de todo o grupo com o mundo exterior.

Só então teremos a Torá, a Luz que Reforma, se formos pelo menos inclinados à garantia mútua e todo mundo se preocupar com todos os outros. Nesse caso, a Luz opera no grupo e ela tem o poder de disseminar amplamente para o mundo.

Caso contrário, “o melhor é sentar e não fazer nada”, pois com o que você vai se dirigir ao público? Se as coisas não estiverem dispostas corretamente, você pode realmente realizar ações que são opostas à Luz. É porque a Luz funciona sempre automaticamente de acordo com os vasos e como eles estão dispostos, se de forma correta ou não. Isso vai mostrar seus erros, ou seja, você vai começar a avançar pelo caminho do sofrimento. Esta forma pode ser muito difícil e desagradável, especialmente quando tais erros se espalham numa grande multidão. Portanto, o nosso trabalho tem que ser muito meticuloso e preciso.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 01/10/13, Shamati # 38 “O Temor de Deus É Seu Tesouro”