Uma pessoa não pode confiar em si mesma antes da correção final. Ela deve sempre estar sob influência de vasos (desejos) maiores, e simplesmente explorá-los grau a grau, apegar-se a eles sem contar com sua própria “reserva”.

Nós avançamos apenas pela fé acima da razão, isto é, apenas com o nível de adesão a um grau mais elevado. Só a partir daí você pode atrair e trazer respostas e sinais corretos ao estado atual. O princípio de “ser guiado apenas pelo que você vê” se refere a desejos corrompidos, mas para me manter no curso, eu tenho que me “agarrar” ao grau mais elevado pela fé acima da razão.

Todo mundo pode encontrar “sinais” provando que está certo. Mas isso é proibido. Aqui, a mente não funciona e eu não vou envolvê-la. Mesmo as explicações dos Cabalistas servem apenas para nos aproximar mais dos conceitos espirituais, para agregar conhecimento, apoio genuíno. Esta confirmação só pode ser encontrada no Superior quando eu anulo o meu entendimento e me equipo com Sua mente.

Da 2^ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/09/13, O Zohar

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Recentemente, nós celebramos o dia em memória do Baal HaSulam, nosso grande professor, que nos nossos dias trouxe a Luz de Cima para toda a humanidade. Ele revelou a sabedoria da Cabalá para a nossa geração para que pudéssemos usá-la, e com sua ajuda subíssemos do nível animal para o nível humano, para saber como realizar todas as ações e alcançar a abertura dos nossos olhos. Esta é a única forma, sem sabê-lo, que nós podemos ver onde realmente estamos.

Baal HaSulam foi um grande homem, de tal forma que sequer somos capazes de apreciar corretamente e agradecê-lo pelo que ele fez. Nós somos gratos a ele pela nossa vida espiritual da mesma forma que estamos em débito com nossa mãe e nosso pai pela vida do corpo animal. Só que não é na vida material, mas na vida espiritual que nós alcançamos a eternidade e perfeição, os mundos superiores, o estado que agora não podemos sequer imaginar direito.

Baal HaSulam trabalhou muito duro para isso. Ele escrevia por tanto tempo, trabalhando dezenas de horas sem pausas, que suas mãos ficavam dormentes, e era preciso abrir seus dedos para soltar a caneta. Ele se dava uma pausa de 2,5 a 3 horas de sono por noite e meia hora na parte da tarde, a fim de manter o foco, e o resto do tempo ele trabalhava. Foi assim ao longo de sua vida.

Durante a guerra, ele estava disposto a sacrificar toda a sua realização e pediu ao Criador para rebaixá-lo de seu grau espiritual só para poder de alguma forma ajudar as pessoas infelizes que sofrem neste mundo e sequer percebem por quê. E o Criador ouviu seu pedido e ajudou-o a fazê-lo. Mesmo Moisés não poderia receber isso do Criador, quando Ele lhe pediu para torná-lo responsável pelo seu povo e desviar o castigo deles.

Baal HaSulam estava num grau tão elevado que o Criador lhe disse: “Eu não tenho ninguém mais perto do que você em toda a humanidade”. Ele foi um verdadeiro gigante. Vamos esperar que sejamos capazes de apreciar a sua altura, o seu valor. Por um lado, ele estava conectado ao Criador, e por outro lado, podia descer a cada pessoa para sentir de que forma precisava transmitir explicações a ela. Ele era capaz de escrever tão delicadamente para não ofender nenhum religioso ou secular e aproximá-los o máximo possível.

Seu legado foi passado às nossas mãos. Nós recebemos todas essas ferramentas por meio do Rabash, que adaptou este método para realização no grupo. Ao longo dos anos de estudo e trabalho, nós começamos a entender o que está escrito nestas obras, para implementá-lo, para aproximar todos os outros grupos, e com isso apreciar cada vez mais a enorme contribuição feita por Baal HaSulam. Ele foi o primeiro dos Cabalistas que revelou a fase da libertação.

Da Conversa durante a Refeição em Memória de Baal HaSulam 15/09/13

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Pergunta: Por que cada vez a pessoa cai mais fundo? Como ela pode alcançar a adesão eterna?

Resposta: Nós caímos cada vez mais fundo porque desejos egoístas cada vez mais fortes, mais grossos, nos são revelados. Como está escrito: “Aquele que é maior do que seu amigo, o seu desejo é maior do que o dele”. Nós precisamos estar imersos num egoísmo maior a fim de alcançar uma maior Luz refletida ao trabalhar nela. Quanto mais baixo descemos em nossos desejos, mais alto subimos devido à correção, um em oposição ao outro.

