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O Elo Importante Na Cadeia

Dr. Michael LaitmanNós devemos entender que a descida é uma indicação da revelação da doença, a revelação do mal. Mal é quando não temos nenhuma conexão com o Criador, que está oculto em nosso ambiente, no grupo espiritual. Nossos esforços para devolver a sensação anterior de unidade devem se concentrar no Criador e não apenas na nossa conexão.

O Criador estava ausente de nossa intenção. Nós pensamos que poderíamos simplesmente nos conectar e, assim, alcançar tudo. Nós perdemos o último elo desta cadeia, o Criador. Agora devemos enfatizar este componente mais importante de acordo com a fórmula: “Israel, a Torá e o Criador”, e perceber o quanto ela é importante, pois sem ela não há nenhuma garantia mútua ou aliança; sem ela nada pode existir!

Agora nós temos a oportunidade de sentir o principal componente que está faltando, que sustenta tudo. Esta é a razão pela qual devemos perder gradualmente o sentimento de unidade e descer cada vez mais para baixo, só para perceber o quanto precisamos da força superior, que é responsável pela nossa conexão e que opera tudo. Se nós pensarmos no Criador, nós pertenceremos a Ele e Ele cuidará de tudo e terá certeza de que não vamos sair da Santidade.

Diz-se: “Por meus irmãos e meus amigos, eu vou falar de paz”. Por um lado, eu oro para que o Criador me ajude com os meus irmãos, e por outro lado, eu trabalho com meus irmãos, a fim de revelar a Criador, para alcançá-Lo e satisfazê-Lo. Isso significa que eu me preocupo tanto com o vaso como com o preenchimento.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 18/07/13Escritos do Rabash

De Onde Vem A Vida?

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa trazer o Criador para a nossa unidade?

Resposta: É a sensação de que é impossível manter essa unidade sem o Criador. Nós estamos gradualmente perdendo a unidade, uma vez que nos falta a causa de todas as causas, a única força que sustenta toda a realidade. Isso é o que precisamos!

Esta é a forma como a pessoa se sente neste mundo. Nós já devemos revelar o grande sistema que está fora de nosso parque infantil e entender como ele funciona, e como o Criador preparou tudo para nós. Isso é chamado de revelação do Criador.

Chegou a hora, depois de termos atingido e provado o sentimento de unidade. Agora nós temos que descobrir Aquele que criou e preenche esta unidade.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/07/13Escritos do Rabash

Liberdade E Pão Diário

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que eu devo fazer se num instante eu sou jogado do mérito para o pecado? Se num ponto de inflexão, de repente, tudo muda de bom para rui,?

Resposta: Que méritos e pecados você pode ter? Toda sua vida você tem agido de acordo com seus instintos naturais, como um animal. É por isso que todas as reclamações devem ser dirigidas ao Senhor que lhe criou. Você não tem independência, e não pode dizer que você mesmo fez alguma coisa ruim. Tudo é realizado pela força superior. Em breve, você vai ver isso e entender que ninguém é culpado, e não há ninguém com quem ficar com raiva. Então, você vai ver uma imagem completamente diferente.

O problema é que não há nenhum Criador em sua vida, e assim você atribui algum o livre arbítrio aos outros e a si mesmo, como se você fosse responsável por suas ações. É como culpar as crianças no jardim de infância. É possível dizer que uma criança é ruim e outra é boa? Todas essas são qualidades naturais: algumas crianças são agressivas e outras são bebês chorões. Assim, a natureza nos move a fim de nos levar à realização do mal, que o Criador tornou inerente em nós.

Nós devemos passar por muitos golpes e, depois o Criador vai gradualmente explicar que foi Ele quem fez isso, para que desejássemos nos livrar de nossa natureza com a qual fomos criados. O Criador brinca conosco, porque, como está escrito: “Não há outro além Dele”. Você acha que age por si mesmo, em vez Dele?

As pessoas estão acostumadas com o que está escrito nos livros: “seus pecados”, “seus méritos”. Nossa tarefa é explicar isso de uma maneira mais compreensível, porque chegou o tempo em que o verdadeiro significado dessas palavras pode ser revelado. No entanto, estes não são os seus pecados e transgressões. Não é você quem os fez e causou. Você não escolheu as qualidades com as quais devia nascer. Nós somos todos fantoches, desde Hitler até os maiores santos do mundo.

