O Ponto De Partida Da Linha Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso querer conexão com os outros, de modo que eu sinta que isso é realmente algo que eu preciso?

Resposta: Você vai querer se conectar com outras pessoas apenas com a condição de que você perde a esperança de atingir a meta sozinho. Exatamente como em nosso mundo, quando eu devo movimentar um bloco de cinquenta quilos, mas não tenho força para fazer isso, não tenho escolha, preciso movê-lo, e por isso sou obrigado a pedir ajuda.

Por isso eu vou a alguém e digo: “Por favor, até agora eu pensei que não precisava de você. Concordo que fui desrespeitoso com você. Não estou tentando me justificar, mas era natural que o meu ego se comportar assim. Mas agora eu preciso de você, não tenho escolha. Por isso venho a você pedir que você se torne meu amigo e me ajude a levar esta carga. E se você precisar de algo assim, eu também poderei ajudá-lo!”.

Nós começamos tudo isso a partir do ego. Mas depois disso, por meio de esforços egoístas, vemos que precisamos da verdadeira conexão recíproca numa base permanente. E se nós perseveramos em nosso trabalho através dos “Grupos de Dez” e workshops, começamos a sentir o quanto de novo nasce desta permanente conexão recíproca. Se não recuarmos e superarmos a frieza que surge de vez em quando, por fim vamos descobrir que podemos usar este modelo dos grupos de dez como uma ferramenta, como um meio, como alavanca.

Este é o meio obrigatório fundamental; este é o “ponto no coração” que inclui todos, a partir do qual nós começamos nossa linha espiritual ascendente se nos relacionamos com isso de forma correta. Então, nós exigimos da conexão entre nós resultados cada mais qualitativos. Tudo nasce da única e exclusivamente da conexão e todo o resto, o professor, os livros, eles só ajudam nisso. Mas o principal é a conexão na qual a subida é realizada.

Portanto, não é necessário esperar que eu lhes traga a espiritualidade numa bandeja. Vocês vão descobri-la somente dentro de sua conexão, dentro do Grupo dos Dez. Por isso é necessário se esforçar que este workshop seja sustentado permanentemente, sem parar por um momento sequer. Para cada condição que aparece na minha vida, é como se eu estivesse discutindo com os amigos neste workshop infinito. É como se eu me encontrasse em diálogo, em discussão com eles a cada momento, e desta forma eu esclareço todas as perguntas.

Eu não tenho outra maneira de sair de qualquer situação, além do centro do Grupo de Dez! Para tudo na vida eu me relaciono somente a partir deste ponto de nossa conexão, da nossa consciência coletiva, no qual todos nós anulamos um ao outro, estamos ligados uns com os outros, e nos completamos. Somente desta forma haverá realização do ponto correto e preciso, que é o meu ponto no coração que se conecta com todo o resto. É assim que eu preciso descrever a mim mesmo o tempo todo.

Assim, através dos amigos eu tento desenvolver a importância da meta, ser “inflamado” pelo seu entusiasmo. Eu os aprecio como grandes e estou feliz que por merecer uma conexão com outros dez grandes da geração. Eu agradeço o Criador que os enviou a mim, para que eu certamente fosse capaz de me comunicar com Ele.

Na verdade, eu ainda não sinto o Criador, mas já tenho uma conexão com Ele através deste Grupo de Dez (através deste Minian). Talvez a conexão ainda não seja tão boa e ainda seja egoísta da minha parte e, portanto, eu não ouça a voz do Criador no fone de ouvido, mas este telefone já existe e funciona. Eu falo nele e acredito que o Criador me ouve. Como eu já preparei o Kli, o aparelho, nós estamos conectados juntos, nos anulamos; eu aprecio e respeito os amigos, e tenho certeza de que o Criador é o único que organizou este grupo para mim, colocou minha mão sobre a boa fortuna e disse: escolher para si.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 04/07/13, Escritos do Rabash