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Sinta A Amargura Da Doença Enquanto Recebe Um Remédio Doce

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se as pessoas se sentem bem em seu coletivo, é possível entrar lá e dizer: “Amigos, vocês têm um monte de contradições e diferenças”?

Resposta: Você não precisa dizer nada “diretamente dentro”. As pessoas precisam encontrar o problema sozinhas, e chegar a um diagnóstico, onde as contradições, diferenças, falta de confiança e outras deficiências, existem entre elas.

De forma alguma você deve dizer algo negativo para elas. Em vez disso, simplesmente sugira que se deem as mãos, cantem uma música, troquem opiniões, e se completem, não se provoquem. Então, ao lidar aparentemente com a questão de fora, as pessoas acabarão se conectando entre si. Especificamente, a partir do ponto de conexão, depois que você as eleva um pouco, desta forma você as limpa de todos os tipos de Klipot. De repente, elas vão começar a se sentir com defeito, inferiores. No entanto, você não precisa dizer isso a elas.

Quando elas chegam a conclusões particulares de forma independe, você expressa espanto: “Vocês são realmente assim”. E sobre o que elas dizem: “Olhe o que esclarecemos! Essas relações existem entre nós!”, você responde: “Isso não pode ser. Vejam, vocês disseram que estavam bem. E agora?”.

Portanto, se você diz algo negativo, você o faz apenas com uma pequena dica e só depois de ter explicado tudo o que é positivo, como um médico diz a alguém que está doente, “Aqui está um remédio para o vírus da raiva. Encontramos este vírus em você. Tome este remédio e fique bem”.

Mas ainda assim é preferível que ao receber o remédio num invólucro doce, elas cheguem ao diagnóstico por si mesmas e descubram a amargura da doença através de um remédio doce – ou seja, descobram suas deficiências através do amor, do bem, de uma nova conexão entre elas.

De Kab TV “Através do Tempo” 20/10/13

Por Que Teríamos Sete Bilhões De Rabbi Shimons?

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é necessário fazer para realizarmos o nosso trabalho corretamente: para semear e colher a safra, e não chorar sobre um campo árido?

Resposta: Depois de ter verificado que chegou ao grupo certo e ao professor certo, você precisa avançar com “fé acima da razão”. Caso contrário, essa mentalidade egoísta não vai deixar você fazer nada.

O problema está no seguinte: a pessoa chega e, aparentemente, concorda com tudo, está pronta para realizar tudo, mas se compromete a avançar no grupo só com pequenos passos, numa velocidade e maneira que o ego permita.

Assim, ela vai precisar de 15 a 20 anos para avançar e alcançar algo, se alcançar. Pois a taxa de avanço encontra-se na área do seu ego. Em outras palavras, ela avança num ritmo conforme o ego torna isso possível para ela e nada mais. Avançar mais rapidamente é doloroso! Ela não pode, só neste limite. É sobre esta base que a pessoa deve testar as profundezas do seu coração: como ela se encaixa com este caminho. Você chegou a um professor, um grupo, e deve esclarecer exatamente: isso é para você? Ninguém mais vai ajudá-lo, você mesmo precisa responder a essa pergunta. Isso é realmente o que eu tenho inconscientemente procurado toda a minha vida e eu quero só isso?

Pergunta: Mas, em outros lugares as pessoas também não têm a certeza de que este é precisamente o lugar certo?

Resposta: Com certeza, cada um precisa estar em seu lugar. “Assim como eles têm diferentes rostos, suas almas também são diferentes”; portanto, seus caminhos também são muito diferentes. Por que você não se pergunta por que o mundo inteiro não pode ser como Rabi Shimon, o autor de O Livro do Zohar? Então haveria sete bilhões de Rabi Shimon no mundo. O que há de ruim nisso? Mas isso não deve ser, porque num Kli perfeito, ninguém é igual ao outro e todos se encontram em diferentes níveis.

Você precisa verificar dentro do seu coração. É por isso que lhe foi dada liberdade de escolha: se você vai cozinhar toda a sua vida em banho-maria e nada será suficiente e você espera até que o arrastem para um cemitério, ou se você alcança uma vida perfeita.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/10/13, Escritos do Rabash

Deixe Meu Povo Ir!