No entanto, estes fantoches obtêm um acréscimo em algum momento, uma gota da propriedade oposta, e, em seguida, mudam suas aspirações de acordo com esta nova propriedade: eles buscam doar e começam a estudar sem entender por que estudam. O estudo determina a meta para eles e isso também é estabelecido pelo Criador.

No entanto, após estas duas propriedades opostas serem determinadas neles, uma oposta à outra, recepção e doação, eles começam a encontrar a oportunidade de trabalho independente na linha média, entre eles. É um sentimento especial que você chega em breve, e daí você vai saber como construir a si mesmo a partir dessas duas propriedades: as linhas esquerda e direita. Você vai entender que estas duas linhas são necessárias.

O Criador irá ajudá-lo a conectá-las, a entender o que significa a gota do sêmen de doação e como adicionar nela, célula por célula, uma nova compreensão, sentindo os conceitos, ensinando-nos a crescer este material.

É claro que a Luz faz todo o trabalho, trabalhando num material novo. A Luz e o desejo se encontram e sua mistura sobe como massa, mas eu mesmo causo isso. Eu entendo e sinto como isso acontece. Esta é a minha criação, como a partir de um pedaço de massa. Eu tomo um punhado de farinha e adiciono a quantidade exata de água nela, nem mais nem menos. Em primeiro lugar, parece que não há água suficiente e eu preciso trabalhar duro amassando minha massa, mas, no final, ela estará pronta para ser colocada no forno e cozida!

Assim, estes dois ingredientes, farinha e água, são transformados em “pão do pobre” (Matzá). Da perspectiva do desejo de desfrutar, é simples pão, e nada mais é necessário, e acima dela, tudo está aberto. A liberdade está aberta.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/07/13O Zohar

A Geração Deprimida

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (do DailyMail): “O uso de medicamentos antidepressivos no Reino Unido aumentou cinco vezes desde 1991, revelam novos dados. Eles também mostraram que a utilização de tais drogas tinha aumentado em 20 por cento por ano na Europa durante um período semelhante. Este aumento no consumo em toda a Europa coincidiu com um declínio gradual nas taxas de suicídio”. …

“Entre 1995 e 2009, o uso de antidepressivos em toda a Europa aumentou quase 20 por cento ao ano, em média, com um correspondente 0,8 por cento de redução anual na taxa de suicídio”.

“A Suécia, Noruega e Eslováquia têm visto o maior crescimento no consumo de antidepressivos, com um aumento de 1000 por cento no caso da Suécia entre 1980 e 2009 -, enquanto os menores crescimentos foram registrados na Holanda, Suíça, Bulgária, França e Luxemburgo”.

“O Reino Unido registrou um aumento de cinco vezes (495 por cento) no uso de antidepressivos desde 1991 e uma queda de 14 por cento nas taxas de suicídio no mesmo período”.

Meu Comentário: Tudo está caminhando para a legalização das drogas. Esta é a única coisa que pode explicar a forte publicidade antitabagismo: drogas, em vez de cigarros regulares. A elite está preocupada em como acalmar a população.

No Centro Do Vazio

Dr. Michael LaitmanHá uma força que opera dentro de nós, no desejo de receber, em toda a criação, em Malchut de Ein Sof (Infinito), e nosso objetivo é descobrir esta força. De repente nós começamos a sentir que existem certos vazios dentro de nós e que não sabemos o que fazer com eles. Não podemos preenchê-los por nós mesmos ou controlá-los. Este sentimento de desamparo e impotência se repete de tempos em tempos e se torna cada vez mais claro.

Nós entendemos que temos que resolver o problema, mas entendemos mais claramente que não podemos fazê-lo, já que transcende nossas forças. Nós passamos por diferentes sentimentos e estados e não podemos mantê-los. Nós podemos gritar aos amigos, tentar executar determinadas ações, mas nada ajuda.

Nós nos sentimos impotentes, como se enfrentássemos o destino e a força superior, e por isso entendemos que precisamos da presença da força superior, a força que opera todo o universo. Ela deve começar a operar e realizar o que não podemos fazer, controlar todos os espaços vazios que foram criados entre nós e nos quais sentimos que estamos nos afastando um do outro e que nossos sentimentos estão arrefecendo.

Parece que o Criador deve controlar este estado, já que não podemos mantê-lo. Essa demanda já nos concentra no Criador. É assim que nós adquirimos experiência e a consciência de que o vazio, o arrefecimento, o desapego, os espaços vazios criados que não existiam antes das descidas, são todos feitos para criar um novo espaço para o Criador.

