O Mecanismo Do Intelecto Coletivo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como funciona o mecanismo do intelecto coletivo do grupo? Parece que nas conexões integrais corrigidas, emoções coletivas aparecem e sua saída é o intelecto coletivo. Que lugar os sentimentos individuais de uma pessoa têm nisso?

Resposta: Eu acho que no nível da rede geral, de acordo com a forma como os sistemas integrados analógicos operam, tudo está interligado, o sentimento de individualidade desaparece, e cada um sente uma rede coletiva compartilhada. Essa é encontrada numa ordem superior de magnitude. Não é apenas a soma de todas as peças individuais, mas sim a revelação da integralidade, quando as pessoas se elevam acima de si mesmas, de modo a coexistir dentro desta rede coletiva compartilhada. Em última análise, cada pessoa se insere em todos e todos estão incluídos em todos. No entanto, isso não é o principal. A principal coisa é o próximo nível, onde as pessoas especificamente começam a sentir esta integralidade. Elas vivem dentro dela.

Há algo em comum: a associação integral superior, onde não existe um único indivíduo, mas todos criam um todo coeso, a imagem única de um grupo ou sociedade. Isso é sentido por todos que já foram indivíduos e se elevaram, a fim de se unir com todos. Neste estado, as pessoas experimentam uma realidade completamente diferente.

Isso é algo que podemos assumir e que já tem sido falado na física quântica, ou seja, eventos que se fazem sentir fora do corpo humano, fora de suas limitações, eventos que estão fora do tempo, espaço e movimento. Este é o nosso próximo nível.

Isso ocorre porque, quando falamos sobre o nosso mundo, estamos simplesmente falando sobre a natureza inanimada, vegetal e animal. Nós não incluímos Adam (ser humano) nisso, porque supomos que ele se encontra acima de todos os outros níveis. No entanto, de que forma Adam é superior? Será que ele tem a capacidade de agir sobre seus instintos? Não, ele existe dentro de seus instintos e desejos.

Quanto mais nós conseguimos nos desenvolver egoisticamente, mais descobrimos o quanto nossos instintos egoístas, pressões e os genes internos nos controlam.

Portanto, até o momento, nós não podemos excluir a pessoa do mundo animal. Pelo contrário, vemos que não importa o quanto nós gostamos de considerar o ser humano como superior, no entanto, ele retorna a este mundo. Somente a partir do nível onde é possível perceber por meio da unidade é que nós vamos subir para o novo nível de existência, mais qualitativo, e, tanto quanto parece, o pensamento da criação é projetado especificamente para levar a pessoa a isso.

Ultimamente, nas áreas de fronteira da ciência nós descobrimos as limitações dos nossos sentimentos, de nossas capacidades de pesquisa, e até mesmo de nossa compreensão dos processos, e esta limitação é muito grave. Não podemos avançar. Nós encontramos alguma coisa, e não estamos preparados para descobrir mais nada. Nós só podemos falar de algo de forma especulativa. Mais tarde, a natureza se fecha diante de nós, porque nós a sentimos apenas como indivíduos.

No entanto, se sairmos para um nível integral, podemos vê-lo diretamente na forma em que ele existe, e não na forma que o indivíduo, o pesquisador, o sente, pois quando eu saio de mim mesmo na cooperação mútua integral com os outros, eu saio “de mim mesmo”, das minhas limitações de tempo, espaço e movimento, de tudo o que é encontrado dentro do meu corpo, dentro dos meus cinco sentidos. É como se eu entrasse num novo sentido integral. Eu existo dentro dele, e toda a minha psicologia já se encontra acima das minhas limitações. Lá, eu finalmente serei capaz de entender a nova física do mundo.

De KabTV “A Sabedoria das Massas” 06/05/13