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Nem Todos Os Tipos De Unidade São Idênticos

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “O Amor pelo Criador e o Amor pelos Seres Criados”: … A nação de Israel era para ser uma “transição”. Isso significa que, na medida em que Israel se purifica ao manter a Torá, eles passam o seu poder para o resto das nações.

Pergunta: Do que depende o poder da Luz que é transmitida por nós ao resto do mundo?

Resposta: Depende do superior e do inferior. Primeiro  o superior deve se “alinhar” com o inferior. Antes do despertar das outras nações, nós obtemos uma chance, um despertar, uma “ferramenta”… É disso que se trata o período atual; nós devemos nos adaptar às outras nações. Nós temos que reconhecer, compreender e senti-las, temos que nos organizar corretamente, e fazer materiais educativos disponíveis para elas … Em suma, nós devemos fazer tudo o que for necessário para cuidar bem do mundo. Tudo depende de nós.

Nossas realizações neste caminho e nossa disponibilidade para cuidar dos outros equilibra o sentimento de desapego e desespero de outras nações. Elas não vêem qualquer solução para a situação em que estão, a qual elas foram levadas pelo curso normal do desenvolvimento. E nós precisamos ajudá-las a compreender que o desenvolvimento natural é, na verdade, um tipo egoísta de avanço. De maneira nenhuma devemos culpar ou assustar ninguém, devemos simplesmente explicar-lhes a inevitável fase contínua de evolução.

Hoje, nós chegamos a um impasse: não há necessidade de avançar mais, as pessoas não se preocupam em avançar mais, nem são tão ativas como antes. Tudo está se aproximando da fase final.

Portanto, o nosso desenvolvimento egoísta inevitavelmente chega ao fim. Esse fato não nos permite uma chance de escapar ou fugir. Tudo o que podemos fazer é “esticar” a última parte do nosso caminho. Enquanto isso, as forças do mal se acumulam e aumentam. Acima disso, devemos elucidar as causas da nossa situação atual.

Neste ponto, nós devemos trazer à tona o tema da natureza. Por um lado, a natureza “cultiva” o nosso egoísmo, por outro lado, quanto mais nos aproximamos do pico do egoísmo mais ele se manifesta. Os egos foram crescendo ao longo de toda a história da humanidade, ao passo que a natureza age como um sistema intgeral “redondo”. É por isso que não progredimos como “solteiros” ou individualistas egoístas, mas, semelhante a outras células vivas, nós tendemos a nos unir e a formar “conglomerados” coletivos. Nós devemos estar prontos para contribuir uns com os outros e cooperar assim como os órgãos de um corpo.

Assim, a natureza desenvolve duas abordagens em nós: individualismo e conformismo. No final, nós vamos nos unir neste mundo global, ao passo que a natureza demonstra sua “redondeza” e integridade. Como resultado, ocorre uma colisão. Independentemente da nossa unidade, cnós ontinuamos tirando vantagem dos nossos próximos. Ao mesmo tempo, reconhecemos que devemos “amar ao próximo”. A diferença entre estes dois estados se manifesta como uma crise mundial (Δ). Ela é causada pelo fato de que o mal em nós confronta a natureza.

Em geral, eles são duas forças opostas que a natureza provoca. Há apenas uma solução para esta situação: instigar uma unidade benevolente entre nós. Explorar nossos vizinhos é também uma espécie de unidade, mas é negativa. É por isso que, por um lado, o mundo tornou-se global, e por outro lado, ele mergulhou numa crise que foi causada por nosso desprendimento, embora até agora o mundo deveria ter se tornado global e unido como a natureza.

Not All Kinds Of Unity Are Identical

Da 3a parte da Lição Diária de Cabalá 06/06/13, Escritos do Baal HaSulam

Brincando De Esconde-Esconde Com O Criador

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Introdução ao Estudo das Dez Sefirot, item 100:  O Zohar nos diz que não devemos sequer considerar que o Criador deseja permanecer na Providência da face oculta de Suas criações. Pelo contrário, é como uma pessoa que deliberadamente se esconde, de modo que seu amigo vai procurar e encontrá-la.