Mais tarde, você sente que não há nada, exceto esses vazios! Toda a realidade que se revela em maior medida é, na verdade, um espaço vazio. Se o Criador não o sente, ele irá desaparecer, uma vez que você não tem controle. O único controle que você tem é obrigar o Criador a controlar.

Você está no centro da realidade, no ponto médio negro, e a realidade continua a se expandir. Este vazio desenvolve até as dimensões de todo o universo, engole você e você desaparece totalmente nele. A iluminação da Malchut vazia que nós sentimos é uma sensação muito assustadora. Então, você simplesmente deve ter esse vazio preenchido pelo Criador.

Assim, você agradece ao Criador por ter-lhe acordado a se aproximar, ao evocar o sentimento de desapego em você. Este é o estado que nos encontramos depois da Convenção. Se não quisermos que a Convenção termine, temos que manter o Criador, essa força operacional, neste quadro e tentar conectar “Israel, a Torá e o Criador são um” igualmente como três parceiros.

Nós nos esquecemos disso e achamos que a principal coisa é Israel, ou seja, nós. Mas se não nos preocupamos com as três condições, não somos chamados de “Israel!”. Nós queremos que algo aconteça em nossa unidade e pronto, mas o que está faltando é nos mantermos com força nestas três condições. Nós não sentimos o Criador, que deve estar entre nós, como uma raiz que temos que alcançar. Nós nem sempre nos lembramos da Luz que Reforma, da Torá que deve nos levar a amar. Além disso, nós devemos esclarecer o que exatamente significa o amor e em que medida é devoção mútua e devoção de todos nós para com o Criador.

Estas são todas as questões importantes que devemos processar e esclarecer. Seu esclarecimento para buscar constante onde Israel, que anseia pelo Criador, está na conexão entre nós. O que é o Criador pelo qual ansiamos? O que é a Torá e como ela age em nós? O que devemos fazer para que ela atue em nós, de modo que com sua doação descubramos a imagem do Criador entre nós e assumamos sua forma?

Nós temos que trabalhar nisso, e isso vai parecer mais vago, incerto e se desintegrar cada vez. O Criador vai nos deixar sentir cada vez mais isolados e nós vamos preencher o espaço vazio, o círculo maior e mais amplo, o vazio interior, com a Sua presença.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 19/07/13

O Que Falta É Sobretudo O Criador!

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é o significado de um vazio e como podemos obrigar o Criador a controlá-lo?

Resposta: Um vazio significa que eu não o controlo. O controle pode ser meu, como diz o Faraó: “Eu vou governar”, ou pode ser o controle do Criador. É um dos dois e não há uma terceira opção.

E vazio completo significa que eu me rendo, não posso fazer nada. Isto é o que aconteceu na Convenção, onde havia um sentimento especial de unidade, conexão e poder. Era um sentimento muito agradável de euforia, como se fosse espiritual. Mas, de repente, nós começamos a entender que era apenas uma sensação corporal que era simplesmente bonita e agradável.

É verdade que essa sensação foi interessante e poderosa e que sentimos juntos e todo mundo parou de sentir a si mesmo e desfrutou a sensação de ser incorporado nos outros, mas onde está a espiritualidade em tudo isso? A partir do novo estado, nós começamos a examinar as coisas e ver que talvez não houvesse nada de espiritual nisso, mas que estávamos apenas nos divertindo.

Isso significa que agora nós sentimos o estado anterior como um vazio, um vazio qualitativo. Nós entendemos que ele não era muito espiritual, já que a unidade de “Israel, a Torá e o Criador” estava ausente nele e, especialmente, o Criador. Nós descobrimos que devemos trazer a presença do Criador para este estado e preencher com Sua presença todos os espaços vazios que são revelados.

É como uma criança que recebe jogos cada vez mais complicados e desafiadores que a forçam a pensar e entender, conhecer e fazer perguntas. Ela deve desenvolver e penetrar as coisas e esclarecer o que está faltando e como preenchê-lo. Esta é a forma como ela avança.

Assim, uma queda não é uma descida, mas a revelação de áreas que são destinadas à satisfação espiritual. Nós temos que trabalhar para satisfazê-las. Primeiro nós temos que ver que não podemos controlar o sentimento nesses lugares de regressão. Mas antes disso temos que fazer todos os esforços possíveis, a fim de descobrir que somos impotentes. Se a conexão ainda for importante para nós, nós sentiremos que precisamos da ajuda do Criador.

