O Último Bocado

Baal HaSulam, Carta 38: … Apresse-se e passe a maior parte do seu tempo a preparar o seu corpo para reunir força e coragem, “Como um boi para o fardo e, como um burro para a carga”. Não perca um minuto, pois o caminho é longo e os materiais são escassos. (…)

Mas o mais importante é o trabalho, o que significa ansiar como labutar em Seu trabalho, uma vez que o trabalho ordinário não conta nada, apenas os bocados que são mais do que o normal, o que é chamado de “labuta”.

É como uma pessoa que precisa comer um quilo de pão por dia para estar completa. Toda a sua alimentação não merece o título de “refeição satisfatória”, mas apenas o último bocado da libra (do total). Aquele bocado, por toda a sua pequenez, é o que define a refeição como satisfatória.

Da mesma forma, de cada serviço, o Criador chama somente os bocados para além do normal, e eles vão ser as letras e os Kelim (Kli), para receber a Luz de Sua face.

O problema é como obter a força para sempre multiplicar esforços. Como podemos imaginar a importância da meta espiritual, ou seja, outorga, cada vez de modo que isto supere toda a sobrecarga do coração? O coração torna-se endurecido, o desejo egoísta de todos os tipos está crescendo, de modo que dificilmente podemos ver que ele vem como “ajuda contra”.

Mas cada vez pensamos que estes são obstáculos reais e mesmo não obstáculos – mas esta é a nossa vida e precisamos lidar com essas dificuldades, concentrando toda a nossa atenção e esforço neles.

O senso comum sugere que você precisa comportar-se; não é um debate filosófico como na Cabala; não é o mundo espiritual oculto, mas a vida terrena real. Nós não somos capazes de aceitar esses problemas como obstáculos no caminho espiritual e elevar-nos acima de todos eles, sem exceção, e anexá-los ao progresso espiritual.

Somos superados pela sobrecarga do coração, confusos com todos os tipos de problemas da vida. Parece que a nossa vida esta neles, e antes de tudo, precisamos lidar com eles e só depois nos envolver em progresso espiritual. E mesmo tendo entrado no mundo espiritual, encontramos cada vez mais dificuldade de nos concentrarmos no objetivo, para apontar-nos no verdadeiro objetivo, isto é, outorgação e amor para o próximo e, através disto ao amor pelo Criador. Está ficando mais difícil voltar para o meio ambiente e pedir apoio.

Obstáculos vêm de dois lados – além deste mundo, bem como do Criador, o grupo, o professor – de todo o material e os fatores espirituais. Na vida terrena, somos oprimidos por preocupações comuns sobre: ​​comida, família, dinheiro, poder, conhecimento. E o professor, o grupo, o Criador agem na vida espiritual. Mas nós não queremos ver em todos eles os meios para o avanço, enviados para nós do Alto. Nós nos esquecemos que somos unicamente contra a Luz superior e começamos a fazer vários cálculos materiais, retardando-nos no caminho.

Só o esforço total do grupo é capaz de criar a força geral que, pelo menos nos manterá no entendimento correto a partir do qual podemos começar a corrigir os nossos estados individuais. Só então seremos capazes de fazer um esforço que está acima do poder humano, com a ajuda do meio ambiente e da Luz que Reforma.

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Da preparação para a Lição Diária de Cabalá, 2/7/13

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