Caso contrário, é impossível. Tais são as leis, mesmo na física de materiais, não apenas na espiritual.

A descida contém todas as informações sobre o próximo passo. O problema é só esse, que quando estamos na descida, nós perdemos a sensibilidade e não conseguimos senti-la. Se nós sentíssemos o que recebemos numa descida, entenderíamos as poderosas ferramentas que temos.

O único problema é que todos os órgãos sensoriais param de trabalhar na descida e não conseguimos revelar nada. Em essência, a diferença entre descida e subida é que a Luz vem, dá-nos uma nova atitude para com o nosso egoísmo e para com o Criador, e nós precisamos apenas amarrar isso em um: Israel (nosso desejo pelo Criador), a Torá e o Criador. Depois, nós vamos usar corretamente o egoísmo que nos foi revelado.

Mudar a nossa atitude para com o que é revelado na descida é chamado de subida. No entanto, o mais importante é a descida, porque a revelação de novos desejos é onde nós experimentamos um novo mundo – mais elevado, exaltado, expansivo – e isso sempre acontece durante a revelação da escuridão. Como está escrito: “E foi a tarde e a manhã, um dia”.

Da 1^ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/09/13, Shamati # 33 “Os Lotes em Yom Kippurim e Haman”

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De um artigo do Rabash, “Destruição pelos Velhos É Construção”: “Destruição pelos velhos é construção; construção pelos jovens é destruição” (Meguilá 31b). Velhos são aqueles que estão regularmente a serviço do Criador. Jovens são os que estão no início do seu trabalho. Destruição é o que desce ou é chamada de queda. Que antes eles tinham algum tipo de subida no trabalho, que era considerado construtivo, ou seja, que eles pensavam que estas eram subidas. Mas a destruição no momento em que eles sentiram algum tipo de queda, que vem da ocultação do Criador, isto é, que o Criador Se oculta deles, isso é chamado de destruição.

A destruição dos velhos, quando eles dizem que o Criador enviou-lhes a ocultação, verifica-se que eles já se encontram em construção, sendo que o Criador está cuidando deles; e eles recebem vitalidade disso. E a essência da fé é revelada no momento da descida, ou seja, no momento em que Ele não ilumina a pessoa, pois assim ela está diante de dilemas. Ou ela vai dizer: “Eu não preciso de nenhum benefício, mas sim quero dar satisfação acima, e isso não importante para mim o que eu sinto, ou Deus me livre, o oposto”.

“A construção por velhos é construção”. Se a “ocultação”, os escombros, chega aos velhos, em cima eles constroem um novo nível, com a experiência. Um velho é um sábio que adquire o caminho da Torá.

E os jovens que não têm experiência no trabalho, mesmo quando eles merecem construção, subida, eles não podem construir nada, e com estas subidas, por enquanto, eles constroem contradições, ruínas, descidas, decepções, até a Luz Superior influencia-los e transforma-los em velhos, e eles “restaurarem” todos os escombros e as contradições que construíram no processo de construção de cima, ou seja, eles elevam as “Reshimot” quebradas e as corrigem . Desta forma, eles começam a construir sobre os escombros. E tudo isso é graças a sua fé. A “Luz da fé” é como é chamada a Luz Superior, a Luz de doação que ilumina a pessoa e faz com que seja possível para ela passar de “destruição” para “construção”.

Os escombros, as “contradições” (conflitos) são os pensamentos difíceis e dúvidas que dominam a pessoa e esconder dela a unidade da supervisão. Pela nossa experiência, sabe-se que se a pessoa continua a ser teimosa, a Luz Superior age sobre ela de forma gradual e “Centavo a centavo se acumulam numa grande soma”. Então, finalmente, ela chega a um estado que, através do discernimento dos conflitos , das descidas e das decepções, ela começa a subir.

Caso contrário, não podemos subir, mas sim apenas ao sentir o exílio, a baixeza. Em outras palavras, ao sentir a quebra, a crise. Somente a partir deste estado todas as criaturas começam o caminho de sua subida.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 13/09/13

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Pergunta: Como você mantém a intenção correta ao realizar a disseminação através da Internet, quando ela não é um exercício físico e um amigo não pode lembrá-lo sobre a intenção?