Da mesma forma, quando o Criador se comporta em ocultação da face com Suas criações, é somente porque Ele quer que as criaturas busquem a revelação de Sua face e O encontrem. Em outras palavras, não haveria nenhuma maneira ou entrada para as pessoas atingirem a Luz do semblante do rei se Ele não tivesse primeiro Se comportado com eles na ocultação da face. Assim, toda a ocultação não é senão uma preparação para a revelação da face.

Isso é claro para uma pessoa que pode enfrentar esta ocultação, que concentra toda a sua atenção em revelar o Criador. O Criador está constantemente diante de nós, mas há o retrato do mundo fictício entre nós. A pessoa parece ver e sentir diferentes eventos nesta vida que surgem para ela e que parecem estar operando em direções diferentes. No entanto, todos eles têm um propósito: por um lado, para evocar a pessoa, e por outro lado, para fazer com que ela enfrente problemas difíceis e questões que deve resolver.

Nós nos comportamos da mesma maneira com as crianças, quando lhes damos um jogo e as chamamos para jogar, ou seja, para resolver determinado problema. Acontece que a criança precisa receber certo obstáculo que ela deve superar, e um pequeno empurrão para que se mova para frente. O desejo de avançar e resolver um problema devem ser inflamados numa pessoa, ou seja, ela deve ser empurrada para frente e deve receber algum tipo de resistência.

Ela pega o anseio de avançar e a força de resistência e os processa internamente no correto anseio e resistência. Assim, ela recebe os vasos para revelar a sabedoria se é sobre esse mundo, ou os vasos para revelar o Criador se falamos sobre o trabalho espiritual.

Quanto mais nós avançamos, mais complicados se tornam estes exercícios. Nós não podemos dizer que eles estão ficando mais difíceis, mas sim que estão ficando mais profundos. Nós temos que identificar constantemente estes exercícios no jogo do Criador com a gente na medida em que Ele se afasta, causando, assim, a raiva em nós, decepção e repulsão dos amigos e do trabalho espiritual.

No conjunto, estes exercícios fazem parte do grupo e do caminho espiritual, enquanto que em nossa vida comum quase não existem tais exercícios. Nós devemos entender que eles vão crescer e se espalhar. A profundidade e a gravidade da sua ameaça continuarão a crescer e, por fim, nos encontraremos no sopé de uma montanha alta.

Aqui, tudo depende da nossa preparação, da garantia mútua entre nós, que nos ajudará a identificar constantemente as oportunidades que são dadas, na forma de clarins para avançar corretamente. A solução reside somente na conexão. Então, a pessoa pode decifrar cada passo corretamente, obter o apoio e ajuda constante, e alcançar a revelação do Criador rapidamente.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 08/04/13

O Local De Encontro Com O Criador Não Pode Ser Mudado

Dr. Michael LaitmanRav Kook, “O Propósito de Israel e a Especificidade do seu Povo”: Há uma necessidade de mais estudo em muitas gerações que define o início do elevado ideal de servir ao Criador dado a Israel. Seu objetivo é a elevação da humanidade inteira.

Isso só pode ocorrer através da elevação do povo de Israel — as pessoas que começaram a iluminar a escuridão do mundo e devem terminar o que foi começado. Somente em sua própria luz, percebendo claramente a importância e a missão, vai-se aprender quão sublime e belo é este objetivo.

Comentário: A responsabilidade pela humanidade impõe mais responsabilidade sobre Israel e cria maiores exigências em relação ao trabalho interno do grupo.

Resposta: Eu preciso do grupo a fim de obter energia deles. O grupo é meu superior. Eu constantemente recarrego minha “bateria” no grupo; eu encontro com o nosso poder comum nele, com o Criador, e baseado nisso, eu apelo a um público amplo.

O grupo é “Israel”, de cujo ambiente eu posso sair para as pessoas, para toda a humanidade. Para manter contato com a tarefa, com o objetivo, com o Criador, com o método de correção, com a força que nos une — a força do amor e apoio entre nós — eu tenho que estar no grupo. Caso contrário, não tenho nada com o qual “alcançar as pessoas” porque não tenho força nem a abordagem certa.

Pergunta: Portanto, em seus artigos sobre o grupo, Rabash queria nos explicar como sermos “recarregados” pelos amigos para transferir energia adicional?

