Os Cabalistas Sobre A Nação De Israel E As Nações Do Mundo, Parte 2

Direto ao Criador

Baal HaSulam “O Arvut (Guarantia Mútua)”: O Rabbi Elazar, filho do Rashbi (Rabbi Shimon Bar Yochai), esclarece mais profundamente o conceito de Arvut. Para ele não basta que todos em Israel sejam responsáveis uns pelos outros, mas que o mundo inteiro esteja incluído nesse Arvut. Realmente, não há controvérsia aqui, já que todos concordam que, no princípio, basta que uma nação observe a Torá para que se comece a correção do mundo. Era impossível começar com todas as nações de uma só vez, já que eles disserem que o Senhor foi com a Torá a cada nação e línguas, e elas não quiserem recebê-la. Em outras palavras, elas estavam imersas até o pescoço na imundície do amor próprio, algumas em adultério, outras em roubo e assassinato, e assim por diante, até que se tornou impossível conceber, naqueles dias, até mesmo perguntar se concordariam abandonar o amor próprio.

Portanto, o Criador não encontrou uma nação ou língua que estivesse qualificada a receber a Torá, exceto os filhos de Abraão, Isaac e Jacó, cuja retidão de seus antepassados refletia sobre eles, como nossos sábios disseram: “Os Patriarcas observaram toda Torá mesmo antes dela ser dada”. Isto significa que devido à elevação de suas almas eles tinham a capacidade de alcançar todos os caminhos do Senhor com respeito à espiritualidade da Torá, que se origina da Dvekut (adesão) deles, sem antes precisar da parte prática da Torá, a qual eles não tinham possibilidade de observar, como está escrito na “Matan Torá”, item 16.