Resposta: Você está disseminando o material correto através da Internet. Eles mesmos o direcionam corretamente e, na verdade, você não tem distrações, a menos que você desvie intencionalmente sua atenção.

Desejos estrangeiros são despertados em você em todos os momentos: para navegar em outros sites ou largar o computador e fazer outra coisa. Neste caso, você deve certamente se restringir. Desligue todas as fontes externas, como televisão e rádio, desligue o acesso a outros sites, como sites de notícias, vários sites de entretenimento, e assim por diante. Faça o possível para limitar a sua “besta” de modo que ela não seja atraída para nenhum lugar, pois não há para onde ser atraída. Feche-a numa gaiola e force-a a trabalhar.

Da Lição Diária de Cabalá 25/08/13, Perguntas e Respostas com o Dr. Laitman

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Opinião (Enrico Letta, Primeiro-Ministro da Itália): “É cada vez mais claro que, se a Europa a superar sua crise, os negócios usuais não serão suficiente”. …

“A recente decisão da Comissão Europeia de conceder aos Estados-Membros certa flexibilidade para o investimento público produtivo ligado a fundos estruturais da UE é um passo bem-vindo nessa direção. …A segunda questão é a necessidade de tomar novas medidas em direção a maior integração na zona do euro”. …

“Mas, para isso, teremos que tornar as instituições da UE mais eficientes, com uma melhor regulamentação e uma carga administrativa menor. São necessárias instituições comuns para garantir que os interesses de todos os países da UE estão protegidos, e para atuar como uma ponte entre a zona do euro e os Estados-Membros que não pertencem à zona do euro”.

“Francamente, o funcionamento da União Europeia e das suas instituições durante a crise tem sido uma parte do problema. Para muitas pessoas, a tomada de decisão da UE é opaca, ineficiente e fora do controle democrático”.

“Mais preocupante ainda, a crise tem desafiado a própria ideia de integração europeia. …Não há nada pior do que deixar as pessoas acreditarem que a integração europeia é algo que procede por discrição, uma jornada impulsionada por forças invisíveis e incontroláveis. A UE não pode durar a menos que seja construída sob o compromisso explícito dos seus cidadãos”.

“Hoje, temos a oportunidade de remodelar a Europa. …A escolha é clara, e isso terá que ser feito mais cedo ou mais tarde”.

Meu Comentário: Nada de bom virá dos euro-construtores; eles só vão aprofundar a crise, direcionando-a para o caminho do sofrimento, em vez da correção: a correção da natureza humana; só ela deve ser corrigida para que tudo no mundo se torna equilibrado, afável, positivo… E eles ainda estão tentando lidar com a crise por meios externos, aplicação de remendos, que mesmo antes de serem presos caem e novos remendos são necessários.

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A pior coisa com relação ao nosso estado físico e espiritual é a frivolidade. Não há nada pior do que isso. Alguns pequenos sorrisos, movimentos, ou atos de desrespeito, e pronto. Tudo dentro de mim cai. É terrivelmente necessário estar com medo que, com isso, vocês sejam susceptíveis de prejudicar o amigo, mas vocês poderiam prejudicar a si mesmos muitas vezes mais.

É necessário estar sempre em “alegria séria”, mas com o coração. Mesmo que a sua condição seja a pior, mas a emoção venha do coração, isso vai ajudar. De forma alguma deve haver qualquer exibicionismo, a menos que vocês estejam intencionalmente jogando para animar o amigo. É necessário manter o nosso nível e estar constantemente preocupado em se elevar cada vez mais o tempo todo. Não se esqueçam do mais importante: a preparação.

Eu aconselho aqueles que têm a oportunidade de se conectar a transmissão ao vivo da nossa lição matinal. Embora eu diga que não faz diferença quando vocês a veem, também é possível assistir mais tarde, mas se vocês puderem, esta é a verdadeira hora. Há uma importância psicológica nisso para a pessoa. A energia espiritual que existe no mundo encontra-se aqui.

Mas quando a pessoa sente que agora não há necessidade de aproveitar este estado e teme que ele passe, ou seja, ela está num estado relaxado, se levanta, faz uma pausa no computador, goles de café, e assim por diante, ela não está colada à tela.

Portanto, eu recomendo muito a vocês que, se possível, assistam ao menos parte da transmissão ao vivo da lição, e não percam a nossa conexão e união na noite de domingo.