Resposta: Claro. Em geral, cada Cabalista disse tanto quanto podia revelar em sua geração. Portanto, o Baal Shem Tov começou a implementar o método sob a forma de Hassidismo, e depois o Rav Kook, Baal HaSulam e Rabash continuaram esta revolução, apesar da resistência.

Pergunta: Então, hoje só é possível revelar o amor e dar satisfação ao Criador trabalhando com um grande público?

Resposta: Sim. Você chega a um grupo e se une com os amigos em amor fraterno para reunir forças e poder tomar o caminho certo para transformar as massas. Entre eles é que você vai descobrir a necessidade do Criador. Sua relação com Ele vai se manifestar lá. Lá, entre as pessoas, Ele habita. “Você quer me encontrar? Por favor. Eu estou lá e em nenhum outro lugar”.

Esta é a especificidade do nosso tempo na “era do Mashiach (Messias)”; nós realmente começamos a implementar o método, saindo para “o povo”. Nós nos preparamos apenas no grupo, ele nos dá força, mas a ação em si é realizada entre as massas, onde estamos construindo o “Terceiro Templo” dos vasos quebrados do mundo inteiro.

É por isso que o Baal HaSulam diz que a libertação de Israel só é possível depois de que o mundo inteiro descobrir sobre o método de correção devido ao nosso trabalho com o público externo, assim como Faraó conhecia o Deus de Israel e concordou em deixar o povo sair.

Ao trabalhar com desejos externos, nós não os corrigimos de uma só vez, mas iniciamos o processo de classificação e a correção dos vasos pertencentes aos mundos de BYA e na mesma medida saimos do exílio. Afinal, o “exílio” para os vasos de doação é a incapacidade de corrigir o mundo. “Libertação” significa que podemos levar os vasos quebrados dos mundos de BYA da humanidade, elevá-los ao Criador e, assim, dar satisfação a Ele, permitindo que você os abra.

Ao fazer isso, nós somos apenas intermediários, o elo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/08/13, Escritos do Rav Kook

O Mundo É Uma Criança Em Nossas Mãos

Dr. Michael LaitmanNós não enganamos as pessoas; elas realmente recebem o que querem da Luz superior, que será revelada. Afinal, esta é a mesma fonte. O Criador desperta uma falta nelas e parece-lhes que elas têm problemas de saúde, segurança e educação infantil. E nós prometemos que tudo isso vai melhorar e que nós iremos satisfazê-las. Ou seja, trabalhamos juntos e satisfazemos todas essas necessidades, porque revelamos o poder do ambiente, o poder da sociedade, e com a ajuda deste novo poder, nós corrigimos todos os problemas.

Isto será bem-sucedido; nós não mentimos para elas. O mundo realmente vai mudar para melhor. E junto com isto, elas vão sentir que estão adquirindo um método que torna possível atrair o poder da sociedade, o poder da conexão, a unidade, isto é, em essência, atrair o Criador para nós, apenas numa forma oculta. Afinal de contas, eles não têm, por enquanto, os Kelim para descobri-Lo explicitamente.

Então, elas vão sentir como elas têm poder, como resultado da conexão. E elas também vão entender que necessitam de nós para estar conectadas, caso contrário não conseguirão. Portanto, elas serão cada vez mais dependentes de vocês. Portanto, vamos trabalhar juntos. Gradualmente, elas terão um novo conceito do que precisa ser a satisfação desejada, do que signfica a verdadeira segurança, educação e saúde. Todos esses conceitos mudarão, como se faz com uma pessoa que avança e evolui, mas nós estamos falando de coisas completamente terrenas.

A finalidade e o programa do Criador estão por ser revelados nas criaturas ao ponto final deste mundo e não apenas nos seres humanos, mas também nos níveis animal, vegetal e inanimado da natureza. Assim, todos os níveis da criação serão completamente preenchidos com Luz.