Dr. Michael LaitmanOs “sete anos de saciedade” é o estado em que a pessoa ainda espera conseguir tudo o que quer através do seu egoísmo. Embora ela esteja disposta a trabalhar duro pelo bem disso e desenvolva um grande esforço, isso a preenche por enquanto e satisfaz seu egoísmo. Ela acha que há satisfação no Egito e que tudo vai pertencer-lhe: todos os prazeres deste mundo e os prazeres do mundo espiritual. Ela acha que vai ser capaz de alcançar isso por conta própria, para si mesma, e não define a meta de satisfazer o Criador. Ela considera apenas o seu ganho.

Isto pode ser avaliado pelo modo como a pessoa percebe os problemas. Tão logo as dificuldades e os problemas surgem, ela imediatamente começa a pensar sobre si mesma. Ou seja, os “sete anos de saciedade” não são acabaram para ela. Ela sente que lhe falta alguma coisa; há algum perigo para o ego dela e, de repente, ela começa a sentir incerteza, a se preocupar com ela mesma.

Isto é o que significa os “sete anos de saciedade”, porque a pessoa examina tudo em seus desejos egoístas: se ela vai sofrer, experimentar algum tipo de dano. Ela ainda está ligada ao resultado egoísta: Quão bom ou ruim será para ela? Ela começa a duvidar e considera se pode valer a pena fugir desse caminho. E se ela se machuca? Esta é a maneira de verificar se ela está no período de sete anos de saciedade.

Os “sete anos de fome” começam a partir do momento em que ela se torna indiferente ao que vai receber no seu desejo de desfrutar; ela sobe acima desse sentimento. Na medida em que está disposta e é capaz de superar sua sensação de fome, nessa medida ela avança à doação. É neste ponto que o trabalho sério e verdadeiro começa.

Eu acredito que agora nós estamos entrando nesses sete anos de vacas magras. Vamos esperar que sintamos esses sofrimentos de fome e nos reforcemos mutuamente. Todo o trabalho dentro do Egito é apenas na unidade. Quanto mais críticos e inimigos nós tivermos, mais vamos nos reforçar à sua custa. É como lobos em torno de um rebanho de ovelhas e forçando-as a se amontoar.

Nós só podemos nos unir por causa disso. Nosso ego não nos permite nos aproximarmos. Somente lobos maus correm em nossa direção, circundando-nos, tentando nos morder, e obrigando-nos como ovelhas a nos aproximar e unir desde dentro. Israel é como um rebanho de ovelhas, fortalecido apenas por lobos. Vamos esperar que sejamos fortes o suficiente para garantir que o Criador nos envie muitos inimigos que nos ajudem a ficar mais fortes, a conectar, e através da nossa unidade, revelar a necessidade de sair da escravidão do nosso desejo de desfrutar para o desejo de doar.

Estes são estados necessários que devem ser atravessados ​​no caminho. O mundo exige isso de nós, e nós não temos escolha, temos que fazê-lo. Nós estamos em um estado muito especial, antes da saída do Egito. É sobre isso que toda a Torá fala.

Os “49 portões impuros” do nosso egoísmo são revelados em nós e nos incitam a fugir e se esconder em algum lugar num canto tranquilo, nos fecham internamente e nos tornam invisíveis. Mas nós não concordamos com isso! Nós ainda viremos e nos levantaremos contra o Faraó, para dizer-lhe: “Deixe o nosso povo ir!” e nos tornaremos os trabalhadores do Criador.

Da Conversa na Refeição 18/10/13

O Fantasma Que Organiza As Cadeiras

Dr. Michael LaitmanHá uma série de verificações no caminho que são completamente livres de sinais materiais pelos quais é possível avaliar se você está avançando ou não. O primeiro teste é se você se esforça em sentir-se no centro do grupo. Não no centro das atenções de todos, apresentando-se como o mais importante, mas no centro das esperanças comuns, no centro da unidade, doação e interesse mútuo, na própria fundação, “sobre uma perna”, ou seja, no pilar sobre o qual repousa a unidade: “O que é odioso a você, não faça aos outros”.