Vocês se apercebem qual é o significado da preparação: todos nós estamos nos preparando para o estado de conclusão da correção, da plena adesão de todos junto com a Luz. Toda a nossa vida, toda a nossa elevação espiritual, é chamada de “preparação”, e, portanto, ela precisa preceder todas as nossas atividades. Antes da lição, eu preciso me levantar pelo menos um quarto de hora antes, a fim de ler alguma coisa. Eu preciso fazer alguma coisa comigo. Eu preciso ouvir algo no caminho para a lição.

Leiam Salmos ou alguns trechos da nossa literatura, algo que não esteja ligado a nada, o que faz com que vocês se sintonizem no caminho certo. Um violinista ou violoncelista afina seu instrumento, não importa qual melodia ele vai tocar mais tarde. Portanto, nós também precisamos afinar nossos “instrumentos”, e assim, na lição nós vamos tocar.

Eu não consigo imaginar vir para a lição sem me sintonizar a ela. Não importa para eu saber o que vou fazer com vocês. Acreditem em mim. Eu me sentei agora, olhei para o assunto da aula, e ela começou. Isso não faz diferença para mim, mas eu tenho que me sintonizar antes e depois!

Antes da lição noturna, Rabash dava um passeio na rua por meia hora. Eu me levantava uma hora e meia antes da lição, embora só precisava caminhar cinqüenta metros ou menos. Eu precisava tomar um banho quente, me animar, ler alguma coisa de seus materiais que não desviasse minha atenção na aula, mas, pelo contrário, me sintonizasse corretamente.

Às vezes acontece que você leu algum material e, depois disso, é difícil para você se reagrupar e vir. Você chega e, de repente, um assunto completamente diferente foi preparado para você. Esta é uma responsabilidade, pois na minha frente, há dezenas de milhares de alunos sentados ao redor do mundo!

Esta é a forma como cada um de nós deve se sentir, porque nós estamos trabalhando num Kli (vaso) comum. Eu não estou atento a nada em particular. Eu estou sintonizado a essa conexão que vocês podem me dar a qualquer momento, e se vocês não podem, então, mesmo a lição está carente.

Às vezes, o seu estado, a sua conexão, me abre tanto que o discurso realmente flui livre e fluentemente, e isso não depende do número de pessoas. Pelo contrário, depende da qualidade da conexão. Às vezes vocês têm êxito, e o material parece maravilhoso. Portanto, é preciso levar tudo isso em conta e ser bons filhos.

Da Convenção em São Petersburgo 13/07/13, Lição 4

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Pergunta: Algumas subculturas levam um estilo semivegetativo de vida. Elas vivem em cabanas na costa do Oceano Índico e se apegam a um “caminho natural da vida”. Para elas, a velocidade do tempo é significativamente mais lenta…

Resposta: É possível parar a sensação de tempo descendo-se ao nível animal. Os animais sentem instintivamente quando devem comer, dormir ou se multiplicar. É possível organizar a vida semelhante àquela que se têm no sul da Índia ou na África, e viver sem quaisquer problemas.

Pergunta: Uma pessoa pode aprender a controlar internamente esse processo sem se mudar para a Índia: Como podemos acelerar ou contrair o tempo, retardá-lo ou acelerá-lo?

Resposta: Eu acho que primeiro as pessoas devem entender para que elas vivem, e reconhecer que elas têm a oportunidade de alcançar o próximo nível. Neste momento a humanidade está se aproximando de um estado em que pode fazer a transição do nível animal para o nível de “homem” (humano).

“Homem” (Adão) é um estado de elevação que transcende o nosso corpo e a realização de tal nível de civilização, um estágio tal de desenvolvimento, onde podemos nos permitir não nos preocupar mais com a nossa existência material. De forma prática, não há nenhum problema em prover a todos com tudo o que eles precisam. Nossos desejos materiais se tornam bastante inconsistentes e se limitam a satisfazer nossas necessidades básicas. Nós não precisamos de mais do que isso. Todos os nossos desejos ainda estão no nível animal e são limitados à viabilidade do nosso corpo.

O resto dos nossos desejos está gradualmente subindo para o nível que queremos alcançar, para um estado diferente, com uma nova realidade virtual que está além de nós. Por que nós existimos? Para onde estamos indo? Qual é o sentido da vida? Qual é o sistema de governança superior…?

Em outras palavras, nós queremos atingir o nível divino (embora ele não esteja associado às religiões de qualquer forma). Ir para um novo nível de existência, isso é o que a humanidade contemporânea aspira, este é o sentido para o qual a nossa civilização está se dirigindo. A questão é se podemos fazê-lo ou não. Nós estamos diante de uma possibilidade dupla, estamos numa encruzilhada.