O Criador gosta de ser descoberto nas criaturas porque elas apreciam isto; elas sentem mais segurança, saúde e assim por diante. E elas conseguem tudo isto através de nós, porque através de nós a Luz Superior faz todas as alterações nelas. Elas vão começar a ser mudadas fundamentalmente, a evoluir, a ser mais conscientes. Mas esta consciência fará crescer a deficiência nelas, tanto quantitativa quanto qualitativamente. Suas deficiências (AHP) irão evoluir mais e mais; novas demandas aparecerão nelas, e no final, elas vão alcançar uma necessidade de contato com o Criador.

As pessoas cada vez mais vão precisar de nós, depender e exigir mais de nós. Elas já estão começando a entender que nós somos seus guias e vão exigir um trabalho mais qualitativo de nós. Elas vão sentir que são totalmente dependentes de nós, como uma criança depende de sua mãe, e elas aderirão a nós. Esta conexão irá crescer e se manifestar mais, pois cada um de nós irá segurar milhões, como se fossem crianças que estão se agarrando à sua mãe e não soltam. Isto é porque elas vão sentir não só que suas vidas dependem de nós, mas muito mais do que isso.

Elas não vão saber exatamente de onde vem esse poder e o que é isso; por enquanto elas não vão chegar a um sentimento claro da Luz. Mas elas vão sentir que dependem de nós cem por cento: para a vida ou a morte. Isto é como uma criança que começa a gritar quando sua mãe a deixa por um momento, como se fosse o fim do mundo.

Trazer satisfação às pessoas ou ao Criador é a mesma coisa. Nós vamos ver como o Criador é revelado nelas e sentiremos que através da satisfação que damos a elas, damos satisfação ao Criador. O desejo do Criador é fazer o bem às suas criaturas e ser descoberto em Suas criaturas. O método da Cabalá é o método de revelar o Criador às Suas criaturas neste mundo. Nós somos apenas o canal; o Criador será revelado no seio do povo. Nós apenas ligamos a ignição e damos a partida no motor. Diante de nós está um sistema, e cabe a nós ativá-lo, torná-lo possível para a Luz entrar nele. A ignição está em nossas mãos.

Este sistema é chamado de Malchut de Ein Sof, dentro do qual se encontram a Luz e o Kli organizados em duas camadas: a substância e o preenchimento, assim como o relacionamento entre eles. Tudo se encontra dentro desse sistema e não há nada fora dele. E nós não pertencemos a este mundo; nós somos algo externo e não típico deste mundo. O Criador nos deu a oportunidade de estar preocupados com este mundo, como extraterrestres de outros mundos. Afinal, o nosso ponto no coração é uma “parte do Divino de cima” (Jó 31:2).

Escavações Arqueológicas Em Vez Do Trabalho Do Criador

Dr. Michael LaitmanNós nunca seremos capazes de estar presente no processo da extensão dos “mundos” de cima para baixo, pois isso aconteceu antes de nós aparecermos. Neste mundo é impossível estar presente no passado e participar em eventos históricos que ocorreram de nós. Não podemos saber o que aconteceu na história, se esse conhecimento não foi gravado ou transmitido de pessoa para pessoa.

Nós só encontramos uma espécie de testemunho; da terra retiramos os restos de dinossauros, ossos, outros objetos, e com a ajuda dos investigadores científicos podemos, de alguma forma, descrever a nós mesmos quais processos tiveram lugar antes de nós. Mas tudo isso não passa de especulação. Também no mundo espiritual não há como conhecer todos os eventos anteriores, pois não há ninguém que possa nos contar sobre eles.

Em nosso mundo, a crosta terrestre preserva dentro dela camadas de todos os períodos geológicos que passaram na natureza inanimada, vegetal e animal, antes mesmo dos seres humanos serem criados. Ao estudá-la nós podemos ter algum tipo de conhecimento sobre a nossa história. Da mesma forma, na espiritualidade nós podemos aprender conosco mesmos sobre processos que aconteceram antes de nós, mas estas coisas não são mais do que especulação.

Na espiritualidade, a realização é baseada num processo de ascensão de baixo para cima. Este é um processo muito original que não tem paralelo material. Através da Reshimo (gene informativo) e de todas as formas que são encontradas em nós, nós estamos prontos para começar a subir, ou seja, para perceber todo o processo do trabalho do poder superior que nos criou.