Existem vários níveis aqui. Será que nós ansiamos pela mesma conexão que tínhamos antes ou somos gratos que nós não sentimos isso agora, pois precisamos da revelação do Criador agora?

Mas o que a “revelação do Criador” significa para nós? Será que nós a percebemos como a força de doação que nos obriga a ser mais dedicados aos demais, uma vez que por esta devoção nós damos mais prazer ao anfitrião? Este já é o processo de esclarecimento. Nós estamos num bom estado e temos que entender o processo. A principal coisa é ser tão grato pelo mal como pelo bem.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 19/07/13

Agora Já Existe Alguém Para Perguntar!

Dr. Michael LaitmanSe nós ansiamos por doação, nós temos que verificar a nós mesmos e quais são as nossas reivindicações, quão puras elas são, e que elas são sem a intenção de benefício pessoal. Nós temos que fazer isso agora, quando recebemos um desejo adicional, e temos que adicionar a força da intenção e a força da nossa concentração pelo trabalho. Nós temos que tentar chegar ao pedido certo, sem misturá-lo com os nossos pedidos particulares e com o nosso ego que já despertou em nós com o desejo de se beneficiar do trabalho que temos feito para o bem do nosso desejo de receber.

Tudo tem que ser focado apenas na doação, de modo que não vamos nem querer saber que doamos. A razão é que a verdadeira compreensão já é o nosso pagamento e a nossa recompensa. Nós queremos que todo o pagamento pelos esforços que fizemos seja destinado à doação. Assim, isso será uma verdadeira Luz de Retorno.

Nós temos que temer constantemente não receber nenhuma recompensa pelos nossos esforços, de modo que todas as nossas intenções e ações, a doação ao grupo e ao ambiente, e a nossa oração sejam todos externos ao nosso corpo. Nós temos que temer muito que isso não volte para nós e nos proteger disso. Assim, nós podemos construir um Masach (tela) acima de nós mesmos que primeiro nos protege da recompensa, de modo que isso não volte ao nosso desejo de receber.

Se nós pudermos fazer isso constantemente e termos certeza de que podemos manter a aliança com o nível anterior, sem pensar em receber, nós já podemos começar a fazer outro tipo de trabalho e ansiar em aumentar a nossa doação. Assim, nós podemos trabalhar em ambas as direções. Por um lado, nós protegemos o muro que não deixa qualquer benefício próprio entrar no nosso corpo, em nossos desejos. Por outro lado, nós aumentamos nossa doação fora de nós mesmos.

Na verdade, esta é a mesma direção, graças à qual a imagem daquele que doa é revelada em nós. É graças a essa proteção, que não permite qualquer benefício próprio, proteção acima dos nossos desejos pessoais, que os desejos começam a assumir novas formas e nos preocupamos em atingir a meta. Nós temos que protegê-los muito bem, de modo que não vão receber qualquer resposta de nosso trabalho a fim de doar.

Como resultado deste trabalho de restringir nossos desejos e ampliar o desejo de doar, nós começamos a formar a imagem daquele que doa dentro de nós, a imagem do Criador. Então nós já começamos a entender o que é doação e quais ações são altruístas. Nós começamos a reconhecer a força de doação como a primeira e elementar força, que revive toda a criação.

Então, nós já temos alguém para perguntar, a quem recorrer em nossa oração. Primeiro esta imagem sublime não existia em nós e nós costumávamos imaginar coisas diferentes sem qualquer base real. Agora, já existe uma base e a imagem pela qual podemos entender que “Israel, a Torá e o Criador são um só”. Já existe uma direção de nossa parte com relação à imagem de quem doa. É assim que a pessoa avança.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/07/13Escritos do Rabash

Seus Próprios Olhos Verão O Criador

Dr. Michael LaitmanRabash: “Apressa-te Meu Amado”: Portanto, quando a pessoa ora pelo geral, com esta oração ela se ocupa da doação. E quanto mais ela ora, mais o vaso de doação é formado na mesma medida, de modo que a Luz de doação, chamada de “misericórdia”, possa ser revelada.

Nós não sabemos como isso acontece. Nós só temos pensamentos perturbadores sobre nós mesmos e não podemos pensar em outra coisa. Nós lemos e ouvimos que temos que pensar no grupo, no ambiente, nos amigos, mas não temos o poder de fazê-lo.