Primeiro de tudo, não incomode os outros! Ou seja, restrinja-se ao estado de “Tzimtzum Aleph“, como se você não existisse ou utilizasse o seu desejo de desfrutar, de modo que haverá um lugar para os outros ao seu lado, e você mesmo não vai ocupar nenhum lugar, vai se transformar em um zero, como um fantasma. Você acabou de dar lugar ao outro, como um gerente, organizando as cadeiras e cuidando para que todos tenham um assento. Isso é chamado de “o que é odioso para você, não faça aos outros”.

Isto é, você não ocupa um lugar, mas fornece-o a todos os amigos. Esta é a primeira condição e é por isso que é chamado de “sobre uma perna”. De fato, a pessoa deve se manter nesse princípio e várias ações podem acontecer acima dele, mas como uma consequência disso. É por isso que, se você consegue alcançar esse sentimento, levantando-se de manhã ou antes de cada ação, isso significa que você avança na direção certa.

Da Preparação para Lição Diária de Cabalá 16/10/13

“O Fim Do Estado-Nação?”

Dr. Michael LaitmanOpinião (Parag Khanna, pesquisador sênior da Fundação New America e autor de O Segundo Mundo: Como Potências Emergentes estão Redefinindo a Competição Global no Século XXI e Como Conduzir o Mundo: Traçando uma Rota para o próximo Renascimento): “Cada cinco anos, o Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos, que aconselha o diretor da Agência Central de Inteligência, publica um relatório prevendo as implicações de longo prazo das tendências globais. No início deste ano ele lançou seu mais recente relatório, “Mundos Alternativos”, que incluía cenários de como seria o mundo daqui a uma geração.

“Cenário Um, ‘Mundo Sem Estado’, imaginou um planeta onde urbanização, tecnologia e acumulação de capital trouxeram um panorama onde os governos desistem de reformas reais e subcontratam muitas responsabilidades a terceiros, que, em seguida, estabelecem enclaves operando sob suas próprias leis”.

“A data imaginada para os cenários do relatório é de 2030, mas pelo menos para o ‘Mundo Sem Estado’, ela poderia muito bem ser 2010: embora a maioria de nós possa não perceber isso, ‘Mundo Sem Estado’ descreve muito como a sociedade global já opera. Isso não significa que os estados tenham desaparecido, ou desaparecerão. Mas eles estão se tornando apenas uma forma de governo entre muitas”.

“Um rápido exame em todo o mundo revela que, onde o crescimento e inovação têm sido mais bem-sucedidos, um nexo híbrido interno-externo, público-privado se encontra abaixo do milagre. Estes não são os Estados, são ‘para-Estados’ – ou, em uma linguagem comum, ‘zonas econômicas especiais’” …

“A consequência mais ampla desses fenômenos é que devemos pensar além das claramente definidas nações e ‘construção da nação’ para a integração de uma população mundial em rápida urbanização diretamente nos mercados regionais e internacionais. Este, ao invés de ir até o nível de mediação dos governos centrais, é o caminho mais seguro para a melhoria do acesso aos bens e serviços básicos, reduzindo a pobreza, estimulando o crescimento e melhorando a qualidade de vida global” …

“Nossos mapas mostram um mundo de cerca de 200 países, mas o número de autoridades eficazes é centenas mais… É por isso que os Estados mais fracos devem se unir em grupos regionais, ou arriscam sucumbir ao princípio igualmente antigo de dividir e conquistar… O mundo árabe não será ressuscitado na sua antiga glória até o seu mapa ser redesenhado para se parecer com uma coleção de oásis nacionais autônomos ligados por Estradas de Seda de comércio”.

Meu Comentário: Mas este é um passo no curto prazo para eliminar Estados e fronteiras, e ainda haverá uma maior unificação com equalização, pelo caminho do sofrimento ou da consciência.

O Eixo Espiritual: De Malchut À Malchut

Dr. Michael LaitmanPergunta: Que movimento de forças O Livro do Zohar descreve?

Resposta: As alterações ocorrem em relação ao eixo central, a linha do meio. Ela passa das almas que residem nos mundos de BYA (Beria, Yetzirah, Assia) até Malchut do mundo de Atzilut. A partir daí, ela se expande para Zeir Anpin e de Zeir Anpin para YESHSUT, a parte inferior de Bina. Mais adiante, ela viaja para a parte superior de Bina, à Aba ve Ima superior e, finalmente, à cabeça (Rosh) de Arich Anpin, sua Keter e Hochma.