A nossa ascensão de baixo para cima é através da realização, através da aquisição de vasos e Luzes. Nós não vamos voltar na história, para todos os vasos menores e menos Luz, para formas mais primitivas, como se estivéssemos invertendo a evolução e retornando ao início do processo pelo qual passamos neste mundo e no desenvolvimento espiritual. Pelo contrário, nos movendo de baixo para cima, nós ganhamos um sentido do Criador e a mente.

Ou seja, nós não voltamos às nossas raízes para tornar mais simples e menos complexo, para antes do estado inicial e com isso para nos conhecer cada vez melhor. Pois se voltássemos às nossas raízes, nós nos tornaríamos mais primitivos, perderíamos nossa organização complexa, e nesse sentido, compreenderíamos, sentiríamos, e perceberíamos menos.

Portanto, durante o processo de baixo para cima, aos nossos sentidos e mente da criação, nós adicionamos os sentidos e a mente do Criador. Nós não percebemos a estrutura da criatura em cada nível; em vez disso, percebemos a estrutura do nível em si, ou seja, a estrutura do Criador, Sua relação com a criatura nesse nível.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/08/13, Escritos do Baal HaSulam

A Mudança Climática Está Acontecendo Muito Rapidamente Para Que As Espécies Se Adaptem

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do The Guardian): “Um estudo mostrou que a velocidade da mudança evolutiva foi de longe ultrapassada pela taxa do aquecimento global, isto é, muitas criaturas irão enfrentar a extinção”…

“‘Nós encontramos que, em média, as espécies geralmente se adaptam a diferentes condições climáticas a uma taxa de apenas 1º C por milhões de anos’, explicou Wiens. ‘Mas se as temperaturas globais aumentarem em cerca de quatro graus nos próximos 100 anos, como previsto pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, é onde você obtém uma enorme diferença nas taxas. Em geral, isso sugere que simplesmente evoluir para corresponder a estas condições pode não ser uma opção para muitas espécies’”.

“O estudo indica que simplesmente não há tempo para as espécies mudarem suas morfologias – por exemplo, alterando as formas dos seus corpos para que detenham menos calor – para compensar o aumento dos níveis de calor. Muitas gerações de mudança evolutiva são necessárias. Nem mudar o habitat é uma opção para muitas criaturas. ‘Considere uma espécie que vive no topo de uma montanha’, diz Wiens. ‘Se ficar muito quente ou seco lá em cima, eles não podem ir para lugar algum’”.

“O ponto crucial do estudo é aquele que salienta um fato que é muitas vezes convenientemente ignorado pelos negadores da mudança do clima. Não é apenas a natureza dramática das mudanças que se encontram à frente – derretimento das calotas, aumento dos níveis do mar e subidas das temperaturas – mas a extraordinária velocidade em que elas ocorrem. Transformações passadas que viram temperaturas planetárias subirem levaram milhões de anos para ocorrer. O que estamos criando levará apenas algumas gerações para ocorrer. Ou a evolução acelera 10000 vezes, o que é uma ocorrência improvável ou vai haver extinções generalizadas”.

Meu Comentário: Não há nenhuma solução comum ao problema da ecologia, da sociedade e do homem. Nós devemos reconhecer o impasse do nosso desenvolvimento egoísta e da nossa própria incapacidade de resistir por nossas próprias forças. Só nós unindo a fim de atrair a Luz superior que Reforma, que cria a propriedade de doação e amor em nós, podemos, através da nossa união, ser capazes de trazer o planeta para o equilíbrio e prosperidade, e a nós mesmos para um estado espiritual superior.

 

Moldando A Estrutura Espiritual Na Carne Mortal

Dr. Michael LaitmanPergunta: É necessário tomar notas sobre o que você diz durante as aulas?

Resposta: As pessoas têm várias maneiras de estudar a Cabalá. Aquelas que querem tomar notas devem fazê-lo. Aquelas que não, não devem fazê-lo. Este tipo de conhecimento deve ser registrado nos corações dos desejos.

Cada um aborda seus desejos de forma diferente. Eu passei por um caminho muito difícil: ciência, gráficos, vetores, tabelas e assim por diante, e esse é um longo caminho a percorrer, mas para mim não há outra maneira de aprender. É como fui criado.