Se continuarmos nosso desenvolvimento corretamente, dentro de dez, vinte, ou trinta anos a partir de agora, vamos chegar a um estado em que estaremos totalmente cobertos pela robótica e praticamente nenhum trabalho físico humano será necessário. Apenas uma pequena percentagem da população da Terra vai participar na fabricação e nas tecnologias.

As pessoas vão ser substituídas por robôs, impressoras 3D, etc. Ninguém vai ter que cuidar de si fisicamente. É por isso que as pessoas serão capazes de organizar corretamente seu tempo, uma vez que terão muitas horas extras em suas mãos. A expectativa de vida vai dobrar; da mesma forma, nossos contemporâneos vivem agora duas vezes mais tempo do que aqueles que nasceram na época de Pushkin.

Além disso, as pessoas vão aprender a preencher suas vidas. Gradualmente, ao longo do tempo, as pessoas vão mudar para a próxima dimensão que é chamada de “Homem” (Adam). Nós já chegamos ao período de transição do nosso desenvolvimento. Eu acho que nós vamos abordar este estado dentro das próximas décadas.

Pergunta: No nível do Adão, será que o tempo desaparece ou ele só acelera dramaticamente?

Resposta: Em essência, é a mesma coisa. De qualquer forma, o tempo desacelera até parar ou acelera até desaparecer.

De Kab TV “Através do Tempo”, 18/03/13

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Pergunta: O que significa o diálogo entre as letras e o Criador descrito no Livro do Zohar, no capítulo “Cartas de Rabbi Hamnuna Saba”?

Resposta: Nós queremos esclarecer as propriedades de cada força (letra) em relação à Keter (a meta, a Luz branca), que atuam no sistema geral do nosso universo feito pelo Criador. O sistema define as relações entre a força de doação e a força de recepção.

Há duas forças: “algo a partir de algo” (Yesh mi Yesh) e “algo a partir do nada” (Yesh mi Ain) e há um sistema de relações entre elas. Como é possível tornar “algo a partir do nada” semelhante a “algo a partir de algo?” Como pode o desejo de receber se tornar como o desejo de doar? O desejo de receber não pode se transformar num desejo de doar, mas pode copiar o último agindo como ele. Este tipo de comportamento é chamado de “receber em prol da doação”.

Para isso, é necessário ter uma sensação do Doador, uma vez que ainda não estamos preocupados com Ele; tudo com que nos preocupamos é como satisfazer a nós mesmos. Para receber em prol da doação, nós temos que sentir aquele a quem estamos doando e usar o nosso desejo de acordo com o que o Doador quer.

Nosso desejo se transforma num método de agradar o Criador, de mod que precisamos de energia e propriedades que não tínhamos anteriormente. Nós queremos “nos familiarizar” com Aquele a quem doamos e devemos entender por que estamos fazendo isso. Em outras palavras, nós temos que nos separar e começar a sentir o mundo interno do outro.

Que propriedades, forças e incrementos são necessários para alcançar essa meta? Nós temos que resolver este problema. Nós temos que passar por um determinado processo a fim de atingir a meta. Esta questão é esclarecida a nós pelas letras. Malchut pergunta a Keter se ela pode se tornar semelhante à Keter com a ajuda da letra “Samech“.

Keter responde à Malchut que não é possível. Ela só pode cobrir uma parte do caminho para encontrar Keter; ela só pode andar uma pequena parte da estrada, para o lugar onde Malchut se separa e recebe apoio (Simcha) (derivado da letra “Samech“). Neste ponto, Malchut não depende do desejo que tinha no início de sua jornada. É como se ela flutuasse no ar.

E agora? A correção não pode ser realizada desta maneira. Pelo contrário, se Malchut quer continuar, ela deve receber em prol da doação. “Samech” não deseja receber. Esta letra aspira à doação, à “Hafetz Hesed”, nada mais do que isso. É como um homem íntegro que vive sozinho na floresta e não tem sequer uma camisa, mas não precisa de uma.