Nós não discutimos o que está ainda mais alto, pois acima disso, tudo segue as leis da primeira restrição (Tzimtzum Aleph) através de Atik e dos cinco Partzufim do mundo de Adam Kadmon até Malchut do mundo do Infinito. Depois disso, ao longo da mesma linha, de Malchut do mundo do Infinito, a abundância desce até Malchut do mundo de Atzilut, onde todas as almas residem. Seja o que for que ela recebe vai mais para baixo, já que a sua estrutura inclui tudo.

Esta é a forma como ocorre o movimento espiritual: através da subida de MAN (o pedido de correção) de baixo para cima, e da descida de MAD (a resposta) de cima para baixo. Esse movimento inclui todas as criaturas e todo o sistema dos mundos. Além deste movimento, há um processo interno que ocorre de acordo com o programa da criação: um despertar de Cima, em suas várias formas acontece para levar as criaturas à equivalência com a Luz.

Em alguns casos, elas são afetadas pela Luz Circundante – o governo geral. Em outros casos, o governo individual as afeta “ao longo da linha”. As raízes de todos estes eventos se encontram no mundo do Infinito, onde o primeiro e o terceiro estados do ciclo comum são fundidos em um só, que define toda a ordem em Malchut, o curso de toda a ação que leva cada uma de suas partes à correção comum no ritmo certo.

Este processo é o que a sabedoria da Cabalá estuda, porque não há nada fora dela. Sem dúvida, existem vários sistemas com infinitos detalhes e elementos que são muito complexos e interligados. Mas nós não os estudamos, porque eles não estão diretamente relacionados ao nosso trabalho.

A partir do sistema comum de mundos e mecanismos de governo, os Cabalistas escolhem uma área muito estreita que não se refere apenas a nós, mas também pode servir como exemplo para estudar as nossas relações com o Infinito. Além disso, a partir dessa esfera, os Cabalistas iluminam apenas esse território, a forma de relações que nos dará a Luz que Reforma no mais alto grau. Eles reduzem o mundo espiritual onipotente ao mínimo essencial, para cinquenta gramas de “comida de bebê”. Neste extrato, tudo é calculado precisamente: a quantidade de vitaminas, minerais, eletrólitos e as instruções de alimentação.

Eles poderiam escrever milhares de livros sobre o mundo espiritual, mas eles só criariam mais confusão ao invés de bem. Os textos Cabalísticos só foram escritos para nos ajudar a atrair a Luz.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá, O Zohar

A Difícil Jornada

Dr. Michael LaitmanNós constantemente encontramos diferentes problemas ao longo do caminho espiritual. Ninguém nos prometeu que seria uma viagem fácil, já que estamos realmente trabalhando contra a nossa natureza, contra o nosso ego, e isso é muito difícil. Nós não entendemos o que estamos fazendo, uma vez que estamos em nosso ego, enquanto as forças que corrigem o ego são externas a ele e são chamadas de Criador. Nós temos que atrair a sua influência sobre nós, de modo que elas vão corrigir o nosso ego.

Mas como podemos pedir forças que são opostas ao nosso ego e contrárias a ele, a fim de corrigi-lo enquanto estamos em nosso ego? É impossível, já que não podemos agir externamente. A fim de fazer isso, nos foi dado um ponto no coração, ou seja, o mínimo de contato com a força externa, com o Criador. No entanto, esse contato é mínimo e apenas um ponto; nós temos que desenvolvê-lo.

Todo um sistema foi criado no ego para esta finalidade: um grupo, apoio e os amigos. Assim, nós podemos de alguma forma encontrar a conexão com a força externa que deve nós governar e sustentar.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 29/06/13

Manter-se No Caminho Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Dói quando a pessoa trabalha durante anos e, de repente, depois de 12 a 13 anos abandona o caminho espiritual.

Resposta: Em tais casos, nós devemos verificar por que a pessoa não pôde continuar o trabalho e qual a razão de sua saída. Talvez ela se encontrasse numa situação onde teve que se anular perante o grupo, mas não pode fazê-lo. Esta é a coisa mais difícil.

Pergunta: Mas ela ouviu falar sobre isso todos os dias durante 13 anos.

Resposta: Ela provavelmente não ouviu. Isso pode acontecer até mesmo com pessoas que estiveram conosco por mais de 13 anos. Eu sei disso por experiência própria ao trabalhar com meus alunos.