Lembro-me que meus professores da infância se queixavam ao meu pai que eu estava resolvendo problemas químicos através da aplicação de métodos matemáticos. Eu simplesmente não conseguia lembrar como várias substâncias reagiam umas as outras. Então, eu resolvia os problemas, calculando o número de elétrons que elas têm na sua órbita externa. Eu simplesmente era incapaz de ver estes problemas de um ângulo diferente. Hoje, isso é chamado de “química física” ou “física química”.

Quando estudava Cabalá sem um lápis ou uma caneta, ou ferramentas adicionais, e se eu não conseguia organizar tudo numa tabela ou um dicionário, ela simplesmente não existia para mim.

No entanto, a Cabalá não tem nada a ver com tudo isso. A pessoa deve abrir sua boca, coração, ouvidos e olhos, para que este conhecimento entre dentro dela.

Pergunta: Que tipo de preparação nós precisamos para isso? Afinal, para “abrir nossas bocas”, nós devemos estar prontos para isso.

Resposta: Há pessoas que só percebem o mundo assim. Mas o problema está nelas; elas são muito superficiais e é por isso que sua penetração no material que estudam é muito superficial. “Ah-ah-ah!” É tudo o que elas dizem.

Quando você resiste e ativa seu cérebro, seu “Ah!” passa pela sua cabeça, que está sempre cheia de tremenda oposição. Poderia compará-la com resistência de indução, quando o fluxo elétrico circula através de uma saliência e acumula força. Você sente inequivocamente como isso funciona, como mudam seus contornos internos. Isso dá forma a você!

A remodelação que recebemos é muito difícil, já que temos que decompor nossa forma anterior numa massa disforme. Nós devemos bater na nossa “carne” e torná-la uma massa amorfa, mesmo que tal precisão seja montada tão acuradamente e nossos órgãos internos trabalhem tão bem, mesmo que trabalhem egoisticamente. Então, nós devemos remodelar novamente esta massa aforma. Este processo deve ser acompanhado da consciência de que somos nós que devemos fazer esse trabalho em nós mesmos. Nossa apreensão de que é muito melhor para nós se fizermos nós mesmos deve se tornar tão forte que nós até mesmo começamos pedindo isso.

Apesar disso, a dor não desaparece. No entanto, podemos neutralizá-la por um propósito maior. É como se nós realizássemos uma cirurgia em nós mesmos. Eu não quero assustar ninguém, mas é exatamente desse jeito que deve ser na nossa consciência.

Não é uma coisa fácil de lidar. Demora algum tempo. Quando a pessoa começa a associar-se com o Criador e começa a considerar o egoísmo como “uma ajuda contra ela”, ela pode se alegrar porque seu egoísmo sofre inúmeros tsunamis e furacões que a amaciam — bate, amassa, pica e o transforma em cinzas. Cinzas não podem ser ressuscitadas em coisa alguma, exceto o estado inicial.

Se a dor persistir, significa que ainda não nos fundimos com o Criador. Essa é uma indicação da integração com o Criador! Quando tudo cai por terra e se transforma em cinzas, como está escrito, “Do pó tu és e ao pó deves retornar”, então, Adão vai surgir, ou seja, um homem que é construído numa estrutura interna completamente nova. É por isso que temos que passar.

De KabTV “Segredos do Livro Eterno”, 28/04/13

Sobre A Física E A Poesia Da Alma

Dr. Michael LaitmanEm seu comentário ao Livro do Zohar escrito na linguagem do Midrash, Baal HaSulam adicionou a linguagem do “Estudo das Dez Sefirot“. Ao fazê-lo, ele nos passou a chave para este livro. Seu comentário não é apenas uma simples interpretação, mas sim a chave de codificação para um decifrador, para uma porta que antes estava trancada.

Por exemplo, como está escrito no Livro do Zohar e em outras fontes originais, “o Criador veio diante da face e anunciou”. Baal HaSulam explica que isso se refere à ascensão de Malchut à Bina.

Em primeiro lugar, isso acontece no estado de pequenez (Katnut), a propriedade de julgamento. Depois, é permitido à Malchut descer de Bina ao nível de Yesod e usar os vasos da recepção que estão, a esta altura, prontos para se relacionar com o Doador e são chamados de “AHP em ascensão”. Neste momento, o Criador vem na frente da face e anuncia. “Anúncio” significa revelação.