Às vezes nós conseguimos, mas geralmente não. Nós podemos lembrar alguns minutos que devemos pensar nos outros, mas depois, de repente, encontramos algum problema pessoal que nos perturba mais do que qualquer outra coisa e nos desvia do amor do amigos, do Criador, e do mundo vindouro.

Nós vemos que o que nós passamos agora neste mundo, a necessidade de resolver um determinado problema que surgiu, é a coisa mais importante para nós. Às vezes, nós não conseguimos nos livrar de tais pensamentos por meses e às vezes estamos ocupados com eles há anos e eles nos causam muita dor.

É assim que o Criador nos ensina e revela o nosso verdadeiro estado. Ele nos dá o padrão exato com o qual podemos avaliar o estado em que nos encontramos: Que pensamentos e desejos nós temos, de que matéria eles são feitos, isto é, o que é exatamente o desejo de receber. Assim, nós aprendemos sobre a nossa matéria e quão profundamente imersos nós estamos em pensamentos perturbadores sobre nós mesmos que surgem um após o outro e constantemente nos ocupam. Nós continuamos nos voltando para eles e não podemos fazer nada sobre isso.

Às vezes, eles nos ocupam cada vez mais e nós estamos totalmente imersos em nossa preocupação com nós mesmos. Às vezes, essa pressão diminui e nós entendemos que todos esses problemas foram dados a nós de propósito, a fim de nos ensinar a resistir a eles e não para dedicarmos toda a nossa vida a eles. Às vezes, nós sentimos que todos estes problemas devem nos empurrar para outros pensamentos: sobre o objetivo da vida e seu significado, em vez de ficarmos imersos em nossas pequenas preocupações sobre a nossa existência corpórea. Afinal, nenhum desastre verdadeiro acontece.

Ainda assim, nós não podemos nos livrar desses pensamentos egoístas. É assim que o Criador ensina a pessoa e é sobre isso que se diz “apressa-te, meu amado”. Nós não sentimos mais a importância do Criador, a grandeza da meta. Nós acordamos preocupados no meio da noite com os nossos eternos problemas pessoais e não conseguimos nos livrar deles. Eles simplesmente não nos dão descanso.

Nós pedimos ajuda ao grupo, aos amigos, e não sabemos o que mais podemos fazer. Graças ao fato de que estamos entre amigos e participamos de suas atividades, finalmente compreendemos, depois de todos esses esforços, que tudo o que acontece é um jogo de Cima, por que temos que aprender que jogam conosco de Cima. Nós vemos que o Criador nos treina e quer nos revelar a importância suprema do desenvolvimento espiritual por fazê-lo.

De repente nós começamos a sentir que os pensamentos sobre os amigos são mais importantes para nós do que todos os pensamentos preocupantes sobre nós mesmos. Na base desses pensamentos nós podemos examinar e medir o quão importante é a meta espiritual, ou seja, a doação aos outros, pensar nos amigos e se preocupar com toda a humanidade. Isso é comparado aos pensamentos perturbadores que temos a oportunidade de avaliar se pudermos nos manter acima deles, na mesma medida, e nos preocupar com o bem dos outros e do Criador.

Nós entendemos que esse processo é essencial para que possamos, finalmente, compreender a importância de nosso progresso espiritual, da meta espiritual. Afinal de contas, a espiritualidade não tem forma, imagem; nós formamos o mundo espiritual por nós mesmos, como uma embalagem que é feita da intenção para doar acima da nossa vida corpórea. É como se nós mudássemos o mundo num mundo oposto e, assim, construíssemos o mundo espiritual.

É como se o mundo espiritual não existisse antes de nós o construirmos no que diz respeito à pessoa que o alcança. Acontece que é realmente acima dos pensamentos egoístas preocupantes sobre nós mesmos e lutando com os problemas que nós temos a chance de construir a forma espiritual que se realiza em nós. É por isso que se diz que “seus próprios olhos vão ver e não os olhos de um estrangeiro”. Só então aqueles que podem enfrentar todos os obstáculos e superá-los – e por eles aprender a construir a cobertura de doação acima de toda a nossa realidade corporal – irão transformar isso em nossa espiritualidade para ver o Criador.

Então, nós vemos que a vida não tem sentido por si só. Este mundo é apenas uma ilusão que foi criada de propósito para que fôssemos capazes de construir o verdadeiro e eterno mundo espiritual acima dela.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 17/07/13