O principal é concentrar-se constantemente na meta, verificá-la todos os dias e ver se você está usando os meios que o levam a ela. Se você fizer isso, você deve concordar, apesar de suas dúvidas e contra o seu desejo.

Pergunta: Se uma pessoa tentou, buscou, esteve em diferentes lugares, e depois voltou para nós, ela ainda tem que se segurar em alguma coisa. Eu sei por experiência própria que o nosso trabalho não é fácil.

Resposta: A questão é que hoje em dia este tipo de trabalho não é mais tão complicado, uma vez que o mundo está mostrando que não há nada que ele possa oferecer. Este é o primeiro ponto

Em segundo lugar, já existem centenas de milhares de pessoas seguindo este caminho.

Em terceiro lugar, é um caminho lógico, uma vez que se desenvolve em seu coração e mente em cada nível que você atravessa, revelando toda a sabedoria.

A coisa mais importante é que hoje você pode começa a cumpri-lo diretamente em si mesmo, mas somente se realmente entende que tudo depende da conexão entre as pessoas, com base na lei do “Ama teu amigo como a ti mesmo”.

Se você chega a outro lugar, você tem que verificar isso imediatamente, pois a revelação do Criador só pode ser no atributo do “ama teu amigo como a ti mesmo”, como lemos nas fontes. O que podemos fazer para atingir este atributo? Será que nós seguimos as instruções dos nossos professores? Será que realmente executamos o que eles dizem, mesmo que seja apenas mecanicamente? Se fizermos isso, podemos continuar a verificação. Se não fizermos isso, então devemos abandonar imediatamente tudo isso.

Comentário: a pessoa ainda busca algum suporte mecânico nas Mitzvot (mandamentos) que observa.

Resposta: Esse é um problema dela. Ninguém a proíbe de fazer isso. Mas se trabalhamos para o mundo inteiro, não podemos permitir fazê-lo na forma que existe no ambiente religioso e não podemos necessariamente observar as Mitzvot tão escrupulosamente como eles o fazem. Afinal, quando uma pessoa se envolve no trabalho interno, ela está mais inclinada a enfatizar o trabalho interior ao invés do trabalho externo; é inevitável.

Se a pessoa soubesse internamente as pessoas que parecem estar observando as Mitzvot, seria mais fácil para ela entender que suas ações são vazias. Mas ela só vê a externalidade e acredita que há algo lá.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno” 29/06/13

Colisão Eterna Dos Opostos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por um lado, o sistema espiritual está subordinado às leis inabaláveis. Por outro lado, há o governo individual. Como é que tudo funciona?

Resposta: O governo individual e o governo geral são divididos apenas em nossa percepção. Na verdade, não é assim. As nossas reações, a jornada pessoal de cada um, tudo está programado no sistema e é predeterminado. No entanto, em nossa visão, esses atos se desenrolam de forma gradual e requerem nosso esforço em encontrar o nosso livre arbítrio.

Tudo isso é devido à nossa incapacidade de harmonizar os dois opostos. Originalmente, eles foram revelados a Abraão. O Criador lhe disse que a sua descendência seria denominada Isaac e ordenou-lhe colocar Isaac sobre o altar. Esses atos são tão distantes uns dos outros como o dia e a noite. No entanto, para o Criador, não existe qualquer diferença. Luz e escuridão são uma só.

Ele retirou o ponto de desejo da Luz, criando a escuridão, mas apenas em relação às criaturas, para que elas pudessem sentir terem sido criadas e existir separadamente do Criador. Na verdade, o desejo de sentir prazer, que sentimos de forma independente, simplesmente não existe.

O governo geral e o governo individual aos nossos olhos são tão diferentes como os dois princípios seguintes: “Se eu não fizer, quem fará por mim?” e “Não há outro além Dele”. Tudo isso se manifesta diante de nós como um jogo, como um exercício, de modo que, enquanto estivermos subindo os degraus do nosso desejo, seremos capazes de ver como eles são diferentes, de ver a rivalidade entre as linhas esquerda e direita e compor a linha média. Até a correção final (Gmar Tikkun), nós estaremos enfrentando o desequilíbrio destes dois opostos constantemente colidindo.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 08/12/10, O Zohar