Baal HaSulam nos deu a oportunidade de ver ações espirituais por trás da linguagem do Midrash. Esta visão facilita nosso caminho e abre formas de autoinformação que são essenciais para uma penetração mais profunda no Livro do Zohar.

Ele também contém partes que são escritas usando a linguagem da Cabalá, mas, em geral, os textos do Midrash são mais ricos, mais poéticos, expressivos e coloridos; enquanto que o Estudo das Dez Sefirot nos fala sobre a física das relações espirituais, sobre a psicologia e as propriedades mensuráveis da alma. A alma é o vaso geral (Malchut) do Mundo do Infinito. É como se a alma fosse dividida em várias partes que foram testadas, verificadas, pesadas e estudadas junto com as interconexões entre elas, a ordem e a forma como são preenchidas e, por conseguinte, chegaram à Cabalá.

Estas coisas podem ser descritas de várias formas diferentes, esquematicamente, ao longo das linhas de investigação de sistemas, ou sensoriamente. De qualquer forma, é quase a mesma coisa: formas de corrigir e preencher o vaso quebrado que recebemos. Geralmente, há duas maneiras para descrever este processo: emocional e intelectual.

Não importa se realmente entendemos todos os fragmentos ou se eles permanecem obscuros para nós. Quando lemos O Livro do Zohar, devemos estar pensando apenas na Luz que Reforma. Desta forma, passo a passo, centavo por centavo, nós vamos acumular um enorme legado.

Até agora, até chegarmos à revelação — isto é, até revelarmos o Criador no primeiro degrau, logo após a Machsom — nós estamos vinculados à regra que descreve o trabalho do egoísmo. Até agora, nós absorvemos abundância; em outras palavras, os resultados de nossos esforços foram diretos para a impureza. Isso é mostrado no nosso cansaço, fraqueza, falta de sentimento, e assim por diante, que na verdade, inexistem; eles só parecem assim para nós. Se o nosso egoismo recebesse uma oferta valiosa e atrativa, nossa fraqueza desapareceria imediatamente.

Tudo depende da energia interna, dos vasos (desejos) que não consideram que o caminho espiritual tenha alguma importância, ou porque eles não estão recebendo a iluminação suficiente de cima ou porque estão sendo puxados para baixo pelo egoísmo de baixo. Na verdade, é uma separação, um aumento da distância entre as Luzes e os vasos. Como resultado, nós sentimos que estamos pendurados entre o céu e a terra. É como se algo estivesse nos puxando para baixo, não nos permitindo subir.

Se isto acontecer, todas nossas conquistas caem de volta no egoísmo, na imundície. No entanto, já que nós concluímos a análise e estamos familiarizados com estes fatos, devemos evitar repetir erros anteriores. Portanto, agora nós recebemos novos obstáculos que devem ser ultrapassados novamente, mas como?

Em primeiro lugar, devemos parar de olhar para os rostos dos nossos amigos que parecem tão infelizes. A pessoa julga de acordo com seus próprios defeitos, mas na verdade, todos os seus amigos estão em ascensão. A Luz que desce durante a Páscoa as eleva, mas elas não percebem isso e sentem um grande cansaço e pressão.

Pergunta: Isso significa que quando atravessarmos a Machsom, nós fluiremos com O Livro de Zohar sem mais quaisquer fardos?

Resposta: Nesse nível, nós nos concentramos em coisas muito mais difíceis, já que iremos adquirir a capacidade de agir contra a nossa vontade.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/03/13, O Zohar

Cabalistas Sobre O Povo De Israel E As Nações Do Mundo, Parte 7

A Missão do Povo de Israel

Quando os filhos de Israel encontrarem a perfeição, as fontes de inteligência e conhecimento deverão fluir para além das fronteiras de Israel e abastecer todas as nações do mundo, como está escrito (Isaías 11), “pois a terra se encherá do conhecimento do Senhor”, e como está escrito, “e deve vir ao Senhor e à Sua bondade”.