É por isso que é necessário anular “Samech“, já que a força que envolve esta letra se torna um obstáculo para ela. Nós precisamos do poder de desenvolvimento da letra “Mem“, que consiste de duas letras: “Dalet” (duas portas – Delet) que deve se abrir e deixar que o feto saia para continuar o seu desenvolvimento. Estas portas são duas forças opostas que lutam entre si. É por isso que elas são chamadas de dobradiças da porta (Tzirim), ou dores de trabalho (Tzirim), ou seja, a dor do avanço. A segunda força que anula a proteção de “Samech” está ficando mais forte e o feto começa a receber um desejo adicional de ser satisfeito que estava anteriormente sob o poder do egoísmo, mas agora muda de recepção para doação.

Não há nada que seja totalmente e inteiramente bom. Não há nenhuma letra ou força que possa nos ajudar em todas as circunstâncias, com exceção da letra “Bet“, que significa “bênção”. A letra “Bet” não depende de nada, só do Superior. As formas de recepção de sua bênção (ou seja, a Luz de Retorno) podem ser aprendidam com a sabedoria da Cabalá. As propriedades restantes se revelam e se corrigem por causa dessa bênção.

Da 2ª parte da  Lição Diária de Cabalá 27/05/13, O Zohar

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Pergunta: Em qualquer pessoa, há uma matriz psicológica de como deve ser um líder. Quando a pessoa vê alguém que é diferente do resto da multidão, ela vê esse indivíduo internamente como uma “unidade distinta”. É verdade que os líderes fanáticos surgem como resultado do fato de que as massas os percebem como tais? É possível ter uma transição harmoniosa, quando em vez de líderes fanáticos haverá sábios que chegaram ao poder? Em outras palavras, os sábios também devem ser também incluídos na matriz psicológica do modo como as pessoas visualizam seus líderes?

Resposta: Sim, é verdade. Para isso, duas condições devem ser observadas. Primeiro de tudo, um sábio deve entender que ele é um líder (ou mesmo um ditador em um sentido) e impor suas ideias sobre a sociedade pelo benefício geral dos outros.

O sábio deve sair do seu espaço restrito e descer ao nível do público geral, a fim de ser aceito pela sociedade e começar a trabalhar para o público. Ele deve criar um pequeno grupo de pessoas e discípulos afins que divulgam suas ideias.

Na verdade, essas pessoas deveriam estar fazendo o trabalho dos profetas. Elas devem ir para o mundo e espalhar (pregar) as ideias do sábio. Em geral, nós já vimos esses exemplos históricos, no momento da criação das novas religiões.

Por um lado, é um trabalho muito sério e importante que o sábio deve realizar. Por outro lado, ele só pode funcionar se a sociedade estiver preparada para isso e se elas mostrar preocupação social e evolucitiva, o que significa que o público precisa do conhecimento que o sábio oferece.

É por isso que o sábio e a sociedade devem se cruzar. A sociedade deve “pegar” o que o sábio está falando, o conceito, e considerá-lo como algo necessário para a sobrevivência. Se este for o caso, sua interação começa: o público deve consentir em aprender com o sábio, em estar “debaixo” e seguir seus discípulos.

Este processo não depende do público, mas sim do nosso desenvolvimento evolutivo. Nosso modo de desenvolvimento é chamado de “crise”, pois não podemos prever nada, e estamos rompendo com o nosso modo de vida anterior.

Em breve veremos as contradições entre o que é possível e o que realmente existe nos seres humanos e civilizações. Num mundo de abundância, haverá fome. Possibilidades ilimitadas de se manter saudável não vão impedir que o mundo inteiro fique doente. Independentemente de ter grandes fontes de energia, o mundo vai sofrer com sua escassez, etc.

Confusa e devastada por inúmeros conflitos e problemas, impotente e atormentada, a humanidade não vai conseguir encontrar a resposta para: “Por que isso está acontecendo com a gente? Para onde isso está nos levando?” Por outro lado, a questão interna vai gradualmente emergir: “Para que eu vivo? Por que eu sofro?”.

É assim que somos construídos neste desenvolvimento evolutivo; nossos desejos internos progressivamente se transformam, e, no final, a humanidade vai desenvolver a necessidade de revelar o sentido da vida. Por isso, nossa próxima etapa está revelando qual o sentido da nossa existência e da existência do universo.

Neste caso, não será difícil para o público determinar quem pode guiá-los: a pessoa que pode tornar a vida deles significativa. Assim, haverá um sábio, seus profetas, os discípulos, os administradores, os educadores, que serão os líderes da sociedade e organizarão a humanidade de uma forma adequada. Este grupo será semelhante ao Sinédrio bíblico e se tornará “o pico espiritual do mundo”.

De KabTV “Através do Tempo”, 18/03/13

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