Baal HaSulam, “Introdução ao Livro Panim Meirot uMasbirot“, Item 4

Além disso, a nação israelita deve qualificar a si mesma e a todas as pessoas do mundo através da Torá e Mitzvot, para se desenvolverem até tomar para si essa obra sublime do amor ao próximo, que é a escada para o propósito da criação, que é Dvekut com Ele.

Baal HaSulam, “Arvut (Garantia Mútua)”, Item 20

… A nação israelita tinha sido construída como uma espécie de portal através do qual as centelhas de pureza brilhariam sobre toda a raça humana em todo o mundo. E estas centelhas se multiplicam diariamente, como aquele que dá ao tesoureiro, até que eles estejam preenchidos suficientemente, isto é, até que se desenvolvam de tal forma que possam compreender a agradabilidade e a tranquilidade que são encontradas no núcleo do amor ao próximo. Pois eles vão saber como mudar o equilíbrio para a direita e colocar-se-ão sob Seu fardo, e a escala do pecado será erradicada do mundo.

Baal HaSulam, “Arvut (Garantia Mútua)”, Item 24

O Ponto De Transição Entre A Verdade E A Falsidade

Dr. Michael LaitmanDa Carta n° 16 do Rabash: Portanto, se a pessoa está ociosa no trabalho, ela não pode ver a verdade, que ela está imersa na falsidade. Mas ao elevar a Torá a fim de dar satisfação ao seu Criador, ela pode ver a verdade: que ela está andando num caminho falso, chamado Lo Lishma. E este é o ponto médio entre a verdade e falsidade. Daí, nós devemos ser fortes e confiantes em nosso caminho, de modo que todos os dias serão tão novos para nós quanto precisarmos para sempre renovar nossos alicerces, e assim nós marcharemos para frente.

Nós somos capazes de identificar o verdadeiro caminho desde que não estejamos ociosos, e que apliquemos todos os esforços derivados do nosso ambiente para nos aproximar da doação, primeiro entre os amigos e, depois com o Criador. Se a pessoa tenta doar e aumenta a grandeza da meta, tenta reforçar a influência do seu ambiente, em outras palavras, se a pessoa melhora todos os fatores positivos que contribuem para o avanço, só então ela vai reconhecer sua inclinação ao mal, irá distinguir a verdade e entender que está andando num caminho falso, chamado Lo Lishma.

“E este é um ponto de transição entre a verdade e falsidade”. Em outras palavras, nós aplicamos todos os esforços possíveis para seguir o caminho correto. Somente sob essa condição podemos revelar que estamos indo no caminho errado. Esta revelação é na verdade a recompensa pelo nosso trabalho.

Nós não percebemos o valor dessa compensação, já que nos sentimos mal e achamos que não alcançamos nada. No entanto, isso significa que nós alcançamos resultados positivos, porque revelamos a quebra, reconhecemos nossa oposição ao Criador e detectamos as propriedades que temos que corrigir. Corrigindo-as, nós chegamos à espiritualidade e alcançamos euiqvalência com a nossa meta.

É por isso que o Criador nos dá uma recompensa — a revelação do nosso egoísmo —, mostrando-nos como nós somos opostos a Ele. Esta é a primeira verdadeira realização da nossa oposição a Ele; é por isso que é chamado de ponto de transição entre a verdade e falsidade. Esta é a primeira medida do Criador! Quando nós corrigimos o mal e o transformamos em seu oposto, nos tornamos semelhantes ao Criador e aderimos a Ele.

Este processo acontece em cada nível. Nossa tarefa é melhorar a nossa aspiração à doação e ao amor. Então, como recompensa, revelaremos os estados opostos, ódio, separação… e vamos gritar ao Criador: “Salve-nos!” Então, a Luz que Reforma vai descer e nos corrigir.

Quando nós alcançamos um novo nível de correção, devemos continuar a trabalhar com a ajuda do nosso ambiente e perseguir a linha direita. Então, como recompensa, vamos revelar a linha esquerda e os pecadores aparecerão. Então, novamente, ficaremos felizes em vê-los, já que a esta altura já teremos algo para corrigir, obtendo assim uma chance de nos tornar semelhantes ao Criador. Esta situação se repete uma e outra vez.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 11/06/13